De Leon em entrevista ao Jornal da Record fala sobre processo de independência da Catalunha

 

Após declaração surpreendente do presidente da Catalunha, professor de relações internacionais fala sobre o processo de independência da Catalunha e situação atual da Coreia do Norte.

De  Leon Petta Gomes da Costa é colaborador e autor do Site Plano Brasil Pesquisador  Doutorado da Universidade de São Paulo. Pesquisador visitante da Virginia Commonwealth university (EUA) e Pesquisador Honorário da Universidade de Hong Kong (China).

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Fonte: R7

 

20 Comentários

  1. Essa história … pode ocasionar uma especie de balcanização no mediterrâneo.
    .
    A mesma situação passou a Iugoslávia, e a Checoslováquia e a Ucrânia agora ..e a Itália e a Inglaterra ( Escócia e a Irlanda ), estes estão ai para serem os prováveis bolas da vez, depois da Espanha.
    .
    E o braZil ? .. será que não irá ocorrer o mesmo ? .. olha que tem muita gente no Sul que já pensa se desligar do braZil .. e no Sudeste .. em São Paulo,lá tem uma certa turminha de sionistas e maçons … que daria a alma ao diabo só para sair da federação braZileira e virar um dos estados dos EUA .. assim como fez os porto riquenhos..rsrs . não ficaria surpreso se lá saírem para rua com a cara pintada nas cores vermelha,branca e azul com nariz de palhaço ….olha que Bosonaro, já se antecipou … fez continência a bandeira dos EUA para quem quiser ver .. pelo
    menos ..rsrs .. ele foi corajoso .. bem diferente de certo generais
    …que fazem escondido.

    • “Bosonaro, já se antecipou … fez continência a bandeira dos EUA para quem quiser ver .. pelo”

      Acabei de ver o vídeo. Chocante o nível de entreguismo desse sujeito.

      Ainda diz abertamente que o Brasil será um fiel aliado e submisso aos EUA kkkkk é um vira lata entreguista.

      • Também acho… ele devia é fazer continência a bandeira russa e chinesa… assim o Brasil seria muito mais independente e rico como é a venezuela e cuba… 🙂

      • HMS_88Less_(The_Rothschild's_Agent). A soldo dos globalistas. Nazismo é de extrema direita (sqn). Morte ao conservadorismo. Vida eterna ao sionismo. Maçonaria criou a república do Brasil.
        11 de outubro de 2017 em 15:53

        Muito bem colocado, sr. comunista eurasiano. O cidadão é um conservador e ameaça nosso status quo político. E sabemos muito bem o perigo que estes ‘nazistas da extrema direita chucra’ (o ilustríssimo jornalista Reinaldo Azevedo explica isso muito bem) representa ao nosso país…

        Por isso, volto a bater na tecla: precisamos de um GESTOR. Um homem de gestão, competente e com visão futura. Fica a dica…

      • O negócio é difamar o cara para ver se o lularápio volta a roubar com o aval do povo.

        Esses caras se dizem patriotas, mas devem ter cidadania cubana, russa ou chinesa como o PT.

      • Mestre Edilson como você sabe não gosto do Bolsonaro pois acho ele caricato, medíocre e despreparado. Mas eu concordo com o M.Silva, o objetiva da citação ao mesmo aqui foi criar palanque para defender o Aiatolá do ABC

    • O Bolsonaro diz que quer ser um Trump braZileiro ..rsrrs … convenhamos; Existe aqueles tipos sábios, que constroem pontes e tem também os tolos idiotas, que constroem muros >;)

      • Você está falando do Muro de Berlim ou de alguma cerca de arame farpado na Coreia do Norte, talvez nas fronteiras dos países da Cortina de Ferro com a Europa Ocidental?

    • Existe gente que torce é para o país inteiro virar colônia cubana, russa ou chinesa. Isso não seria nenhum problema para eles.

      Gente treinada como guerrilheiro e terrorista em Cuba e agindo como tais no Brasil já recebeu votos, ocupou cargos políticos e públicos, mas ninguém achou ruim.Ser capacho de estrangeiros (cubanos, russos, chineses) não é entreguismo, só que não.

