Para Brasileiros caça sueco Gripen é melhor que Rafale e F/A-18 Super Hornet

Os caças suecos Gripen mostraram ser melhores do que os franceses Rafale e do que os americanos F/A-18 Super Hornet. Esta foi a conclusão a que as autoridades do Brasil chegaram, tendo assinado um acordo de aquisição de 36 caças com o consórcio sueco Saab. O valor do contrato foi de 5,4 bilhões de dólares.

Além disso, o Brasil pediu à Suécia para construir para a sua marinha a versão naval do Sea Gripen. Tenciona-se equipar com eles o porta-aviões São Paulo. Mas a parte do negócio mais atraente para o Brasil é o compromisso da Suécia de transmitir a tecnologia de produção de caças.

Durante 10 anos, especialistas suecos e brasileiros irão fabricar no território do Brasil aviões de guerra modernos. A Argentina também está interessada nesse projeto. Segundo o portal de informação Defence Aerospace, Agustin Rossi, ministro da Defesa da Argentina, deu indicação de começar conversações com o Brasil sobre a aquisição de 24 Gripen de montagem brasileira.

Peritos da prestigiosa edição britânica Jane’s, que se especializa em temas militares, consideram que, agora, os suecos podem dar início à luta pelo mercado de armamentos da Índia. E tentarão convencer a direção militar da Índia da superioridade dos seus Gripen em comparação com os franceses Rafale.

A simplicidade e facilidade de manutenção dos seus caças é o mais forte argumento dos suecos. Segundo dados de peritos independentes, o avião sueco exige de 3 a 5 horas de trabalho de manutenção por cada hora de voo. Isso significa que 6-10 técnicos precisarão apenas de meia hora para preparar o caça para um novo voo. Segundo esses indicadores, o Gripen fica significativamente à frente dos seus concorrentes europeus. Por exemplo, depois de uma hora de voo, a manutenção do francês Rafale exige 15 horas de trabalho. O americano Lightening II quer 30-35. Em conformidade com os cálculos da Jane’s, o valor operacional do Gripen é de 4 700 dólares por hora, enquanto que o do Rafale é de 15 mil dólares.

O modelo naval Sea Gripen é também bastante atraente. O comando militar indiano planeia que o porta-aviões INS Vikrant, que está a ser construído, terá, além dos Mig-29 que já estão ao serviço da Marinha da Índia, caças leves de bordo Naval Tejas. Mas os peritos duvidam que esses aviões estejam prontos até 2018, quando o porta-aviões passar a fazer parte da Marinha de Guerra do país. Por isso existe a probabilidade de, no lugar dos Tejas, a Marinha indiana possa adquirir um análogo; o caça leve de bordo Gripen.

Segundo o perito Manoj Joshi da Observer Research Foundation (ORF), “o melhor para o projeto Tejas poderão ser os sistemas de bordo fabricados para o Gripen. A guerra aérea moderna não são manobras com contato visual. Hoje, tudo é decidido pela velocidade de tratamento de dados, equipamentos de rede a bordo do avião, aparelhos e equipamentos na cabine do piloto. Esta é precisamente a parte forte da Saab”.

Peritos militares de muitos países do mundo têm essa opinião favorável sobre os caças suecos. Em 2011, o governo da Suíça escolheu o Gripen, preferindo-o ao francês Rafale e ao europeu Eurofighter Typhoon. Os aviões Gripen equipam não só a Força Aérea da Suécia, mas também da República Checa, Hungria, África do Sul e Tailândia. O mesmo acontece com o Centro de Preparação de Pilotos de Caça do Reino Unido.

Fonte: Voz da Rússia

34 Comentários

  1. Fui adepto do caça Rafale, mas tenho que reconhecer que a capacida tecnica do envolvidos no negocio, tanto militares, como civis é maior que a minha, e parece que o reconhecimento dessa capacidade vai ficando patente para o mundo desse que dominam com profundidade a questão.

