Liga Árabe concorda em criar uma força militar conjunta

Abdel-Fattah Al-Sisi, o presidente do Egito, anunciou na cerimônia de encerramento da cúpula anual da Liga Árabe que os líderes dos países membros dessa organização chegaram a um princípio de acordo sobre a criação de uma força militar conjunta para enfrentar as ameaças à segurança regional. A decisão, proposta inicialmente pelo próprio presidente egípcio há várias semanas, chega quando Síria e Iraque estão passando por guerras civis e poucos dias depois do início de uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen contra posições das milícias houthi, o grupo que deu um golpe de Estado no mês de fevereiro.

De acordo com a declaração final da cúpula, realizada na cidade egípcia de Sharm-el-Sheikh, durante os próximos dias será criada uma comissão formada por responsáveis militares de alto nível dos países membros que se encarregará de concretizar os detalhes da força de resposta rápida conjunta. Em teoria, o novo corpo militar terá como objetivo combater os “grupos terroristas”, em uma referência velada ao autodenominado Estado Islâmico (EI), a milícia jihadista que controla uma ampla faixa de território na Síria e no Iraque.

Por outro lado, o texto não faz nenhuma referência ao Irã, percebido como uma ameaça por boa parte dos países árabes, especialmente a Arábia Saudita. Na verdade, o suposto expansionismo de Teerã dominou, de forma direta ou velada, os discursos da maioria dos chefes de Estado que participaram da cerimônia de abertura da cúpula em Sharm-el-Sheikh. A maioria dos países árabes acusa o Irã de fornecer apoio militar aos rebeldes houthi, que também são xiitas.

Caso se confirme a criação da força de intervenção conjunta, a Liga Árabe sacudirá a fama adquirida durante décadas de ser uma organização incapaz de agir de forma decidida por causa de suas divisões internas. Atualmente, 10 países árabes fazem parte da coalizão que está realizando uma operação militar no Iêmen desde quinta-feira, dia 26 de março, e que conta com o apoio de Washington e diversos países europeus, mas que foi condenada pelo Irã.

A crise no Iêmen começou no mês de setembro, quando as milícias houthi ocuparam militarmente Sanaa, a capital do país. Depois de vários meses exercendo uma forte pressão sobre o governo do país, no mês de fevereiro deram um golpe de Estado e depuseram o presidente Abdo Rabbo Mansur Hadi, que fugiu para seu bastião em Áden, a segunda cidade mais importante do país. Hadi é considerado o presidente legítimo por parte da comunidade internacional, e no sábado participou da cúpula em Sharm-el-Sheikh, na qual pediu a continuidade dos bombardeios até forçar a “rendição” dos houthi.

Ricard Gonzalez

Fonte: El Páis

5 Comentários

  1. (…) O presidente do Egito, anunciou na cerimônia de encerramento da cúpula anual da Liga Árabe que os líderes dos países membros dessa organização chegaram a um princípio de acordo sobre a criação de uma força militar conjunta para enfrentar as ameaças à segurança regional. (…)
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    Os europeus também tiveram a mesma ideia más, o titio Satã através do UK foi energicamente contra.
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    Qualquer coisa que venha fortalecer o sentimento nacionalista que não seja o sionismo, será rechaçado pelo titio Satã e lá no Oriente Médio esse ideia terá muita dificuldade pois, Israel e a Turquia poderão se unir para sabotar essa idéia.
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    Para mim só pode haver um motivo para que Arábia Saudita venha embarcar nessa ideia, é para combater o Irã e esta força esteja sobe o controle deles e Israel,Turquia e os EUA com muita certeza procuraria sabotá-la esse exército árabe.
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    O Único exército oficial de mercenário que o ocidente apoia publicamente ali é a OTAN e qualquer coisa que possa ser oposição a OTAN também será contestada pelos “nobres do norte”.
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    E por falar em decadência, O exército americano está sofrendo uma auto destruição.
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    DOCUMENTÁRIO:_”O INIMIGO OCULTO”;EXPÕE A OPERAÇÃO SECRETA POR DETRAIS DOS SUICÍDIOS NO EXÉRCITO.
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    No início de 2013, o website oficial do Departamento da Defesa dos Estados Unidos anunciou a estatística estonteante de que o número de suicídios dos militares em 2012 tinha excedido em muito o total daqueles militares mortos em batalha, uma média de quase um por dia. Um mês mais tarde surgiu uma estatística ainda mais preocupante do Departamento dos Assuntos dos Veteranos dos Estados Unidos: o suicídio entre os veteranos estava a ocorrer numa média de 22 por dia, cerca de 8000 por ano.

    (*)fonte: [ anovaordemmundial.com/2015/03/documentario-o-inimigo-oculto-expoe-a-operacao-secreta-por-detras-dos-suicidios-no-exercito.html ]
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    (…) De acordo com o novo documentário O Inimigo Oculto: A Agenda Encoberta da Psiquiatria aponta a evidência numa direção: os índices de aumento à prescrição de psicotrópicos desde 2003. Efeitos colaterais conhecidos destas drogas tal como aumento da agressividade e pensamento suicida são refletidos em semelhantes tendências nos índices de violência doméstica, abuso de crianças e crimes sexuais, assim como automutilação dos militares.(…)
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    Para mim isso tem um nome ; CONSCIÊNCIA PESADA.

  2. Presidente da Síria, Bashar al-Assad:

    “A aliança de 60 países que declararam seus planos para derrotar o Estado Islâmica “não é séria” – disse o presidente sírio Bashar al-Assad a jornalistas russos. Vários daqueles países preferem manter por lá a força terrorista, para continuar a chantagear países da região – disse ele.

    “O volume de ataques aéreos feitos por estados membros da tal “coalizão anti-ISIS”, alguns dos quais são países “ricos e avançados”, não passa de dez raids por dia sobre territórios da Síria e do Iraque – disse Assad em entrevista publicada na 6ª-feira (27/3/2015).”

    “A Força Aérea da Síria, que é muito pequena se comparada à tal “coalizão”, faz, num único dia, de cinco a dez vezes mais ataques aéreos contra o ISIS, que a “coalizão” que reúne forças armadas de 60 países – disse Assad.”

    “Não se vê nenhum esforço sério na luta contra o terrorismo. O que as forças sírias conseguem em campo num dia, é mais do que a tal “coalizão” de 60 países consegue em semanas! disse Assad. Que sentido haveria numa coalizão antiterrorismo, formada de países que, eles mesmos, financiam e apoiam terroristas?! ”

    Não faz sentido. Só mostra seriedade zero – disse o presidente sírio. – E mostra também que a “coalizão” não quer acabar completamente com o ISIS.

    http://rt.com/news/244457-assad-interview-us-ukraine-syria/

    (Redecastorphoto – Tradução do pessoal da Vila Vudu)

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