Astronauta brasileiro quer formar nova geração de conquistadores do espaço

© Sputnik/ Sergey Kazak

Há 9 anos, em 29 de março de 2006, o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, embarcou na espaçonave Soyuz TMA-8 para chegar à Estação Espacial Internacional (EEI), no quadro do projeto conjunto russo-brasileiro Missão Centenário. Foi a única entrada brasileira à EEI.

Abaixo, segue a reprodução da entrevista concedida por Marcos Pontes à agência Sputnik:

– Quais lembranças você tem da missão desde que tudo começou, desde que você decidiu ser um astronauta, fazer a preparação, até chegar à Estação Espacial Internacional e retornar da missão, que foi altamente exitosa?

– Tenho muitas recordações boas. Eu lembro do tempo quando cheguei, foi em 1998, em Houston, para começar o treinamento. Foram muitas histórias. Houve sacrifícios, mas também muitas boas lembranças. Dois anos de formação e depois um intervalo grande com treinamentos e preparações e uma expectativa muito grande. Finalmente, eu fui escalado em 2005 e prossegui à cidade das Estrelas. E a partir dali, acho que foi uma história intensa. Porque o contato na Rússia, a maneira com que eu fui tratado, as amizades que se mantêm até hoje… Aliás, falando aqui, eu acabei me lembrando de uma coisa. Eu acabei de lançar um livro. É o meu quarto livro e se chama “Caminhando com Gagarin”. Ele relata exatamente este período de treinamento e voo espacial através dos diários da época. O livro foi lançado agora em 22 de março, por isso estou com essas lembranças bem à flor da pele.

– A data foi escolhida propositadamente para coincidir com as comemorações dos nove anos da Missão Centenário?

– Exato. Esse livro vem para comemorar. No primeiro capítulo do livro eu recordo o momento em que eu cheguei no centro de treinamento Yury Gagarin, com toda aquela neve. E a primeira vez que eu entrei na área operacional, por aquele caminho branco, coberto de neve, o que passava na minha cabeça era o que que Gagarin poderia estar pensando ao passar neste mesmo lugar, aqui neste caminho em branco que leva ao espaço?

– A qual conclusão você chegou?

– É uma coisa interessante, mas eu senti uma ligação muito grande com Gagarin desde o tempo de criança. A figura dele é uma figura muito marcante, pelo menos para mim foi muito marcante e, de repente, eu estava ali treinando, exatamente como ele fez. Para mim, era uma sensação muito boa. O que eu pensava ali era o seguinte: aquela visão do espaço, o que não saía da minha cabeça era aquela visão do espaço. Publicar este livro agora foi muito marcante, com textos daquela época e recordações também do treinamento e do voo espacial.

– E você e Yury Gagarin têm muito em comum. Ambos são militares, ambos têm paixão pela pesquisa espacial e ambos estabeleceram grandes conexões com o trabalho que fizeram.

– Isso é uma coisa interessante. Eu lembro do meu tempo, em Star City, em que fui extremamente bem tratado, até hoje tenho relações excelentes com todo o mundo. Mas uma coisa que se falava muito foi que eu tinha o sorriso de Gagarin. É natural para mim sorrir, eu gosto de sorrir. E falaram os mais antigos do centro que Gagarin também era da mesma forma. E lá na Rússia, então, me falaram que eu tinha o sorriso de Gagarin, e começou assim. Depois começavam as comparações com a data de nascimento. Eu sou do dia 11 de março, e Gagarin, do dia 9 de março. Começavam a comparar o tipo de comportamento e assim por diante. Então, talvez por influência disso, dentro do centro eu era tratado de uma maneira excepcionalmente melhor que qualquer outro cosmonauta ou astronauta de outros países. E aquilo me deixou ainda mais feliz pelo fato de eu já ter essa admiração por ele, então eu tive ainda mais ligação.

– Como é que você vê o futuro da indústria cósmica no Brasil? Ela tende a avançar?

