Quais as razões dos exercícios militares dos EUA na Tailândia?

Os exercícios militares Cobra Gold, que os EUA finalmente decidiram realizar na Tailândia, “mostram as prioridades dos Estados Unidos” e revelam o seu interesse na região da Ásia-Pacífico, diz Angelo Segrillo, especialista em História e professor na USP.

Em entrevista à Sputnik, o professor Segrillo destacou a envergadura dos exercícios, de que participam mais de 10 mil efetivos de 24 países. Segundo o especialista, há uma forte sensação de que os EUA estão tentando criar uma versão asiático-pacífica da OTAN:

“É mais ou menos como a OTAN fez em relação ao Atlântico, neste caso em relação ao Pacífico. Esse tipo de exercício militar é o equivalente a se tentar fazer uma ponte entre os Estados Unidos e os países que lhe são mais chegados na região da Ásia do Pacífico, especialmente neste momento”.

O momento é de reforço significativo do poder econômico da China. É por isso, avalia o historiador, que os Estados Unidos querem organizar um “cerco” em torno ao maior país da Ásia e futura maior economia do mundo.

O doutor Angelo Segrillo afirma que a economia da China já ultrapassou a dos EUA. Se calculado com base na paridade do poder de compra (sem dependência da taxa de câmbio do dólar estadunidense), o Produto Interno Bruto (PIB) chinês já é maior que o estadunidense.

“A economia é uma ciência lúgubre”, comenta Segrillo esta “surpresa” para os EUA.

A China, claro, terá que se esforçar para crescer mais e aumentar o seu PIB per capita, principal referência mundial. Mas “apesar de o crescimento ter diminuído, continua aumentando duas ou três vezes mais rápido do que os EUA”, comenta o historiador.

Democracia e prioridades atuais

Os exercícios Cobra Gold foram realizados pela primeira vez em 1982 com a participação dos EUA e Tailândia, país anfitrião.

Na segunda metade de 2014, não se sabia se os Cobra Gold 2015 iriam ter lugar. Em meados do ano passado, na Tailândia ocorreu um golpe de Estado, e os EUA começaram a pressionar, ainda que de um modo ligeiro, o seu parceiro asiático. A decisão final de realizar os exercícios anuais veio depois de uma “aproximação com a China” por parte da Tailândia, comenta o doutor Segrillo:

“Isso mostra um pouco as prioridades dos Estados Unidos. Existe a retórica da questão da democracia, mas na hora H os interesses estratégicos prevalecem sobre esta questão da democracia, direitos humanos et cétera. Esses exercícios são muito interessantes, porque os EUA voltaram atrás em relação a esta questão da Tailândia, a questão da democracia ficou no segundo plano e os interesses estratégicos prevaleceram”.

O professor ainda lembra que a Tailândia “sempre foi um aliado tradicional dos Estados Unidos desde os tempos da Guerra Fria e da guerra do Vietnã”.

Segundo o historiador, tudo isso é consequência do desejo dos EUA de manter a sua autoridade política e econômica na região, onde pelo menos um “tigre asiático” está caminhando meio tranquilo:

“A China crescendo a esta velocidade, parece um Leviatã crescendo. A China que certamente já está com o poder de enfrentar os Estados Unidos frente a frente. Não digo militarmente, mas simplesmente ser efetivo. E por isso os EUA querem se precaver fazendo aliança com diversos países em volta da China”.

Questão da China e da Rússia

Não é só a China que preocupa os EUA. Angelo Segrillo opina que 2015 é “um ano de tensões”, inclusive por causa do confronto entre os EUA e a Rússia. É também por isso, acha o professor, que esses exercícios militares são um acontecimento importante deste ano.

Fonte: Sputnik

 

 

34 Comentários

    • Pow meu caro logo o primeiro comentario da materia e voce vem logo diarreiando teu proselitismo capaxo.Fala Tiroless sempre admirei muitos comentarios teus e vc sabe disso mas de um tempo pra ca incorporou a pomba gira do Blue Eyes e sentou na vela de sete dias acessa fumando o charuto ao contrario.

    • Vala Meu Deus….

      O Da Lua ta doido….