      Alguém noticiou que a maioria dos catalães não quer o separatismo? Que isso é mais uma roubada dos inimigos do ocidente no estilo divide et impera?

      Quero ver o jornalismo imparcial. Onde ele está?

  2. ……… …a Itália deve sua reunificação DE VERDADE a Mussolini que impôs um regime ditatorial …a reunificação da qual participaram Cavour e Garibaldi só foi concluída mesmo quando o papa Pio XI assinou o tratado de Latrão em 1929 com Mussolini em troca da criação do Estado do Vaticano por vastas propriedades da Santa Sé no território italiano…a Itália antes da Reunificação era um saco de reinos governados por potencias estrangeiras….esperar pra ver como o Vêneto e a Lombardia vão tornar-se independentes……………….

    • Antes da unificação italiana do século XIX, o Vaticano se chamava Estados Pontifícios e ocupava um território extenso na Itália central, não eram “propriedades da Santa Sé”.

      A Santa Sé foi roubada por larápios maçônicos e por Mussolini, que estatizou várias igrejas na Itália e as fechou para tentar acabar com a fé católica (bem no estilo comunista – depois dizem que o fascismo, o marxismo marrom, é de direita, kkkkkkkk!).

      • Lucas - Treine enquanto eles dormem... estude enquanto eles se divertem... persista enquanto eles descansam... e então viva o que eles somente sonham...
        11 de outubro de 2017 em 22:56

        CHÁVEZ CHEGA A CATALUNHA
        A Catalunha pode se converter na Venezuela do Mediterrâneo.

        É preciso assinalar que, historicamente, a esquerda anti-sistema espanhola utilizou em repetidas ocasiões o nacionalismo catalão como um ariete para tentar dinamitar a ordem constitucional. O fez em 1909, no curso da denominada “semana trágica”, quando as oligarquias catalãs se aliaram com a extrema esquerda em uma tentativa de conservar privilégios, o que concluiu com uma revolução de rua marcada pelo sangue.

        Voltou a suceder em 1917 quando, seguindo o exemplo russo, a extrema esquerda voltou a se aliar com as oligarquias catalãs em uma tentativa infrutuosa de fazer voar pelos ares a monarquia constitucional.

        Finalmente, em 1931, a aliança conseguiu seus objetivos devido a que um setor importante da direita somou-se a ela e a que o próprio monarca Alfonso XIII rompeu, dando lugar à proclamação da Segunda República.

        O regime republicano foi agredido pela quase totalidade da esquerda desde o princípio, uma vez que o considerava não como um regime que deveria perdurar como um passo no caminho para a implantação da ditadura do proletariado ou, em outras versões, do comunismo libertário.

        Em 1934, de novo, a extrema esquerda – começando pelo PSOE – se aliou com o nacionalismo catalão e, em outubro, se alçou em armas contra o governo da república. Na Catalunha a revolução durou apenas algumas horas, porém nas Astúrias se prolongou algumas semanas causando centenas de mortos. Desde outubro de 1934 até fevereiro de 1936, o nacionalismo catalão continuou unido à extrema esquerda, o que derivou em uma vitória ilegal da Frente Popular e em um clima revolucionário que precipitou a sublevação de julho de 1936 com a qual deu início a guerra civil.

        Pensou-se que tão sinistra aliança não ia se repetir mais, porém, de fato, é essencial seu conhecimento para compreender qual é a situação da Catalunha e o que pode ocorrer no futuro. Em princípio, na mesma região catalã, o atual governo nacionalista tem uma clara inclinação para a extrema esquerda. Seu vice-presidente, Junqueras, pertence à Esquerra Republicana de Catalunya (Esquerda Republicana Catalunha) – ERC -, um partido que participou do levante armado contra a República de 1934 e que, durante a guerra civil, torturou e assassinou milhares de pessoas na Catalunha.

        Não deixa de ser significativo que Lluis Companys, presidente da Catalunha, tivesse em seu haver mais fuzilamentos durante o período de julho de 1936 a maio de 1937, do que todos os que se produziram na mesma região durante as quase quatro décadas da ditadura Franco.