– O Brasil, do meu ponto de vista, passa por um momento meio sombrio. Em muitos setores, mas falando especificamente do setor em que eu atuo, ou seja, Educação, Ciência e Tecnologia, a gente passa por um momento bastante sombrio. Eu tenho acompanhado um tipo de um encolhimento tanto nas pesquisas aplicadas, quanto na coragem de investimento para o desenvolvimento destes setores. E são setores que precisam não de um investimento extremamente alto, mas de um investimento constante que cresça segundo o crescimento do setor e que seja bem aplicado dentro das áreas. Por exemplo, se você pesquisar a quantidade de publicações que a gente tem nas universidades, e eu sei bem disso porque dou aulas, na USP, em São Carlos, na engenharia aeronáutica, a gente tem uma grande quantidade de publicações pelos nossos profissionais da área acadêmica, mas se você olhar nos gráficos que mostram os países em termos de publicações e em termos de inovações, verá que estamos bem em número de publicações e extremamente mau, muito ruim em inovações. O que significa que muita coisa está ficando na prateleira e  as coisas não são colocadas na prática.

– Há muita documentação e há pouca prática desta documentação.

– Exatamente. Isso acontece por várias razões, uma delas é que a nossa legislação dificulta muito a participação do setor privado dentro das universidades públicas para o desenvolvimento de sistemas, de soluções aplicáveis diretamente à indústria ou às atividades normais, privadas. Ele não pode ter o desenvolvimento de sistemas lá dentro. Então as ideias ficam no papel, mas elas não têm nem infraestrutura dentro das universidades, nem apoio do setor privado para dar aplicação direta a estes produtos. Ou seja, como resultado a gente tem pouca inovação, poucos produtos e com isso a gente perde a chance de ter maior valor agregado ao produto nacional.

– São estes fatores que impedem a indústria espacial brasileira de ir avante?

– É, realmente essa parte, a associação da academia com a indústria privada ou a não associação aqui no país prejudica também o setor aeroespacial, assim como outros setores da indústria e outros setores de desenvolvimento de tecnologia. Existem soluções possíveis? Existem. Mas o que eu não tenho assistido é um esforço mais concentrado, um esforço mais lógico e eficiente por parte do próprio governo ou por parte das universidades de se aproximar mais. É um trabalho que a gente tem por frente.

– Há dois ramos também na esfera pública que são o da Educação e o da Saúde, às quais você se dedica muito e tem um grande empenho ao longo da sua vida. A pesquisa espacial merece tantos investimentos quanto merecem a educação e a saúde no país?

– É uma questão bastante interessante. Muitas vezes as pessoas associam a pesquisa científica e aplicada com algum gasto acessório ou alguma coisa que não tem aplicação direta. E isso é um erro muito sério. Logicamente, na base a educação, saúde, segurança são investimentos necessários, mas na sequência, se você não tiver uma ciência e tecnologia muito bem desenvolvidas para que você tenha colocações, empregos, empresas sendo criadas para que possa empregar as pessoas qualificadas pela educação e com saúde necessária e transporte para irem ao trabalho, a gente não tem o desenvolvimento continuado no país. Ou seja, isso é extremamente importante que se tenha. E não pode ficar na dependência do exterior. Tem que ter desenvolvimento local. Isso faz parte do investimento e tem que ser feito.

– Você voltaria ao espaço? E da mesma forma acredita que no momento que estamos vivendo ou mais adiante há espaço para que o Brasil prepare mais um astronauta?

– Eu tenho esse sonho de retornar ao espaço. Eu continuo à disposição do Brasil como astronauta, eu  trabalho em Houston e em São Paulo, assim como na ONU também, eu sou embaixador da ONU para desenvolvimento industrial, então vou muito a Viena, na Áustria, assim como em outros países e tenho a esperança de retornar ao espaço. A probabilidade de voltar lá no momento que o país vive agora é muito baixa, mas não é nula. Assim, eu tenho também a esperança de ajudar na formação de um astronauta profissional do Brasil. Eu quero ver outra pessoa carregando essa bandeira também. Agora, é um ponto importante que eu costumo dizer, inclusive falar aos meus alunos de Engenharia, que o mundo hoje é globalizado. 60% dos meus amigos de Houston já estão trabalhando em empresas privadas dos EUA e outros países para desenvolver sistemas de acesso ao espaço, manutenção etc. Como a SpaceX, a Boeing, a Bigelow e outras empresas. Tem muitas possibilidades de trabalho para os profissionais. Eu tenho convites de retornar através do trabalho como astronauta profissional em empresas privadas.

– Trata-se do turismo espacial ou de uma pesquisa científica?

