MBT BRASIL: MITSUBISHI HEAVY INDUSTRIES TYPE 10

Type 10

Type-10-MBT (5)Autor: Edilson Moura Pinto

 Matéria produzida em parceria com o Site Warfare

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PREFÁCIO

 

O carro de combate TK-X, também conhecido como o Type 10, é o mais recente desenvolvimento das forças terrestres japonesas no tocante aos MBT. Este novíssimo veículo de combate “peso leve” que junto com o Sul Coreano K-2 formam na atualidade os únicos MBT 4ª Geração em estágio operacional, são as referencias mundiais para  o desenvolvimento de carros de combate, embora, para alguns críticos, a primazia de tal feito seja creditada ao modelo japonês em função das suas reais características.

O Type 10 é a resposta japonesa para a guerra centrada em rede em ambiente no cenário do futuro e certamente é um divisor de águas no que tange ao desenvolvimento das novas famílias de carro de combate mundo a fora ao inaugurar uma nova era para os MBT. significativamente mais leves que seus concorrentes.

Segundo alguns especialistas, o veículo foi projetado para ser mais leve, a fim de cumprir as leis e normas das estradas japonesas. O novo MBT pode ser transportado em veículos de transporte comerciais e dispõe de modernos sistemas opto eletrônicos que o resguardam de uma capacidade muito superior aos veículos Type 90 os quais, vieram substituir.

O Type 10, destaca-se em inúmeros fatores, as capacidades incluídas no projeto, que se por um lado não eram objeto principal do programa, por outro, resultaram em características excepcionais ao veículo, tais como: mobilidade e agilidade, dimensionamento para combates em perímetros urbanos e casco projetado para aumentar os índices de reflexão balística com o mínimo de emissões reflexão Infravermelho e RCS.

Todas essas qualidades o garantem um maior índice de sobrevivência no campo de batalha moderno que agora enfrenta em outro campo um adversário nas decisões políticas e estratégicas da defesa japonesa, ameaçando a sua supremacia frente aos potenciais adversários regionais. Neste artigo como em todos da série MBT Brasil apresentaremos o Type 10 a mais nova arma das unidades de cavalaria blindada japonesas.

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TK-10 o protótipo apresentando no ato da execução dos ensaios de campo

 A ORIGEM

Em 15 de dezembro de 2001, o governo japonês aprovou um novo plano de aquisições de médio prazo para a Força Terrestre de Auto Defesa Japonesas (JGSDF). O montante de recursos totalizava cerca de US 223,6 bilhões. 

Os projetos de pesquisa foram planejados para execução em cinco anos e, neles era incluindo o desenvolvimento de um novo MBT (Main Battle Tank- Carro de Combate Principal)  com capacidades de sobrevivência em teatro de operações apto a executar comando e controle avançados, C4I.

De ressalto, a Mitsubishi Heavy Industries (MHI) foi contemplada como a principal contratante para o desenvolvimento do novo veículo até então chamado TK-X, cuja produção prevista teria inicio em 2010-2011. Tal projeto contava com a participação de um grupo de cerca de 1300 companhias japonesas.  

O custo de desenvolvimento a partir de 2008 foi avaliado em aproximadamente US$ 447 milhões e cada veículo custaria algo em torno de US$ 6,5 milhões. Segundo o livro branco da defesa japonesa o custo unitário dos veículos para o ano fiscal de 2014 circundava a casa dos US$8,5 milhões, valor considerado adequado em vista do corte na produção que reduziu o número de pedidos do MBT pelo JGSDF.

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A Mitsubishi Heavy Industries foi lograda como a principal contratante para o desenvolvimento do novo veículo até então chamado TK-X cuja produção prevista teria inicio em 2010-2011.

O desenvolvimento do novo MBT foi iniciado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (TRDI) em 2002. Um protótipo do veículo foi completado em 2006 e muitos dos sistemas embarcados no Type-10 tiveram seus desenvolvimentos iniciados uma década antes (1990), enquanto outros, em  2000, de forma independente por seus produtores.

O veículo, só foi revelado pela primeira vez ao público em 2008 e segundo as informações do JGSDF, em 2010 o Ministério da Defesa Japonês havia ordenado à aquisição de 13 veículos, os testes de corrida foram realizados ao longo de 2007 e 2008.

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Em exibição ao público o Type 10 demonstra a sua capacidade de manobra, uma das características que o tornam único entre os atuais MBT.

Nesse mesmo período foram realizados  ensaios de disparo e combate em ambiente coordenado em redes. O TRDI completou o desenvolvimento do veículo  em 2009 e este começou a ser produzido em série a partir de 2010.

As informações do Ministério da Defesa Japonês atestam que o JGSDF reconheceu formalmente o Type 10 Hitomaru-shiki sensha, em dezembro de 2009 e em 2010, as diretrizes orçamentárias e o plano de renovação da JGSDF previam a  aquisição de 600 veículos do modelo.

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Revelado pela primeira vez ao público em 2008 o Type 10 entrou em produção seriada a partir de 2010.

