Começam os testes da propulsão do NDCC “Mattoso Maia”

Entre os dias 4 e 10 de agosto, o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Mattoso Maia” iniciou os testes de funcionamento de dois dos seus motores diesel de propulsão. Os seis motores propulsores foram submetidos à extensa revisão geral, como parte do projeto de revitalização do navio, e serão comissionados progressivamente, ao longo do segundo semestre de 2017. Os testes com os motores permitirão o início dos ajustes e testes de aceitação do novo sistema de controle da propulsão, desenvolvido integralmente por empresa nacional.

Além dos testes com a propulsão, também estão em andamento os serviços finais de revitalização do sistema de geração de energia pelo navio. Os três grupos diesel geradores também foram submetidos à extensa revisão geral e um dos motores já foi parcialmente testado, com sucesso. Pretende-se comissionar o sistema até o final de 2017.

O dia 4 de agosto foi um marco importante do projeto de revitalização do NDCC “Mattoso Maia”. Na data, foi inaugurada a nova cozinha do navio, pelo então Comandante em Chefe da Esquadra, Almirante de Esquadra Celso Luiz Nazareth, acompanhado do Vice-Almirante Alipio Jorge Rodrigues da Silva, atual Comandante em Chefe.

O NDCC “Mattoso Maia” (ex-USS Cayuga – LST 1186) é o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome, em homenagem ao Almirante Jorge do Paço Mattoso Maia, Ministro da Marinha, no período de 1958 a 1961. Seu deslocamento padrão é de 4.975 toneladas e de 8.576 toneladas carregado. Possui 171.05m de comprimento, 21.21m de boca e 5.24m de calado máximo.

Sua Propulsão é composta de seis motores diesel ALCO 16-215, com dois eixos e hélices de passo controlado. Dentre as capacidades do navio, destaca-se a de realizar abicagem e desembarcar material e tropa diretamente no terreno, por intermédio de sua rampa de proa.  O navio é atualmente comandando pelo Capitão de Mar e Guerra Marcos Taylor Fontes.

Fonte: MB

12 Comentários

    • Também comi muito deste tipo de panela,descobri que minha gastrite vem dai,do excesso de amido que fica no arroz e macarrão uma peculiaridade deste tipo de panela no cosimento não deixa evaporar amido e o alimento fica muito rico em amido,quem me disse isto foi meu gastroenterologista,mas parabéns a Marinha pela assertiva não é só de criticas que devemos ser mas também devemos elogiar quando fazem coisas boas.Brasil acima de tudo só abaixo de Deus.

  1. Pelo visto estão fazendo uma “reforma “Geral” mas, sabe-se lá se será efetivo?

    Como trata-se de um vaso com meio século de lançamento (EUA/Brasil), não consigo deixar de pensar no Ceará, que era um pouco mais velho que este. Passou por uma revitalização extensa, mas sua propulsão falhou em sua primeira comissão (ao Haiti), logo após seu retorno ao serviço ativo. Consequentemente, deu baixa, demonstrando que todo dinheiro gasto na reforma foi jogado no lixo.

    Mas, como disse o Alm Leal, precisamos de meios de superfície. Esse ai, se funcionar a contento, carrega o piano e libera o Bahia para funções “mais nobres”.
    Veremos.

    • O Ceará tinha propulsão a vapor (caldeiras).
      O Mattoso Maia usa motores diesel.
      Qual você acha que é mais fácil de manter?
      Não dá para comparar maça com laranja.

      • Prezado Pedro, essa é uma análise superficial e um tanto óbvia.
        Alertei para o FATO de que PMGs em navios com mais de meio século serem uma aposta arriscada, assim como o foi o do Ceará e do A12. Ambos custaram milhões aos cofres públicos e acabaram descartados ao final da empreitada. A experiência mostra que os gastos são expressivos, enquanto os resultados, incertos na melhor das hipóteses. Um verdadeiro ralo de dinheiro público (e monumentos à incompetência).
        Um incauto diria que a MB aprendeu a lição. Talvez não. Veremos.
        Ressalta-se que gostaria (muito) de estar enganado.

  2. Duas observações !

    1-Vejam que temos capacidades de ” evoluir” os projetos de navios.
    Acho que quando a MB adquirisse navios ultrapassados (ex : Matoso Maia, Bahia, A-12 etc.), deveria pedir também os projetos e desenhos do navio, para assim baseados neles desenvolver uma evolução do projeto.
    Afinal de contas tudo de moderno que existe hoje, derivou de algo ultrapassado; mas que até então em sua época era supra sumo da tecnologia .
    Se fizéssemos fazendo isso desde os primórdios, hoje não precisaríamos comprar tecnologia de ninguém ( sistema de armas, comunicações, guerra eletrônica, plataformas etc.).
    2- Acho que o Brasil deveria adotar o mesmo modos operantes que os E.U.A adota em relação a seus navios.
    Lá os navios não pertencem a marinha americana e sim ao povo americano, dai a nomenclatura USS ( United State Ship, Navio dos estados unidos).
    Aqui a nomenclatura deveria ser NBR ( Navio Brasileiro), depois derivaria sua classe.
    Precisamos urgentemente investir em P&D de sistemas de armas, e esquecermos de vez as plataformas.
    Após dominado todas as capacidades de sistemas de armas, partiríamos para as plataformas.
    Pois podemos colocar um canhão laser até mesmo em um rebocador, tornando assim o mesmo uma arma letal !!!
    Mesmo caminho seguido por Israel.

  3. ………..creio que qualquer estaleiro que venda naves de guerra ou navios mercantes o faz com a entrega do barco com seus respectivos desenhos ou até venda os desenhos de determinado tipo de embarcação….há uma boa matéria aqui do PB datada de 28 de abril de 2013 muito ilustrada de título “Conheça os projetos do Centro de projetos da Marinha do Brasil” falando sobre diversos tipos de barcos…..pra recondicionar 100% naves com mais de trinta anos fica um pouco difícil mas não impossível …..afinal a verba ta curta, mas faço fé que conseguirão êxito com o Mattoso Maia…..Sds…………..

  4. Felicitações a Esquadra e a seu pessoal que está fazendo milagres para manter um mínimo de operacionalidade destes navios.

    Não farei críticas porquê o operativo não tem o quê fazer se não existe vontade política para verbas minimamente decentes e o almirantado não enxerga na publicidade o caminho para formar opinião pública com mentalidade naval.

    CM

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