– Na verdade, são as duas coisas, que são interconectadas atualmente. Essas empresas já desenvolveram sistemas para levar equipamento à EEI e agora estão desenvolvendo e melhorando os sistemas para poder levar astronautas até a EEI ou outros locais. Tem um grande esforço da NASA e do próprio governo norte-americano que tentam apoiar essas empresas. E o sentido é não só a pesquisa espacial, mas também a parte comercial dessas empresas. Há muitas aplicações interessantes disso que eu pretendo ajudar também – não só no desenvolvimento dos sistemas, mas também na operação desses sistemas no espaço.

– Fala-se muito no turismo espacial e que uma passagem, digamos assim, para que o turismo espacial custaria algo em torno a 150 milhões de dólares. Você confirma essa cifra?

– Acho que este valor é meio alto. Tem uma agência, inclusive, que tem venda de voos suborbitais, como Virgin Galact. Os voos suborbitais da Virgin estão saindo a 250 mil dólares por pessoa. E a gente foi no ano passado a quinta agência do planeta que mais vendeu este tipo de pacotes turísticos. Agora, existem outras opções também, inclusive mais caras, como a própria ida à Estação Espacial como turista e a gente fala de valores superiores a 40 milhões de dólares, ou para aqueles que querem ir ainda mais longe. Existem algumas possibilidades no futuro de se levar turistas à Lua. Aí, os valores, eu não sei. São valores realmente altos, mesmo porque a própria NASA está nesse esforço de retorno à Lua, o que deve acontecer na década de 2020, mas ainda tudo está no campo de especulação e nos projetos preliminares.

– Você já nos disse que é professor de Engenharia Aeronáutica na USP, alterna o seu tempo entre o Brasil e os Estados Unidos, também está ao serviço da ONU, lançou recentemente o seu quarto livro, e tivemos informações no final de 2014 que você estaria se envolvendo também com a política. É verdadeira esta informação de que você estaria participando da organização de um partido político?

– Na verdade, além de todas essas atividades no Brasil e fora do Brasil, inclusive para quem for  visitar o Mickey, em Orlando,em julho, dá um pulinho lá no Cabo Canaveral, no Kennedy Space Center, que eu estou de serviço lá. Mas a política, eu acho que é necessidade de todo cidadão participar da política. O que a gente não pode é ter cidadãos virando as costas à política porque essa é a maneira de a gente entregar o país às mãos de pessoas que não deveriam estar no comando. E é uma maneira de incentivar os jovens a participarem mais do seu país, usar o conhecimento para informar outras pessoas. Eu vejo todo cidadão como um político em potencial. E no ano passado, em São Paulo, eu me candidatei a Deputado Federal com o intuito de poder ajudar, de poder trazer as coisas todas que aprendi e que tenho aprendido, seja como engenheiro, como astronauta, como embaixador da ONU, trabalhando em projetos de desenvolvimento sustentável, para poder colocar à disposição do país no Congresso. Para mim, seria um sacrifício, um exercício de logística bastante grande para poder ajustar as coisas para poder participar. Mas eu achei importante não só me candidatar e me apresentar ao país para cumprir a minha parte como também para dar o exemplo.

– Você concorreu por qual partido?

– Eu fui candidato a Deputado Federal pelo PSB, eu fiz 43 mil votos, que foi um número de votos bastante significativo. E especialmente o tamanho de campanha que eu fiz. Foi uma campanha muito pequena. Eu acho que a pessoa não tem que ficar fazendo campanha. Têm que fazer campanha são aspessoas que querem ser representadas.

– Você confirma as informações que está participando da organização de um novo partido?

– Não exatamente da organização, mas eu apoio à criação do PMB, o Partido Militar Brasileiro. Embora não goste do nome – eu já explico por que – mas eu acho importante que exista também a representação desse partido ou dos valores que ele representa, na política. O PMB não é um partido de militares, é um partido composto principalmente por civis, mas de pessoas que apoiam a ética, apoiam a família, apoiam a manutenção de valores dentro da política, assim como nos outros setores do país. E esses valores que são de certa forma agregados pelos militares também.

– O partido já está constituído, já tem registro no Tribunal Superior Eleitoral?

– Não, ele tem mais do que o necessário em termos de assinaturas, de apoiamento, mas ainda não está constituído ele não foi apresentado ainda ao TSE. Estamos aguardando o momento mais adequado para apresentar com um número muito grande de sobra de assinaturas, que nem todas estão homologadas. Mas é bom que as pessoas saibam que existem representações do PMB espalhadas pelo Brasil todo. Quem quiser informações e digitar na Internet: Partido Militar Brasileiro, pode cair em algum diretório, encontrar algum contato e receber mais informações e ler o estatuto.