      “aaaaa Rutinha…. Aaaaaa Rutinha….. Ooooooo prrrrooooofessssor”

      Toa dizendo….. Os TRILOGIOPATAS são todos desse nível”

      O Da alua deve estar é tendo alucinações com algum professor dele que pegou ele encoxou na escola

      Acorda Da Lua…

      Assim tu se entrega

      E o pior é Q eu já desconfiava

      Só falta o Vaderuxo dar uma escorregada agora

      • “Toa dizendo….. Os TRILOGIOPATAS são todos desse nível””

        Não, tem excelentes comentarista na trilogia.

        “professor dele que pegou ele encoxou na escola”

        Nível cada vez mais baixo.
        Depois não entendem porque a gente é arrogante.

      • Vai pra la bósterico e senta no colo deles o que fazes aqui perdendo teu tempo com inferiores a voce.
        Deixa de ser babaca.

      • Amigo Deagol, o Rafrutinha é prova viva de que como um pé na bunda é traumático. Deixe ele pois ele se ridiculariza por si só. Basta ver esse amor todo dele pelo Vader….rs!

  1. Diria que não é só manter um status quo…

    As disputas territoriais que chineses mantém com seus vizinhos também reforçam o receio destes em sua escalada, o que justifica exercícios como esses.

    No caso específico dos tailandeses, sua costa guarda a principal rota de acesso marítimo da China para o Oriente Médio, India ( maior adversário em potencial no momento ), e Paquistão ( maior aliado naquela parte de mundo ). E é praticamente o mesmo com relação aos demais países do sudeste da Ásia, que são sólidos aliados de Washington. Assim sendo, a Tailândia se torna prioridade em qualquer mesa de estratégia de qualquer grande potência com interesses naquela região.

    • _RR_ meu caro o EUA usam de asssutarem vizinhos mesmo.
      A hora que paises perceberem isto os deixarão a deriva.E olha que por enquanto so paises ditos aliados diretos ja perceberam isso,Australia,Inglaterra,Alemanha.

      • Por isso que eu fico bolado quando chegam aqui e a babacada corre todinha emplumadinha se perfilando pra ganhar medalhinha e certificado.

      • 1maluquinho,

        Essa troca de condecorações e homenargens existe em todos os países… Não é coisa só do Brasil não…

        O que os americanos querem é manter a sua posição reforçada na Asia… E os países asiáticos também não querem ver agravadas as suas disputas com a China ( especialmente Japão, Coreia do Sul, Taiwan e, por incrível que pareça, Vietnam )… Assim, alinham-se com os americanos, que lhes servem de escudo. Enfim, questão de interesses. Simples assim…

        Cada caso depende do contexto político e dos interesses envolvidos… No caso de Australia, ali a relação é quase carnal. O mesmo pode ser dito do Reino Unido. Os mais distantes, sem sombra de dúvidas, são os alemães, que tem interesses próprios em relação a Europa e a Russia ( afinal, são eles e os poloneses que estão de frente para os russos ).

      • Meu caro ate entendo o temor da Corea do Sul mas falar do Japão que tem rusgas com a China e com a Russia.Um pais capaxo,serviçal,humilhado que ainda lambe o saco do humilhador fala serio.
        O Japão merece mesmo tomar umas porradas tanto faz se da China ou se da Russia.
        Viu o que duas nukes fazem ? Uma nação que por milenios jamais havia sido derrotada em uma unica batalha e que cansou de botar o terror em todo sudeste Asiatico tomou duas nukes por dentro da lata e ainda virou capaxo do humilhador,

  2. Estamos aqui para lhes sermos solidarios quando Chineses vierem comer-lhes os rabos torceremos por voces e podem contar com nosso apoio logistico.
    A hora que a China sair de suas fronteiras eu quero ver o que e quem ficara na sua frente.
    Mexem o tempo todo com o Urso e com o Dragão.
    Como na estorianha do é o lobo é o lobo é o lobo e sai todo mundo correndo.De tanto gritarem é o lobo e todo mundo correr e não vier lobo algum,quando o lobo vier vai lamber todo mundo e eu vou achar a maior graça.Porque quem procura acha.