As primeiras unidades entraram em serviço nas Forças de Auto Defesa Terrestres Japonesas (JGSDF) em meados de 2012, substituindo os envelhecidos MBT Type 74 e completando as unidades compostas pelo mais recentes Type 90.

Devido às restrições impostas pelas leis japonesas remanescentes dos acordos pós – Segunda Guerra Mundial, o Japão não poderá exportar esse veículo de combate.

GALERIA DE IMAGENS

Talvez a mais notável característica do veículo seja credenciada a sua manobrabilidade e sua leveza. O Type 10 é o mais leve veículo  de combate de sua categoria e o segredo para tal feito, reside na blindagem que compõe o casco.

Embora o Type 90 fosse considerado um MBT adequado para o seu tempo, o JGSDF encontrava uma grande dificuldade para operá-lo, especialmente quando se tratava da mobilidade das colunas de blindados. Segundo relatos, em certas condições as torres dos Type 90 tinham que ser removidas para se adequarem ao transporte sobre rodas e mesmo a malha férrea japonesa.

A evolução da arma blindada japonesa, ao fundo o Type 74, ao meio Type 90 e a frente o novíssimo Type 10.
A evolução da arma blindada japonesa, ao fundo o Type 74, ao meio Type 90 e a frente o novíssimo Type 10.

Para o cenário previsto de crescente ameaça chinesa, que passava por uma reestruturação de suas forças blindadas com o desenvolvimento e expansão das suas unidades no final dos anos 90, o Japão se via impelido em responder de forma contundente a uma hipotética ameaça e, para tal,  necessitava de uma arma blindada móvel, leve e capaz de reagir prontamente em qualquer parte do seu território. Adicionalmente, o novo veículo deveria possuir a capacidade de combate centrado em redes.

O programa era pautado na premissa de que as Forças japonesas de então, seriam por si só, superiores as do seu maior adversário regional e potencial, a China.  Acreditava-se que uma força compacta de cerca de 600 novos MBT a frente de forças mais robustas, compostas de veículos Type 90, seriam suficientes para conter o hipotético avanço de forças mecanizadas chinesas em seus territórios.

Julgava-se que ao possuir a capacidade de projetar-se em determinadas regiões do pacífico se assim o fosse necessário, o Japão manteria a superioridade frente a China, e foi nesse contexto que se desenhou o Type 10, suas especificações respondiam ao cenário projetado pelos estrategistas japoneses.

VÍDEO

SISTEMAS DE ARMAS

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Armado com canhão Rheinmetal L44 de 120 mm, o Type 10 exibe uma capacidade de perfuração de blindagem superior aos veículos Type 90 que o antecederam no serviço do JGSDF.

Seguindo uma tendencia mundial o MBT japonês seria equipado com uma arma principal de alma lisa de 120 mm e, como esperado, a escolha foi feita em função do consagrado canhão Rheinmetal L44  de 120 mm produzido sob licença pela Japan Steel Works. A arma é a mesma usada nos MBT Leopard 2 e M1A1 / A2, porém, o fabricante atesta que a versão japonesa possua melhoramentos.  

A MHI afirma ainda que a arma pode ser substituída futuramente pelo mais novo canhão L55 da Rheinmetal sem necessidades de grandes modificações, caso o JGSDF opte por essa decisão.

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Otimizado para perímetro urbano o Type 10 é excepcionalmente manobrável e pode incorporar inúmeros itens não presentes no projeto inicial. O protótipo exposto exibe a pá do tipo “Bulldozer”.

A arma é idealizada para disparar todo o tipo de munições modernas como os APFSDS, munições perfurantes de blindagens, (pearcing armour), HEAT-MP.

A carga explosiva é a mesma adotada pelo canhão JM33 que equipava os Type 90 entretanto, apesar de utilizar a mesma carga no cartucho, o rendimento do canhão fornece perfurações mais eficientes por reduzir a perda de energia cinética no disparo, além de aumentar a precisão da munição, reduzindo a sua perda de momento ao longo da trajetória. 

O carro transporta 14 cargas armazenadas na seção traseira da torre, porém, munições adicionais são armazenadas no interior do casco do blindado.

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O veículo é apto a dispara todas as munições 120 mm padrão OTAN, entretanto o Japão desenvolve sua próprias armas a fim de reduzir a sua dependência externa.

Relatos de especialistas  que manusearam o MBT no estágio de treino na escola de blindados japonesa, afirmam que o comando da torre elétrica pode ser acionado pelo simples movimento do dedo sobre o monitor colorido touch screen semelhante ao de um tablet ou celular, segundo informações dispostas, o operador de armas pode inclusive promover o zoom de uma imagem para efetuar reconhecimento com a mesma facilidade que um usuário seleciona a sua foto e zoom em uma selfie.

O carregador pode ser acionado enquanto o veículo efetua o movimento sobre o terreno e mesmo quando o cano executa uma varredura angular para posicionamento e novo disparo. Esta capacidade reduz o tempo de recarga e tiro aumentando a letalidade do veículo em movimento.

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Utilizando as munições APFSDS o Type consegue índices de perfuração de blindagem muito superior ao seu antecessor o Type 90.