– Você vai se candidatar às eleições municipais de 2016 ou às gerais de 2018?

– Não. Eu não pretendo me candidatar em 2016. Em 2018, eu não sei ainda. Eu estou aguardando, pensando o que eu vou fazer. Eu não vejo política como profissão, eu vejo política como uma missão.

– Para comemorar os 10 da Missão Centenário anos estará se elaborando um programa especial de comemorações?

– Com certeza. Estamos com ideias bastante interessantes para a comemoração dos 10 anos. E em comemoração dos 9 anos, também vai ter algo mais do que livro. Em Bauru, vai ter um show aéreo, chamado “Arraiá” aéreo, no dia 14 de junho, no Aeroclube de Bauru. Estamos esperando a presença de 30 mil pessoas. Quem quiser mais informações sobre o evento, é só acessar:  http://www.marcospontes.com.br/EVENTO/centenario_2014.html

Fonte: Sputnik News Brasil

 

43 Comentários

  1. Vocês já ouviram aquela historia do beija-flor que tentava apagar um baita de um incêndio na floresta ? … 😉
    .
    Eu não sei se o senhor Marcos Pontes é um sonhador ou um obstinado crente neste pais e nos brasileiros …. se for a última categoria… bem vindo ao clube. 😀

  2. O primeiro Turista Espacial Brasileiro,quer formar novas gerações de turistas,até porque como ele vai formar novos conquistadores se ele foi apenas um Turista Espacial,chamar esse homem de primeiro astronauta é uma ofensa,pois se algum dia lançarmos um veículo nosso ao espaço esse sujeito terá o título de primeiro astronauta.

    – E você e Yury Gagarin têm muito em comum.

    As vezes O Sputnik pega pesado.

      • Pode até ter sido sabotado, não discordo.

        Mas previsões o boatos provam alguma coisa?
        Doze anos de PT corrupto e qual foi o avanço?

        Ficou parado no tempo sim, por falta de investimento.

      • não acredito nesse papo, de que os EUA sabotaram a gente, até porque nunca fomos inimigos dos americanos é sempre o nosso governo teve relações boas com eles,
        não há motivos claros de que foram eles mesmo que derrubaram nosso foguete.

      • Eu não duvido.
        Tecnologia de foguetes é mesma de mísseis balísticos.

        O problema é que sem evidências fortes ou provas não adianta especular muito.
        Ainda mais quando essa argmentação vem de boateiros, torcedores e mentirosos.

        Caro Lure, tudo o que você ler desses caras será culpa dos americanos.

        De qualquer forma, faltou investimento de todos os governos, inclusive o atual.

      • E isso prova o que?

        “quem duvida é sábio”

        E você nunca duvida do que diz.
        Repete e repete, insiste e insiste por mais que seja desmentido.
        Contradição?

      • “…nunca fomos inimigos dos americanos é sempre o nosso governo teve relações boas com eles…“

        É mas isso nunca impediu os EUA,de confiscarem partes de equipamentos brasileiro,de suma importância para o nosso programa espacial,e nem impediu que nos vendessem componentes estragados ou truncado,nem impediu que eles nos espionassem apesar de nunca termos dado motivo para tal !

      • “”espionassem apesar de nunca termos dado motivo para tal “”

        Motivo nós demos, cooperando com os “adversários” deles.

        Além do sucesso da Embraer, Avibras, Mectron e outros que justificariam espionagem industrial.

        Até a Petrobras já poderia servir de desculpa para espionagem ( para saberem o quanto vamos roubar deles )

        Se é certo ou errado, aí já é outra coisa.

        Sds.

  3. Essa aventura espacial brasileira de nome pomposo ”Missão Centenário” foi a coisa mais imbecil e vergonhosa já protagonizada pela Agencia Espacial Brasileira, a começar pelo bobonauta Marcos Pontes e seu sorriso Gagarin !

    A AEB jogou dinheiro fora,e não agregou nada em conhecimento e tecnologia,Marcos Pontes deu baixa assim que terminou a missão e hoje esta tentando se dar bem na política !

    “. Eu tenho convites de retornar através do trabalho como astronauta profissional em empresas privadas.“

    Duvido muito que estes tais convites existam !