        Atualmente a ERC se caracteriza por um aberto anti-semitismo, uma acentuada simpatia com o islam, uma aliança expressa com a organização terrorista basca ETA e um apoio cerrado a ditaduras como a chavista na Venezuela. De fato, Junqueras foi objeto de um ato de repúdio dos exilados venezuelanos em Miami há poucos meses e é lógico que fosse assim, porque seu partido bloqueou no parlamento espanhol e no europeu todas as tentativas de sancionar, ou ao menos condenar, a ditadura chavista da Venezuela.

        Marta Torrecillas, a farsante cuja imagem gritando que a polícia espanhola lhe havia quebrado os dedos um a um percorreu o mundo, também pertence à ERC. Apenas algumas horas depois ficava claro que ela só tinha uma ligeira inflamação em um dos dedos e, inclusive nesse caso, o dedo pertencia à mão oposta à que o agente da polícia lhe sujeitou. Torrecillas, à parte de ser uma flagrante embusteira, utilizou crianças e idosos como escudos humanos no local onde se celebrava o referendo ilegal. Ela também participou do ataque contra um aquartelamento da Guarda Civil que teve lugar poucos dias antes do referendo ilegal.
        Sergi Saladié, Gabriela Serra e Xevi Generó, do CUP.
        (Foto:Quique Garcia/European Pressphoto Agency)

        Ainda mais radical – se é possível – que a ERC é a CUP, um grupo de extrema esquerda que faz parte do governo nacionalista catalão. Alguns de seus membros mais significativos pertenceram à organização terrorista catalã Terra Lliure (Terra Livre). Suas simpatias com Cuba ou Venezuela são clamorosas, como também o é seu caráter apenas ocultamente violento. A CUP há meses começou a constituir Comitês de Defesa de Bairro, cuja finalidade é se enfrentar com as forças da ordem, identificar os “feixistes” (fascistas) e acabar com a oposição. À CUP pertencem boa parte dos nacionalistas catalãs que agrediram mais de 481 policiais e guardas civis – 39 tiveram que ser retirados imediatamente para receber atenção hospitalar – em 1 de outubro, dia do referendo ilegal.

        Podia atuar impunemente porque o próprio presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, garantia às hordas da CUP que a polícia regional, os Mossos D’Escuadra, não seriam utilizados contra eles. Com estes antecedentes, não deve surpreender que já há algumas semanas o rabino da comunidade judaica de Barcelona recomendasse a seus correligionários abandonar a Catalunha para evitar sofrer – o afirmou expressamente – o destino da Venezuela. O rabino não exagerava o mais mínimo. Para dizer a verdade, a Catalunha pode se converter na Venezuela do Mediterrâneo e nessas circunstâncias tem um papel essencial Podemos, a sucursal do chavismo na União Européia.

        Durante anos os dirigentes de Podemos – Monedero, Iglesias, etc. – fizeram parte do grupo de corifeus de Hugo Chávez. Suas gravações de louvação ao totalitarismo chavista podem ser encontradas com facilidade no Youtube e não vale a pena que sejam descritas aqui.

        Também está mais do que documentado que Podemos recebeu robustas quantias do chavismo como também as recebeu da ditadura islâmica do Irã. Para Podemos, o processo independentista da Catalunha constituiu – do mesmo modo que ocorreu com a extrema esquerda no passado – um autêntico presente. Não é que Podemos seja independentista. É que seus dirigentes captaram que o nacionalismo catalão pode ser o ariete com o qual pode acabar liquidando um mais que erodido sistema espanhol. Foi precisamente Jaume Roures – um empresário catalão trotskista, dono de distintos meios de comunicação – quem reuniu Iglesias e Junqueras em um jantar celebrado em sua casa para traçar uma estratégia comum.

        Essa estratégia passou a utilizar o império midiático de Roures – o mesmo que convidou Junqueras a Miami – como difusor de falsidades sobre o sucedido no domingo 1 de outubro na Catalunha, em um empenho por apresentar os nacionalistas que feriram centenas de policiais espanhóis como pacifistas inofensivos, e aos agentes da ordem como êmulos do franquismo, apesar de que na segunda-feira 2 de outubro só havia dois afetados pelas forças da ordem e um deles por um enfarte hospitalizados.

