NEGÓCIOS: Novo embaixador nos Emirados quer atrair investimentos para o Brasil

greja (dir.) com Alaby: Emirados têm importância fundamental para o Brasil. (Foto: Comex)

O novo embaixador brasileiro nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, terá como principal desafio a atração de mais investimentos do país do Golfo ao Brasil. O diplomata segue para Abu Dhabi ainda este mês e esta semana está em São Paulo para reuniões com empresas, entidades setoriais e órgãos estatais para trocar informações e colocar a embaixada à disposição. Nesta terça-feira (06), Igreja visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, onde foi recebido pelo diretor-geral Michel Alaby.

“À parte de sua importância política, os Emirados têm importância econômica e comercial fundamental para o Brasil”, disse o embaixador em entrevista à ANBA. “É um país rico e que busca muitas possibilidades de investimentos no exterior. O grande desafio será atrair o interesse e os investimentos dos empresários dos Emirados ao Brasil, aprofundar as relações neste campo”, acrescentou. Além da Câmara Árabe, nesta terça-feira Igreja esteve na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no escritório da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai na capital paulista e na Secretaria Municipal de Relações Internacionais. Na quarta-feira (07), o diplomata terá encontros com empresários na sede da Câmara Árabe.

INDÚSTRIA DE DEFESA

Para ele, os setores que mais podem atrair o interesse de investidores dos Emirados são o agronegócio, infraestrutura, indústria de defesa e imobiliário. Na indústria de defesa, a indústria de armas de pequeno calibre Caracal, de Abu Dhabi, anunciou a construção de uma fábrica em Goiás, e a National Defense Company Council, entidade que reúne as empresas de defesa dos Emirados, assinou um acordo de cooperação com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), durante visita recente ao Brasil do ministro de Estado de Assuntos de Defesa da nação árabe, Mohammed Bin Ahmed Al Bowardi.

O embaixador vê oportunidades também de cooperação trilateral, onde um país entra com o investimento, outro com o know-how, mas o projeto propriamente dito é realizado num terceiro. “Nós temos grandes experiências em cooperação internacional e eles (os Emirados) têm os recursos”, declarou. Há um acordo de cooperação técnica em negociação entre os dois países.

COMÉRCIO EXTERIOR

O comércio é outra área em que Igreja avalia existir potencial de avanço. A corrente comercial entre o Brasil e os Emirados somou US$ 2,6 bilhões no ano passado, com um saldo favorável ao lado brasileiro em mais de US$ 1,8 bilhão, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). “Há potencial para aumentar, os Emirados são quase como um entreposto, então produtos exportados pelo Brasil para lá depois podem ser reexportados para outros países. E temos condições de exportar produtos com maior valor agregado. Quanto mais intensificarmos nossas relações bilaterais, mais chance temos de aumentar o comércio”, destacou o diplomata.

CRISE DIPLOMÁTICA

O embaixador irá desembarcar em Abu Dhabi num momento delicado. Na segunda-feira (05), Arábia Saudita, Bahrein, Emirados, Iêmen e Egito anunciaram rompimento de relações diplomáticas com o Catar, sob o argumento de que Doha apoia grupos considerados terroristas, o que os catarianos negam. Nesta terça, o Itamaraty divulgou nota em que pede aos países para “retomarem o diálogo para a superação da crise” e “moderação com vistas à estabilidade da região”.

Para Igreja, o problema é “localizado” e “momentâneo”, acrescentando que já ocorreram desentendimentos diplomáticos entre estes países no passado, mas que foram solucionados. Ele ressaltou que as nações do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) se relacionam de forma pacífica.

“E é importante se manterem assim”, declarou o embaixador. O bloco é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados, Kuwait e Omã. “Não há interesse numa crise maior. A expectativa do Brasil – que tem excelentes relações com todos os países do Golfo – é essa. Nosso interesse é que a questão seja resolvida rapidamente e de forma pacífica”, destacou. Para ele, o problema não afetará as relações das nações envolvidas com o Brasil.

EMBAIXADOR

Igreja tem 52 anos, é formado em Direito e está na carreira diplomática há 31 anos. O posto em Abu Dhabi será seu primeiro como embaixador, mas ele já serviu em representações diplomáticas brasileiras em Lisboa, México, Paris, Boston e Argel. Na capital argelina ele foi responsável pelo setor de promoção comercial da embaixada. De 2013 a 2016, o diplomata foi chefe do cerimonial do Itamaraty. “Minha carreira é bem diversificada, tratei de assuntos diferentes como consulares, políticos, econômicos e muito de comércio na Argélia”, comentou.

Fonte: Comex via IDS

5 Comentários

  1. Bola da vez é o Brasil, vide norte da africa… Projeto muçulmano da década 2020 a 2030 e encher esse país de Mesquitas e “investimentos”…

  2. É impressionante como os políticos brasileiros vendem o país por algumas moedas…em breve veremos mesquitas em cada esquina e a mídia comprada a trocados relativizando e omitindo a influência muçulmana no país…

  3. Mas enquanto estamos sendo entregues ao GS e agindo como seu Reboque ,ninguém se preocupa ,agora o serviço de propaganda Sionista/Americano esta criando Baboseiras e os Colonizados ficando desesperados !!
    Estudando não nos conseguem Enganar,estudem PUNTO A PUNTO o Oriente Médio ,o mundo Arabe e o Islâ ,claramente ficará claro como agua da fonte ,quem é o Desgraçado e Agressor ; comecem baixando ,alugando ,etc o filme Lawrence da Arabia ,nele terão o BA =BA para se informarem …

  4. “Investimentos” no Brasil: centros de adestramento de terroristas, fornecimento de armas para guerrilheiros, escolas de pregação ideológica islâmica e marxista, compra da mídia por islâmicos, venda de setores estratégicos a estrangeiros mal-intencionados, etc.

    “Investimentos” do Brasil nos países do Golfo: lavagem de dinheiro, contas de políticos corruptos e de bandidos violentos.

    A pátria continua a ser traída – e a troco de banana.

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