    • Como Muitos Brasileiros tenho plena conciensia

      que o Passarinho Gripen foi a Escolha mais Barata que FAB PODE ACHAR

      Lamentavel

      FAB EB MB Preferem ser museos de luxo .mantendo sucatas e equipamentos do tempo da Guerra do Vietnan

      do que uma forca moderna

      Dassault Rafale ERA MELHOR ESCOLHA

      Mais dinheiro que e bom ,

      so no Bolso da Familia do Juniti Saito com a familia na AKEAR

      pense bem na Inglaterra que uma Ilhota que nao chega se compara com O

      Brasil em Tamanho o Gripen e JATINHO DE TREINO

      e o Typhoon e o official

      Ja no BRASIL CONTINENTAL O PASSARINHO GRIPEN SE FAZ RESPEITAR

      KKKKKKKKKK

      TENHA DO

      • Que disco arranhado em KLM voce com seu raciocineo desconhece as propriedades tecnologicas e as vantagens tecno-cientificas que estão sendo adiquiridas com este pacote que nos esta sendo compatilhado integralmente.
        Esse xororo desbotado apenas demonstra ortodoxia intransigente.

      • Maluquinho Meu amigo

        Essa choradeira e com Orgulho pois perdemos boas oportunidades

        Primero o povo Gerencio e tiro O melhor de todos da Lista

        sukhoi su-35

        Pocha muito bem na foto com um desses na FAB

        mais vc sabe ne? o povo nao quis

        Dai veio o Rafale que e o segundo melhor Vetor so perdendo para o sukhoi su-35

        ai enrolao daqui enrolao dali , venceu o mais barato

        Paciencia

        Agora uma coisa lhe digo Rafale ,e o sukhoi su-35

        teriao muitas tecnologias para oferecer logico nao pelo um preco de banana como FAB queria

        mais seria o ideial

        Meu caro Maluquinho

        O POVO PISO NA BOLA ,e choradeira fica

        paciencia

    • KKKKKKKk,desde quando que alguem dedicad a lamber botas possui capacidade tecnica $ Suas perolas possuem apenas carater ideologico , mas nao perde a mania de se achar importante,kkkkkk ,muitos humoristas estao falindo por sua causa,kkkkkkkk , eu nao sendo uma subraça ,desde sempre tive a OPNIAO deque de lonnge o grifo seria a melhor escolha ,principalmente por ele ter sangue anglo-saxao ,kkkkkkkkkk

  2. ”Para Brasileiros caça sueco Gripen é melhor que Rafale e F/A-18 Super Hornet”

    Não é bem assim não, o caça sueco Gripen apenas satisfez há uma licitação,que não levava apenas os desempenhos das aeronaves em questão, o FX2 levava em consideração também a transferência de tecnologia para que o BRASIL pudesse fabricar e até fazer modificações na aeronave vencedora !

    E quem melhor satisfez esses quesitos segundo os especialista brasileiros envolvidos, foi a Saab fabricante do caça sueco Gripen !

  3. Opa! Opa!

    Esse brasileiro aqui não acha o Gripen melhor que Rafale. Longe de ser um péssimo avião, ele deve muito a concorrência em termos de capacidades e desempenho. Mesmo as versões que são sem existirem.

    É muito interessante ver o que está ocorrendo depois da divulgação da FAB a favor do Gripen no FX-2.

    O F-5 de porcaria virou pequeno notável (não serve para nós mas, cinicamente, alguns acham que possa servir ao Uruguai). E cito o F-5 porque a ideia principal do FX/FX-2 é adquirir um caça multi-propósito para substituir tanto este quanto o Mirage.

    As páginas na internet patrocinadas pela SAAB só faltam afirmar que ele faz chover. São pouquíssimas as que conseguem manter algum equilíbrio quando o assunto é Gripen.

    Ninguém comenta mais o relatório suíço vazado e que colocava o Gripen como o de pior desempenho entre os três. Aliás este relatório foi usado como argumento na consulta popular sobre o financiamento ou não de novos caças na Suíça que, como todos sabem, ganhou o NÂO.

    Ninguém comenta mais alguns problemas técnicos importantes que o Gripen apresentou para a logística de ação da OTAN quando resolveu que o governo líbio tinha de cair.

    E ninguém comenta a extrema felicidade que os dirigentes da SAAB demonstraram ao se noticiar que ganharam o FX-2. Esta felicidade é resultado do fato que o Gripen iria ser mais um caça caro de se manter por falta de escala de produção. Escaparam dessa situação, daí os sorrisos de orelha a orelha. E aqui vamos lembrar que, lá na século passado, no início do FX/FX-2, a ideia era de adquirir de imediato 36 caças e depois tentar chegar aos 120. E é esse o motivo de felicidade da SAAB junto com o nosso financiamento de duas novas versões do caça: a NG e a naval.

