Banco dos BRICS aprova financiamento para a Rússia e conclui acordo com o BNDES

Foi realizada nesta quarta-feira, em Xangai, a primeira reunião anual do Conselho Diretor do Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS (NDB).

Nesta reunião, o banco aprovou o financiamento do projeto de construção de hidrelétricas de pequeno porte na República da Carélia, na Rússia, no valor de 100 milhões de dólares. Além disso, foi celebrado um acordo-quadro com o BNDES e com o Banco Asiático de Desenvolvimento.

“Hoje, o conselho de diretores celebrou um acordo-quadro com duas instituições: Banco Asiático de Desenvolvimento e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social”, disse o vice-ministro russo. Após a celebração desse acordo, as partes poderão finalmente inciar um diálogo mais específico e começar a negociar a realização de projetos concretos, disse o vice-ministro das finanças da Rússia, Sergei Strochak, que elogiou o trabalho realizado pelo presidente do banco, o indiano Kundapur Vaman Kamath.

“No início de toda instituição, ainda mais de uma instituição multilateral de desenvolvimento, há muito trabalho técnico, de rotina e pouco interessante a ser feito. O presidente e a sua equipe realizaram esse trabalho com sucesso e já conseguimos tomar decisões relacionados à nossa atividade, no âmbito dos projetos. Nesse sentido, a Rússia, na qualidade de acionista, está satisfeita com o trabalho realizado neste primeiro ano, desde a inauguração da instituição”, disse Strochak aos jornalistas em Xangai, após a reunião anual do NDB.

O vice-primeiro ministro da China, Zhang Gaoli, discursou durante a cerimônia de abertura do conselho de diretores garantiu que o governo da China seguirá apoiando as atividades do banco de desenvolvimento dos BRICS.

“China concedeu muitas condições favoráveis para a instituição e o funcionamento do banco. O governo da China seguirá oferecendo apoio ao NDB, para que o banco possa operar com sucesso”, disse Zhang Gaoli.

“Os países do BRICS estão enfrentando diversos desafios e ameaças. Tenho certeza de que as dificuldades também trazem oportunidades. Devemos transformar crises em oportunidades. Estamos certos de que a tendência de fortalecimento do peso dos países do BRISCS será mantida. O nosso papel seguirá aumentando arena global”, disse o chinês.

Ainda nesta quarta, o banco aprovou financiamento para construção de pequenas hidrelétricas na República da Carélia, na Rússia. O financiamento, no valor de U$100 milhões será repassado para os parceiros do NDB: Banco de Desenvolvimento Euroasiático (BDE) e Banco Internacional de Desenvolvimento.

O especialista russo Aleksandr Apokin, diretor do grupo de pesquisa da economia mundial do Centro de Análise Macroeconômica e de Previsões de Curto Prazo da Rússia, explicou o procedimento em entrevista para a rádio Sputnik.

“O banco dos BRICS é um banco de desenvolvimento de escala global, e deve possuir expertise no âmbito dos projetos que financia. Por isso a parceria com os dois bancos intermediários, que possuem grande expertise nesse campo em países da CEI e da União Euroasiática.”

Segundo o especialista, “Brasil, Índia e China já aprovaram projetos dessa escala” no âmbito do NDB, e “agora é a vez da Rússia”.

Com sede em Xangai (China), o Banco dos BRICS é um banco de desenvolvimento multilateral, operado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição tem como meta promover a cooperação financeira e o desenvolvimento de mercados emergentes. Cada membro contribui com 20% do capital do banco, tendo direito ao mesmo poder de voto.

Até o momento, 45 pessoas já foram contratadas para trabalhar na sede da instituição em Xangai. Até o final do ano, o quadro de funcionários da instituição deve aumentar para 100.