    Sinceramente essa matéria é tão tosca,quanto o entrevistado, e essa Agência Sputinik não passa de um pasquim digital !

    • Bem colocado César! Marcos Pontes foi fazer turismo espacial pois o Brasil pagou 10 milhões de dólares à agência espacial russa para o passeio do mesmo. E tudo o que ele levou para o espaço em termos científicos foram feijões em algodão umidecido ( aquela velha experiência que a gente faz no colégio). Nada mais “Brasil- PuTênfia” do que isso .

      Quanto à Sputnik, você está correto afinal ela é o exemplo mais bem acabado do padrão “Used toilet paper” da mídia russa.

      • “Quanto à Sputnik, você está correto afinal ela é o exemplo mais bem acabado do padrão “Used toilet paper” da mídia russa.”

        Ah pare de reclamar da concorrência! A revista VEJA consegue ser o padrão “Used toilet paper” da mídia americana. No mais, ensina para os seus compatriotas a diferença das bandeiras de cada país:

        https://www.youtube.com/watch?v=BG__GKxCQHw

        Bando de idiotas úteis…rsrsrs!

    • Chamei a Agência Sputinik de pasquim,não por ideologia,mas sim pela qualidade de suas matérias que no meu entender tem sido de péssima qualidade,mas isso não é uma exclusividade só dela,tem sido a tônica de todas as agências de notícias pelo mundo a fora !

      Eu não sei se um dia existiu jornalismo independente,mas hoje estamos vivendo o que há de pior nesse setor !

      • Caro César.

        Como ex-jornalista do PT, eu lhe digo que imparcialidade é quase impossível.
        Mas o Sputnik nem tenta, não faz jornalismo e sim assessoria de imprensa e propaganda.

        É a voz de Putin.
        Vale como oportunidade de conhecermos a opinião russa, mas para entender o mundo não serve.

        Sds.

  4. O que sei do Marcos Pontes é que ele é um dos poucos que realmente se preocupa com a educação no Brasil. Sei que ele fundou uma escola para contribuir com sua parte nesse processo.
    Sei que ele dá palestras para incentivar jovens e adolescentes a ter esperança e despertar neles o desejo de crescer e vencer.
    Quando ele foi para Houston, o Brasil tinha aceitado participar no projeto da ISS, e para isso deveria também ter seu astronauta. No fim, o que aconteceu foi que ele foi abandonado pelo governo brasileiro. O Brasil não cumpriu suas tarefas, e o Marcos tinha que andar se escondendo dos colegas porque era cobrado por conta dos atrasos de nosso governo.
    Por fim, o Brasil foi CHUTADO do projeto da ISS. E o fanfarrão do Lula criou então a missão centenário. Uma palhaçada digna da megalomania irresponsável de um lunático.
    A ida do Marcos ao espaço não foi mais que uma viagem de turismo especial, com certeza. Mas nem por isso ele deve ser destratado. Ele é um astronauta, sim. Ele dedicou 8 anos de sua vida estudando e treinando para isso. Ele fez a parte dele, quem não cumpriu sua parte talvez tenha sido o Ministério da Ciência e Tecnologia, e seu ministro, a AEB seus diretores, e o Governo Brasileiro e seu presidente, Luis Inácio Lula da Silva.
    Talvez por isso ele invista em educação. Ter pessoas educadas, concientes, inovadoras, empreendoras e com visão social é o único caminho para tirar o Brasil desse retardo mental.

    • Sim Marcos Pontes vez a sua parte,inclusive vive até hoje colhendo os louros do seu status de astronauta,esta até tentando uma carreira política ,eu diria que ele foi quem de fato se beneficiou disso tudo !

      • César, qual seria o problema dele explorar a via política?
        Tem que ser bandido para ser político?
        Se ele foi o único que se beneficiou do programa, sorte dele. O País inteiro só não se beneficiou por conta de nosso governo que não cumpriu sua parte. Se tivesse cumprido nós estariams até hoje na ISS.
        Eu prefiro ter o Marcos como um deputado ou senador, tendo visto seus préstimos ao país, dedicação, estudos e sua iniciativa de investir por conta própria na educação, do que ter esses outros ai que estão metendo a mão no futuro de nosso país.
        Ou pior, os que querem ditar o que eu deva gostar, o que eu deva pensar, etc.

