Dez anos no Haiti: a missão militar ajudou a projetar o Brasil no mundo?

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Campo haitiano (AP)

Missão da ONU chegou ao Haiti em 2004; dez anos depois, muitos pedem sua saída

Quando o Brasil assumiu a liderança militar da força da ONU no Haiti, há dez anos, havia mais do que vontade de ajudar o pobre país caribenho a se recuperar de um período de desordem civil.

O Brasil, naquela época, se empenhava em pleitear um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, o que poderia selar a emergência do país como importante ator global.

A estratégia para essa conquista parecia simples.

Haitianos haviam testemunhado em fevereiro de 2004 a saída do presidente Jean-Bertrand Aristide do poder, depois de uma intervenção americana.

Grupos armados dominavam o interior e partes da capital, Porto Príncipe, mantendo um clima de medo nas ruas. A ONU, então, interveio, com uma missão que celebrará 10 anos neste domingo.

Ao mesmo tempo, o Brasil ampliava sua influência na América Latina e no mundo, e o papel de destaque na força da ONU, a Minustah, lhe renderia prestígio internacional – o país ainda tem o maior contingente na missão.

Analistas relacionam a forte presença no Haiti à antiga ambição na ONU: o sucesso da missão ajudaria na obtenção de uma cadeira permanente no conselho, pleito defendido com vigor pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa versão é disputada pelo Itamaraty, que a vê como um reducionismo do empenho brasileiro no país caribenho.

“A pretensão brasileira (na ONU) é antiga e legítima… Mas o argumento que tem sido usado de que a nossa participação na Minustah é para ter um assento é muito simplista”, disse à BBC Brasil o embaixador brasileiro no Haiti, José Luiz Machado e Costa.

“O fato de o Brasil ter o comando geral do componente militar da missão dá uma projeção maior, muito grande, que nós não teríamos caso não tivéssemos esse comando”, disse ele, que está no Haiti há 2 anos.

Mas, uma década depois, o sonho na ONU continua distante, e alguns questionam também os ganhos de tamanho esforço no Haiti.

O embaixador Luiz Augusto Castro Neves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), diz que a extensão do trabalho no Haiti não pode ser usada como exemplo de liderança em segurança internacional, “tal como o Brasil pretendia”.

“A presença no Haiti não trouxe praticamente coisa alguma. Essa aspiração no Haiti estava ligada no contexto que o Brasil aspirava ser eleito como membro permanente do Conselho”, disse ele.

“Foi uma atuação relevante para nós num cenário regional, mas com seus limites. Usar o Haiti como um pré-requisito para conseguir esse prestígio não é algo que seja viável, factível. É limitado o alcance disso”.

Nova ordem

O Brasil defende a ampliação do Conselho para refletir a nova ordem mundial e acredita que sua condição de gigante regional lhe dá o direito de tornar-se um membro permanente – com direito a veto.

Mas a reforma ainda está longe de acontecer.

Há oposição de Estados Unidos, China e Rússia – estes dois últimos, aliados do Brasil no bloco Brics de países emergentes, ao lado também de África do Sul e Índia.

Briga em Porto Príncipe (Getty)

Briga de haitianos em Porto Príncipe: epidemia de cólera elevou críticas à missão

Os Estados Unidos, por exemplo, declararam apoio ao projeto indiano por uma vaga permanente na ONU e, apesar de grande expectativa em Brasília, não deram o mesmo suporte à demanda brasileira, que se arrasta há décadas.

“A razão que motivou o governo Lula a rapidamente decidir essa participação com essa intensidade foi associada à estratégia irrealista da reforma da ONU”, disse o professor Eduardo Viola, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).

“A ideia que o Conselho seria reformado era bem utópico. Em algum momento isso vai acontecer, mas era claro que não ia acontecer na década passada. E era essa a motivação”.

Prestígio

Há, no entanto, ganhos em outras frentes. O Brasil expandiu sua atuação em missões da ONU na última década, especialmente na África.

Um exemplo é a República Democrática do Congo. O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que liderou as tropas da ONU no Haiti entre 2007 e 2009, comanda hoje as tropas da entidade na nação africana.

