Brasil: Graça Foster renuncia, e Petrobras escolhe nova diretoria

Estatal confirma saída da presidente e de mais cinco diretores em nota ao mercado financeiro. Especulações sobre substituto correm soltas, e oito nomes são citados, entre eles o de Henrique Meirelles.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e cinco diretores da empresa renunciaram aos cargos nesta quarta-feira (04/02), confirmando informações divulgadas no dia anterior pela imprensa. O conselho de administração da companhia se reúne nesta sexta-feira para a escolha dos substitutos.

A informação foi divulgada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em comunicado ao mercado. A CVM havia pedido esclarecimentos à Petrobras sobre notícias que afirmavam que o Palácio do Planalto já havia informado Graça Foster que ela seria substituída no cargo.

“Solicitamos esclarecimentos, o mais breve possível, considerando o comportamento das ações no pregão de hoje, diante das informações do afastamento da cúpula da Petrobras”, diz a solicitação. Em resposta, a Petrobras informou, em nota, que seu conselho de administração se reúne nesta sexta-feira para eleger nova diretoria face à “renúncia da presidente e de cinco diretores”.

Cotados para a presidência

No mercado já se especula sobre o substituto de Graça Foster. O jornal O Globo lista sete possíveis substitutos e afirma que o mais citado é de Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX e ex-diretor da Petrobras. Outros nomes citados pelo diário carioca são Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula; Roger Agnelli, ex-presidente da Vale; Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa e ex-funcionário da Petrobras; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Nildemar Secches, ex-presidente da Perdigão e, até 2013, presidente do Conselho de Administração da BRF.

A Folha de S. Paulo afirma que Henrique Meirelles é o candidato favorito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da Vale, Murilo Ferreira, também estaria sendo cotado.

Já o Estado de S. Paulo lista, entre os mais cotados, Henrique Meirelles, Rodolfo Landim e Roger Agnelli. Segundo o jornal, Meirelles seria a aposta do mercado.

As ações da Petrobras subiram 15% nesta terça-feira por causa dos rumores da saída de Graça Foster. Nesta quarta, também operam em alta. A continuidade de Graça Foster no comando da Petrobras se mostrou insustentável com as denúncias de corrupção na empresa, surgidas com a Operação Lava Jato, e a baixa de 88 bilhões de reais nos ativos da empresa.

Fonte: DW.DE

25 Comentários

  1. DEPOIS DE LULADRÃO TER POSTO EM PRATICA O PLANO DE PERPETUAÇÃO NO PODER DA QUADRILHA DOS IRMÃOS PETRALHAS (perpetuação essa que aponto na Internet desde 2010 inclusive com a quebra da Petrobras) AGORA XANINHAS NO PODER VÃO SACUDIREM AS CANJICAS PORQUE O SOLAVANCO VEM FORTE.

    O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai pedir oficialmente ao Congresso Nacional o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde o surgimento da Operação Lava Jato,o afastamento da chefe do governo inevitavelmente acabaria sendo solicitado, tal a gravidade da situação, porque desde o início ficou demonstrado que o mensalão não representara um fato isolado. Pelo contrário, logo se comprovou que o esquema de corrupção – montado pelo PT para se perpetuar no poder – envolve o governo como um todo, abrangendo não somente a Petrobras, mas também os fundos de pensão das estatais, o BNDES e o setor de energia, em especial a Eletrobras.

    Portanto, o que faltava para o pedido de impeachment era apenas a fundamentação jurídica aplicável, pois a presidente Dilma Rousseff, embora já tenha sido diretamente citada em depoimentos, ainda não foi denunciada em nenhum dos inquéritos e poderia acabar escapando, como aconteceu com o então presidente Lula no julgamento do mensalão.

    Acontece que a ansiada fundamentação jurídica acaba de ser apresentada por um dos maiores constitucionalistas brasileiros, o jurista Ives Gandra Martins, que estudou em profundidade as diversas leis que poderiam embasar a abertura de processo de impeachment presidencial por improbidade administrativa, não decorrente de dolo, mas apenas de culpa. E como se sabe, na Ciência do Direito, a culpa é caracterizada quando ocorre omissão, imperícia, negligência e imprudência.

