Vice-chanceler russo: ‘EUA cruzaram todos os limites ao vender armas letais à Ucrânia’

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou neste sábado (23) que os EUA cruzaram todos os limites ao permitir a venda de armas letais a Kiev.

Assessoria de imprensa do presidente da Ucrânia

Na sexta-feira, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, informou que Washington decidiu fornecer armas defensivas à Ucrânia para proteger sua integridade territorial e sua soberania.

“Com esta decisão, Washington irá causar mais mortes no leste da Ucrânia e se tornará “cúmplice daqueles que incitam a guerra”, disse o vice-ministro russo.

O diplomata expressou confiança de que a história “inevitavelmente colocará todos em seu lugar”. “No entanto, como podemos falar de um papel de reconciliação dos EUA para a resolução do conflito na Ucrânia?”, questionou.

“Em certo sentido, os EUA cruzaram a linha ao anunciar sua intenção de entregar armas ofensivas à Ucrânia, desta vez não vai fazê-lo através de contratos comerciais, que as empresas dos EUA assinaram silenciosamente há muito tempo, mas através de um programa estatal”, destacou Ryabkov.

O vice-ministro também lembrou o envolvimento de autoridades dos EUA no golpe de Estado em Kiev em fevereiro de 2014 e sua “paciência” em relação às novas autoridades ucranianas, quando eles proibiram a língua russa e bombardearam aqueles “que não queriam marchar sob a insígnia nacionalista Ucraniano”.

Fonte: Sputnik

‘Passo para a guerra’: Rússia opõe-se ao fornecimento de armas letais pelos EUA à Ucrânia

A decisão das autoridades norte-americanas de entregar armas letais à Ucrânia tem “claras conotações políticas” e constitui um passo para a guerra, declarou o chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Konstantin Kosachev.

© AFP 2017/ ANATOLII BOIKO / AFP

O político indicou na sua conta no Facebook que “uma interpretação errónea da situação na Sudeste [da Ucrânia]” e as “ambições russófobas de Kiev e Washington mantêm como reféns milhões de pessoas que esperam dos políticos a paz e não a guerra”. Ele sublinhou que a recente decisão do Pentágono é mais um passo para o confronto.

Ao mesmo tempo, afirmou que “apesar do uso do termo ‘caráter defensivo'”, o recente acordo entre Kiev e Washington não tem nada a ver com a realidade porque “ninguém tem intenção alguma de atacar a Ucrânia”.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou, por sua vez, que os EUA cruzaram todos os limites ao permitir a venda de armas letais a Kiev.

Em 22 de dezembro, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, informou que Washington decidiu fornecer armas letais à Ucrânia para garantir a integridade territorial e a soberania do país.

“Os EUA decidiram fornecer capacidades defensivas ampliadas à Ucrânia como parte de nossos esforços para ajudar Kiev a criar suas próprias capacidades defensivas a longo prazo, de maneira a defender a sua soberania, integridade territorial e a repelir novas agressões”, declarou ela.

O diário The Washington Post informou que a administração de Donald Trump aprovou a licença comercial que autoriza as exportações à Ucrânia de fuzis de precisão, munições e outras armas no valor superior a 41 milhões de dólares (135 milhões de reais).

Fonte: Sputnik

 

 

 

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