  3. Gritam mesmo aos quatro cantos Europa,Asia,Oriente Medio é o lobo é o lobo é o lobo e a capaxada se borra todinha.De tanto mexerem com o lobo o lobo vai engolir geral.
    Comprem poltronas com amortecedores e base de ferro afixada no concreto com cinto de segurança tambem,porque o solavanco sera sentido daqui.

  4. Como soldado aprendi que é precis matar e destruir para conquistar.
    Esses merdas derrubam governos e depois não conseguem segurarem insurgencia e para não sairem com os rabos entre as pernas deixam um fantoche com promessa de linha de abasteciment logistico e caemna guacha.

  5. a pergunta é quais as razoes para exercícios militares dos estados unidos alugarem a tailandia opss exercícios militares na tailandia

    a resposta para colocar seu ovinho de serpente no ninho asiático !!!!!

    pois as bases tanto na coreia do sul e no japao além de os governos desses países já terem uma forte vontade de diminuir

    essas bases nao conseguem mais por freio a china !!!

    e eles querem mais bois de piranha para no caso de uma confrontação eles terem tempo de recuar e deixarem seus buchas de canhao no lugar

    simples assim !!!

  6. Como diz as escrituras um grande lider mundial se unira com um grande lider espiritual e segundo ela ésse é o anti-Cristo.
    Bem o lider mundial não tenho a menor duvida que é o governo Americano mas qual sera o lider espiritual ?
    Sera o Macedinho aquele que prega : ” O meu Deus.O meu pai.É dono de todo o ouro e toda a prata,porque tenho eu seu filho que ser pobre”.
    Não não é o Macedinho pois este nem espiritualidade tem se tivesse saberia que ele não é filho de Deus e sim sua criação.Saberia tambem que quando vamos a natureza do Senhor e pegamos o seu mineral ouro e o seu mineral prata e os manufaturamos transformando-os no no metal ouro e no metal prata isso passa a ser edificação humana e para Deus isso é morto.
    Ah então devem ser os extraterrestres né mesmo pois na antiguidade quando eles apareciam lhes chamavam de Deus e de anjos.
    Ja sei foram as fotos e o video vazado por alto funcionario da NASA documentando e vazando na net encontro com extraterrestres no espaço e depois disso o cara simplesmente sumiu escafedeu-se.
    Bom se for assim as escrituras dizem tambem que esse anti-Cristo acrescidos de frças celestes ou extraterrestres sera destruido pelo verdadeiro Senhor que vira com suas forças celestes ou extraterrestres e sozinho dezimara o mal salvando a Israel celestial e não aquele pardieiro humano chamado de Israel a Israel fisica latrina do mundo.
    então na arca ou na nave mãe ira ter pessoas de todas as nacionalidades os pacificos e os perseguidos e os bons de coração.
    Legal so assim faço um filho no espaço sideral que pode nascer com olhos Asiaticos ou cintilantes de reptiliana.

  7. O Sr. Angelo Segrillo, especialista em História e professor na USP, cita um golpe de estado na Tailândia e em seguida menciona uma meia hesitação estadunidense em fazer exercícios militares com o novo regime “não democrático”…

    Porém, em relação ao regime pró-EUA que foi derrubado na Tailândia, a realidade é bem outra, estava longe, muito longe de ser uma democracia.
    Ou melhor: Era “uma democracia do jeito que o EUA (e o diabo) gosta”…

    O texto abaixo traz mais informações sobre o antigo regime pró-EUA, derrubado por um golpe militar:

    ——————————————————-
    5 de Fevereiro de 2015

    Tailândia: intromissão descabida dos EUA na Ásia

    Comentários distribuídos na esteira da derrubada do regime serviçal que os EUA mantinham na Tailândia alienam ainda mais a superpotência em declínio.

    Primeiro em Hong Kong, agora na Tailândia, estão em absoluto curto circuito os planos dos EUA para instalar regimes fantoches e assim tentar manter ou ampliar a hegemonia norte-americana na região do Pacífico asiático.