    Eu posso ser obrigado a aceitar a escolha do Gripen e, sinceramente, torço para que ele (versão NG) seja um produto excepcional e diferenciado. Mas, por favor, não façamos disso uma falácia. O caça ainda está por provar-se. Argumentar, por exemplo, que é moderno e capaz porque atua em rede ou possui “glasscokpit” é o mesmo que afirmar que a chuva é molhada. Todo caça moderno (e alguns nem tão modernos) possui estes ítens por dever de ofício. Diferenciado seria se não os possuísse.

    Sobre a negociação entre Dassault e Índia, as dificuldades me parecem mais intriga da oposição do que problemas de fato. Daí que não vejo com bons olhos este comportamento abutre da concorrência, principalmente dos fabricantes do Typhoon que, pelo que indicam diversas matérias recentes, também tem lá seus belos e caríssimos problemas de escala e manutenção. A Índia, manterá esse padrão de querer agradar todo mundo, e vai fechar este contrato com a Dassault cedo ou tarde, mesmo que as custas de transformar sua força aérea em uma salada de frutas.

    E nós aqui vamos gastar um belo dinheiro financiando versão NG e naval do Gripen. Eu sinceramente espero que este caça torne-se o-ó-do-borogodó, senão estaremos lascados pelos próximos 30 anos.

    • RobertoCR,

      O programa FX-1 teve conversações iniciais entre 1994 e 1995, se não me engano, com a COPAC da época tendo elaborado os requisitos ainda em 1991. Naquela época, a prioridade era a substituição dos Mirage III, com a aquisição preliminar de doze aeronaves, prevendo-se um orçamento total de cerca de 1 bilhão de dólares. Ao final das conversações preliminares, as empresas fixaram suas propostas e concorriam na época ( já no final dos anos 90 ) o F-16 block 50, Mig-29SMT, Su-35, Mirage 2000BR e Gripen C; dos quais o Falcon, o Mirage e o Gripen foram para a short list.

      A avaliação suíça envolveu testes referentes ao Gripen C, e justamente por isso teve peso reduzido, posto que a proposta era referente ao NG e não ao C… Aliás, curioso notar que naquela avaliação utilizaram-se as versões anteriores para avaliar as variantes que foram prometidas dos caças.

      O “não” no referendo suíço deveu-se mais a movimentações políticas opostas que qualquer outra coisa… Há, na Suíça, um forte movimento pela abolição das forças armadas.

      Quanto a atuação na Líbia, até onde sei, o maior problema que o Gripen apresentou na ocasião dizia respeito ao seu link de comunicação/transmissão de dados, que não “conversava” com o padrão utilizado pela OTAN; algo que realmente gerava certos contratempos.

      Os problemas de escala de produção podem ser consideravelmente diluídos com a utilização de peças de mercado. O Gripen C já mostra isso. O maior custo operacional que já li acerca do Gripen era de mais ou menos 13000 dólares por hora voada ( custo hora/voo para a Africa do Sul ), e ainda assim inferior a caças de mesma categoria que já o ultrapassaram em escala.

  4. Não sou perito militar,mas sou fã dos caças suecos e não considero que globalmente o Gripen seja melhor caça da licitação eu vejo assim:
    Rafale disparado o melhor caça
    F/A-18 melhor proposta comercial e ponto
    Gripen melhor parceria estratégica DE LONGO PRAZO
    Tenho defendido bastante o Gripen e o considero o melhor caça leve da atualidade superando o F-16 e os Fulcrum em todas as suas variantes.
    Pra mim os suecos unem a robustez, facilidade de manutenção e economia da escola russa como toda a tecnologia embarcada e materiais do ocidente.
    Sem contar a parceria tecnológica em breve irão 150 técnicos brasileiros para a Suécia para iniciarem a montagem do Gripen e transferência de tecnologia.
    Nunca tive dúvidas de que foi uma boa escolha, embora ainda defenda a adoção de um caça mais pesado para completar o HI-LOW MIX que voam as principais forças aereas do mundo com Eua, Japão, Rússia, Israel e outras.

