EUA divide o Ocidente, a Rússia divide a Europa

Acirrar as sanções contra Moscou? Fornecer armas a Kiev? O que está em jogo na cúpula de Minsk é nada menos do que a coesão ocidental perante o conflito na Ucrânia, opina o correspondente em Bruxelas, Bernd Riegert.

Bernd Riegert, correspondente da DW em Bruxelas

Fica cada vez mais difícil para a União Europeia (UE) manter coesas as próprias alas no contexto da crise da Ucrânia. Tanto em relação às sanções contra a Rússia quanto ao eventual fornecimento de armas a Kiev, cada vez mais as opiniões dos ministros do Exterior divergem entre si.

No momento, toda uma série de países-membros, sobretudo do Leste Europeu, está pronta a seguir o caminho proposto pelos Estados Unidos: eles conseguem conceber o abastecimento do Exército ucraniano com armamentos modernos, para que este possa se defender contra as ofensivas dos rebeldes e mercenários equipados pela Rússia. A maioria da UE, porém, ainda é contra o fornecimento, repetindo o mantra alemão de que armas adicionais só agravariam a guerra.

Até agora, uma das poucas vantagens do Ocidente diante da conduta imperialista do presidente Vladimir Putin é sua coesão na política para a Ucrânia. No entanto, os EUA estão prestes a colocar essa coesão em risco caso consigam convencer ao menos uma parte dos europeus a apoiar o reforço armamentista e a elevar a severidade contra Moscou.

Se a cúpula de mediação desta quarta-feira (11/02) em Minsk falhar e os EUA decidirem entregar armas a Kiev, Moscou terá o prazer de constatar que o front diplomático ocidental está se esfacelando.

Além disso, o Kremlin teria, assim, um bem-vindo pretexto para interferir oficialmente na guerra no leste ucraniano e enviar ainda mais reforço aos separatistas. Provavelmente seria impossível evitar um novo acirramento, e o resultado seria uma guerra por procuração, travada à custa da Ucrânia.

Quem fornece armas deve estar ciente de que, se é para elas serem empregadas com eficácia, geralmente também é necessário enviar equipes de consultoria e apoio técnico. No fim das contas, pode ser que tropas terrestres do Ocidente e do Leste Europeu venham a se defrontar no leste ucraniano. Ninguém na Europa – e, na verdade, ninguém nos EUA – pode seriamente desejar tal coisa.

Armas puramente defensivas são algo que não existe. A Rússia certamente responderia com mais armamentos a um abastecimento pelos Estados da Otan. E depois, o que virá? Não, a União Europeia deve se ater à política de rejeitar todo e qualquer aprofundamento da violência.

Um resultado possível da cúpula de Minsk é afastar o leste da Ucrânia do governo central, mantendo-o ligado numa espécie de federação, mas com mais autonomia. Isso seria uma vitória parcial para o presidente russo e, portanto, doloroso, mas qual é a alternativa? Mais combates, mais mortos? O perigo de uma guerra de verdade entre a Rússia e o Ocidente?

A Rússia deliberadamente destruiu a ordem até então vigente na Europa. A UE e também os EUA precisam reconhecer que só são capazes de se defender disso de forma insuficiente, a não ser que assumam riscos incalculáveis.

A linha vermelha continuam sendo os limites externos da Otan: a Rússia não pode ultrapassá-los. Caso contrário, isso significa que a Ucrânia (leste), a Geórgia, Moldávia e Belarus caíram de volta na zona de influência de Moscou. O Ocidente não pode e não deve defendê-los com armas – no máximo, com palavras. A Europa está à beira de uma nova divisão.