        A estratégia de Podemos é simples e inquietante. Primeiro, a péssima – covarde e indecisa, diriam muitos – gestão da crise catalã por parte de Mariano Rajoy deve desgastar o governo o suficiente, para forçá-lo a convocar eleições antecipadas. Segundo, nessas eleições antecipadas a meta é ir para uma Assembléia Constituinte – lhes soa familiar? – que implantará um sistema similar ao chavista. Terceiro, a meta eleitoral é mais do que possível uma vez que, previsivelmente, Rajoy perderia boa parte do apoio de seu eleitorado justificadamente decepcionado com sua atuação e, em paralelo, Podemos conseguiria o número suficiente de deputados para formar um governo de coalizão com um PSOE desnorteado. Quarto, essa coalizão receberia o apoio dos nacionalistas catalãs e bascos para elaborar uma Constituição nova e anti-democrática, onde se apanharia o caráter pluri-nacional – lhes soa familiar de novo? – do Estado espanhol. Assim, paradoxalmente, Catalunha, Euzkadi e Galícia seriam nações, mas a Espanha não.

        Por último, semelhante situação viria facilitada propagandística e taticamente pela ação da Igreja Católica, cuja mediação propugnam tanto os nacionalistas catalãs quanto o Podemos. Seria demasiado prolixo se deter em explicar este chamativo fator, porém basta dizer que desde 1985 os arcebispos e bispos da Catalunha assumiram totalmente as teses nacionalistas; que no referendo do dia 1 de outubro inclusive algum desses bispos catalãs difundiu fotos votando pelas redes sociais; que a própria Conferência Episcopal espanhola emitiu um comunicado unânime na semana passada assumindo a linguagem de Podemos e dos bispos catalãs, e insistindo em que a saída era o “diálogo generoso” com os golpistas catalãs e que o Papa Francisco tem uma mais que bem ganhada fama de amigo de instâncias totalitárias como Raúl Castro, Evo Morales, Nicolás Maduro ou as FARC colombianas. A mediação eclesial permitiria – como em trágicos episódios recentes – desarmar as forças da democracia em favor de movimentos totalitários aos quais se cobriria de privilégios.

        As conseqüências de todo este processo não podem ser ocultadas de ninguém. A União Européia teria uma chaga aberta em seu baixo ventre precisamente em seus momentos de maior fragilidade porém, sobretudo se cumpriria um velho sonho de Hugo Chávez: o de contar com um governo amigo do outro lado do Atlântico. Quando se tem em conta esta circunstância se compreende que, até o momento, o único presidente do planeta que anunciou expressamente seu respaldo aos nacionalistas catalãs tenha sido Nicolás Maduro. O herdeiro de Chávez sabe, sobejamente, o que derivaria dessa cabeça de ponte na União Européia.

        Quando se tem em conta todo este panorama, talvez se compreenda o entusiasmo inesperado de Donald Trump ante a idéia de manter a Espanha unida e seu qualificativo de “foolish” com relação à independência da Catalunha. É possível que Trump não seja um expert em História da Espanha, porém tem olfato suficiente para saber que os herdeiros de Chávez estão mais que assentados na Catalunha e que tão inquietante circunstância pode constituir só o princípio.”..

        César Vidal

        11 de outubro de 2017.

        Tradução: Graça Salgueiro

  3. Eu acredito que a Espanha não se divide, ele sabe que Madri não irá aceitar, e pode utilizar de várias ferramentas para parar o processo. Acredito que eles vão se acertar e a Catalunha receberá mais autonomia.

  4. Na minha opinião o povo catalão tem totais direitos de protestar e exigir sua separação se sentirem ameaçados, ou prejudicados pelo governo de madri, mas acho que eles mais perderiam com a separação do que haveria ganhos.

    Acho que eles deveriam se manter unidos com a Espanha, mas exigir mais autonomia e menos encargos fiscais do governo central, pois são uma região muito rica e pagam mais impostos que as demais regiões.

    Falta isso aqui no Brasil, sou do Sul do Brasil e pagamos muito imposto pra ter um retorno RIDÍCULO, sou CONTRA a separação do Brasil, mas a FAVOR de mais autonomia com nossas próprias leis penais e fiscais, pra acabar com essa discrepância ridícula de ficar pagando mais impostos pra sustentar outras regiões que não produzem, e são usados por governantes corruptos apenas para cabo eleitoral, com campanhas demagógicas que irão tirar da pobreza mas continuam do mesmo jeito ou até piores !