  5. KLM ( 31 de outubro de 2014 at 17:11 ),

    O Gripen no Reino Unido serve a Empire Test Pilot School. Ali são formados os pilotos de teste, a nata da nata do Reino Unido, que é responsável por avaliar as aeronaves… É uma posição de honra para o Gripen e prova maior de suas capacidades como aeronave.

    O Rafale é uma excelente aeronave; não há dúvidas. Contudo, a proposta francesa não se igualava a proposta sueca no quesito de cooperação tecnológica. O “timing” do Gripen, que ainda está em desenvolvimento, permitiu ao caça oferecer a possibilidade de se conceber um airframe juntamente com os suecos. Isso, americanos e franceses, com suas aeronaves prontas, dificilmente poderiam igualar…

    Quanto a FAB, ela tão e somente seguiu a END. Selecionou os melhores caças do certame de acordo com os parâmetros estabelecidos nela, e colocou para o poder civil a decisão.

    Quanto a performance, mesmo o Gripen C já seria uma excelente aeronave de defesa aérea… Por tanto, é só ganho para a FAB…

    • Meu Nobre RR

      Sabe quando terminei meu comentario na Sexta

      Rapidamente passo na minha mente que

      vc nao deixa passar em branco essa

      Porem Meu Nobre RR

      eu sei do seu amor incondicional pelo Gripen

      mesmo nao sendo um Um Aviao de pouca capacidade perto

      dos Su’s e Rafale e Eagles

      Porem adimiro sempre seu olhar positivo pelo pequeno jatinho

      Porem O AMX ja canso de lhe prova o pq o Rafale seria melhor

      mais vc nao de nunca quis da ouvido a ele

      Imagina minha Humilde Visao sobre o Rafale e Gripen

      fica aqui minha adimiracao e agradecimento

      por sempre se fazer presente nos meus comentarios

      com sua Nobreza

      sds

      • KLM,

        Tenho imenso amor pela aviação, de uma forma geral…

        No meu entender, uma aeronave hoje não deve ser julgada apenas por uma característica específica, pois um equipamento como esse sempre é criado dentro de parâmetros específicos, obedecendo a um cenário específico. Por tanto, o que deve ser analisado são as características em relação ao propósito para o qual ele foi criado, e não somente sua performance bruta…

        Assim sendo, o que serve para um, não necessariamente serve para outro. O Rafale, como já disse, é uma excelente aeronave. Mas operaria no ambiente sueco? Se adaptaria a doutrina de operações desdobradas daquele país? Preencheria os requisitos de custo para eles…? Enfim, como disse acima, são vários parâmetros a serem analisados antes de se tomar uma decisão.

        No caso específico do Brasil, tanto Rafale como Gripen foram considerados aptos a cumprir a missão. Se houve alguma diferença, essa deu-se no âmbito das propostas. E é sabido que a sueca era mais tentadora, pelo oferecimento do desenvolvimento em conjunto de sistemas…

    • “É uma posição de honra para o Gripen e prova maior de suas capacidades como aeronave.”

      Isso sim é um talento… Talento para distorcer os fatos! Posição de honra teria se estivesse na linha de frente como o Typhoon ou Tornado. Não apela !

      • Carl,

        Salvo engano, os pilotos da ETPS tem que ter um nível equivalente ao de um piloto de unidades de elite para cumprir com sua função. Por tanto, se o Gripen foi escolhido para treina-los, isso apenas mostra as qualidades da aeronave.

  6. Boas vejo a algum tempo alguns comentários ate jocosos em relação ao Gripen, uns ate engraçados pois apelidaram ele de pulga alada e curruíra, mas creio que há algum preconceito e falta de vontade para com o Gripén.

    O Gripen também não era meu favorito, nem tampouco meu sonho de consumo, mas não acredito que a sua compra tenha sido um tiro no pé, pois teremos um vetor moderno, com um bom radar e sistemas de combate no estado da arte, acreditando que mesmo em função de suas limitações como raio de combate e capacidade de armas ele não fica devendo nada a Rafales e ao SH.

    Pessoalmente e como mera opinião de entusiasta, eu preferiria ver a FAB optando por um mix de caças leves e pesados, coisa que e tradição na FAB desde a muito tempo e recentemente coma dupla F5 e Mirage.