O Bando dos BRICS começou a funcionar no ano passado, em 20 de julho de 2015. Durante o último ano, o banco aprovou os seus primeiros cinco projetos na área de infraestrutura, recebeu a qualificação AAA das agências financeiras chinesas Chengxin International Credit Rating e China Lianhe Credit Rating, e lançou no mercado chinês títulos de crédito para energia renovável no valor de 4 bilhões de yuans (cerca de R$1,9 bilhões).

Foto: © REUTERS/ Aly Song

Fonte: Sputnik News

 

13 Comentários

  1. Se é dinheiro …. ai a ideologia daqueles que chama a China e a Rússia de comunistas vai ficar para outro dia … rssr .. e como ninguém sabe o dia d’manhã … A reavista dos capitalistas já deu seu prognóstico para a economia do brazil …FORBES: TEMER PODE LEVAR O BRASIL DE VOLTA AO FMI.. é igualzinho com o que aconteceu com a Argentina .. onde o Macri contraiu empréstimos para pagar os abutres .. é isso mesmo .. é hora de dividir o espólio …como no caso do reajuste de 41% para judiciário e 12% para o MPF .. esse dinheiro do banco BRICS vem em boa hora para o brazil .. 😉

    • A China é uma Ditadura , mas é Capitalista de Estado , já os que insistem em dizer que a Rússia é Comunista , suas ignorâncias me dão pena , geralmente são os Entreguistas de Mente Colonizadas , deviam saber que a Rússia é mais Capitalista que nós , e tem no Poder um Estadista , para Inveja de todos nós , que a mais de trinta anos revezamos no Poder o que de Pior nos Representam !!

  2. Novamente nosso dinheirinho suado indo financiar obras em outros países… deve ser porque aqui não temos mais nada para construir… mas não me lembro que o Maluf tenha sido presidente… talvez ele tivesse construido viadutos e pontes pelo país inteiro e até asfaltao o rio Amazonas… 🙂

    Já o molusco, nem estrada de terra rasgou nesse país de rodovias sem buracos… e o que começou não terminou… típico…

  3. BOBINHOS, esses meninos q acreditam em FMI e agora nesse banco dos BRICS rsrs..

    banco é banco, vai cobrar juros altos de qualquer forma, a conta uma hora chega para pagar, pra quem pegou dinheiro emprestado.

    é como falo, só muda a bandeira, o ideologista americanófilo puxa a sardinha para o FMI, o ideologista russófilo fica puxando a sardinha para o banco dos Brics, e os BOBINHOS continuam na pobreza dando seu suado dinheiro pago em impostos para esses países, enquanto nós aki na mesma.

    vai BOBINHO, fica defendendo banco, brigando e discutindo qual é melhor, qual os juros são menores ou maiores para pagar, só pq sua ideologia pende para o lado X ou Y

    BOBINHO esses meninos !!!! é seu dinheiro q está indo pro ralo ou para o bolso de alguém q não dá a mínima pra vc.

    • O Banco dos BRICS é um banco sim, como qualquer outro. A diferença, sr. Alessandro, é que a proposta dos BRICs é que NÓS, SEREMOS O DONO DESSE BANCO. Se o dinheiro que o Banco dos BRICS financiar alguma obra, em algum país, os juros do empréstimo irão para os DONOS DOS BANCOS, que são: Rússia, China, Brasil, Índia e África do Sul. E as regras do Banco dos BRICS quem fez foram esses países, membros fundadores.

      Diferente do FMI, que foi arquitetado somente para beneficiar Estados Unidos e Europa Ocidental.

      Estou vendo sim, quem é o BOBINHO dessa história.

      • O bobinho dessa história é quem acredita que o “Brasil-PuTênfia” também vai ser dono do Banco “duzbriqui “, quando não precisa ser muito inteligente para saber que o maior, senão único beneficiado com o mesmo, será a China. Aliás, periga esse banco servir como cabresto dos chineses

      • Olha só quem acabou de virar comunista: o S-88, impressionante.

        Quer dizer que você acha que a China, que é quem vai entrar com a maior parte da grana no banco, deveria ter menos participação acionária? ou igual? então qual a vantagem da China entrar com mais dinheiro?