A própria manutenção do comando do braço militar da Minustah é vista como sinal de prestígio brasileiro.

“O reconhecimento de que o papel do Brasil tem sido importante é o fato de que os sucessivos comandantes das tropas da ONU no país têm sido brasileiros. Isso é pouco habitual”, disse o embaixador brasileiro na ONU, Antonio Patriota, em entrevista recente à BBC.

Houve, ainda, outro fator nesta década que teria influenciado como o Brasil é visto no exterior: a troca de presidente aqui.

Sob Dilma Rousseff, analistas apontam para um recuo da política externa, devido a uma atenção maior a questões internas, como a economia, o que teria deixado temas internacionais em segundo plano.

Lula abraçava publicamente bandeiras voltadas para a projeção do país no exterior, como a reforma do Conselho. Já Dilma, segundo observadores, tem aversão aos detalhes dos rituais diplomáticos.

“A motivação era equivocada, mas a experiência de ter participado (da Minustah) foi muito boa. Porque rompeu um isolamento provinciano do Brasil, que não tinha participado de nenhuma operação de paz de larga escala no mundo”, disse Viola, da UnB.

“O Brasil passou a ser visto como um país responsável e isso é um ganho diplomático. Mas, mesmo nisso, o país estava atrasado”, disse ele.

Adeus, ‘bon bagay’?

O Haiti teve tudo menos sossego na última década.

Depois de ter estado à beira da guerra civil em 2004, o país voltou às manchetes em 2010 ao ser atingido por um terremoto que destruiu a capital e deixou mais de 200 mil mortos.

Em seguida, foi atingido por uma epidemia de cólera que matou cerca de 8 mil pessoas, cujo surto acredita-se ter sido iniciado em um campo de soldados nepaleses da ONU, o que gerou revolta local.

Depois, em 2012, veio o furacão Sandy, que matou mais de 50 pessoas e deixou milhares de desabrigados.

Houve, ainda, a alegação de que soldados uruguaios da força da ONU teriam abusado de um adolescente haitiano, o que engrossou o questionamento à presença da missão no país.

Epidemia de cólera (AP)

Soldados nepaleses de missão são culpados por epidemia de cólera no Haiti

Muitos haitianos querem a saída completa dos soldados, inclusive os “bon bagay” – expressão em crioulo haitiano para “gente boa”, usada com frequência para se referir aos militares brasileiros.

Patriota reconheceu que “dez anos é um período longo” e que planos na entidade apontam para uma redução gradual a um contingente mínimo até 2016.

Oficialmente, nenhuma data foi estipulada, mas alguns países já começam a retirar seus homens.

O Uruguai já anunciou sua saída completa do Haiti, e o Brasil também está reduzindo gradualmente seu contingente, mas não determinou prazos para uma retirada total.

Fonte: BBC Brasil

26 Comentários

  1. A presença brasileira ajudou, e muito, o povo haitiano. Contudo, isso não se converteu em ganhos políticos para as aspirações brasileiras ao CS da ONU.

    • Em parte isso é porque ninguém quer aquele que manda carta de desagravo à Coréia do Norte, dando apoio à outra ditadura socialista.

    • Cidadão, você, que costuma produzir tiradas humorísticas sem qualquer conteúdo, para sua diversão e daqueles que comungam de piadas nada propositadas, por favor, nos brinde com um pouco de sua contribuição intelectual justificando aonde nós contribuímos para ajudar o povo haitiano? alem de lhes possibilitar uma opção de lugar para onde fugir tendo um pouco mais de dignidade que em seu país de origem?

      • Ajundando para que facções criminosas não saqueassem alimentos doados à população.

        Evitando o aumento da criminalidade em algumas áreas.

        Repassando conhecimentos de engenharia para a construção de pontes e escolas.

        Apoiando médicos em seus serviços.

        Garantindo a segurança.