    Desta forma, até por defender uma parceria estratégica com os BRICS como contraponto a ideologia de dominação EUA/OTAN, meu sonho de consumo seria SU-35 como pesado e MIG-35 como leve (apesar de ser considerado um caça médio) e com a Marinha comprando pelo menos um esquadrão de SU-34 para defesa marítima, mas não ficaria triste se nossa FAB resolvesse adquirir Gripen e Su-35 para diversificar a cadeia de fornecedores e expandir suas possibilidades de parcerias esatrtégicas.

    Como salientado pelo nobre forista NovoBrazuk teoricamente o Rafale seria o caça mais moderno, o SH o mais vantajoso e o Gripen a melhor parceria, mas não podemos esquecer que o Rafale e um elefante branco em termos de custo e com exceção da França ninguém mas utiliza e olha que pretendentes não faltaram, não vale falar que a Índia comprou pois ainda não foi assiando o contrato e muita água aidna vai passar por sob esta ponte.

    O SH por seu turno estaríamos na mão dos americanos e só como comparativo o Chile teve de implorar ate ao papa (rs) para liberarem os AIM-120B AMRAAM, bem como os americanos são craques em impor sanções a países que não seguem a cartilha de sua política externa.

    Desta forma dentro do cenário mundial e do conservadorismo que reina em nossas FAs, creio, como entusiasta, que o Gripen foi a solução mais equilibrada e certamente trará muito benefícios a nossa industria aeronáutica, mas também acho um desperdício expandir as bases comerciais deste acordo para as 120 aeronaves inicialmente pretendidas sendo muito mais benéfico e interessante que o Brasil se associe com algum país no desenvolvimento de um legítimo caça de 5º geração, para dai sim complementar a frota, pois no troar da carruagem se com 36 caças as primeiras aeronaves chegarão somente em 2018, se expandirmos a compra para 120 aeronaves teremos a entrega da última aeronave em 2025, tempo demasiadamente longo para se investir num caça de 4,5 geração.

  7. Olá rprosa ( 31 de outubro de 2014 at 20:35 ),

    Se o amigo me permite, farei uma tréplica a sua resposta no post: http://www.planobrazil.com/cruzador-nuclear-admiral-nakhimov-recebera-o-mais-recente-sistema-de-misseis-antiaereos-s-400/

    Quanto a possibilidade de jamear o AEGIS. Creio que o que se pode realmente jamear por meio de um aeronave seria o sistema SPY, que é, em essência, um conjunto de radares AESA integrado ao sistema AEGIS. Em teoria, não seria impossível interferir em suas emissões. A rigor, um jammer somente se precisa desenvolver uma emissão na potencia da que efetivamente atinge a aeronave e retorna, que é apenas uma fração daquela que é irradiada. Contudo, quanto mais próximo da fonte, a tendência é prevalecer a potência da fonte… Enfim, o AEGIS é um sistema incrivelmente complexo, que reúne todos os sistemas de combate do navio.

    Existem também técnicas específicas para poder se ludibriar um jammer:

    A troca de frequências. Um adversário consciente de que está sendo jameado pode permanecer emitindo em uma determinada gama de frequências, e então muda-la quando julgar que o adversário está próximo. O tempo em que o jammer leva entre captar o novo sinal, processa-lo, e emitir novamente, pode ser suficiente para permitir uma solução de tiro… Aliás, a própria capacidade de emitir em diversas frequências já se constitui em um obstáculo para o jammer. Essa é uma das razões pela qual o radar AESA é tão temido…

    E claro, o próprio jammer pode se converter em um chamariz para o inimigo, pois sua emissão pode ser rastreada, ou “track on jam”. Os vietnamitas já faziam isso, colocando seus radares num modo “passivo”, apenas com a capacidade de receber ondas ativada ( sem emitir ), de modo a captar as emissões dos pods dos caças da USAF. Não era absolutamente preciso, mas poderia propiciar algo como uma solução de tiro para os mísseis Dvina. Não é a toa, por tanto, que se pensa tanto em stealth nos dias de hoje. A melhor forma de aproximar-se é não ser visto por sistema algum…

    Quanto ao “causo” do Fencer… Também não ousaria defender qualquer versão dos fatos. E a verdade é que realmente ficaremos na especulação.