Fonte: DW.DE

7 Comentários

  1. Mais uma vez uma leitura distorcida e completamente dissociada da verdade é essa desse reporter aliado aos yankes. Não sei se já virou suco cultural americano, mas é facil destacar sua incoerencia ou completa distorção dos fatos ao atribuir imperialismo ao Putim. Os imperialistas, até como expressão cultural, estão onde sempre estiveram, ao lado dos anglo saxões. Hoje os States a frente. Querer insinuar que a incorporação de uma parte do território Russo, doada no passado a Ucrania, por questões de geopolitica da época e que foi resgatada, de forma democratica, por questões de segurança, que um país como aquele necessita para manutenção de sua soberania, vira uma fraqueza de carater enquanto não olha as tomadas de territórios de feitas por seus aliados culturais, de forma completamente alheia aos interesses dos povos desses territórios, isso sim podendo ser configurado como imperialismo, mas isso para o hipocrita não conta.
    Quando digo que há um modus operandi comum nas midias ocidentais, não tenho duvidas. Elas agem em unissono, primeiro para afirmar um ponto de interesse, provavelmente comercial, depois insistem como um bulling até isso pegar e virar verdade nas mentes de pouca capacidade critica, firmando isso como verdade, ganhando apoio,mpartem para incitar algum tipo de retaliação. Hitler dominou muito bem este instrumento, a ponto de fazer escolas pelo mundo ocidental.

  2. Fora do tema , p pensar: Veneráveis assassinos
    EM NOME DO ATEÍSMO, A REVOLUÇÃO FRANCESA PRODUZIU MAIS MORTES EM UM MÊS DO QUE A INQUISIÇÃO DURANTE TODA A IDADE MÉDIA

    Em 1789, os três países mais populosos do mundo são a China, a Índia… e a França!

    Com seus 28 milhões de habitantes, a França é o país mais populoso da Europa. A partir de 1795, a Rússia nos arrebata este primeiro lugar. Seremos ultrapassados pela Alemanha em 1866, e depois pela Grã-Bretanha, em 1911… De todos os povos da Europa, somos o único cuja demografia mudou no século XIX. Por quê?

    Historiadores e demógrafos nos explicam que tudo muda “profundamente”, para o nosso país, a partir dos anos 1790. Observa-se uma “guinada demográfica”. A taxa de natalidade ultrapassa 38.8 por mil antes de 1789 a 32,9 por mil em 1800. Casa-se menos e a frequência de nascimentos ilegítimos dobra em 20 anos. Por quê?

    Porque ocorreu uma grande sangria. A República inventou a guerra em massa e a nossa juventude repousou em valas comuns no Egito e na Rússia. Mas isso não é tudo: a República também inventou o massacre em massa: o “sistema de despovoamento”, dizia Graccus Babeuf em 1794, o genocídio, diríamos hoje.

    A República elimina tudo o que se opõe a ela: “Faremos um cemitério da França, do que não regenerá-la ao nosso modo” dissera Carrier. Então se mata à baioneta, faca, punhal, fuzil… Então se estrangula, afoga, guilhotina… Assassina-se homens, mulheres, crianças, bebês, padres, nobres, camponeses, artesãos… (80% das vítimas pertenciam ao Terceiro Estado). O historiador Pierre Chaunu poderá escrever que, “em nome do ateísmo, a revolução francesa produziu mais mortes em um mês do que a Inquisição, em nome de Deus, durante toda a Idade Média e em toda a Europa”.

    Na Vendeia, a República planifica um genocídio sistemático. O genocídio possui seus teóricos (Danton, Robespierre, Saint Just, Carnot, Barère…), seus aplicadores (Carrier, Westermann, Turreau…), seu “plano” (as “colunas infernais” ). Decretos que visam abertamente “exterminar essa raça rebelde” (Barère) vão ser votados. O decerto de 01 de agosto de 1793 prevê a deportação das mulheres, crianças e idosos. O decreto de 01 de outubro de 1793, mais radical, prevê o extermínio de todos os moradores da Vendeia, sem distinção de idade ou de sexo.

