EUA estão nervosos na Síria, opina especialista

A coalizão internacional liderada pelos EUA abateu um drone sírio, comunica o canal Sky News Arabia.

O cientista político russo Vyacheslav Smirnov disse que os americanos não percebem bem o que estão fazendo na Síria.

O VANT em questão era um Shahed-129 de fabricação iraniana que pertencia ao exército sírio. O drone foi abatido perto da região de Al Tanf, comunica o canal.

Foi precisado que o drone transportava uma ogiva que não explodiu. O alcance do Shahed-129 é de até 2.000 km, ele é capaz de transportar 4 mísseis da classe ar-terra e atingir alvos terrestres móveis e imóveis.

Dois funcionários americanos disseram ao canal CNN que um caça F-15E abateu o drone na segunda-feira (19 de junho) à distância de 55 km da fronteira da zona de desescalada. Um deles disse que o drone foi classificado como uma ameaça.

No domingo (18 de junho), a coalizão ocidental abateu um avião da Força Aérea da Síria alegando que o avião Su-22 bombardeava as forças da oposição perto de Raqqa. Damasco disse que este avião abatido participava de uma operação contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e muitos outros países) e acusou a coalizão internacional de coordenar seus ataques com os terroristas.

As ações dos EUA e seus aliados também foram criticadas pelo MRE da Rússia, e o Ministério da Defesa da Rússia as considerou como “uma agressão militar de fato contra a Síria”.

O diretor do Instituto de Sociologia Política, Vyacheslav Smirnov, pensa que os EUA não têm uma coordenação precisa entre as lideranças civil e militar.

“Os EUA estão nervosos, tentam mostrar sua presença, defender e fixar os objetivos que teoricamente representam para eles uma ameaça. A isso se deve o fato de os EUA não estarem realizando operações de grande escala e, em geral, se preocuparem mais com a defesa antiaérea e aviação. Ao mesmo tempo, os comandantes da coalizão vivem sua própria vida, bem como o Senado e o Congresso dos EUA. Eles não são ligados, os militares não pensam sobre as negociações, eles têm outros problemas”, disse.

O especialista disse que os EUA não percebem bem o que eles estão fazendo na Síria, para que é que eles estão lá. “Eles não têm interesses precisos na região, mas não podem sair de lá sem perder a face. Por essa razão, eles tentam reagir de alguma maneira aos acontecimentos na região”, concluiu o especialista.

Foto: © AP Photo/ Hammurabi’s Justice News

Fonte: Sputnik News

 

4 Comentários

  1. E como estão afinal os seus animalzinhos de estimação ( os terroristas do estado Islâmicos ) estão levando uma maior surra do exército sírio com ajuda da Rússia e Irã e isso sem levar em conta do aperto que a Arábia Saudita está tendo no Iêmen … a hegemonia americana naquela região vai ficar no passado …olha que a China nem começou atuar por lá … TE CUIDA JACOZINHO …. a tua batata esta assando .

    • kkkkkk os aliados russos todos caindo no oriente médio a Síria é só mais um, quero ver o exército sírio enfrentar os curdos para ver a surra que não vão levar, mal conseguem enfrentar terroristas sem estrutura e apoio aéreo nenhum.

      • Quais era os outros aliados que não me lembro pois só a Síria é aliado russo.

        Outro ponto sobre os curdos é que antes do apoio maciço dos EUA os curdos ficaram perto de sumirem da Síria e sim neste exato momento os Exército sírio não é capaz de enfrentar mais os curdos que receberam muitas armas dos EUA. Não faça argumentos sem ter a exata noção do que acontece no campo de batalha.

  2. Para mim isto tem mais haver com as novas sanções que os EUA querem impor a Russia, obrigando a União Europeia a comprar o gás norte-americano. Alemanha ameaçou retaliar contra os EUA por tentar interromper o gasoduto Ramo Norte 2 (Nordstream 2) da Rússia para a União Europeia, de modo a impedir que os EUA exportem seu gás natural para a UE, o que torna a UE dependente do caro gás dos norte-americano.

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