    NA FORMA DA LEI

    Ives Gandra Martins elaborou seu parecer com base no artigo 85, inciso 5º, da Constituição (impeachment por atos contra a probidade na administração); nos artigos 37, parágrafo 6º (responsabilidade do Estado por lesão ao cidadão e à sociedade) e parágrafo 5º (imprescritibilidade das ações de ressarcimento que o Estado tem contra o agente público que gerou a lesão por culpa ou dolo), única hipótese em que não prescreve a responsabilidade do agente público pelo dano causado; no artigo 9º, inciso 3º, da Lei do Impeachment (nº 1.079/50 com as modificações da lei nº 10.028/00); nos artigos 138, 139 e 142 da Lei das SAs (responsabilidade dos Conselhos de Administração na fiscalização da gestão de seus diretores, com amplitude absoluta deste poder); no parágrafo 4º, do artigo 37, da Constituição Federal (improbidade administrativa); e, finalmente, no artigo 11 da lei nº 8.429/92 (improbidade administrativa que atente contra os princípios da administração pública ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições).

    Ao interpretar o conjunto dos dispositivos citados, o jurista constatou que a culpa é hipótese de improbidade administrativa a que se refere a Constituição no artigo 85, inciso 5º, dedicado ao impeachment. À luz desse raciocínio, exclusivamente jurídico, Yves Gandra Martins concluiu que, independentemente da apuração final dos desvios, que ainda está sendo realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, já existe fundamentação jurídica para o pedido de impeachment por simples culpa (omissão, imperícia, negligência e imprudência), sem que tivesse havido dolo (intenção).

    APOIO AO PARECER

    Diante desse abalizado parecer, cuja fundamentação jurídica foi confirmada por dois dos maiores constitucionalista brasileiros (Modesto Carvalhosa, da USP, e Adilson Dallari, da PUC-SP), a situação da presidente Dilma Rousseff se torna desesperadora, pois sua culpa está configurada desde quando era chefe da Casa Civil do então presidente Lula e exercia remuneradamente a função de presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

    Quanto a Lula, por enquanto parece continuar com o corpo fechado, como se diz no linguajar das religiões afrobrasileiras, mas essa situação pode não durar para sempre, porque já existem acusações de seu envolvimento direto na corrupção da Petrobras. O assunto é apaixonante a amanhã a gente volta a abordá-lo.

    Tribuna da Internet

  2. Por isso que eu curto os raciocineos desse cara sempre inteligentes e claros.

    O FIM DO BRASIL

    Mauro Santayana

    Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos.

    Na análise econômica, mais do que a onda de terrorismo antinacional em curso, amplamente disseminada pela boataria rasteira de botequim, o que interessa são os números e os fatos.

    Segundo dados do Banco Mundial, o PIB do Brasil passou, em 11 anos, de US$ 504 bilhões em 2002, para US$ 2,2 trilhões em 2013. Nosso Produto Interno Bruto cresceu, portanto, em dólares, mais de 400% em dez anos, performance ultrapassada por pouquíssimas nações do mundo.

    Para se ter ideia, o México, tão “cantado e decantado” pelos adeptos do terrorismo antinacional, não chegou a duplicar de PIB no período, passando de US$ 741 bilhões em 2002 para US$ 1,2 trilhão em 2013; os Estados Unidos o fizeram em menos de 80%, de pouco mais de US$ 10 trilhões para quase US$ 18 trilhões.

    Em pouco mais de uma década, passamos de 0,5% do tamanho da economia norte-americana para quase 15%. Devíamos US$ 40 bilhões ao FMI, e hoje temos mais de US$ 370 bilhões em reservas internacionais. Nossa dívida líquida pública, que era de 60% há 12 anos, está em 33%. A externa fechou em 21% do PIB, em 2013, quando ela era de 41,8% em 2002. E não adianta falar que a dívida interna aumentou para pagar que devíamos lá fora, porque, como vimos, a dívida líquida caiu, com relação ao PIB, quase 50% nos últimos anos.