    • por LUCENA
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      (…) as manifestações de racismo e preconceito que começam a surgir, travestidas de crítica ao atual governo federal (agora tudo é culpa do PT), traduzem visões maniqueístas que vão na contramão de uma nação verdadeiramente democrática e de espírito tolerante.
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      Quem pede barreiras policiais na entrada de São Paulo e o fechamento da fronteira para os haitianos esquece que num passado nem tão longínquo assim, seus bisavós e avós percorreram a mesma saga.
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      Se não for por adesão, deveriam acolher os imigrantes haitianos pelo menos por caridade e amor ao próximo.
      (…)

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      Eu conheço um que não tem compaixão com o próximo pois,quando se refere ao haitianos,os chama de mazelentos. >(

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        Trecho do texto intitulado : Bolívia, ontem; Haiti, hoje
        ( As manifestações de racismo e preconceito que começam a surgir, travestidas de crítica ao governo federal, traduzem visões maniqueístas e intolerantes.)
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        (*) Autor: Marco Piva,jornalista, descendente de italianos e espanhóis.

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        Fonte: [ cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/Bolivia-ontem-Haiti-hoje/5/30840 ]

    • por LUCENA
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      Brasil vai apoiar formação de Corpo de Engenharia Militar no Haiti
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      Em visita oficial ao Haiti, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reafirmou o compromisso de longo prazo do Brasil com a estabilização e o desenvolvimento da nação caribenha. Após audiência com o presidente haitiano, Michel Martelly, Amorim assinou acordo de cooperação técnica com o ministro de Relações Exteriores, Duly Brutus, que prevê o apoio do Exército Brasileiro (EB) na formação de um corpo de engenharia militar no Haiti.
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      (*) fonte: MD/forte.jor.br
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      “(…)Para o presidente Michel Martelly, o termo de cooperação demonstra “que o Brasil tem compromisso com as questões que são prioridades para os haitianos”. Martelly agradeceu a participação brasileira nos dez anos de Minustah, destacando que os brasileiros apoiaram o país não apenas na segurança, mas em projetos sociais relevantes para a população, como a construção de hospitais, escolas e a capacitação da Policia Nacional Haitiana – que já conta com um efetivo de cerca de 11 mil homens. (…)”

  2. O BRASIL ñ ganhou projeção, + protagonismo c sua presença nestes anos td no Haiti. E chegada a hora de voltar-mos e deixar q os msm resolvam os seus problemas internos, disto, daquilo e etc,etc,etc… já os ensinamos a pescar, q agr , ponham em prática o q aprenderam..sejam felizes.Sds.

  3. O BRASIL esta coberto de razão ao pleitear um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas,nosso país é uma das maiores ”democracias” do mundo,e apesar de ter inúmeros problemas graves ainda consegue ser uma das maiores economias mundiais, o ex presidente Lula não fez mais que sua obrigação ao deixar claro isso para o mundo !

    “A pretensão brasileira (na ONU) é antiga e legítima… Mas o argumento que tem sido usado de que a nossa participação na Minustah é para ter um assento é muito simplista”, disse à BBC Brasil o embaixador brasileiro no Haiti, José Luiz Machado e Costa.

    O embaixador usou o termo certo, simplista ! não há outro termo melhor !

    Agora,voltando para a questão do Haiti, a Minustah nesses dez anos pouco vez por essa gloriosa nação,pois o país esta um caos,seus habitantes ainda continuam na miséria a cada dia eu vejo mais haitianos vindo para o BRASIL,fugindo da cruel realidade que se encontra no Haiti e eu me pergunto,que estamos fazendo lá ?
    Fizemos reflorestamento,barragem, mas cadê o real investimento no ser humano,que possibilite o Haiti,viver sem a Minustah?
    O BRASIL deve deixar o Haiti logo, se em 10 anos pouco vez,já deu provas de ser imcompetente para resolver o problema haitiano !

    Deixo um texto datado de 30.março.2010 http://blogs.estadao.com.br/adriana-carranca/minustah-ou-turistah/ para melhor analisar a situação !

    Minustah ou Turistah?