      • Marcos Pontes é apenas um garoto propaganda,cujo tempo passou é cultuado por alguns simplesmente por ter sido o primeiro turista espacial brasileiro,suas contribuições a ciência nacional não tem nada de excepcional !

        O de explorar a via política esta no fato desse senhor morar mais nos EUA que no BRASIL e se eleito vai querer ficar indo e vindo de um lado para o outro !

    • Eu não entendo porque tem tanta gente contra esse caras. Eu não sei porque é crime no Brasil receber dinheiro honestamente em troca de um trabalho. O cara escreveu livros e dá palestras sobre sua experiência como astronauta e representante do Brasil no programa espacial internacional. Qual é o problema? Ele está roubando os cofres públicos? Cobrando 3% das empreiteiras?

      • Reclamam do nosso satélite, do nosso astronauta, da Embraer e etc.

        E ainda dizem que a gente não ama o Brasil e somos traídores.

        Quando é que essa gente vai enxergar que todos no mundo são iguais, americanos, russos, brasileiros, franceses, brancos, pretos, amarelos e todos os outros.

        Mas dos latinos eles tem que rir.
        Não sei porque.

      • Meu caro Deagol, anti patriota seria querer mascarar a situação em que se encontra o Programa Espacial Brasileiro, o nano satélite não foi um fracasso, foi MAIS um fracasso,se o Programa Espacial Brasileiro,estivesse correndo bem,garanto que muitos diriam que isso foi só uma fatalidade !

        Mas ninguém aguenta mais ver tanto dinheiro jogado fora em marketing desnecessário como foi a viagem ao espaço do Sr. Pontes,e em sucessivos fracassos,quando o VLS voar ele já estará obsoleto ai levaremos décadas para criar outro vetor !

        E enquanto isso vamos assistir economias mais fracas que a nossa,colecionando êxitos,veja o Irã com embargo e tudo já nos superou,a Índia já esta até em Marte com sua sonda até a Coréia do Norte nos superou e nós estamos aqui batendo palma !

        Somos patriotas porque pagamos caros por essas aventuras,somos patriotas por que cobramos resultados, já não nos deixamos enganar,já demos muita chance e agora queremos resultados !

      • A questão é que o Sr. Marcos Pontes personifica a maior presepada já feita em toda história do Programa Espacial Brasileiro,e toda vez que ele tem a oportunidade de estar na mídia fala como se seu feito fosse algo espetacular,mas todos sabem que não foi nada disso,ele talvez faça inconscientemente uma propaganda enganosa,de algo vergonhoso para a AEB!

        Que houve de espetacular nessa viagem,qual experiência relevante ele conduziu ?

      • Se é para atacar então que ataquem o governo que tomou as decisões.

        Como os idiotas úteis não podem criticar o Deus lula pela ideologia imbecil, atacam alguém que só cumpriu ordens e não tem responsabilidade nenhuma.

        Sds.

      • César, o cara fez a parte dele, acreditou no país. Dedicou 8 anos de sua vida a isso. Você faria o mesmo? Quantos anos você já dedicou em serviços reais a teu país?
        A única presepada que houve foi a do Lulalelé. O governo dele não deu o apoio que o projeto ISS pediu. Talvez tivesse dado se o o projeto fosse de Cuba ou Venezuela, não acha?
        “Abandonou” o Marcos em Houston, e depois ainda pagou alguns milhões para seu companheiro de sindicato, Rússia, para fazer showzinho na TV. Essa é que foi a presepada. Não do Marcos. Se você tivesse se preparado por 8 anos para uma missão, 8 anos, você não concordaria em ser pelo menos um “turista espacial”?
        A missão centenário foi ridícula, cara e desnecessária do ponto de vista científico. Mas foi uma presepada armada pelo PT, ninguém pode negar isso.
        Esse Lulalelé só fez presepada, e com o dinheiro dos outros, agora você está vendo o resultado disso tudo. Fies, Petrobrás, PACs, Bolsa isso e aquilo, Cesare Batisti, CEF, BB, BNDES, Embraer (KC-390), Avibrás (Astros 2000), S-BR , e SN-BR, os 4 estádios a mais para a copa, o estádio do Corinthians. Com exceção do terrorista italiano, todos os demais estão esperando que o PT pague os atrasados. Já se vão mais de uma década de presepadas.
        Presepada foram as refinarias em acordo com o Chaves, foi ficar de quatro na questão do gás bolivariano, foi ficar de quatro na questão da energia de Itaipú, foi o projeto Ciclone, foi o descaso e quase abandono do projeto do VLS, presepada foi o Rafale. etc, etc, etc. E essa corja se proclamam os únicos nacionalista.
        Onde essa corja põe a mão é sempre assim, 5 anos de “bonança” às custas de dinheiro alheiro e 50 anos de miséria por culpa dos “imperialistas”.
        E grande parte do povo aplaudindo, achando que a presepada toda era o novo milagre brasileiro.
        Mas eu não espero que você veja isso. Qualquer fato levantado contra essa corja, que adoro quando alguém aqui no blog os chama ironicamente de “iluminados”, você dirá que é manipulação da mídia golpista, dirá que ingerência estrangeira (que só é ingerência quando não vem de países do sindicatos), dirá que facismo, etc.
        Houve sim uma presepada. Mas o PT é o culpado.
        Eu acho que o Marcos fez a parte dele e continua fazendo, quando investe em educação. Se ele for candidato, ótimo para o país.

