Exército indiano lança RFI para a aquisição de um novo fuzil de assalto

O Exército Indiano decidiu buscar no mercado internacional um substituto para seus obsoletos fuzis de assalto INSAS ( Indian Small Arms System ) 5,56 × 45 mm de projeto indiano. A decisão Indiana ocorre no mesmo período em que o Instituto de Pesquisa e desenvolvimento de armamentos enviou para avaliação por parte do Exército o protótipo do fuzil de assalto Excalibir AR-2. De acordo com informações o AR-2 é a segunda versão do fuzil indiano Excalibur 5,56×45 mm que foi modificado para poder operar munições no calibre 7,62×39 mm.

O fuzil de assalto Excalibur em calibre 5,56×45 mm foi apontado nos testes como pronto para uso pelo Exército Indiano. Porém nas conferências do Comando do Exército no último ano, a pedidos dos comandantes foi requerida uma versão em calibre 7,62×51 mm, já que este calibre possui melhor precisão e maior probabilidade de neutralizar o alvo que o calibre 5,56×45 mm.

A escolha do calibre 7,62×51 mm se deu em grande parte devido a experiencia do Exercito Indiano em situações reais de combate como ações anti terrorista e contra insurgência no qual o calibre 7,62×39 mm do AK-47 se mostrou mais eficiente que o 5,56×45 mm do fuzil indiano INSAS.

Experimentos anteriores já buscavam a um bom tempo desenvolver um rifle de cano flutuante e intercambiável, visto que nenhum fabricante internacional atendeu a proposta feita pelo Exército Indiano.

Devido a esses fatos a Índia emitiu um pedido de informações ( RFI – Request for Information ) para a aquisição de um novo Fuzil de Assalto calibre 7,62×51 mm. O pedido indiano e para uma possível compra de 65.000 mil fuzis de assalto que serão adquiridos diretamente do fabricante e outros 120.000 mil serão fabricados na Índia mediante transferência de tecnologia.

Segundo o Brigadeiro do Exercito Indiano da reserva e analista de defesa Rahul Bhonsle essa sera a segunda tentativa por parte do exercito indiano para a aquisição de uma nova arma para substituir o INSAS. “Em 2011 a Índia emitiu um RFI porém só quem atendeu os requisitos indiano foi a israelense IMI. Na época a Índia pedia uma arma “multicalibre” que fosse capaz de operar tanto o calibre 5,56×45 quanto o 7,62×39”.

Ainda segundo Rahul Bhonsle o novo RFI e para uma arma de calibre único nesse caso o  7,62X51 mm e deve possui trilhos MIL -STD -1913 Picatinny. Os trilhos permitem adaptar de forma fácil um lança granadas  e mira óptica na arma. A Índia enviou o RFI para fabricantes nos EUA, América do Sul, Europa, Russia e Asia , disse Bhonsle. 

Nota do Editor: Atualmente apenas três empresas Sul Americanas fabricam fuzis de assalto: A Colombiana Indumil ( Industria Militar) que atualmente fabrica  o Fuzil de Assalto Galil ACE ( calibre 5,56,45 mm e 7,62,51 mm) a Chilena FAMAE (Fábricas y Maestranzas del Ejército) que também fabrica o Galil ACE ( calibre 5,56,45 mm e 7,62,51 mm) e a Brasileira  IMBEL ( Indústria de Material Bélico do Brasil) que fabrica o Fuazil de Assalto IA2 (calibre 5,56,45 mm e 7,62,51 mm).

Nota do Editor²: A Taurus apresentou em 2017 o fuzil de assalto T-4 (lançamento oficial ocorreu durante o SHOT Show 2017). O fuzil T4 Series da Taurus possui calibre 5,56×45 mm sendo baseado na consagrada plataforma M4. Porém até o presente momento não esta sendo fabricado em serie. 

Colaborou MessiaH

Com Informações de Vishal Karpe, IDRW.ORG e Defense News

7 Comentários

    • mais pesado sim, um pouco maior? também, essas são as desvantagem do 7,62 mm agora precisão, alcance, letalidade, não tem nem comparação só pra saber na selva só se utiliza 7,62 pq? 5,56 desvia em galhos diferente do 7,62 que dependendo da grossura perfura,resumi os principais entre outros.

      • Essa conversa de que o calibre 7,62 é melhor que o 5,56 mm na selva não passa de lenda. O exercito colombiano, o mais experiente das Américas em contra insurgência na selva utiliza o 5,56 mm e não consta que esteja pensando em trocar pelo 7,62 mm. Combate na selva se dá em curtas distancias, se o combatente consegue ver o inimigo para mirar, não tem porque falar em “desvio em galhos”.

    • Estados Unidos, Europa em peso e praticamente todos os outros paises do mundo adotam ou estão adotando o 5,56. Cada qual com suas necessidades.

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