O veículo é habilitado à disparar qualquer tipo de munição padrão OTAN atualmente empregada nos carros de combate ocidentais equipados com L-44. Entretanto, os japoneses desenvolveram uma nova carga denominada Type 3 APFSDS, da qual, até a finalização deste artigo, não fora especificado se trata-se de um penetrador de Tungstênio ou de Urânio empobrecido. Independentemente disso, o Japão possui a licença para  fabricação dos APFSDS de tungstênio alemães.

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A baixa silhueta e o desenho de sua torre e casco foram projetados para otimizar o desvio de energia cinética das munições anti carro e compõe um importante item de proteção balística do Type 10.

Os diferentes tipos de munição disponíveis para a arma  são:

  • Armor Piercing (AP);
  • Armor Piercing Discarding Sabot (APDS);
  • High Explosive Anti Tank (HEAT);
  • High Explosive (HE).

A torre acionada eletricamente, possui capacidade de giro de 360 °. O sistema de carregamento é automático. A torre possui ainda um sistema duplo de atenuação de movimento que lhe permite o giro em alta velocidade, segundo informações a taxa de giro seria superior à dos MBT russos T 90MS, considerados uma das mais elevadas taxas de giro até então.

Segundo as fontes japonesas o Type 10 consegue efetuar uma rotação completa de sua torre em menos de 9 segundos, durante este tempo o carro efetua a busca e seleção dos alvos enquanto carrega o canhão e efetua dois disparos em alvos estáticos posicionados em lados opostos, inclusive contra alvos em diferentes inclinações de terrenos. 

Tudo isto, combinado com a incrível a agilidade do veículo em movimentar-se em marcha ré, lhe garantem a capacidade de ser quase impossível flanqueá-lo sem que este seja capaz de responder ao fogo, neutralizando o seu adversário.

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Item quase que obrigatório para qualquer veículo blindado existente, o canhão Rheinmetal L44 de 120 mm foi o escolhido para o projeto, entretanto a MHI afirma ser possível a conversão para o L55 sem substanciais modificações no projeto.

O armamento secundário que equipa o carro, consiste de uma metralhadora pesada HMG-M2 de 12,7 mm montada na estação do comandante do carro enquanto a arma  coaxial de 7,62 mm(Type 74) é posicionada à direita do veículo. isto significa que o comandante do veículo necessita expor o seu corpo ao exterior do veículo caso queira acionar a arma.

Esta deficiência foi constatada ao longo do desenvolvimento do carro e análises de operações das forças blindadas de Israel e Síria, bem como Ucrânia, levaram a TRDI a desenvolver uma proposta alternativa ao uso destas armas. Nos três conflitos citados , comandantes de carro foram alvejados por atiradores habilidosos devido a sua exposição desnecessária. 

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Poder de fogo e precisão foram alcançados com o desenvolvimento de um sistema de suspensão e controle autônomo da torre que tornam o Type 10 um dos veículos capazes de disparar mais munições em menos tempo de giro (360º) da torre.

Como resposta, encontra-se em desenvolvimento pela TRDI de um sistema de torre giro-estabilizada, comandada remotamente, sanando esta deficiência. Adicionalmente,  a torre também é equipada com lançadores de granada de fumaça para proteção do carro.

Corrigindo distorções presentes no projeto do Type 90, os quais os visores dos comandantes apresentavam em certas circunstâncias, problemas com a sua linha de visão semi-bloqueada pelo visor do artilheiro, no Type 10, o visor é posicionado em maior elevação de modo que lhe garante uma visada de 360 ​​º completamente desobstruída.

M2 Machine Gun ou Browning .50 Machine Gun
M2HB Machine Gun ou Browning .50 Machine Gun

C 4I & OPTO ELETRÔNICOS

O projeto enfatizou a capacidade de combate C4I, prevendo melhorias na capacidade situacional da tripulação, capacidade de comandar grupos de combate, receber e enviar dados para outros veículos em tempo real. Mas também se focou na mobilidade e capacidade de aumentar o desempenho e poder de fogo.

Tanto o atirador como o comandante possuem visores infravermelhos independentes com capacidade de visão 360º capacitados a realizar busca e reconhecimento. As imagens captadas pelos visores são apresentadas num monitor de tela plana que permite aos seus operadores selecionar, ampliar e cravar imagens de modo a permitir o seu reconhecimento e registro quando necessário.

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Na imagem o telêmetro laser e corretor de disparos alocados na lateral e seção superior do canhão., na posição direito o periscópio do tirador é exibido.

Com o movimento dos dedos o atirador pode selecionar alvos distintos e executar o ataque sequenciado após a escolha destes alvos, a torre e arma serão então movimentadas automaticamente  para efetuar os disparos.

O carro é  equipado com um sistema de controle de fogo capaz de rastrear e neutralizar alvos fixos e móveis, o telêmetro laser permite a correção do disparo quando o veículo estiver em movimento ou em giro de sua torre.

Sensores desenvolvidos pela empresa francesa Thales são posicionadas no cano de modo a corrigir distorções ao longo dos disparos. Um sensor atmosférico é posicionado na ré da torre, lhe conferem igualmente a correção ao longo das operações.