    Isso é socialismo, e esse modelo não dá certo em lugar algum, vc é PUNIDO por produzir mais e com qualidade, pra favorecer outras regiões que produzem menos e não dão retorno ao país.

    o maldito socialismo destrói e corrompe as pessoas, pq é muito fácil viver as custas dos outros, isso só incentiva a corrupção e consequentemente a impunidade, é por isso que o Brasil não vai pra frente, esse maldito ideal socialista tomou conta das mentes e corações das autoridades públicas e dos gestores brasileiros.

    Por isso é LEGÍTIMO o protesto dos catalães, eles tem o direito de decidirem oq é melhor pra eles.

    • O problema PRINCIPAL da Espanha hoje não são os catalães… são os islâmicos… veja:

      A silenciosa conquista islâmica da Espanha

      “Expulsos há cinco séculos pelos cruzados cristãos, os árabes estão de volta à Espanha, usando seus petrodólares para comprar terras que foram tomadas de seus antepassados pela espada”. — James M. Markham, The New York Times, 1981.
      O diário madrilenho ABC ressaltou que 800 mesquitas na Espanha estão fora de controle. O diário espanhol La Razon acusou os doadores do Golfo, como o Qatar, de serem a origem da islamização da Espanha. Os sauditas também lançaram um novo canal de televisão espanhol, Córdoba TV, seguidos pelo Irã com outro canal.

      Eles sonham e trabalham para recuperar o “califado perdido” da Espanha. Alguns islamistas o fazem com bombas e atropelamentos. Outros, mais discretamente, o fazem com dinheiro e dawa, divulgação do Islã. A segunda maneira pode ser ainda mais eficiente do que a primeira.

      O Xeque Tamim bin Hamad al Thani, do Qatar, quis comprar a Arena de Barcelona La Monumental, de quase 20 mil lugares, para transformá-la na maior mesquita da Europa. (Imagem: Sergi Larripa/Wikimedia Commons)

      A cerimônia realizada em 2003 foi anunciada com manchetes bombásticas: “após uma demora de mais de 500 anos, os muçulmanos espanhóis finalmente conseguiram construir sua própria mesquita à sombra de Alhambra, outrora símbolo do poder islâmico na Europa”. Uma equipe da Al Jazeera foi enviada para fazer a cobertura do evento: um muezim (encarregado que chama os muçulmanos às orações do alto dos minaretes) subiu ao alto do minarete da Grande Mesquita de Granada para chamar os fiéis para a oração pela primeira vez em cinco séculos.

      De Osama bin Laden ao autoproclamado califa Abu Bakr Al Baghdadi, todos os líderes da jihad global – incluindo a célula terrorista que matou 17 pessoas em Barcelona – mencionaram a Espanha no contexto dos territórios a serem conquistados pelo Islã. Há, no entanto, outras formas de conquista além da jihad. Há também “a conquista silenciosa”, assim chamada pela revista francesa Valeurs Actuelles.

      A conquista silenciosa é uma investida sinuosa para reislamizar a Espanha por meio de centros culturais, megamesquitas, proselitismo, conversões e investimentos financeiros. Este expediente pacífico de evocar a submissão está em andamento já faz algum tempo, sendo apoiado por uma enxurrada de dinheiro de países como o Qatar e a Arábia Saudita. Segundo o ex-comandante das forças britânicas no Iraque, General Jonathan Shaw, esses dois países em particular ativaram uma “bomba-relógio” ao financiarem a disseminação global do islamismo radical.

      O New York Times salientou pela primeira vez em 1981: “expulsos há cinco séculos pelos cruzados cristãos, os árabes estão de volta à Espanha, usando seus petrodólares para comprar terras que foram tomadas de seus antepassados pela espada”. A Espanha naquela época não tinha sequer reconhecido o Estado de Israel e a monarquia espanhola visitava corriqueiramente o Príncipe Fahd da Arábia Saudita quando ele tirava férias no sul da Espanha. Depois foi a vez do Kuwait: “no final da década de 1980, quando a Espanha estava em plena ascensão, o Kuwait veio investir e adquirir empresas”.