    Em valores nominais, as vendas nos supermercados cresceram quase 9% no ano passado, segundo a Abras, associação do setor, e as do varejo, em 4,7%. O comércio está vendendo pouco? O eletrônico – as pessoas preferem cada vez mais pesquisar o que irão comprar e receber suas mercadorias sem sair de casa – cresceu 22% no ano passado, para quase US$ 18 bilhões, ou mais de R$ 50 bilhões, e o país entrou na lista dos dez maiores mercados do mundo em vendas pela internet.

    Segundo o Perfil de Endividamento das Famílias Brasileiras divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2014 fechou com uma redução do percentual de famílias endividadas na comparação com o ano anterior, de 62,5%, para 61,9%, e a porcentagem de famílias com dívidas ou contas em atraso, caiu de 21,2%, em 2013, para 19,4%, em 2014 (menor patamar desde 2010). A proporção de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também diminuiu, de 6,9% para 6,3%.

    É esse país – que aumentou o tamanho de sua economia em quatro vezes, cortou suas dívidas pela metade, deixou de ser devedor para ser credor do Fundo Monetário Internacional e quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, que duplicou a safra agrícola e triplicou a produção de automóveis em 11 anos, que reduziu a menos de 6% o desemprego e que, segundo consultorias estrangeiras, aumentou seu número de milionários de 130 mil em 2007 para 230 mil no ano passado, principalmente nas novas fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste – que malucos estão dizendo que irá “quebrar” em 2015.

    E se o excesso de números é monótono, basta o leitor observar a movimentação nas praças de alimentação dos shoppings, nos bares, cinemas, postos de gasolina, restaurantes e supermercados; ou as praias, de norte a sul, lotadas nas férias. E este é o retrato de um país que vai quebrar nos próximos meses?

    O Brasil não vai acabar em 2015.

    Mas se nada for feito para desmitificar a campanha antinacional em curso, poderemos, sim, assistir ao “fim do Brasil” como o conhecemos. A queda das ações da Petrobras e de empresas como a Vale, devido à baixa do preço do petróleo e das commodities, e também de grandes empresas ligadas, direta e indiretamente, ao setor de gás e de petróleo, devido às investigações sobre corrupção na maior empresa brasileira, poderá diminuir ainda mais o valor de empresas estratégicas nacionais, levando, não à quebra dessas empresas, mas à sua compra, a preço de “bacia das almas”, por investidores e grandes grupos estrangeiros – incluídos alguns de controle estatal – que, há muito, estão esperando para aumentar sua presença no país e na área de influência de nossas grandes empresas, que se estende pela América do Sul e a América Latina.

    Fosse outro o momento, e o Brasil poderia – como está fazendo a Rússia – reforçar sua presença em setores-chave da economia, como são a energia e a mineração, para comprar, com dinheiro do tesouro, a preço muito barato, ações da Petrobras e da própria Vale. Com isso, além de fazer um grande negócio, o governo brasileiro poderia, também, contribuir com a recuperação da Bolsa de Valores. Essa alternativa, no entanto, não pode sequer ser aventada, em um início de mandato em que o governo se encontra pressionado, praticamente acuado, pelas forças neoliberais que movem – aproveitando os problemas da Petrobras – cerrada campanha contra tudo que seja estatal ou de viés nacionalista.

    Com isso, o país corre o risco de passar, com a entrada desenfreada de grandes grupos estrangeiros na Bolsa por meio da compra de ações de empresas brasileiras com direito a voto, e a eventual quebra ou absorção de grandes empreiteiras nacionais por concorrentes do exterior, pelo maior processo de desnacionalização de sua economia, depois da criminosa entrega de setores estratégicos a grupos de fora – alguns de capital estatal ou descaradamente financiados por seus respectivos países (como foi o caso da Espanha) nos anos 1990.

    Projetos que envolvem bilhões de dólares, e mantêm os negócios de centenas de empresas e empregam milhares de brasileiros já estão sendo, também, entregues para estrangeiros, cujas grandes empresas, no quesito corrupção, como se pode ver no escândalo dos trens, em São Paulo, em nada ficam a dever às brasileiras.

    Para evitar que isso aconteça, é necessário que a sociedade brasileira, por meio dos setores mais interessados – associações empresariais, pequenas empresas, sindicatos de trabalhadores, técnicos e cientistas que estão tocando grandes projetos estratégicos que poderiam cair em mãos estrangeiras –, se organize e se posicione. Grandes e pequenos investidores precisam ser estimulados a investir na Bolsa, antes que só os estrangeiros o façam.

