LAAD 2019: ICN e a parceria com a Marinha do Brasil para o desenvolvimento do seu primeiro Submarino Nuclear

E.M.Pinto

Durante a LAAD 2019 que ocorre até esta sexta feira 05/04 no Rio Centro, Daniel Fernandes Mendonça o assessor de Relações Institucionais da ICN, concedeu informações sobre os trabalhos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub)  destcando que o mesmo segue seu rumo religiosamente dentro do cronograma previsto.

Mendonça afirmou ainda que num futuro próximo a ICN alterará o seu estatuto o que permitiria uma nova constituição e uma nova perspectiva de projetos e negócios. Segundo ele, o modelo baseia-se na experiência de sucesso alcançada pela  Embraer, empresa criada como estatal, que hoje possui capital aberto e participa de diversos projetos de aviação comercial e militar dentro e fora do Brasil.

Ele ainda afirmou

“Somos capazes de produzir submarinos com 100% de tecnologia nacional. A transferência de tecnologia adquirirda com o S40 Riachuelo,  já foi concluída, e no caso do submarino nuclear SN Álvaro Alberto, com conclusão prevista para 2029, já dominamos cerca de 80%”

Esta aletração estatutar permitirá que a longo prazo, possemos vislumbrar negociações de submarinos fabricados pela indústria naval brasileira com outros países e também permitir que a companhia hoje restrita ao Prosub participe de projetos para embarcações de superfície, tanto militares quanto civis.
Mendonça informou ainda que após o lançamento do S40 Riachuelo ao mar, em dezembro do ano passado, a ICN segue trabalhando não só nos testes com o submarino, a fim de entregá-lo para o início das operações por parte da Marinha em 2020, mas também para a construção dos demais três modelos convencionais do modelo SBR previstos no Prosub que são o S41 Humaitá, o S42 Tonelero, e o S43 Angostura.

Pelo cronograma atual da Marinha, os três submarinos convencionais deverão ser concluídos em setembro de 2020, em dezembro de 2021 e em dezembro de 2022, respectivamente. Já os trabalhos de desenvolvimento do reator nuclear, item não incluso no contrato com o Naval Group, segue o seu curso no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo o qual está previsto para conclusão em 2023.

Quando pronto, o SN-1 Álvaro Alberto terá 100 m de comprimento e seis kton de deslocamento, além de autonomia ilimitada e capaz de operar a uma profundidade de até 300m e uma tripulação de até 100 integrantes.

3 Comentários

Comentários não permitidos.