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Nesta outra imagem e possível observar as disposições das alças optrônicas do veículo, notar a baixa silhueta da torre e a posição d arama de cano.

A estação do comandante está equipado com um visor panorâmico, montado à direita da torre. Ele fornece ao comandante a  situação do terreno exterior de  dia e noite.
Segundo informações oficiais, o veículo possui capacidade de tiro em movimento, porém apenas em condições de movimento linear, nas marchas frontais e ré, embora possa efetuar disparos com variações de elevações de relevo ao longo da corrida.

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A silhueta desenhada para refletir os impactos de munições anti-carro podem ser notadas nesta imagem da torre, a semelhança desta torre com a do veículo AMX Leclerc II francês é inegável.

O MBT está equipado com um sistema de gestão digital do campo de batalha (BMS), que proporciona maior consciência situacional por exibir as informações necessárias aos tripulantes. O carro inaugura a introdução de sistemas avançados e sensores  sofisticados que o introduzem na era do C4I (comando, controle, comunicações, computadores e inteligência).

É dotado de equipamentos que lhe permitem comunicar e compartilhar informações com outros veículos em rede, ou ainda, tropas de infantaria mobilizadas no terreno ou em conjunto com regimentos de Sistema de Controle de Comando (CER) durante operações de combate integrados.

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Em destaque o sistema de detecção de emissões laser logo abaixo do periscópio. Estes sensores estão dispostos em cada canto da torre do veículo.

Futuramente o Type 10 será capaz de receber e enviar dados aos helicópteros de ataque AH-64 Apache e  helicópteros de escolta armada OH-1. Atualmente um MBT pode rastrear e “plotar” o alvo para outro veículo e o disparo pode ser feito coordenado por um ou dos dois, ou mesmo por qualquer outro Type 10 que esteja no alcance dos alvos.  

Caso o veículo esteja danificado ou queira se ocultar no relevo, o disparo pode ser feito por qualquer sistemas de armas que compartilhe as informações emitidas pelo veículo. Ataques de saturação por mais de 3 veículos podem ser coordenado por um único veículo que assuma a posição de comando, isto aumenta a letalidade dos ataques e a mudança de posto de cada veículo é feita apenas com um simples toque no visor, transferindo o comando para outro veículo que estiver em rede.

MOBILIDADE E TRANSMISSÃO

O Type 10 apresenta melhorias significativas em suas capacidades de manobra, proteção, potência e desempenho de fogo, em relação a todos os veículos da geração anterior. O veículo comporta uma tripulação de três integrantes compostas pelo comandante do carro, artilheiro e motorista. A automação reduziu a necessidade de  um quarto tripulante que pode ser integrado ao veículo sempre que desejável.

Relatórios de eficiência operacional coletados em recentes exercícios, apontam que a carga de trabalho do Type 10 é elevada para os três tripulantes especialmente quando os veículos efetuam operações de reconhecimento e ataque coordenado. O volume de informações aliado a necessidade de coordenar e efetuar disparos exige a presença de um quarto tripulante, que entre outras atividades alivia a tripulação nos períodos de manutenções dos veículos em campo de batalha.

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“Sentar”, “ajoelhar” são algumas das capacidades providas pelo sistema de suspensão do veículo e garantem inúmeras vantagens no campo de batalha moderno.

O veículo possui um comprimento de 9.4 m, largura de 3,2 m e 2,3 m de altura. Sua baixa silhueta completa o conjunto de medidas de proteção balística e é desenhada para refletir os disparos de armas anticarro desviando do interior do veículo.

A massa bruta é de apenas 44 ton sendo a massa que combate pode chegar a 48 ton quando acrescidas as blindagens adicionais e o carregamento das munições. Estas características o tornam um veículo facilmente transportável por rodovias e linhas férreas, bem como, por unidades aéreas e até mesmo, por caminhões de transporte comerciais. O quesito transportabilidade é inigualável por qualquer um dos modernos carros de combate existentes na atualidade.

Esta capacidade lhe permite ser implantado em uma grande variedade de missões, incluindo a guerra anti-carro, ataques móveis (Aerotransportado), ataques em conjunto com forças especiais e outras contingências.

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A proteção frontal do casco e torre foram itens obrigatórios no desenvolvimento do Type 10, o veículo é considerado o que possui a melhor blindagem frontal dentre os modernos MBT.

O veículo possui um sistema de transmissão continuamente variável (Continuously Variable Transmission (CVT)), equipado com suspensão hidropneumática ativa, o que lhe permite ajustar a sua posição. Comiso o Type 10 pode”sentar”, “permanecer”, “ajoelhar-se” ou “inclinar-se” em qualquer direção. Esse recurso oferece uma série de vantagens em relação a  adequação do terreno, giro da torre e disparo da arma em situações de inclinações críticas.

O veículo é impulsionado por um motor diesel V8, que desenvolve cerca de 1200hp, conferindo-lhe uma  impressionante relação peso/potência de 27 hp / ton.  Acoplado à CVT, o sistema de propulsão do veículo lhe permite efetuar corridas de até  70 km / h à ré, um  impressionante desempenho para o carro em situação de fuga. A autonomia do veículo é de 400km em estrada pavimentada

A vantagem adicional fica por conta da capacidade do veículo fugir da ameaça mantendo a sua seção frontal mais blindada, como proteção, ao mesmo tempo que executa a corrida em marcha ré.