    Mas mesmo não tendo conhecimento total dos fatos, eu particularmente não creio que encontros desse tipo sejam inéditos. Em verdade, já aconteceu coisa mais “escabrosa”…

    Tem essa “coletânea” do Acig.org que é muito boa:
    http://www.acig.org/artman/publish/article_285.shtml

    Digna de nota é a segunda foto, que mostra um Tu-16 que apresentou-se ao costado do USS Essex em um rasante realmente ameaçador.

    Enfim, creio que todo o “chilique” se deve essencialmente ao momento político instável na região. Tivesse ocorrido no Pacífico ou outro lugar, é provável que sequer ficássemos sabendo…

    ***

    Quanto a estratégia que expôs, creio que se for para ficar no contraponto geopolítico, o correto seria apelar para mais de um fornecedor. Se a ideia é um mix hi-lo, então pode-se apelar para uma opção ocidental e outra não ocidental. Isso manteria a balança de influência equilibrada.

    Contudo, esse claramente não é o desejo do Brasil. Tudo aponta para uma racionalização da frota, tendo como parâmetro a maior independência possível na operação do vetor, minimizando da melhor forma possível a influência de qualquer país fornecedor. Assim sendo, o Gripen emergiu como a melhor resposta a equação, onde se reuniu uma proposta a uma aeronave verdadeiramente avançada.

    A rigor, no que diz respeito a manter as operações, entendo que o essencial é deter a capacidade de integrar a célula o que se precisa; armas principalmente. Quanto aos demais itens, manter a manutenção em solo nacional já se constituiria no necessário, buscando-se trabalhar com estoque de peças sobressalentes.

    Minhas desculpas por um comentário tão longo.

    Saudações!

  8. _RR_

    Apesar da justificativa política adotada pelos partidários do “não” na consulta pública suíça, não vejo motivos para ignorar o relatório avaliativo feito pela força aérea local. Como você mesmo descreve acima, a SAAB apresenta modelos anteriores ao especificado nas concorrências e isto permite a construção de várias especulações como as que apresentei e que, tenho certeza, são preocupação de muitas outras pessoas.

    De fato, e repetindo o que escrevi em outra oportunidade, creio que a SAAB produziu um equipamento despretensioso e mais focado no custo de manutenção, indicado principalmente para países pequenos (diferente de forças aéreas pequenas), notadamente países da região do Mar Báltico que estavam prestes a substituir o F-16. O problema é que este planejamento foi atropelado pela oferta de co-participação no projeto F-35, equipamento muito mais capaz. Isto, sob meu ponto de vista, “jogou” o caça na concorrência direta contra as primeiras versões de Rafale e Typhoon que entregavam mais capacidade operacional (e de certa forma era uma concorrência injusta). Para fazer frente a isso a SAAB vem anabolizando o projeto original e tem obtido algum sucesso com esta estratégia.

    Mas o caso brasileiro é bem diferente dos outros clientes do Gripen, seja pelo nível das exigências, seja pelas características geográficas do país. É a partir deste diferencial que creio ser necessário estabelecer o que será o Gripen tanto para o Brasil quanto para a SAAB.

    Como afirmei no comentário anterior, tornou-se claro pela reação dos executivos da SAAB, quando do anúncio do fechamento do contrato com o Brasil, que o Gripen corria sério risco de enfrentar problemas relativos a custo de manutenção por conta da baixa escala de produção. Para se manter competitivo o caça começava a tornar-se caro frente ao desempenho prometido. E o melhor exemplos disso é justamente a África do Sul e os custos que você apresentou acima (13 mil U$D por hora/voo), que estão obrigando o país a manter parte da frota na reserva (claro também é que a situação econômica do país não contribui para minimizar o risco).

    O Brasil mudou parte das exigências iniciais do programa FX justamente de olho nos custos de aquisição versus tecnologia embarcada. Os caças escolhidos para seleção final não comprometiam, por exemplo, a estrutura física existente hoje na FAB (tamanho dos hangares, hangaretes, oficinas, etc). E também há o foco na absorção de alguma tecnologia que não possuímos, e aqui temos que admitir que a SAAB ofereceu muito mais do que a concorrência (e as negociações finalizadas aparentemente corroboram esta afirmação).

