Obama e Erdogan querem reforçar luta contra Estado Islâmico

Embora conversa tenha sido promissora, o apoio armado dos turcos aos curdos não avançou.

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se comprometeram a reforçar a luta contra a organização do Estado Islâmico, informou a Casa Branca neste domingo.

Os dois dirigentes conversaram no último sábado sobre “a Síria e as medidas que podem ser tomadas para controlar os avanços do Estado Islâmico”, diz comunicado divulgado pelo governo americano.

Obama e Erdogan concordaram em “continuar a colaborar estreitamente para reforçar a cooperação contra o Estado Islâmico”, acrescentou o documento.

Barack Obama agradeceu à Turquia por “acolher mais de 1 milhão de refugiados, dos quais milhares de Kobane”, a cidade curda síria na fronteira turca que os jihadistas ultra-radicais sunitas tentam conquistar.

Sem apoio armado aos curdos

As relações entre os EUA e a Turquia ficaram tensas desde que Ankara se mostrou relutante em se comprometer com apoio militar no âmbito da coligação internacional contra o Estado Islâmico.

O presidente turco rejeitou hoje os pedidos para que seu país forneça armas aos combatentes curdos na Síria.

Erdogan acusa o principal partido curdo naquele país (Partido da União Democrática) de ser uma “organização terrorista”, ligada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

Os dois países também trataram da “necessidade de continuar a colaboração estreita para consolidar a paz e a estabilidade no Afeganistão”.

Agência Brasil

Fonte: Terra

3 Comentários

  1. por LUCENA
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    SOBRE O MALECÍDIO
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    ( … ) Em 1128, São Bernard de Clairvaux – admirado até hoje pelas igrejas católica, anglicana e luterana – cunhou a expressão “malecídio”, para referir-se a um certo tipo de homicídio abençoado por Deus, e para defender moralmente o assassinato dos hereges e islâmicos, feito em nome de Deus.
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    São Bernardo estava pensando e justificando o extermínio dos mouros, pelas Cruzadas dos séculos XI e XII, mas, de uma forma ou outra, esta mesma tese reaparece mais tarde na teoria da “guerra justa”, defendida pelos teólogos espanhóis dos séculos XVI e XVII, que também consideravam ético o extermínio dos indígenas americanos que resistissem à fé e à civilização cristã.
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    Esta teoria mudou sua fundamentação – depois de Hugo Grotius (1583-1645) e de Samuel Pufendorf (1632-1694) – mas manteve o mesmo princípio e a mesma distinção que segue presente nos tratados e convenções dos séculos XIX e XX, que definem o “direito internacional da guerra” segundo a visão ética das potências ocidentais.
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    Em todas as épocas, esta chamada “ética internacional” foi definida e aplicada pelas grandes potências de cada momento, começando pela Igreja Católica, e sempre distinguiu e opôs o assassinato dos “amigos”, ou “homens de bem”, ao “malecídio” dos inimigos, ou “homens do mal”, através de matrizes binárias e muito simples. E foi sempre em nome destas matrizes éticas que as grandes potências de cada época arbitraram e executaram todo tipo de “malecídios”, com ampla liberdade e total convencimento moral.( … )
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    (*) fonte: http://outraspalavras.net/destaques/fiori-jogo-bruto/ ( texto do Jogo bruto )

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