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Se por uma lado a proteção frontal é um dos trunfos do Type 10 a proteção ao motor na retaguarda é também uma de suas maiores críticas. A MHI atualmente estuda modificações no projeto de modo a atender esta requisição do JGSDF .

O motor está localizado na extremidade traseira do veículo e é bastante grande, alguns especialistas apontam falhas no projeto pois alegam que este é deveras exposto ao fogo inimigo, especialmente a partir da retaguarda onde é mais vulnerável. A TRDI trabalha atualmente no desenvolvimento de um sistema de proteção para o motor do veículo ajustando-se as novas realidades do combate moderno.

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Possuindo a formidável capacidade de deslocar-se a ré com a mesma velocidade que executa a marcha para frente o Type 10 explora no seu sistema de suspensão e transmissão inegáveis vantagens no campo de batalha.

Para alguns especialistas, a motorização associada a transmissão e suspensão do Type 10 o tornam um veículo único. Totalmente carregado, o Type 10 desenvolve velocidades de cerca de 65 a 70 km por hora mesmo em relevo acidentado.

 A sua aceleração também é  impressionante, permitindo o arranque do veículo parado para a velocidade máxima em pista em questão de segundos (alguns afirmam se tratar em 12 outros 15 segundos).

Uma outra característica surpreendente é a grande agilidade, o que torna possível  flanquear qualquer tipo de veículo adversário da atualidade. O veículo possui apenas 5 roletes, número muito inferior ao normalmente encontrado nos MBT modernos, porém esta redução é vista como benéfica pois diminui as necessidades de manutenção dando de acréscimo ao carro, a capacidade de se mover em locais apertados.

Acoplado ao sistema de suspensão dinâmica (hidropneumática), a transmissão/suspensão proporcionam ao Type 10 uma boa estabilidade no disparo da arma e na corrida em terreno acidentado, reduzindo a fadiga do veículo e da tripulação.

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As linhas frontais do veículo mais uma vez demonstra a sua baixa silhueta ideal para protegê-lo de disparos de armas anti-carro.

 

 VÍDEO

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BLINDAGEM E PROTEÇÃO

A seção frontal da torre  e o caco do veículo são protegidos por um tipo de blindagem cerâmica cujas especificações permanecem em segredo. Julga-se se tratar de materiais compostos nanoestruturados que garantem a proteção à elevados níveis. Estima-se que as laterais do casco e da torre sejam protegidos por blindagem em aço.

O veículo é equipado com “saias de proteção” aos roletes cuja parte inferior é composta por um tipo especial de borracha que atua reduzindo a assinatura infra vermelha do veículo, a seção blindada da saia oferece proteção adicional contra armas anticarro leves, protegendo o sistema de roletes e suspensão do veículo, fato este igualmente questionado pelos especialistas por alegarem uma exposição desnecessária dos roletes à média altura.

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Em detalhe os detectores de emissões laser. uma vez detectado o acionamento das granadas de fumaça é automático de modo a protegê-lo.


Painéis de  dispersão para explosões são montados sobre a torre garantindo o direcionamento dos gases super aquecidos para fora do veículo, aumentando a sobrevivência da tripulação caso a torre seja atingida e as cargas explosivas acionadas na sua arca de proteção.

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As saias laterais protegem o veículo com um nível de blindagem a meia altura considerado eficaz, entretanto para alguns críticos a solução de adotar as saias de borracha elimina a possibilidade de proteção dos roletes.

O carro possui diferenciados tipos de proteção para as diferentes seções as quais variam de proteção com grades, metal e cerâmicas especiais. Adicionalmente, uma blindagem modular pode ser adicionada ao veículo aumentando a sua massa total em cerca de 4 toneladas.
Seguindo a filosofia vigente na guerra fria, o veículo possui proteção NBC,  foi desenvolvido para sobreviver à guerras químicas, biológicas e nucleares. 

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Em detalhe no canto inferior direito da imagem da torre, são exibidos os quatro lançadores de granadas de fumaça, ocultados na proteção da torre de modo a reduzir as suas emissões infravermelho e RCS.

O veículo possui sistema de detecção de emissões Laser (LWS) em cada canto de sua torre, os quais acionam automaticamente o lançamento de granadas 7,66m de fumaça e dispersantes de luz.

CONTRATEMPOS

Mal os protótipos do veículo encerravam a suas campanhas de testes, o JGSDF se viu frente a um novo desafio e o Type 10 enfrentava agora um adversário interno. Passada uma década do início do desenvolvimento do veículo, em 2013 o governo do Japão encaminhou ao parlamento um novo plano estratégico de defesa que se atualizava frente as ameaças reais e ao direcionamento de recursos para o desenvolvimento e aquisição de armas para as próximas décadas.