    Então as colunas republicanas matam tudo “sem distinção” (Caffin, comandante adjunto da 3ª coluna), até “as meninas, mulheres e crianças” (Cordelier, comandante da 5ª coluna). Acendem os fornos nas vilas e aí lançam vivas as mulheres e as crianças, até aquelas dos “patriotas”. Somente em Petit Luc, os soldados da República matam 110 crianças com menos de 7 anos. O general Grignon, comandante da 2ª coluna se gaba de matar todos os dias “2.000 idosos, homens, mulheres e crianças”. Vão até buscar os doentes nos hospitais! O general Westermann, o “açougueiro da Vendeia”, escreverá à Convenção (dezembro de 1793): “Não existe mais Vendeia. Ela morreu sob o nosso sabre livre (sic) com suas mulheres e crianças (…) Segundo as ordens que me deram, esmaguei as crianças sob as patas dos cavalos, massacrei as mulheres, que, ao menos por isso, não darão mais à luz a bandidos. Não tenho nenhum prisioneiro para ser recriminado. Exterminei tudo”. Hoche escreverá em 1796 que mais de 600.000 franceses pereceram na Vendeia.

    Se somarmos o massacre dos “indesejáveis”, o genocídio vendeiano, a carnificina das guerras da Revolução e do Império (inseparáveis), a República provocou 2 milhões de mortes (Sédillot), ou mais do que as duas guerras mundiais juntas. 2 milhões de 28 milhões de habitantes! Dois milhões de jovens, sobretudo homens! Entende-se melhor a baixa da taxa de natalidade que vai se seguir, os nascimentos ilegítimos (não há mais meio de se casar) e a diminuição demográfica do século XIX.[…]

    Fonte: http://lesalonbeige.blogs.com/my_weblog/web.html / Tradução: Dominus Est
    ( O Desatracado )

    • muito bem , gian carlos , isso é a tal de democrecia rsrs que tantos enchem a boca para falar !

      depois eles vem com esse papo furado de liberdade fraternidade e sei la o que é a outra à é igualdade igual a que os islâmicos tem na frança e em suas ex colônias rsrsrs

      tudo mentira e balela todo golpe leva a apenas mais sangue derramado de todos os lados .

  3. a realidade é a seguinte os estados unidos tem que parar de ser frouxos e chamar a russia para a guerra
    e não ficar usando outros países como escudo como eles sempre fizeram

    para depois entraram na guerra por ultimo como os salvadores do mundo rsrs

    dessa vez não vai ter boi !!!

    e o texto quando fala que o putin e sua expansão imperialista ,já demostra total falta de inteligência ,texto encomendado por algum agente da CIA

    Já que um dos jornalistas mais fortes que se tinha na Alemanha já falou que recebia dinheiro para apenas rubricar matérias que as vezes ele nem lia

    hoje ele escreveu um livro e diz ser ameaçado por esses mesmos que lhe davam dinheiro

    deve ser o caso dessa também ,pois desinformação já basta a da rede esgoto de televisão

    pois a crimeia fez um plebicito para se emancipar da ucrania

    e outra se não tivesse feito isso estaria lutando do lado dos ucranianos do leste e a guerra total já tinha começado faz tempo !!

    • Pé de cão

      até concordo com você, parcialmente, pois o referendo da Crimeia, me passa a impressão de armação, entendo que a necessidade faz a diferença, mas da forma como foi, levanta sim suspeitas de talvez manipulação por parte da Russia.
      No mais, uma guerra entre Russia e EUA, acredito que não veremos.
      É destruição mutua garantida.
      E ambos não desejam isso.

      Saudações

      • Richard a crimeia correu para se aliar aos russos pois já sabia no que se transformaria a região com a subida nazista em Kiev

        mas sobre guerra entre os estados unidos e russia

        acho que na época da primeira guerra mundial não se pensava que poderia se chegar a tanto ,e na segunda também tinha pessoas que não acreditavam

        mas agora depois da russia ter informações de que os estados unidos querem dividir o seu pais

        e os estados unidos sabem que a russia e muitos outros vao abandonar o dólar como moeda principal acho temerário as pessoas acharem que isso não pode acontecer

        se o PAPA já mandou um salve geral dizendo que sim a guerra mundial já começou apenas com os peões no começo do jogo

        todos os países estão se armando ,
        pode demorar mais vai vir o homem como já dizia aquele cientista esta fadado a própria destruição
        caim matou abel é assim que começa a historia entre irmãos ,e como o mundo da voltas e o certo passa pelo errado e o errado pelo certo
        tudo pode acontecer
        nada mudou guerreiro !!!

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