    • “…E o fanfarrão do Lula criou então a missão centenário. Uma palhaçada digna da megalomania irresponsável de um lunático…“

      “A ida do Marcos ao espaço não foi mais que uma viagem de turismo especial, com certeza. Mas nem por isso ele deve ser destratado. Ele é um astronauta, sim. Ele dedicou 8 anos de sua vida estudando e treinando para isso…”

      Engraçado você menospreza a Missão Centenário.,a chama de palhaçada , diz que foi uma irresponsabilidade , chama o Lula de fanfarrão,que segundo você foi o idealizador da missão, e depois pede respeito a Marcos Pontes !

      Você é quem deveria ter respeito,primeiro porque quando Lula chegou à presidência a patuscada já tinha começado,não foi Lula quem começou isso tudo (o astronauta já estava em treinamento bem antes ) e se não fosse o Lula a quem você tanto desdenha hoje Marcos Pontes não seria seu Herói !

      Ninguém diz que ele não é astronauta,pra falar a verdade isso nem é uma coisa tão espetacular assim,pois hoje em dia qualquer pessoa que tenha dinheiro pode ser um astronauta de uma viagem,o problema todo esta na propaganda enganosa que esse senhor faz até incoincidentemente, pois não houve nada absolutamente nada de espetacular nessa viagem !


      • Deagol 30 de março de 2015 at 22:48
        Caro César Pereira.

        Minha opinião não é sobre você, e sim sobre os fanáticos.

        Sds.“

        Então o meu comentário vem a somar-se ao seu,pois abomina o fanatismo, e busca o concreto a crítica construtiva cujo intuito é esclarecer e não turvar a realidade dos fatos !

        O fanático é um cego que enciste em não querer enxergar, é uma pedra de tropeço no caminho do progresso !

      • Cesar.

        “se não fosse o Lula a quem você tanto desdenha hoje Marcos Pontes não seria seu Herói !”

        Há um engano!
        Marcos Ponte não é meu herói, longe disso.

        Só acho que está sendo injustiçado por uma coisa que não é responsabilidade dele.
        Se o programa era uma bagunça ou presepada quem deveria resolver o problema era o governo do lula ou o governo anterior.

        E já votei no Lula, no Olívio e outros discípulos e decepcionei. Inclusive trabalhei para eles.

        Marcos Pontes fez o que foi mandado!
        Ele não pode vir ao público e dizer que foi presepada.

        Posso respeitar os eleitores que acreditaram no lula pois estavam fazendo o que achavam ser certo.
        Mas o Lula, não tenho como respeitar. Ainda mais depois de suas últimas declarações.

        Concordo que não houve nada de espetacular, mas não vejo porque culpar alguém que não foi responsável.
        O cara obedeu ordens.

      • Desdenho o lula porque já trabalhei para dois partidos políticos e lhe garanto mil vezes que é impossível, ( totalmente impossível ) que ele e a Dilma não saibam do que acontece nos bastidores deste país.

        Até os estagiários deles sabem.

  5. Pode ser dito quaisquer coisas a respeito dele, mas é um homem de cultura intelectual elevada, além de ser um ótimo ideologista na área de ciência e tecnologia, enfim, prefiro um trocentelhão de vezes ele na política do que esses medíocres seguidores corruptos do Nine e do FHIV.

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