    O combate à corrupção – com a punição dos responsáveis – deve ser entendido como um meio de sanar nossas grandes empresas, e não de inviabilizá-las como instrumentos estratégicos para o desenvolvimento nacional e meio de projeção do Brasil no exterior.

    É preciso que a população – especialmente os empreendedores e trabalhadores – percebam que, quanto mais se falar que o país vai mal, mais chance existe de que esse discurso antinacional e hipócrita, contamine o ambiente econômico, prejudicando os negócios e ameaçando os empregos, inclusive dos que de dizem contrários ao governo.

    É legítimo que quem estiver insatisfeito combata a aliança que está no poder, mas não o destino do Brasil, e o futuro dos brasileiros.

    Blog do Mauro Santayana

    • Tirolesa esse post acima é pra voce que prega a quebra do Brasil e a absorção do mesmo pelo Vampiro invejoso que te paga.

      • Concordo contigo, o Santayana e um cidadão de espirito brasileiro diferenciado e raro. No nível dos grandes pensadores patriotas mundiais.

  3. 4 de fevereiro de 2015

    Saiu hoje o boletim de produção de petróleo e gás da ANP.

    Recorde, outra vez.

    Pela primeira vez a produção total brasileira superou o equivalente a 3 milhões de barris diários.

    Um crescimento de 18% em um ano, de dezembro a dezembro, de 18%.

    92% disso de poços da Petrobras.

    O pré-sal com apenas 47 poços operando (um nada, só Libra terá 100 poços), produziu, entre petróleo e gás, 815,8 mil barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 11,2% em relação ao mês anterior e, anote aí, 93% mais que a um ano.

    Dobrou a produção.

    Nenhum país, no mundo, teve este desenvolvimento sustentado de sua produção.

    Nenhuma empresa tem números sequer comparáveis aos que tem, em aumento de produção, a Petrobras.

    O que a Petrobras tem, e maior que sua capacidade técnico-operacional, é inimigos.

    E os ratos que roeram comissões lá dentro são os menores.

    Muito piores são os “gatos” que, usando-os como razão, querem tirar as castanhas do fogo.

    Não basta tirar petróleo.

    Isso a Petrobras faz como ninguém.

    É preciso furar a onda política que se levanta contra nossa maior empresa.

    (Fernando Brito)

    • Destaco este trecho, que com poucas palavras, diz muito sobre a instrumentalização da ‘Operação Lava Jato’ na onda de ataques contra a Petrobrás:

      ——————————————–

      “Nenhuma empresa tem números sequer comparáveis aos que tem, em aumento de produção, a Petrobras.

      O que a Petrobras tem, e maior que sua capacidade técnico-operacional, é inimigos.

      E os ratos que roeram comissões lá dentro são os menores.

      Muito piores são os “gatos” que, usando-os como razão, querem tirar as castanhas do fogo.”

  4. Sobre a Graça Foster, uma funcionária de carreira e grande profissional, que como se vê pelos positivos resultados concretos que a Petrobrás vem colhendo, fez um excelente trabalho na diretoria da empresa.

    Porém Graça é uma profissional e gerente técnica, sem traquejo para lidar com a corja de hienas e urubus do “mafioso esquema midiático/judiciário”, que atualmente se lançam contra a Petrobrás…

    Que venha uma diretoria capaz de combater o bom combate!

    • Cara, você não se cansa não? A roubalheira da Petrobrás está aí e sendo desmascarada pela operação Lavajato e você ainda com essa cantilena de que se trata de um “mafioso esquema midiático/judiciário”? Quer dizer então que a culpa não é de quem corrompeu e se locupletou às custas da empresa (e do povo brasileiro) mas sim de quem está investigando e de que está divulgando para país? Que moral e ética para lá de interessantes heim!?