    A mais recente grande confusão começou depois que o Secretário-Assistente de Estado dos EUA para Assuntos do Leste da Ásia e Pacífico, Daniel Russel, fez comentários em que condenou a recente deposição, e depois o impeachment, da ex-Primeira-Ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, acusada de envolvimento em longa lista de atos de corrupção e de abuso de poder.

    Conforme transcrição oficial, pelo Departamento de Estado dos EUA, do discurso que fez na Tailândia, Daniel Russel disse que:

    “(…) processo estreito, restrito, limitado – cria a risco de que muitos cidadãos tailandeses sejam esquecidos, que se sintam excluídos do processo político.

    Por isso nós continuamos a defender um processo político inclusivo e mais amplo, no qual todos os escalões da sociedade sintam-se representados, sintam que suas vozes são ouvidas. Acrescento que a percepção de justiça também é extremamente importante. Na verdade, quando um líder eleito é removido do poder, é deposto, depois tem seu impeachment declarado pelas autoridades – e pelas mesmas autoridades que comandaram o golpe que o depôs –, e quando um líder político é alvo de acusações criminais, em contexto em que os processos e instituições básicas do país estão interrompidos, a comunidade internacional não tem outra impressão se não a de que todos esses “movimentos” podem ter sido politicamente manipulados.”

    O comentário de Russel sobre “cidadãos tailandeses que se sentiram excluídos” sempre foi o primeiro parágrafo de todos os discursos do próprio Shinawatra, quando precisou justificar os atos de terrorismo de seu governo e o golpe armado que deixou centenas de mortos. E é linha sempre presente em todas as falas em que os EUA precisam “explicar” a violência que organizam e financiam em outros países, sempre para “mudança de regime”.

    A ideia de Russel, de que as acusações criminais contra Shinawatra teriam sido “politicamente manipuladas” é perfeito desvario, sandice.

    No caso dos EUA, defender a primeira-ministra evidentemente posta lá como “procuradora” de seu irmão, criminoso condenado que vive fora do país para não ser preso, e que comandou um regime que destruiu a economia tailandesa, ao mesmo tempo em que mandava assassinar seus adversários políticos pelas ruas, é muito visível quebra do protocolo diplomático e expõe muito claramente a prática vergonhosa do próprio Departamento de Estado.

    Na verdade, o Departamento de Estado dos EUA existe para representar o povo dos EUA em outros países; não existe para impor os interesses dos EUA sobre e contra todos os demais povos da Terra.

    O governo tailandês rapidamente condenou os comentários e, na sequência, viu-se uma sucessão de revides e respostas contra o que já está sendo abertamente denunciado como interferência descabida dos EUA em assuntos internos da Tailândia.

    O que os EUA veem nos [irmãos] Shinawatras

    Yingluck Shinawatra assumiu o poder em 2011, concorrendo declaradamente como preposta de seu irmão, Thaksin Shinawatra, criminoso condenado que fugiu do país e assim escapou de cumprir sentença de dois anos de prisão, dentre longa lista de acusações ainda pendentes nas cortes tailandesas.

    O slogan eleitoral do partido “Peua Thai” de Thaksin Shinawatra era, literalmente, “Thaksin Pensa, Peua Thai Faz” – admissão declarada de que o homem, criminoso condenado, ainda tenta governar literalmente o país.

    Para entender o por quê de os EUA tão descaradamente quebrarem todas as regras protocolares e diplomáticas e atacarem a própria soberania da Tailândia, com discurso em que “comentam” assuntos internos do país, é preciso lembrar que o próprio Thaksin Shinawatra sempre foi amigo íntimo da dinastia política dos Bush; que foi membro do Grupo Carlyle e que desde que foi deposto, ele próprio, em golpe apoiado pelo exército tailandês leal à monarquia, em 2006, sempre apareceu abertamente representado por alguns dos mais caros lobbyistas profissionais das empresas de lobbying mais conhecidas do mundo, dentre os quais Kenneth Adelman de Edelman PR (Freedom House, International Crisis Group, PNAC), James Baker de Baker Botts (CFR, Carlyle Group), Robert Blackwill (CFR) de Barbour Griffith & Co.; Rogers (BGR), Kobre & Co.; Kim, Bell Pottinger (sobre isso, ver também Guardian) e é atualmente representado por Robert Amsterdam de Amsterdam Partners (Chatham House).