    É a partir desse ponto que, aquilo que os Gripen existentes entregam se choca com o que é prometido, até porque torna-se único parâmetro digno de comparação. O caso líbio foi emblemático para o Gripen pois todos os concorrentes diretos (Rafale e Typhoon) foram despachados para aquele teatro de operações sem nenhum problema. Já o Gripen apresentou alguns, como este que você citou, e que não contribuíram para a propaganda de versatilidade do equipamento. Talvez tenha sido um erro da força aérea sueca, que não se preparou adequadamente para aquele desdobramento, mas até que se mostre o que de fato é real a impressão que ficou foi a de que o Gripen possui sérias limitações. Talvez estas limitações sejam sanadas na versão NG, mas de momento o que há de concreto são as informações de desempenho do Gripen C adaptado com o que se promete ser características do Gripen NG. São coisas distintas.

    Entramos então em outro ponto exigido no FX, que seria a capacidade de deslocamento (alcance, persistência, etc.), que é atualmente o grande ponto de discussão sobre o caça. Se o projeto será modificado mais uma vez para acomodar mais combustível (entre outras possíveis modificações) perderá capacidade de carga (palavras da SAAB). O fabricante promete compensar com uso de tecnologia, mas isso é teoria. É o mesmo que querer comparar Mirage III com Mirage 2000. Apesar de extremamente parecidos visualmente, são completamente diferentes sob o ponto de vista operacional. De fato, este financiamento de uma aeronave totalmente nova me preocupa menos pelos custos e mais pelo resultado final, que ainda é apenas uma hipótese. Claro é, também, que o aumento da escala beneficiará enormemente o custo de operação, porém há o risco de produzirmos um equipamento com capacidades muito limitadas. Eu espero e torço para que esta empreitada dê certo, mas não posso ignorar o fato que a SAAB vai, de fato, construir um novo avião com financiamento do governo brasileiro. Tecnologicamente é desafiador e excitante, mas qual será a vantagem estratégica que conseguiremos ao financiar um produto sensível e importante como um caça do qual não teremos realmente a propriedade sobre ele? Este questionamento me parece muito relevante.

    Já tinha conhecimento sobre o link que sugeriu pois acompanho o site a anos. Aliás, é uma pena que aquele site tenha atualizações tão demoradas, sem falar nos momentos em que chegou a ficar meses fora do ar. São quase inexistentes os sites em PT-BR que tentam mostrar equipamentos associando características técnicas com algum contexto histórico. Outro site que era muito bom também, e que infelizmente está fora do ar, era a trilogia Campos de Batalha (eles colaboram atualmente com as matérias sobre MBT’s aqui no PB).

    • RobertoCR,

      Sobre a concorrência suíça. Como disse acima, todos os concorrentes apresentaram variantes anteriores de seus caças na avaliação de 2009. Por tanto, entendo que os padrões para avaliação ficam, de certa forma, comprometidos… Assim sendo, não se pode simplesmente utilizar todos os parâmetros de uma avaliação como essa para um julgamento final…

      O amigo tem razão quando diz que o Gripen emerge como um concorrente direto do F-16. Contudo, o projeto, que já possuia uma natural capacidade evolutiva, passou a aplicar tecnologias que se equiparam a das avançadas aeronaves de geração 4.5, ficando ele próprio incluso nessa geração. Assim sendo, tornou-se naturalmente um concorrente para aqueles países que buscavam por uma aeronave avançada, mas com a promessa de custo acessível. E o Gripen NG acabou entrando no mercado em uma época em que redução de custo se tornou prioritário. Ou seja, a estratégia da empresa não buscou somente fornecer um caça enxuto, mas um caça adequado aos novos cenários financeiros projetados para esse primeiro terço de século. E muitas dessas projeções de custo se mostraram corretas… Pela Europa inteira pipocam notícias de dificuldades orçamentárias e de caças avançados no chão…

      Quanto a custo operacional, como citei, o preço de 13000 dólares foi o maior que já lí para o Gripen C. E ainda assim é menor que o que já encontrei dos concorrentes diretos. Tem esse link com custos para as aeronaves americanas operadas pela USAF. Observe os F-16…
      http://nation.time.com/2013/04/02/costly-flight-hours/

      Em sendo esses valores acurados, o Gripen C seria realmente uma aeronave em conta… Contudo, também entendo que isso não possa ser aplicado integralmente ao NG. É de se esperar que no inicio das operações, o Gripen NG seja realmente uma aeronave mais cara de se operar. Mas conforme os problemas inicais relacionados a logística forem sendo resolvidos, a tendência é que ele se torne menos caro. E problemas relacionados a escala de produção podem ser minimizados com a utilização de peças de mercado. Essa é uma lógica na operação de quaisquer máquinas, e que vem adquirindo forte apelação.