        Peraí, direitos iguais, mesmo para quem entrou com a grana maior, isso é coisa de comunista, não é mesmo? tipo nivelar por baixo, não é não? acabar com o estímulo, essas coisas e tal.

        Ah, mas eu sei o motivo dessa sua incoerência: o que você defende de verdade é o Imperialismo americano, não capitalismo ou coisa parecida. Combate ao comunismo é só desculpa.

        Olha só, a China tem participação acionária maior no Banco, claro, porque entrou com mais grana e porque é quem tema mais cacife. Mas o Brasil é membro fundador do Banco, tem direitos de proprietário, ainda que como acionista minoritário e vai sim usufruir dos benefícios do Banco. Inclusive, o Brasil participou da elaboração das regras e estatuto. Se houvesse algo que fosse prejudicial ao Brasil, ele poderia manifestar-se.

        Impressionante você, S-88.

      • Não estou falando de Comunismo “Teacher” mas sim de assimetria! O banco “duzbriqui” apenas reflete a profunda assimetria existente dentro do, vai lá, bloco onde a posição (e o protagonismo) da China e da Rússia frente ao demais é abissal. Resta muito claro que a função do saco de gatos, porque bloco não é, é servir de uma falsa legitimidade para Moscou e Pequim, em especial a última, quando confrontam os EUA.

        No mais o banco “duzbriqui” é muito mais um banco chinês do que um banco que irá servir ao bloco. E isso não tem nada a ver com a maior participação mas sim com os objetivos do mesmo. E essa história de que o “Brasil-PuTênfia” também é proprietário, que ajudou a elaborar as regras e estatuto é tudo bobagem já que o nosso megalonanismo não tem como confrontar as posições do sócio majoritário.

        E uma vez que era patente a desonestidade do governo anterior e de sua “diplomacia dos atabaques”, certamente o interesse nacional ficou em segundo plano.

      • Então diga em que ponto específico a configuração do Banco dos BRICS nos prejudica, diga especificamente: no que o Banco dos BRICS é prejudicial ao Brasil?

        Você certamente nem leu, nem se informou e nem sequer sabe como funciona o Banco dos BRICS. Simplesmente concluiu que é prejudicial porque faz concorrência ao Sistema Financeiro Atual, cujo dono é o seu Deus, os EUA.

        Esse sim comprovadamente, e na prática, prejudicial aos interesses do Brasil e de todo país de Terceiro Mundo que cair nas garras dele. O Sistema Financeiro Internacional é totalmente configurado para beneficiar os EUA e a Europa Ocidental.

        Oras bolas, você não é um ferrenho defensor do capitalismo? então no mínimo, deveria estar contente por haver mais um concorrente no mercado.

        Não funciona assim no mercado de carros, por exemplo? se só existe uma empresa fornecendo um carro, vai ter que comprar dela, seja o carro ruim ou não. Mas se existem várias, então o consumidor final é beneficiado com mais qualidade e menor preço, em função da concorrência entre elas. É a lei do mercado.

        Enfim, se era um monopólio, se só tínhamos a opção do FMI e agora temos outra, então não é ruim, não é mesmo? Ou não?

        Agora temos a opção de pegar dinheiro, quando precisarmos, do FMI ou então dos Bancos do BRICS, cujo proprietário somos nós mesmos, junto com a China, a Rússia, a Índia e a África. Ponto final.

      • Eu ia me dar ao trabalho de responder a sua verborragia “Teacher” mas é aquela coisa, quem encerra um arrazoado com “ponto”ou “ponto final”mostra que além de não ter argumentos, o que escreve não tem sustentáculo.

  4. Agora com Turquia tambem juntando o BRICS, o que eu escrevi a repeito quase 2 anos atraz, apos ter ouvido uma entrevista de um dos meus informantes Jim Willie, eu diria Good By Mister Dollar, Finito a hegemonia Tio Sam

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