      Veja bem o tipo de bandalheira que você defende:

      PT recebeu até US$ 200 mi em propina, diz delator

      Pagamento envolveu 90 contratos de obras de grande porte entre a Petrobras, empresas coligadas e consórcios de empreiteiras, segundo Pedro Barusco

      O ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, afirmou à Justiça, em acordo de delação premiada, que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, recebeu de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a Petrobras. As revelações de Barusco, ex-braço-direito de Renato Duque, que comandava a Diretoria de Serviços por indicação do ex-ministro da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu, colocam mais uma vez o caixa do PT no centro do escândalo do petrolão e devem respingar diretamente nas campanhas políticas do partido, incluindo a da própria presidente Dilma Rousseff. Vaccari foi levado na manhã desta quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo onde prestou esclarecimentos sobre a arrecadação de recursos para a legenda e foi liberado em seguida.

      Ainda que tenha negado irregularidade no sistema de arrecadação de campanhas do PT, Vaccari agora é confrontado pela primeira vez com as informações do delator Pedro Barusco, que concordou em colaborar com a Justiça em troca de reduções de pena. Após firmar o acordo de delação, o ex-gerente confirmou, por exemplo, que iria devolver aos cofres públicos impressionantes 97 milhões de dólares recolhidos a partir do megaesquema de cobrança de propina na Petrobras.

      “Durante o período no qual foi gerente executivo de Engenharia da Petrobras, subordinado ao diretor de Serviços, Renato de Souza Duque, de fevereiro de 2003 a março de 2011, houve pagamento de propinas em favor do declarante [Barusco] e de Renato Duque, bem como em favor de João Vaccari Neto”, diz trecho do depoimento de Barusco. “João Vaccari Neto representava o PT na divisão de propinas pagas no âmbito da diretoria de Serviços, nos contratos que ela executava para as diretorias de Abastecimento, Gás e Energia, Exploração e Produção e na própria diretoria de Serviços”, relatou.

      Em seu depoimento, o ex-gerente não soube detalhar se o tesoureiro petista recebia a propina em dinheiro ou em transferências no exterior, mas deu revelações que complicam diretamente outro ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada (Área Internacional). Segundo o delator, Zelada também recolhia propina dentro da Petrobras e “negociava propinas diretamente junto a algumas empresas em contratos menores na Área de Exploração e Produção”. Para receber dinheiro do esquema de corrupção dentro da estatal, o ex-diretor Jorge Zelada fazia uma espécie de “encontro de contas” com os demais integrantes da companhia. Em alguns casos, a propina a Zelada foi entregue diretamente em sua casa, na rua Getúlio das Neves, no Rio de Janeiro.

      O pagamento de propina no esquema envolveu noventa contratos de obras de grande porte entre a Petrobras, empresas coligadas e consórcios de empreiteiras. Os contratos estavam vinculados às diretorias de Abastecimento, Gás e Energia e Exploração e Produção. No rateio da propina, normalmente eram cobrados 2% do valor do contrato, sendo que 1% era administrado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e o outro 1%, repartido entre o PT e diretores da Petrobras, incluindo Renato Duque e Jorge Zelada, da Área Internacional da petroleira.

      Enquanto as projeções de Barusco apontam que o tesoureiro do PT embolsou até 200 milhões de dólares em nome do partido, no mesmo período o delator recebeu 50 milhões de dólares em dinheiro sujo. Em apenas um contrato de sondas de perfuração de águas profundas para exploração do pré-sal, Vaccari, em nome do PT, recebeu 4,5 milhões de dólares em propina.

      Ao relatar em detalhes o esquema de pagamentos na Petrobras, Barusco deu um panorama da divisão do dinheiro recolhido do esquema criminoso e relatou que ele próprio era habitué da movimentação de propina na estatal. Segundo o próprio delator, ele começou a receber propina em 1997 ou 1998 da empresa holandesa SBM Offshore enquanto ainda ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações da Petrobras. A propina entre a SBM e a Petrobras se tornou “sistemática” a partir do ano 2000, com uma espécie de parceria fixa entre Barusco e o executivo Julio Faerman, da empresa holandesa. Os pagamentos eram mensais, variando de 25.000 dólares a 50.000 dólares. Em um dos casos, quando já ocupava a gerência-executiva de Engenharia, recebeu 1% de propina de Faerman em um contrato entre a empresa Progress e a Transpetro.

      Faerman é apontado como homem-chave para desvendar o escândalo de corrupção que envolve a Petrobras. Em uma denúncia feita por um ex-funcionário da companhia holandesa SBM Offshore, ele é citado como o lobista responsável por intermediar pagamentos de propina a funcionários da empresa.