O JGSDF reduziu na metade o número de MBT a ser adquiridos, segundo o plano orçamental a força receberá de 2016-2018 o último lote de veículos de um total de 300 encomendados. Apenas duas divisões e o regimento escola de treinamento de blindados serão equipados com o novíssimo MBT.

Quando tal anúncio foi feito, inúmeras críticas surgiram na mídia japonesa e internacional, em geral pautadas ou apenas em questões técnicas (apontando falhas no projeto), ou tão somente sobre a ótica da economia de recursos (cortes orçamentais).Type 10 2

O fato é que no caso do MBT japonês, a decisão de redução das unidades blindadas se deveu muito mais a uma mudança de filosofia e estratégica na defesa do Japão. A nova doutrina se pautou na nova realidade que se desenvolveu ao longo da primeira década do século e diz respeito a revisão de capacidades e necessidades da JGSDF.

Os relatórios emitidos pela defesa japonesa demonstravam um avanço significativo nas competências chinesas, que agora desenvolviam freneticamente a capacidade de promover ataques múltiplos e simultâneos ao território japonês. Os analistas agora se viam frente a uma realidade a qual a sua doutrina não mais se enquadrava.

A china implementou um amplo programa de atualização e renovação da sua força blindada, novos MBT chineses são capazes de fazer frente até mesmo aos mais modernos carros ocidentais, além disso a superioridade numérica e a capacidade de implementá-los, ganhou força com a ampliação da Marinha do PLA e suas capacidades anfíbias.

A China adquirira em uma ou duas décadas o poder de virar a mesa e conseguir atacar ao Japão neutralizando as suas forças. Um novo planejamento passava agora  por uma doutrina de reação rápida e dissuasão, para tal, as unidades blindadas deveriam ser leves, aerotransportadas e de custo operacional mais baixo. Seu intuito agora (JGSDF) é causar dano ao inimigo invasor, retirar-se rapidamente quando possível e atacar novamente sempre que possível. 

Neste contexto, as divisões mais pesadas, formam a linha da retaguarda e avançam a medida que a defesa consegue se recompor. Tal conceito não é novidade e se baseia na doutrina italiana que pautou o desenvolvimento do veículo blindado sobre rodas 8×8 Centauro, armado com um canhão  105 mm.  

A estratégia de dissuasão, agora pauta-se na capacidade de responder  a eminente ameaça e não mais impedi-la, a sutil diferença leva em conta que o inimigo já possui a capacidade de ultrajar a soberania. respondê-la é a ação a partir de agora. Curiosamente esta teria sido a razão para o desenvolvimento do Type 10, porém os especialistas apontam que as mudanças recentes exigiram uma revisão destes requisitos.

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Ainda não validados para a produção em massa os veículos Type 89 são esperados para compor as unidades de cavalaria japonesas.

Críticos apontam ainda que o JGSDF ainda  não provou que o veículo Type 89 (APC- Armoured Personnel Carrier) possua armamento, mobilidade e auto proteção suficiente para apoiar os Type 10 no campo de batalha. Apenas 68 exemplares haviam sido produzidos até janeiro de 2014.

Adicionalmente, os veículos Type 96  (WAPC- Wheeled Armoured Personnel Carrier) não possuem proteção e armamento suficiente para fazer frente aos novos MBT chineses ou coreanos que foram desenvolvidos desde então. Além disso, os Type 96 não possuem a capacidade de seguir os Type 10 em terreno acidentado.

Atualmente as unidades que deveriam receber os Type 10 são equipadas com o novo veículo (MCV- Manoeuvre Combat Vehicle) 8×8 armado com o canhão de 105 mm, o qual possui uma massa de 26 toneladas muito mais leve e distante das capacidades do Type 10 planejado.

A única variante existente do veículo (Type-10) é o Type 11 um veículo de recuperação  (CVR- Crawler Vehicle Recovery) que foi desenvolvido em finais de 2013 e que possui o mesmo sistema de suspensão, capaz de tracionar veículos de 45 toneladas e içar veículos de 23 toneladas.

AMCV
Os MCV serão o futuro da força blindada japonesa que apesar de críticas, deve se juntar aos Type 10 compondo as forças de combate do JGSDF.

Seja como for, a revisão doutrinária foi interpretada de forma errônea pelos críticos e especialistas, uma vez que em momento algum esta desconsidera as capacidades do MBT, mas sim, se deve ao fato de uma mudança no emprego da força blindada. Muito provavelmente o veículo sofrerá programas de atualização corrigindo o projeto e o adaptando as novas realidades.

