Jungmann na Defesa

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ELIANE CANTANHÊDE

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) é o nome praticamente definido para o Ministério da Defesa no futuro governo Michel Temer, caso o Senado acate o pedido de impeachment e a presidente Dilma Rousseff seja afastada em meados de maio. As chances de Jungmann se consolidaram principalmente depois que o senador Cristovam Buarque (DF), também do PPS e pernambucano, descartou a ida para o Ministério da Cultura em entrevista à Rádio Estadão. Sem Buarque, Jungmann passou a ser o único nome do PPS no páreo para ocupar o primeiro escalão do novo governo.

Ex-ministro da Reforma Agrária do governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área no governo Lula, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implantado o ministério na prática.

Jobim era o preferido por Temer para voltar à Defesa, mas preferiu ficar fora do novo governo, alegando, por exemplo, que sua atuação como advogado-consultor de empreiteiras envolvidas na Lava Jato poderia dar munição a adversários de Temer e dele próprio. Ouvido, ele acertou que dará apoio ao governo como membro do “Conselhão” (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e apoiou o nome de Jungmann “com entusiasmo”, segundo articuladores políticos.

A intenção de Temer é manter os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que vêm sendo consultados informalmente sobre os nomes cotados para a Defesa, inclusive o de Jungmann. Eles têm o compromisso de não se meter em questões políticas, nem assumir qualquer lado.

O DEM é outro partido de oposição a Dilma que terá direito a um ministério no virtual governo Temer. Se esse ministério for Minas e Energia, está previamente decidido que a escolha recairá sobre o deputado, engenheiro e professor José Carlos Aleluia (BA), o mais assíduo relator da área de energia em comissões do Congresso. Se for qualquer outra pasta, o nome passa a ser do ex-líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

Fonte: Estadão

4 Comentários

  1. Pouco importa QUEM será o eventual ministro da Defesa. O que importa é que ocorrerá uma lenta e irreversível avacalhação das nossas Forças Armadas. Pela lógica: na história humana alguma colônia desenvolveu sua força armada independentemente do comando do império? Colônia só precisa ter uma força policial poderosa para reprimir, prender e matar os insurgentes de seu próprio povo.

  2. Um dos grandes defensores e responsáveis pelo Estatuto do Desarmamento, logo no MD! O buraco se aprofunda cada vez mais.Acho q já é hora de parar com experiencias nesse muito importante mas secundário ministério!Pena!

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