      Graça Foster – Em seu depoimento aos investigadores da Operação Lava Jato, Barusco não apontou a presidente demissionária da Petrobras Graça Foster como beneficiária direta de propina na estatal, mas afirma que parte dos contratos onde o rateio de dinheiro era feito estavam vinculados à diretoria de Gás e Energia, que já foi ocupada por Graça. Barusco indicou que Graça Foster não sabia do esquema de propina e ponderou que se ela e Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia, sabiam, “conservavam isso para si”.

      O ex-gerente, porém, fez revelações que complicam diretamente outro ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada (Área Internacional). Segundo o delator, Zelada também recolhia propina dentro da Petrobras e “negociava propinas diretamente junto a algumas empresas em contratos menores na Área de Exploração e Produção”. Para receber dinheiro do esquema de corrupção dentro da estatal, o ex-diretor Jorge Zelada fazia uma espécie de “encontro de contas” com os demais integrantes da companhia. Em alguns casos, a propina a Zelada foi entregue diretamente em sua casa, na rua Getúlio das Neves, no Rio de Janeiro.

      Quando Renato Duque deixou a Diretoria de Serviços, em 2012, ele fez uma espécie de acerto de contas com Barusco para receber parte da propina que havia sido direcionada inicialmente ao auxiliar. No acordo, Barusco destinou valores de futuras propinas para o ex-chefe – pelo acordo do Clube do Bilhão, as empresas precisavam confirmar o pagamento de dinheiro na trama criminosa. Apenas a Camargo Corrêa, por exemplo, devia 58 milhões de reais em propina na época.

      Depoimentos – No fim de novembro, Barusco prestou diversos depoimentos reservados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal após acordo de delação premiada. Nas palavras de um dos investigadores, foram “demolidores” no detalhamento da atuação de Renato Duque.

      As revelações de Barusco foram a principal motivação da nova fase da Operação Lava Jato, na qual Vaccari e outros dez operadores da Diretoria de Serviços foram alvos. Com o cumprimento dos mandados, as informações não tinham mais necessidade de sigilo, na avaliação da Justiça, e os depoimentos foram disponibilizados em um dos processos contra executivos de empreiteiras.

      http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pt-recebeu-us-200-mi-em-propinas-no-petrolao-estima-delator

      • Tirolesa. A roubalheira não so na Letrobras mas em tudo que envolve lolitica dinheiro publico e maquina publica sempre houve e sempre foi praxe de corruptores. Inclusive o Vamliro invejoso que te paga juntamente com seud fantoches Britanicos difundidam essa filosofia mu do afora comprando seus interesses.
        Tire seu cavalinho da chuva lorque o golpismo travestido de moralidade e embutido de capaxismo e condicionamentos que voce prega jamais se fara poder outra vez no Brasil.
        Não estão manipulsndo e nem chantagiando a justiça, lolicia federal e minizterio pu lico como anteriormente tua ideologia calaxa e traira fazia.
        Tudo o que tiver de ser apurado sera alurado.
        BRASIL CAPAXO SUBJUGADO S CORSARIOS NUNCA MAIS.
        Rodo noz corruptos e rodo tambem nos trairas.

      • Ah claro! Como eu já havia dito e repito, na peculiar moral e ética do lulopetismo e de seus estafetas a culpa pelo malfeito não é de corruptos e corruptores mas sim de quem investiga, do judiciário encarregado de aplicar a sanção do Estado-Juiz e da imprensa que divulga a informação.

      • Tirolesa não deturpe as coisas embutindo teu raciocineo capaxo que apenas aceita um Brasil subjugado Yanke.
        Em todo meio privado mundo afora com poucas exceções de paises é praxe a corrupção em conseções e contratos.
        O fato de tudo estar AGORA sendo exposto a sociedade e INVESTIGADO o que a ideologia capaxa que voce ama jamais permitiu não quer dizer que seja endosso para darem um golpe branco na democracia Brasileira e ainda disfazendo tudo o que não concordam e aceitam como as novas regras de partilhas de conseções estabelecidas pelo pré-sal.
        Jamis terão de novo um Brasil capaxo,subjugado,ganhando migalhas e sorrindo com dedadas na bunda como era com a ideologia escrava,vendida e traira que voce defende e prega.
        Pra mim uzamericanus i uzbolivarianos não passam de dois microbios que apenas visam nos sugarem.
        BORDUNADA NELES TODOS COBRADA.
        Sem dó e nem piedade bunda vermelha ou bunda azul é tudo bunda passa a espada nelas todas.