    No poder, Shinawatra tomou posição firmemente pró-EUA, economicamente e geopoliticamente. Contra a vontade do Exército Real da Tailândia e do próprio povo tailandês, Shinawatra enviou soldados tailandeses para colaborarem na invasão e ocupação ilegais do Iraque. Também autorizou a CIA-EUA a usar território tailandês para as práticas do horrendo programa de “entregas especiais”, pelo qual prisioneiros eram entregues a vários países do mundo para serem torturados fora de território norte-americano. Shinawatra também tentou assinar um acordo de livre comércio, impopular, além de ilegal, com as empresas de Fortune 500, dos EUA.

    Também durante seu mandato, Shinawatra cometeu incontáveis atrocidades contra os próprios tailandeses. Primeiro, em 2003, iniciou o que chamou de “guerra às drogas”. Cerca de 3 mil pessoas foram executadas nas ruas, sem qualquer julgamento ou processo, ao longo de apenas 90 dias. Adiante se descobriu que mais da metade dos mortos nada tinham a ver com tráfico de drogas. Só nesse episódio, Thaksin passou a ser o tailandês autor de maior número de crimes contra direitos humanos de toda a história do país. No ano seguinte, o mesmo Thaksin poria fim com extrema violência aos protestos em províncias no sul do país, em que 85 manifestantes foram assassinados num único dia, episódio conhecido hoje como o “incidente de Tak Bai”.

    Além desses dois eventos criminosos bem divulgados, 18 militantes defensores de direitos humanos foram assassinados ou desapareceram durante o primeiro mandato de Tahksin, segundo a Anistia Internacional. Dentre eles, está o advogado e ativista defensor de direitos humanos Somchai Neelapaijit. O advogado foi visto pela última vez em 2004, ao ser preso por policiais. Depois disso, nunca mais se soube dele.

    Shinawatra também moveu uma campanha de terror e assassinatos contra seus oponentes. Em abril de 2009, pistoleiros atiraram mais de 100 vezes contra o veículo de um ativista do movimento dos “camisas amarelas” anti-Shinawatra, líder de protestos e magnata “midiático” dono de uma rede de televisão, Sondhi Limthongkul, em tentativa de assassinato à plena luz do dia. Dia 10/4/2010, militantes pesadamente armados organizados por Thaksin Shianwatra e seus “camisas vermelhas” emboscaram a mataram a tiros o coronel Romklao Thuwatham que, naquele momento, comandava as operações de controle das manifestações de rua perto do Monumento à Democracia em Bangkok. Os “camisas vermelhas” de Thaksin manteriam luta contra o exército tailandês durante semanas, antes de encerrar suas manifestações com uma onda de saques e depredações que se alastrou por toda a cidade. E em agosto de 2013, o empresário e principal adversário político de Thaksin, Ekkayuth Anchanbutr foi sequestrado e assassinado.

    Para quem conheça a natureza profunda e inalterada da política exterior dos EUA, nada há de novidade em os EUA garantirem apoio irrestrito a ditador violento e brutal, mas obediente a Washington; é história que se repete até hoje, com o Departamento de Estado dos EUA sempre trabalhando abertamente para minar a legitimidade do atual governo tailandês e os esforços que o atual governo tem empreendido para arrancar todos os ramos do regime Shinawatra e as redes de agitação e subversão organizadas, pagas e mantidas pelos EUA, que ajudam ainda os Shinawatra a manter-se firmemente agarrados às alavancas do poder político na Tailândia por, já, mais de uma década.

    Que a mão pesada dos irmãos Shinawatra e respectivo grupo comece a dar sinais de já não ser tão poderosa indica claramente que a enorme capacidade dos EUA para interferir impunemente começa a diminuir.

    Os comentários de Russel não caíram em ouvidos de público tailandês receptivo aos EUA. A maioria dos tailandeses apoiou o golpe militar que depôs o regime dos Shinawatra. Mesmo em 2011, apenas 35% do eleitorado tailandês total votava com o partido de Shinawatra, o partido Peua Thai, que não alcançou a maioria dos votos. Segundo pesquisa de uma fundação asiática realizada em 2010, apenas 7% dos 70 milhões de cidadãos tailandeses identificam-se como “vermelhos”, a cor associada à frente política de Shinawatra.

