Ministério da Defesa da Rússia aposta em novos dirigíveis não tripulados

Dirigível não tripulado DP-27 Aniuta

Criado pelo Escritório de Projetos de Automação de Dolgoprudnenski (DKBA, na sigla em russo), o primeiro dirigível russo não tripulado, o DP-29, passou recentemente nos testes de fábrica em Kirjatch, na região de Vladimirsk. Durante os testes de voo, o dirigível decolou e pousou tanto em modo manual, como em regime automático.

“Agora, depois de ter passado nos testes, estão sendo eliminadas algumas falhas identificadas durante o voo”, anunciou o vice-diretor-geral do DKBA, Aleksandr Kólessov, citado pela agência RIA Nóvosti. Na sequência, o DP-29 será incorporado ao aparato dos ministérios da Defesa e para Situações de Emergência.

O dirigível russo tem a forma clássica de um charuto e é capaz de subir a uma altitude de um quilômetro, transportar carga de até dez quilos e possui autonomia de voo de três horas.

Entre as suas maiores vantagens, estão o menor consumo de combustível em relação a aviões e helicópteros, maior capacidade de transporte e o fato de serem mais ecológicos e silenciosos. Os dirigíveis não precisam de aeródromos com longas pistas de decolagem e pouso, já que levantam voo e aterrissam verticalmente.

Segundo o chefe de projeto do DKBA, Iúri Vopchin, os dirigíveis são os aparelhos ideais para reconhecimento e patrulhamento. Além disso, podem ser usados para organizar a comunicação de rádio e até mesmo como estação de radar para a defesa antiaérea e antimísseis.

Ainda não há qualquer expectativa de exportação do DP-29 em um futuro próximo, garantem os representantes da empresa.

Dirigível remotamente pilotado de pequeno porte DP-29

De volta à fábrica

Os militares russos já haviam demonstrado interesse por uma outra criação do DKBA: o dirigível não tripulado DP-27 Aniuta. O Ministério da Defesa aposta nesse modelo para o trabalho de reconhecimento.

Com a forma de um enorme disco voador, possui uma câmara que transmite, em tempo e escala real, todos os dados para o centro de controle. O raio de ação do sistema totalmente automático é de até 10 km, e o veículo consegue subir a uma altitude de até mil metros.

A primeira apresentação do Aniuta foi realizada no festival aéreo MAKS 2011. Porém, na época dos testes foi detectada uma série de falhas no aparelho, que obrigaram a enviá-lo de volta para aperfeiçoamento. Os criadores acreditam que dentro de dois anos conseguirão apresentar o aparelho com características melhoradas.

Longa espera

De acordo com o representante do Centro de Aerostação Áugur, Aleksêi Mitrofánov, a sua empresa também está desenvolvendo projetos do interesse do Ministério da Defesa.

“Não existem limitações técnicas no uso de dirigíveis”, disse Mitrofánov em entrevista à Gazeta Russa. “No entanto, há uma série de obstáculos jurídicos: não existe documentação que regulamente o uso de veículos aéreos não tripulados e isso é um problema grave, sobretudo para o uso de dirigíveis não tripulados no domínio civil.”

Nesse caso, a Áugur está desenvolvendo o aparelho não tripulado Sokol, de altitude média, que foi projetado para patrulhamentos longos e, segundo seus criadores, é capaz de ficar no ar por mais de uma semana.

“Apesar das perspectivas promissoras e vantagens de utilização desses gigantes aéreos não tripulados, falta muito tempo para eles se tornarem comuns nos céus russos”, concluiu Mitrofánov.

Fonte: Gazeta Russa

7 Comentários

  1. Estao 20 anos atras dos EUA , ha 20 anos testaram este conceit oso e nao viram nada de extraordinario nele ,ja os russos nao perdem a mania de seguir os passos americanos,kkkkkk ,daqqui a pouco os yankes começam comer meleca e os russos imitarao o gesto ,kkkkkkkkk

  2. “O dirigível russo tem a forma clássica de um charuto e é capaz de subir a uma altitude de um quilômetro, transportar carga de até dez quilos e possui autonomia de voo de três horas.”
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    Pelo tamanho do dirigível estou achando estas capacidade, acima citadas, muito limitadas.
    Talvez aja algum erro na matéria, más se for isto mesmo; é muito pouco…

    • E este nem tão grande balão (aeróstato), projetado pelo INPE e ainda em fase de desenvolvimento, já conseguia permanecer no ar por uma semana , com expectativas de aumentar este tempo com o desenvolvimento do projeto.

      Por isto achei tão pouco este tempo de “3 horas de autonomia de voo” para o dirigível russo.
      Sei que o balão é estático, sem o motor e combustível que um dirigível tem que carregar, más mesmo assim…

  3. eu lembro daquela prefeita negra do rio de janeiro que colocou dirigíveis para monitorar o trafico de drogas nas favelas que hoje a elite tenta chamar de comunidade ,com o tempo te chamaram de ingleses
    mas voltando ao assunto quando ela trouxe essa tecnologia para o brasil a mesma na qual os estados unidos monitoram suas fronteiras
    aquela turma vira-lata capacho de anglo sionista falou muito mal criticaram de todas as formas
    na verdade essa elite vira lata não quer que o trafico no rio acabe pois ela consegue suas porcarias justamente dessas favelas ,

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