  5. Esse fato é notícia nos jornais do mundo inteiro, é só pesquisar… anão é assim.

    De fato parece que além do rombo pela corrupção na administração da Gracinha, amiga da Dilma, ela era fã de uma futura PETROBRAX ou PRIVATIZAÇÃO (?)…sem limite esses caras , sem limite.

    Não está escrito, mas é o que se lê .

  6. esses perdedores estão tentando de tudo para desestabilizar o brasil

    uma troca de comando na petrobras e esses entreguistas já querem a queda da presidente rsrs espera sentado
    na verdade como o soros já disse que o brasil seria uma ucrania eles da oposiçao querem uma guerra civil pois na verdade são paus mandados de estrangeiros
    esta na hora do governo responder a esses entreguistas a altura

    mas o primeiro ministro que quem votou nela queria que fosse trocado desde antes da eleição se chama ministro da justiça ,um sonso de marca maior ,e ate agora nada
    como dizem a melhor defesa é o ataque ,já esta mais que na hora !

    o bonzao do aecio que esses entreguistas votaram construiu um aeroporto no terreno da família com dinheiro de minas ,e agora vem pagar de puritano ,não passa de um derrotado que minas mostrou para o brasil que não valia a pena como presidente
    tenta a sorte entreguistas

  7. A velha tática da política brasileira: “foi pego no flagra, pula fora!”

    Tinha que ir é pra cadeia! Inclusive os políticos.

    Que se dane se renunciou pra não perder o mandato e não ficar inelegível. Foi enquadrado, fica inelegível, quer renuncie ou não, e vai em cana!

  8. E a agonia da Petrobrás, saqueada e corrompida por petralhas nesses 12 anos, segue seu rumo. Como bem disse um jornalista a operação Lavajato segue lavando a alma do cidadão brasileiro, já farto de sustentar a mamata e o privilégio de corruptos e corruptores.

    Ainda assim vemos aqui nesse espaço tentativas tão desesperadas quanto inócuas de determinados foristas em querer emplacar a tese de que “culpados são aqueles que investigam e divulgam, e não aqueles corromperam e foram corrompidos”. Um deles coloca o texto de um jornalista senil (provavelmente cobriu a santa ceia), que passou o Programa FX-2 inteiro pregando notícias falsas acerca de uma suposta preferências da FAB e seus pilotos pelo Su-35. E após o resultado do programa, passou repentinamente a cantar loas ao Gripen, o que mostra o grau de oportunismo do sujeito. Aliás, interessante notar que o decrépito jornalista defende que o GF atue tal como o governo russo vem interferindo na economia. E fica a pergunta: qual o nome que se dá a um jornalista que advoga pelos interesses dos russos, e não os brasileiros?

    Já o outro forista coloca verdadeira peça humorística de obra da cada vez mais caricata e patética imprensa amestrada onde o autor colocar dados estatísticos da empresa no intuito de desviar a atenção para o problema. É o mesmo estratagema do sujeito que, acuado, aponta para o lado e grita “olha um elefante voador ali” na esperança de desviar a atenção do oponente e fugir.

    Diante disso é lamentável essa insistência em não querer enxergar a realidade dos fatos. Pior: ainda defender os corruptos e corruptores que perpetraram tal assalto na Petrobrás. E por favor não venham me acusar de querer entregar a BR aos americanos, aos sionistas, à Zamunda ou ao Império Galático. Já afirmei várias e várias vezes aqui que sou contra a privatização da empresa. Sejam mais originais sim?

  9. Assim como os bandidos derrotados tambem os entreguistas trairas NÃO FARÃO JUSTIÇA COM AS PROPRIAS MÃOS e armem o que quiserem para trazerem comoção social e caos e verão o que vai acontecer.
    Lhes garanto que é muito diferente do que esperam.

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