Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) participa, no Canadá, de testes de modernização de radares utilizados na Amazônia

Os radares ASR23SS estão em operação na região Amazônica desde 2000

Com o objetivo de participar dos testes de recebimento em fábrica do primeiro kit de modernização dos radares ASR23SS, representantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) visitaram a empresa canadense Raytheon, em Waterloo (Ontario), no Canadá, no período de 26 de fevereiro a 2 de março. Esses Radares cumprem a função motivadora do Projeto SIVAM, o Sistema de Vigilância da Amazônia, que é o controle do espaço aéreo amazônico por meio da detecção de posição, velocidade e direção das aeronaves, por meio da emissão de pulsos eletromagnéticos e escuta destes ecos ao atingir objetos – a tecnologia Radar.

A comitiva, formada por militares da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) e do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), além de engenheiros da Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), teve a oportunidade de conferir todo o material e fiscalizar os testes em fábrica do novo kit a ser instalado no radar de Rio Branco (AC).

A atuação da equipe técnica da CISCEA e do PAME-RJ durante a missão assegurou que o projeto esteja alinhado às expectativas e em conformidade com os requisitos técnicos, logísticos e industriais expedidos pelo Subdepartamento Técnico (SDTE) do DECEA. Os técnicos analisaram também o cronograma, os planos de trabalho executivo, de treinamento, de operação assistida e de garantia técnica propostos pela empresa para modernização dos radares.

Para o chefe da Divisão Técnica da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Tenente-Coronel Engenheiro André Eduardo Jansen, essa participação foi importante e oportuna, uma vez que todos os problemas apresentados durante os testes foram devidamente identificados e as mitigações apresentadas, assim, no futuro, a instalação em campo deverá ocorrer com menor probabilidade de riscos para o DECEA. “É fundamental para o sucesso do empreendimento que as não conformidades da solução técnica desenvolvida pela Raytheon sejam identificadas e solucionadas ainda em fábrica, contando com todos os recursos de engenharia da empresa, antes de equipamentos e sistemas serem remetidos ao seu destino final, na Região Amazônica, onde é notória a dificuldade técnica e logística para a condução dos trabalhos”, explicou.
Radar ASR23SS no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santarém (PA)

O contrato relativo aos serviços técnicos e especializados para a modernização desses radares foi assinado em dezembro de 2016 entre a CISCEA e a empresa Raytheon. Em março de 2017, foram realizadas na CISCEA as atividades de Revisão Preliminar do Projeto (PDR – do inglês Preliminary Design Review) e, em maio, a Raytheon sediou as atividades da Revisão Crítica de Projeto (CDR, do inglês Critical Design Review) de modernização.

Os radares ASR23SS estão em operação na Região Amazônica desde o ano 2000, localizados em Conceição do Araguaia (PA), Santarém (PA), Macapá (AP), Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Rio Branco (AC) e São Luís (MA). A evolução técnica nas linhas de fabricação, a integração cada vez maior de componentes, partes e peças, além da evolução técnica dos sistemas, equipamentos e softwares de tratamento de sinal e de gerenciamento motivam a modernização que, adicionalmente, proporcionará o aumento de 15 anos no ciclo de serviço, bem como do seu suporte de manutenção.

Os próximos passos do projeto serão o treinamento teórico das equipes do Quarto Centro Integrado de Defesa Aéra e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) e do PAME-RJ, o desenvolvimento das evoluções e ajustes de software oriundos de observações nos testes em fábrica, por parte da empresa Raytheon, seguido do recebimento em campo dos subsistemas dos radares a serem evoluídos, assim como de suas novas funcionalidades.

Fonte: FAB

3 Comentários

  1. Otima informação, aos poucos melhoramos as poucas barreiras que temos em desfavor da criminalidade que muitas vezes adentra pelos céus o Brasil;

  2. So esta a faltar equipamento anti aereo de curto e medio e longo alcance.. para começar abater tais aeronaves não “”identificadas”” que se sabe o que transportam.

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