Fixa Técnica

 
Tipo Carro de combate Principal
Local de origem Japão
História do serviço
Em serviço  desde 2012
Histórico de produção
Fabricante Mitsubishi Heavy Industries
Custo unitário/ US$  8,4 milhões 
Especificações
Massa/ tonelada 44  (Padrão) 48  (Completamente armado e blindado)
Comprimento/ m 9.48
Largura /m 3,24 
Altura /m 2,30
Tripulação 3 (comandante, artilheiro e motorista)

Blindagem aço  Nano-crystal (Aço d etripla dureza), modular cerâmica armadura composta, 
Arma principal Japan Steel Works 120 mm Alma Lisa e carregador automático
Arma Secundária M2HB 12,7 mm
Tipo 74 7,62 mm
Motor 4 tempos  V8 à Diesel
1200 HP / 2300 rpm
Peso/Potência cv/ton 27 /1
Transmissão Transmissão continuamente variável
Suspensão Hidropneumático e suspensão ativa
Alcance Operacional / km 400 km
Velocidade / km/h à frente  70 
à ré 70 

CONCLUSÃO

O Type 10 é sem dúvida um marco no desenvolvimento de carros de combate ao inaugurar o surgimento dos veículos de quarta geração. As caraterísticas mais notáveis do veículo são a sua blindagem nanotecnológica, leve  e efetiva que reduz a sua massa total, um item que certamente norteará os futuros desenvolvimentos de veículos blindados.

A sua proteção contra as mais modernas munições são um item destacável pois o veículo inaugura uma nova era no desenvolvimento de proteções contra armas perfurantes. Particularmente  a proteção frontal permite ao veículo engajar alvos frente a frente, ainda que sob fogo, acoplado aos sistema de tração que desenvolve velocidade igual para frente ou para ré permitindo ao veículo se alinhar ou fugir rapidamente quando necessário.

Embora não declarado oficialmente, a HMI informa que a taxa de tiro do Type 10 é ainda superior a qualquer veículo existente, a capacidade de recarga rápida e a elevada taxa de giro da torre  lhe garantem vantagens no campo de batalha. Sua silhueta baixa lhe garante a capacidade de se ocultar e se proteger do fogo inimigo dificultando o ataque de RPG e mísseis de engajamento lateral.

O sistema de suspensão acoplado a tração lhe garante uma precisão maior em disparos em movimento e adicionalmente lhe tornam muito ágil, garantindo-lhe grandes velocidades e acelerações tanto para a frente como para a ré.

Desenvolvido para operar no ambiente C4I o Type 10 possui uma inigualável capacidade de combater integrado a uma rede de combate antes nunca experimentada pelos veículos de combate. Entretanto, melhorias seriam necessárias ao MBT japonês e que são imprescindíveis para os futuros programas de repotencializações do   veículo, são elas:

  • A necessidade de uma torre automática para as metralhadoras;
  • Maior proteção para o motor na  retaguarda;
  • O desenvolvimento de um sistema de defesa autônoma como o sistema Trophy (Israelense) e Arena (Russo) e KAPS (Sul Coreano);
  • Capacidade de lançar e coordenar aeronaves não tripuladas de reconhecimento;
  • Integração de radar no sistema de busca de alvos.

Finalmente pode-se considerar que a quarta geração de MBT nasceu nas cercanias do mar do Japão, onde o processo de atualização dos MBT permanece não somente seguindo, mas, lançando tendências. O Type 10 é um dos veículos responsáveis por este “Renascimento” da força blindada e uma vez que estes itens supracitados constem no moderno MBT japonês, este ganhará novas capacidades, presentes nos mais recentes projetos de MBT em desenvolvimento nos países ocidentais e Euroasiáticos.

Em suma, o Type 10 simboliza um marco e o renascimento das forças blindadas das forças de autodefesa do sol nascente…


AGRADECIMENTOS



Agradeço e dedico este trabalho ao Engenheiro e Professor Reginaldo Bacchi pelas discussões técnicas e incentivos para o desenvolvimento desta matéria (E.M.Pinto).

 

type10

FONTES:                          

Army Technology

Tankograd

War fare

Global security

Mitsubish Heavy Metal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24 Comentários

  1. O que eu acho engraçado quando se fala deste tanque é que não existem dados concretos nem oficiais sobre ela mas já se rasga elogios declarando tratar-se do melhor tanque do mundo …. Só existem noções e conceitos sobre o mesmo mas só pelo fato de ser japonês atribui-se qualidades supremas ao mesmo …

    http://www.liveleak.com/view?i=380_1440355258

    • “Andromeda1016
      24 de agosto de 2015 at 21:04

      O que eu acho engraçado quando se fala deste tanque é que não existem dados concretos nem oficiais sobre ela mas já se rasga elogios declarando tratar-se do melhor tanque do mundo …. Só existem noções e conceitos sobre o mesmo mas só pelo fato de ser japonês atribui-se qualidades supremas ao mesmo … ”

      é porque trata-se do mais novo modelo de tanque da segunda maior potencia bélica do planeta….também se fala mais ainda que o tanque é uma porcaria e que nada tem de especial apesar de não existirem dados concretos nem oficiais sobre a máquina de guerra….sobre o Japão não preciso dizer nada…tecnologia é a vida daquela gente hoje….e não futebol, cachaça e putaria como uma certa putenfia latrina americana…..quem pode…pode…quem não pode…hooo….se sacooooddddeeee……. 😉

      https://www.youtube.com/watch?v=2_q5-MFu9QU

  2. O milagre que este tanque teria realizado para atingir a redução de peso de forma tão formidável não parece ser nada mais do que simplesmente não lhe por proteção algum, pelo menos lateralmente …. é que se vê na foto que existe no site de defesa coreano no link abaixo. Na comparação, a lateral do tanque japonês não tem qualquer proteção pesada para proteger o tanque ….

    http://bemil.chosun.com/nbrd/gallery/view.html?b_bbs_id=10044&pn=1&num=199616

  3. O que mais me chamou atenção foi o carregamento automático da torre, e essa super proteção à frente em nanotecnologia, sem contar o fato do atirador “marcar” os alvos em duas direções diferentes e executar os tiros em lados opostos automaticamente — PUUTZ ISSO É SHOW DE BOLA!