    O plano para reconstrução do Haiti, que será apresentado amanhã na sede da ONU, em Nova York, a cerca de 60 nações doadoras, traz um novo código de obras e edificações, um plano de habitação que ao mesmo tempo promova a migração de parte da população da adensada Porto Príncipe para o interior, além de um projeto de reflorestamento do país.
    A pergunta é: Se a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah, na sigla em francês) opera no país desde 2004, quando todos os problemas que se vê hoje já estavam lá, por que foi preciso esperar que um terremoto matasse 230 mil pessoas para vir com o plano?
    A resposta ninguém sabe. Mas, nas ruas de Porto Príncipe, os haitianos já chamam a Minustah, carinhosamente, de Turistah. É um bom sinal de como eles vêem a missão da ONU no país, que não raro tem seus funcionários estrangeiros circulando pelas ruas da capital de carro e protegidos por seguranças privados, tirando fotos para mandar de souvenir a familiares e amigos.

  4. por LUCENA
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    O sofrimento do povo hatiano, não pode ser visto como um meio de ter um assento permanete na prostituida CS da ONU.
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    O povo hatiano são pessoas,são seres humano e não umas mazelas, como aguns supostos “racionais” conservadores fundamentalista pensam 😉

    • por LUCENA
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      Bolívia, ontem; Haiti, hoje
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      As manifestações de racismo e preconceito que começam a surgir, travestidas de crítica ao governo federal, traduzem visões maniqueístas e intolerantes.
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      (*) por: Marco Piva/cartamaior
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      (…)No caso brasileiro, a contradição soa ainda mais forte. A constituição de uma nação mestiça que resultou numa rica identidade plural não é suficiente para que grupos aqui e acolá se manifestem da maneira mais egocêntrica e tacanha possível quando o tema é imigração.
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      Não custa lembrar que no episódio da nacionalização de uma refinaria da Petrobras na Bolívia não faltou quem propusesse nada mais nada menos do que a invasão militar do país vizinho.
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      Na época, o ex-presidente Lula lembrou bem:
      “Essa gente fala grosso com a Bolívia, mas fala fininho com os Estados Unidos”.
      (…)
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      (*) fonte : [ cartamaior.com.br/?/Editoria/Direitos-Humanos/Bolivia-ontem-Haiti-hoje/5/30840 ]

  5. Não sou contra ajudar outra nação e até mesmo pelo fato de adquirir experiência em outros cenários com tropas de outros países porém agora chega, temos vários Haiti’s aqui mesmo no Brasil, a considerar as favelas e violência no Rio, São Paulo e etc…, que precisam de intervenção já !
    E quanto à cadeira permanente no CS da ONU….. ESQUEÇAM !!! Nunca a teremos !! …. Talvez no dia que tivermos governantes sérios e declararmos que temos artefatos nucleares possamos de fato almejar algo neste sentido.
    Abraço,

  6. As FA’s nacionais precisam voltar e ensinar-nos a lidar com facções guerrilheiras e bandidos de toda ordem que tiveram que enfrentar no Haiti… assim aprenderíamos a lidar com os PCCs e CVs da vida, bem como eventuais incursões de agentes inimigos do naipe das FARC em nosso território… esse tipo de inimigo requer um tratamento diferenciado, pois age de modo diferente que os tradicionais… até em matéria de infiltração eles se diferenciam… vejam o caso do deputado petista, envolvido com o PCC: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/deputado-do-pt-que-participou-de-reuniao-com-pcc-que-planejava-ataques-a-onibus-vai-discursar-hoje-e-com-o-apoio-do-partido-faz-sentido/ … por isso que as nossas leis são tão benéficas a bandidagem… claro… legislam em causa própria… a infiltração é tamanha que, se um estrangeiro lesse nossas leis penais com olhos críticos pensaria que se trata de uma farsa, pois tamanha defesa da bandidagem não condiz com a realidade… acharia tais leis imorais e perigosas, pois deixam a população indefesa perante a marginália…

    • “incursao da FARC em nosso territorio” Nao e so a FARC. Tenho um amigo norte americano, que serviu como US paratrooper por 5 anos, cuja unidade onde servia foi mandado para Colombia, com o suposto fim de combater o trafico de narcotico. Segundo ele, combater a FARC. E que muitas vezes o pelotao que servia entrou no territorio brasileiro, na fronteira com o Estado do Amasonas. E que os militares brasileiros faziam de conta que eles nao os tinham vistos. Eu sei a FARC e inimigo, nao pode entrar em nosso territorio. O Tio Sam e nosso pais metropole, eles podem entrar e sair quando bem assim o desejarem.