      Particularmente, não vejo os problemas apresentados pelos caças suecos nas operações sobre a Líbia como sendo de maior grandeza… Como escrevi em meu comentário anterior, os maiores problemas foram relacionados aos links de comunicação, que não eram no padrão OTAN. Contudo, não haveria a menor necessidade de se-lo, posto que a Suécia nunca fez parte dessa organização… Ademais, que eu saiba, esses problemas foram corrigidos. E no mais, o equipamento atuou a contento…

      Por fim, é mais que natural que haja dinheiro brasileiro envolvido no desenvolvimento dessa nova variante do Gripen, posto que o País tem a intenção de reter o conhecimento consigo para futuro aproveitamento. No mais, pelo que já li, a propriedade brasileira estaria assegurada no que seria desenvolvido no Brasil.

  9. _RR_, concordo com suas manifestações e como afirmado anteriormente eu pessoalmente não tenho base nem conhecimento crítico para afirmar sem sombras de dúvida que o evento do Mar Negro se deu da forma “X” ou “Y”, portando sendo possível ou impossível disto ter ocorrido.

    Vivemos num mundo onde as teorias da física de certa forma, foram diametralmente modificadas pela física e química quântica, lembro que quando fazia ginásio aprendíamos que o átomo era menor partícula da matéria hoje já sabemos que não e bem assim.

    Como voce mesmo frisou este evento ficará no campo das especulações por muito tempo, sendo digno de um episódio do finado Arquivo X.

    Quanto ao Gripen, independentemente das críticas que se possa fazer sobre as capacidades do vetor, notadamente quando ao raio de combate e a capacidade de carga, creio que foi uma das melhores opções, só espero que nosso governo e oficias da FAB deem condições para que nossos aviadores afiem suas garras dando-lhe condições de voo e armamento suficiente para cumprir sua missão.

  10. Concordo na maioria das suas colocações meu caro, não sou contra a aquisição do Gripen, pelo contrário, seu custo benefício faz qualquer um rever seus conceitos sobre o que é bom, pois um caça desses em épocas de conflitos teria custos miseráveis para cumprir seu papel com excelência e eficiência, diferente de um dos seus concorrentes, o Rafale, que tem custos de voo exorbitantes, e difere pouco em suas capacidades.
    Mas o que eu penso sobre a questão da defesa nacional, vai além do Gripen, o que me preocupa Maluquinho, é o “entorno” deste vetor :equipamentos de guerra eletrônica, baterias anti aérea, radares terrestres mais capazes, e claro, uma quantidade respeitável desse vetor, não míseros 36, nem mesmo uns 100 seriam suficientes para nos guarnecer de potencias como as que poderemos enfrentar no futuro, por isso defendo que nosso país deve adquirir um vetor mais agressivo, (além de um número considerável do Gripen) e mais compatível com nossa realidade intercontinental, talvez um T-50, um Su-35 seriam as melhores opções, o Su-35 então seria perfeito a níveis de custo benefício. Mas, enquanto não temos um aparelhamento mais notável de nossas forças, ficamos um pouco mais felizes com a aquisição do pequeno notável rs. Sds

    • Caros administradores, peço a exclusão deste comentário que visava um resposta a um outro comentário que me parece ter sido excluído, perdendo assim seu propósito. Grato.

  11. Apesar dos pesares é o que temos. Para missões de defesa aérea até acredito que apoiado pelo E-99 e bem armado é uma ameça significativa para qualquer Typhoon, F-16, F-15, Su-35 ou Rafale. Já para missões de ataque a história é outra, com sua baixa capacidade de carga e seu alcance relativamente curto, quando carregado, não é lá grande coisa.
    De fato não assusta mas causa algum respeito.

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