EUA permitem que vítimas do 11 / Setembro processem a Arábia Saudita

Câmara dos Representantes aprova legislação que viabiliza ações legais contra governos suspeitos de apoiar o terrorismo. Presidente Barack Obama deve vetar medida por esta contrariar a imunidade que protege os países.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, nesta sexta-feira (09/09), uma legislação que permite aos familiares das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 processarem governos estrangeiros suspeitos de apoiarem atos de terrorismo contra o país. A Casa Branca deve, no entanto, vetar e medida.

O chamado Ato da Justiça contra Apoiadores do Terrorismo (Justice Against Sponsors of Terrorism Act, em inglês) foi aprovado na Câmara por unanimidade cerca de quatro meses após a sua passagem pelo Senado. A medida tem registrado forte oposição da Arábia Saudita, de onde eram originários 15 dos 19 homens que desviaram os aviões e executaram os ataques em Nova York e Washington.

O projeto foi enviado à Casa Branca alguns dias antes do 15º aniversário dos ataques, mas a o governo do presidente Barack Obama já manifestou a sua oposição à medida por contrariar a doutrina de imunidade soberana que protege os países de recursos civis ou processos criminais.

Em maio, após a aprovação por unanimidade pelo Senado, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, justificou a posição do governo. “Esta legislação iria alterar a lei internacional há muito em vigor sobre a imunidade soberana. E o presidente dos Estados Unidos continua a manifestar sérias preocupações de que esta legislação poderá tornar os EUA vulneráveis a outros sistemas judiciais por todo o mundo”, considerou.

De acordo com a atual lei, as vítimas de terrorismo apenas podem processar os países oficialmente designados pelo Departamento de Estado como apoiadores de terrorismo, como o Irã e a Síria. Ainda não foi provada a cumplicidade do reino saudita com os ataques da Al Qaeda e o país não foi formalmente implicado, nem designado apoiador de atividades terroristas, segundo a agência de notícias AFP.

Em fevereiro, Zacarias Moussaoui, apontado como o 20º membro dos comandos que desviaram os aviões em 2001, disse a magistrados americanos que a família real saudita doou milhões de dólares à Al Qaeda durante a década de 1990.

A embaixada saudita negou as alegações de Moussaoui. Suas declarações, porém, resultaram no retorno do debate sobre a eventual divulgação de Washington da seção de 28 páginas do Relatório da Comissão 9/11, que ainda está catalogada como secreta.

Os documentos que foram liberados e divulgados em meados de julho mostram que ao serem investigadas eventuais ligações entre o governo saudita e os ataques de 11 de setembro foram encontradas diversas suspeitas, mas não foi possível provar laços diretos.

PV/lusa/afp

Foto: Arquivo / Equipes de resgate trabalhando entre os escombros do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

Fonte: DW

2 Comentários

  1. ‘’Os hipócritas ocuparão o ínfimo piso do inferno e jamais lhes encontrarás socorredor algum. Salvo aqueles que se arrependerem, se emendarem, se apegarem a Deus e consagrarem a sua religião a Ele; estes contar-se-ão, assim, entre os fiéis, e Deus lhes concederá uma magnífica recompensa.’’ (Alcorão Sagrado 4:145 e 146)
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    Se me lembro muito bem .. esse nefasto governo americano … arrasou uma nação toda( Iraque) .. em nome da mentira que tal pais teve relação com ao atentado 11 de Setembro .. alás depois da que fatídico dia .. o mundo virou em um inferno como vemos hoje … golpe atrás de golpe pelos amantes da injustiça … poque o tio S_ã não faz com os sauditas. o mesmo que foi com o Iraque,Líbia,Iêmen,Síria,Afeganistão,Palestina .. etc..etc . ??

  2. Operação de bandeira falsa (False flag) são operações conduzidas por governos, corporações, indivíduos ou outras organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo de modo a tirar partido das consequências resultantes. O nome é retirado do conceito militar de utilizar bandeiras do inimigo. Operações de bandeira falsa foram já realizadas tanto em tempos de guerra como em tempo de paz. Operações de bandeira falsa realizadas para obter pretexto para entrar numa guerra

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