      • The Uncle Sam está só de passagem… as farcs querem se estabelecer… eis a diferença… sem falar, é claro, que sua presença se dá na medida em que exporta para cá TONELADAS de substâncias entorpecentes que causam um desastre no tecido social do país… understand ???…

  7. Não falo sobre o lado humanitario não sou ativista humanista e sim simples Brasileiro que me importo apenas com o meu Brasil.
    O Brasil sempre servindo a propositos Americanos direta ou indiretamente como no caso Haiti onde os gringos que foram os grandes responsaveis por aquele forduncio de filme queimado tiraram o time de campo e nós os tolinhos do sul entramos na bahaça.
    Como na fronteira da Colombia com nossas forças armadas servindo de poliçinhas pra agradarem Yankees.
    Como na crise do Irã quando depois de sugestão de Obama o cascateiro embriagado logo posou de fantoche.
    E o que ganhamos com isso ? Nada continuamos os mesmos otarios de segunda categoria e quando querem nos empurrarem alguma coisa nos chamam de colaboradores relevantes e tem caraveleiros que acham isso o maximo.

  8. por LUCENA
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    O que é compaixão,é um ato nobre de alguém que se vê na dor daquele que está sofrendo fisicamente ou espiritualmente.
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    Há aqueles que não tem capacidade vê no próximo como um irmão más, como aquele que quer ” pegar o seu osso “,lobos em pele de gente.
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    Ser conservador é um caso de estado de se posicionar em uma questão dentro da ótica política das coisas,há certas questões em que você é conservador e há outras que você é flexível.
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    Há aqueles conservadores fundamentalistas,isso se vê mais em segmentos autoritários em uma casta dominante e que na sociedade brasileira,se vê mais naquela casta de origem da velha oligarquia branca,escravocrata da aristocracia patrimonialista brasileira;já ai, nos remetemos aos velhos tempos dos barões dos cafezais e canaviais e os capitães-do-mato.
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    Essa mesma intitulada casta oligárquica fundamentalista conservadora que não gosta quando que os espaços públicos como os shopping centers e nos restaurante estão ao mesmo lado do seus filhos juntos ocupando tal espaço com os filhos da sua empregada e/ou empregado.
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    Essa casta é a mesma que busca no mais fraco mostrar a sua covardia e isso se vê no plano de nações também,como se vê quando Israel demostra a sua ” bravura ” em cima da Palestina ou quando os EUA/OTAN demostra os seus músculos para a Líbia,Síria até um dia quando encontrão outro do mesmo tamanho,como a Rússia/China.
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    Deve ser por isso que países párias como os EUA e Israel,deve encontra nas castas fundamentalistas oligárquicas patrimonialistas admiradores sem compromisso com a democracia e compaixão com os mais desafortunados,como é o caso dos sofrido povo haitiano e palestinos.
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    • Ter compaixão no seculo 21 é dar o melhor de si pra outrem prosperar enquanto voce no mais puro espirito cristão kardecista sucumbe alegrezinho sentindo-se purificado espiritualmente e ja grantido no céu.
      Aqui no RJ usamos uma boa fraze inteligente de sobrevivencia : “Pra chorar nossas mães que chorem as deles”.

  9. “Dez anos no Haiti: a missão militar ajudou a projetar o Brasil no mundo?”

    Projetar o Brasil no mundo? Em que? O futebol e o samba já o fazem! 😀

    Mas falando sério: Eu gostaria de ver o seguinte título: Em apenas dez anos o Brasil logrou alcançar uma evolução educacional/social/governamental e infraestrutural que o deixa apenas dez anos atrás da França.

