Cazaquistão mostra interesse no pacote de modernização bielo-russo para o T-72

Photo by Yuri Markov

Por Tito Lívio 

As Forças Armadas do Cazaquistão mostraram um forte interesse na aquisição do T-72BME, modernização bielo-russa do carro de combate soviético T-72, no qual informou uma fonte da indústria bielo-russa a agência russa TASS.

“O Cazaquistão está planejando modernizar seu inventário de carros de combate e os militares cazaques dedicaram uma atenção especial ao T-72BME. Sendo uma variante modernizada do T-72B, este veículo cumpre os requisitos cazaques, especialmente em termos de custo-benefício e manutenção”, disse a fonte não identificada. De acordo com ele, o T-72BME foi demonstrado para uma delegação oficial de militares cazaques em abril de 2018. Atualmente a frota blindada do Exército do Cazaquistão compreende cerca de 650 carros de combate T-72, sendo a maioria herdados do período soviético, segundo dados da SIPRI.

De fato, o T-72BME é uma profunda modernização do carro de combate soviético T-72B modelo 1984. Entre suas principais mudanças, destaca-se a integração do visor multicanal ESSA-72U, que integra um visor térmico multi-canal, computador balístico, visores guiados por TV e sensores meteorológicos para medição de vento, temperatura e pressão atmosférica, além de sensores de giro estabilização e medição da temperatura do canhão e da munição. Permite que a tripulação dispare todos os tipos de munição (incluindo mísseis guiados anticarro) em movimento, podendo engajar alvos a cerca de 5 km durante o dia e 3,5 km de distância em operações noturnas.
O ESSA-72U é desenvolvido e fabricado pela empresa bielo-russa PELENG  e é empregado nos veículos T-90S russos de exportação. Também recebeu uma suíte de comunicação de rádio digital VHF e HF australiano BARRETT 2082+ e 2091 com alcance estimado de 25 km e podendo chegar até 70 km se integrados.

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Em outros aspectos, o T-72BME mantém as mesmas características originais do T-72B, com pequenas modificações, como a blindagem reativa explosiva Kontakt-1, que atuando em conjunto com a blindagem composta da torre do T-72B confere uma proteção 60% superior a dos modelos anteriores contra munições explosivas (HEAT) ou perfurantes (APFSDS), além do canhão de alma lisa de 125 mm com recarga automática e cadência de tiro de até oito disparos por minuto. O motor V-84MS com uma potência de 840 cv, permite uma velocidade de até 70 km/h em estrada e 50 km/h em terreno não-asfaltado, com uma autonomia de até 500-650 km dependendo do tipo de terreno, e com a adição de tanques de combustível auxiliares, esse alcance pode chegar até 850 km.

O T-72BME é oferecido pela empresa estatal bielo-russa de exportação e importação de produtos de defesa BELTECHEXPORT

 

Com Informações de Agências  internacionais

4 Comentários

  1. O que um bom projeto não faz o proposito inicial é tudo, o sistema UNIX que o diga. O T-72 ainda é uma plataforma fantástica, ainda vai permanecer na ativa por um bom tempo.

    Sds

    • Isso é fato… o ocidente tem que entender que o sucesso de um instrumento, seja ele qual for, começa no PROJETO… por isso as máquinas alemãs da 2GM eram imbatíveis no campo de batalha… quase não quebravam… parabéns aos russos… é a F150 dos grandes tanques… o sistema é bruto e as mudanças podem ser apenas cosméticas sem tirar do projeto sua robustez primeira…

      • Nada haver,nem se pode comparar a situação da Alemanha na segunda guerra, lutando uma guerra mundial.Tendo de usar tudo o mais avançado possível,lógico não dando tempo de maturidade ao projeto.Enquanto isso a URSS,lutando sua guerra contando com muita sorte, e a ajuda dos aliados e seus materiais ocidentais.

      • São pontos de vista que não tem amparo na realidade material da época, mas somente em publicações historicamente viciadas… atente-se… não sou antissemita… não precisa ficar magoado pelos fatos… os fatos são somente os fatos… gostemos ou não… a engenharia alemã da época estava muito a frente da ocidental, mas sua economia fascista não conhecia o poder que uma economia liberal aberta a produção total em série, mesmo que com deficiências, funcionava… ganharam os números e não a qualidade… enquanto os japoneses e alemães fabricavam super destróieres os americanos fabricavam 10 vasos de guerra porcarias pré fabricadas em série por dia… os números ganharam a boa engenharia… mal comparando, é como se cinco leões enfrentassem cinco mil ratos… o ocidente ganhou pelos números… simples assim… saudações…

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