      Desde então, as monarquias árabes tiveram como alvo a Espanha para grandes investimentos. Alguns edifícios emblemáticos de Madrid e Barcelona, isso sem falar da Costa del Sol, já são de propriedade de grupos de investimentos árabes, do Estádio Santiago Bernabeu em Madri à cadeia de hotéis de luxo W Hotel de Barcelona.

      Em Marbella, a poucos metros da Mesquita do Rei Fahd, encontra-se o Alanda Hotel, que oferece alimentos e serviços halal para atender as demandas dos clientes muçulmanos. Em 2011, a International Petroleum Investment Company, controlada pelo Emirado de Abu Dabi, comprou a Cepsa, segunda maior empresa petrolífera da Espanha.

      Em janeiro último o Rei Felipe VI da Espanha visitou a Arábia Saudita anunciando que a Espanha irá incrementar as relações econômicas, comerciais e de investimento com o reino islâmico. Antes disso, em 2012, a Saudi Aramco deu preferência a projetos de empresas espanholas no valor de US$700 milhões. A Espanha e o Qatar estão negociando a formação de um Fundo de investimento conjunto no valor de US$1 bilhão que possibilitará o país do Golfo a investir na América Latina.

      A mídia dos Emirados Árabes chamou a Espanha de “um país promissor para o investimento do mundo árabe”. Depois do Qatar, foi a vez de Omã investir no mercado espanhol: Omã acaba de acordar investimentos de até US$120 milhões em uma mina de urânio na Espanha, para ser usada em usinas de energia nuclear de Omã.

      Demograficamente os muçulmanos estão testemunhando um aumento surpreendente de sua população na Espanha. Em 1990 os muçulmanos totalizavam 100 mil habitantes no país. Em 2010 o número saltou para 1,5 milhão. Em 2017 está perto de dois milhões. É um crescimento de 1.900% em 27 anos.

      Já há 1.400 mesquitas na Espanha. De acordo com o Observatório de Pluralismo Religioso da Espanha (uma iniciativa do Ministério da Justiça), “esse número representa 21% de todos os lugares de culto de todas as religiões presentes na Espanha”.

      O financiador mais prolífico de mesquitas na Espanha é a Arábia Saudita. Em 1985, usando apenas recursos próprios, o reino saudita abriu o Centro Cultural Islâmico em Madri, a maior mesquita da Europa, seguida pelo Centro Islâmico de Málaga, que os sauditas financiaram com 22 milhões de euros (hoje a região circunvizinha de Madri conta com 112 mesquitas e centros culturais islâmicos). Conforme Soeren Kern do Gatestone Institute salientou: os sauditas construíram mesquitas em tudo quanto é canto, de Marbella à Fuengirola.

      Inescrupulosos governos islâmicos, como o Irã, também conseguiram se infiltrar em partidos políticos espanhóis. De acordo com uma investigação, Teerã doou dinheiro ao Podemos, partido de esquerda que surgiu como uma nova força no cenário político espanhol.

      O diário madrilenho ABC ressaltou que 800 mesquitas na Espanha estão fora de controle. O diário espanhol La Razon acusou os doadores do Golfo, como o Qatar, de serem a origem da islamização da Espanha. Os sauditas também lançaram um novo canal de televisão espanhol, Córdoba TV, seguidos pelo Irã com outro canal.

      Os detalhes dessa proliferação religiosa são abordados no livro A Espanha de Alá de Ignacio Cembrero. Apesar do número de igrejas católicas na Espanha não ter sofrido muita variação durante muitos anos, as mesquitas muçulmanas têm crescido a uma velocidade de 20% ao ano.

      O Xeque Tamim bin Hamad al Thani, do Qatar, também quis comprar a Arena de Barcelona La Monumental para transformá-la na maior mesquita da Europa. Os Emirados Árabes Unidos financiaram a construção da Grande Mesquita de Granada.”…

      O texto acima foi escrito por Giulio Meotti , em 8 de Outubro de 2017.

      Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

      • Os ATEUS Ocidentais de ESQUERDA não são os Perigosos , alguém teria que atacar o Islã desviando as atenções , Claro !!

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