    Pra mim já tava bom demais! 🙂

    • Andre”projetar o Brasil no mundo?Em que? o futebol e o samba ja o fazem”Ca entre nos, essas coisas nao se fala. No Haiti lutava Franca e EUA para ter o direito de explorar o gaz e petroleo que dizem existir no mar que circunta o pais. Sei que o Kosovo, mandou” tropas” para o Haiti. E de conhecimento publico aqui na Inglaterra, que o Exercito de Libertacao de Kosovo e uma mafia especializada no trafico de heroina e mulheres brancas do leste europeu para servirem nos prostibulos da Europa Ocidental. E que e um veiculo para a Cia e o MI6 trafico de heroina na Europa. Dada sua area de especializacao, e facil concluir que o Exercito de Libertacao do Kosovo, foi enviado para o Haiti pela Cia e o MI6, para traficar cocaina para Europa. O trafico de heroina e cocaina e uma das formas que os servicos secretos conseguir fundos financeiros.Agora pergunto que foi o exercito brasileiro fazer no Haiti? Conseguir um espaco maritimo para a Petrobras explorar? Nao creio. Trafico de droga? Nao creio. Para mim foi la porque o Tio Sam assim o determinou. Nossas tropas foram para o Haiti a servico dos EUA. Como esta agora no Congo.Brasil nao ganhara nada no Congo, mas pode perder essa idolatria que o povao africano sentem pelo Brasil. Projecao nenhuma, a midia europeia nao faz referencia sobre a atividades militares do Brasil no exterior. Quando aparece uma notinha nos jornais, e parfa dizer das tropas da ONU, onde o nome do Brasil aparece al lado de Bangladesh, Indonesia, Nigeria, Etiopia etc Nacoes pobres que enviam buxa de canhao para serem queimados a servico dos EUA.
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      • por LUCENA
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        “(…)Quando aparece uma notinha nos jornais, e para dizer das tropas da ONU, onde o nome do Brasil aparece al lado de Bangladesh, Indonésia, Nigéria, Etiópia etc Nações pobres que enviam bucha de canhão para serem queimados a serviço dos EUA.(…)”
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        Sr.JOJO;
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        Isso sem falar que também serve como combustível para a fogueira de vaidades dos burocratas do Itamaraty.
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        Há outra forma do Brasil ajudar sem que não seja seguindo uma agenda de Washington ou de Bruxelas,como foi o caso de mandar instituições como a EMBRAPA para ajudar desenvolver a agricultura familiar,essa é a que bota comida na mesa da população,em especial a mais necessitada e desenvolve a economia local.
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        Isso é o que dá projeção sem que sai na foto com a prostituída ONU,essa turma ( EUA,ONU,OTAN),estão mais suja que pau de galinheiro, perante a opinião publica,em especial na Africa,Oriente Médio ou em qualquer lugar onde o Tio Sam promova sua sacanagens.

  10. eu sou favorável a essa missões e a outras que estão para sair ,
    e se elas não valessem nada para os países eu duvido que estados unidos Alemanha Inglaterra fariam isso !!!

  11. Quando o Brasil estiver abarrotado de Latinos e Africanos e com as populações Peruana,Boliviana,Paraguaia se dizendo indigenas Brasileiros e nossa sociedade pagando todas as contas com cada vez menos empregos para Brasileiros talvez os Arautos da espiritualidade e os defensores do ideologismo humanitario remunerador pensem diferente.
    Quem não quer vir pra cá,pais rico naturalmente com povo otario e bonzinho onde é dando que se recebe inclusive supusitorio de carne.

    • Você esta certo. Ao brasil não cabe se enfiar em países outros, para a titulo de ajudar, mentiroso, que na verdade serve apenas para querer se mostrar como ator principal diante desse mundo de hipocrisia e mediocridade mundiais, e atrair para nós olhares daqueles que em comparação conosco nos verão como grandes acabando por ambicionar estar aqui quando agregarão suas pobrezas as nossas, que ainda não são pequenas.

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