    A fantasia de que os militares derrubaram “governo popular democraticamente eleito” não poderia estar mais distante da verdade – e outras fantasias e mitos desse tipo só ganharam tração por causa da vastíssima e incansável campanha continuada de propaganda e apoio aos Shinawatra movida pelos EUA e pelas redes de televisão, rádio e imprensa-empresa tailandesa em geral, já perfeitamente integradas aos vastos monopólios ocidentais de “mídia”.

    Apesar, contudo, da ação desses monopólios, a reação contra os comentários de Russel foi desastrosa para o prestígio do próprio Russel e para a agenda dos EUA na Tailândia. Dia a dia aumenta o número de tailandeses que vão deixando de interpretar a atual crise política como mera batalha entre Thaksin Shinawatra e a ordem política tradicional tailandesa, e passam a vê-la como guerra existencial nacional contra agenda de potência estrangeira que inventou e continua a proteger o clã Shinawatra e contra, também uma vasta rede que só espera derrubar toda a ordem política e a soberania da Tailândia.

    (Por Tony Cartalucci – Pesquisador de geopolítica e escritor sediado em Bangkok, Tailândia. Seu trabalho visa cobrir os eventos mundiais a partir de uma perspectiva do Sudeste Asiático.)

    Tradução: Vila Vudu

    • Mais bobagens conspiratórias antiamericanas. Você não vira o disco mesmo heim estafeta!? O mesmo já está até arranhado! E como explicar que o atual governo esteja sediando um exercício militar com os EUA e outros países?

      • Tireless porque voce não contesta o exposto pelo colega acima com um raciocineo que contradiza o com a sua opinião.
        Fazer um comentario unicamente recheado de falacias enlatadas ou babozeiras baba ovo não implica em nada somente evidencia intolerancia contra diversidade.
        Sabe meu caro os conceitos no Brasil estão mudando pois a sociedade Brasileira é contra xenofobismos.
        Tudo o que não se enquadra na ortodoxia aceitavel por voce e pessoas como voce que apenas se interessam em rederem capaxismos a aqueles que sempre nos sugaram e que sempre impediram nossos avanços voces taxam de comunismo,terrorismo.
        Terroristas para o Brasil é todo aquele que não respeita liberdade,diferenças e não aceitam conviver com multiplicidades.

      • E eu te pergunto maluco: que argumentos ele trouxe fora um texto mal ajambrado e a velha cantilena de que tudo de ruim no mundo é culpa dos EUA e da mídia?

  8. Nao eh de-se admirar que a esquerda faliu a venezuela e argentina ,sao otimos para contar lorotas e expressarem opinioes pessoais alimentadas por inveja ,os alunos deste bestial merecem estes trololos ,se fossem mais capazes ,dificilmente iriam estudar filosofias,historias ,sociologias e outras gias que estao fora das exatas ou biologicas ,sao adeptos de decorebas e falacias ! A banania precisa de mais cientistas e menos sociologos hipocritas !

  9. Procuro assistir todos jornais televisivos,não vejo outro tipo de programação fora isso ou documentarios.
    O jornal da Globo é manipuleiro e faz aberta propaganda contra o Brasil e os Brasileiros ao desmerecerem ao maximo o que podem unicamente por capaxismo ideologico fazendo propaganda bdo interesse Americano.
    Seus apresentadores são verdadeiros artistas de teatro ao interpretarem caras e bocas e conotações.
    Isso é a liberdade de expressão,ver dentro de seu proprio pais uma maquina midialitica que trabalha contra o que levamos tanto tempo para pormos para fora.
    Agora com os escandalos da Quadrilha dos Irmãos Petralhas a Globo quér simplesmente falir a Petrobras entregando-a de mão beijada a Anglos.
    Como tem traidores nesse Brasil.
    Pais maravilhoso sempre governado por politicos de merda eleitos por um povo de merda.

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