    Mas n sei… acho ele mt leve pra proteger tão bem quanto um Merkava — mas é so achismo mesmo. E vem ka… essa torre automática (é automática né?) é parecida com a do Lecrec? E que será empregada no T-14? Realmente não entendi direito, agradeço os amigos q me ajudarem.

    Uma pena só o fato dele n poder ser exportado… pena viu.

    • não pode…o parceiro e aliado estratégico titio sam proíbe…puxa a orelha se fizer alguma coisa destas…só eles podem fazer a maior parte do comercio de armas pelo o mundo…..com titio sam é assim só pode ser amigo dele e aliado…se ele monopolizar tudo….as sobras que fiquem para os outros…olha como eles são legais e gente boa…um verdadeiro pilar da democracia…hooo…joinha… 😉

  4. E esqueci de dar os parabéns ao Edilson. Artigo bem escrito e bem explicativo. Precisamos de mais materiais com essa qualidade. Melhor se dedicar a esse tipo de artigo do que ficar publicando coisas de fontes duvidosa.
    Parabéns

  5. ,..Real/ a indústria bélica Nipos está correndo atrás do atraso por causa do avanço acelerado dos Chineses q tem contas a ajustar c o Japoneses ref ainda da IIWW assim como a Coreia do Norte e sul ,falemos a verdade…c inakss e tudo..Quem viver verá. sds. 😉

  6. Andromeda e Bowman

    Antes de mais nada, obrigado pela participação.
    Andromeda, nenhuma inferência foi feita em função do gosto ou vontade, estas informações estão nas refrências que você pode ver.

    não há preferências ou gostos, O japão nunca foi um exímio produtor de blindados, gosto sim, tenho eu pelos submarinos SSK japoneses, no mais não vejo por onde.
    O que há é que as medidas tomadas para o desenvolvimento do veículo o tornam pioneiro em muitos quesitos especialmente em coordenação de ataque.

    Atualmente é errado pensar que o MBT é feito única e exclusivamente para abater outro MBT, esta era chegou ao fim, o emprego do MBT tem se diversificado ao longo dos anos e até os europeus tem seguido esta tendência.

    Quanto ao vídeo, muito obrigado, ele ilustra bem que não há tecnologias perfeitas e passiveis de falhas. aliás, creio que não leu o texto com a devida atenção pois todas elas estão mencionadas nele, inclusive a fraca blindagem
    sobrecarga da tripulação, ausência de proteção ao comandante, falta de um radar, falta de um sistema ativo.

    O type 10 inova sim e isto é inegável, porém não o trona o melhor, até porque o melhor na minha visão é relativo ao ambiente o qual combate.

    Quanto é isso que diz o texto, não foi milagre redução de massa em função da aplicação de camadas cerâmicas. Para o veículo se igualar a um dos grandes paquidermes de 60-70 tom ele teria que ter mais proteção em aço, como é correto, mas reveja que quando ele recebe a proteção adicional só aumenta em 4 ton ou pouco mais, isto porque não usa o aço e isso foi mencionado no texto.

    A fina lateral de aço é ridícula, especialmente quando olhamos o que aconteceu no vídeo onde a lagarta arrebenta e a rasga. porem se der a atenção, verá que a proteção dos roletes do Type 10 não diferem muito em espessura das do Type 90.
    Creio que o segredo esteja ai, ele pode receber proteção adicional em casos críticos. Aliás isto também é mencionado no texto.

    David Bowman, onde foi escrito que o Armata é o melhor do mundo? se nem operacional ele ainda é? se quer é o melhor MBT da rússia, pois vai passar os próximos 5 anos pelo menos corrigindo falhas tal como o K2 o Type -10 e porque não dizer o Leopard que dentre todos é o que mais passou pro programas de revitalizações e introduções de novas tecnologias?
    Tal fato é tão real que a Alemanha estudo o desenvolvimento de outro veículo Leo 3 ou Leo 2 A8?

    O fato de destacar as qualidades de um veículo não significa que compramos camisas do clube de futebol, esta prática é muito comum por ai a fora. mas falando por mim, O melhor MBT da atualidade é o coreano, seguido do da última versão Leopard e Merkava. Porém não deixo de destacar que o Type 10 inaugura muitas inovações que muito provavelmente vamos ver nos demais
    Suspensão, blindagem cerâmica, capacidade C4I e transmissão são apenas algumas.
    Sds
    E.M.Pinto

    • Prezado E.M.Pinto,
      Muito obrigado pelos comentários.
      Passo a admirar ainda mais o seu trabalho pela forma calma e objetiva como elaborou a sua resposta.
      Por favor, continue com o bom trabalho.

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