Rebeldes matam centenas de civis no Sudão do Sul por motivos étnicos

As Nações Unidas relatam mais um massacre no Sudão do Sul. Na mais nova nação do planeta, aumenta a disputa pelos campos de petróleo, enquanto também cresce o número de mortes por desavenças étnicas.

O Sudão do Sul é abalado novamente por combates entre tropas do governo e forças rebeldes. Os confrontos giram, principalmente, em torno do controle dos campos de petróleo no país empobrecido.

Apoiadores do ex-vice-presidente Riek Mashar, declararam, nesta segunda-feira (21/04), ter conquistado a cidade de Mayom, no estado petroleiro de Unité. Muitos soldados teriam morrido, disseram os rebeldes, que pretendem agora avançar para a região vizinha de Warrap.

Além disso, tornou-se público que apoiadores de Mashar mataram na semana passada centenas de pessoas na cidade de Bentiu por motivos étnicos. Mashar pertence ao grupo étnico dos nuer, enquanto seu adversário, o presidente Slava Kiir, é um dinka.

Segundo dados das Nações Unidas, após conquistarem Bentiu, os rebeldes apoiadores de Mashar passaram a perseguir todas as pessoas que não pertenciam à etnia nuer na região. Os civis foram mortos, entre outros, num hospital e numa igreja. Além disso, 200 pessoas teriam sido mortas numa mesquita, informou a ONU nesta segunda-feira.

Diferenças étnicas

A Missão da ONU no Sudão do Sul (Unimiss) criticou duramente a morte de homens, mulheres e crianças. Segundo a Unimiss, os rebeldes perseguiram os opositores durante dois dias. Pelo rádio, eles teriam instado seus apoiadores a estuprar mulheres de outras etnias. Os massacres não teriam acontecido somente no hospital, na igreja e na mesquita, mas também num prédio abandonado do Programa Mundial de Alimentos (PMA), onde moradores e estrangeiros haviam buscado refúgio, informou a ONU.

Em comunicado, a Unimiss detalhou as atrocidades cometidas na mesquita Kali-Ballee, onde centenas de pessoas haviam se refugiado. “Os rebeldes selecionaram indivíduos de certas nacionalidades e etnias, escoltando-os em segurança, e mataram os outros.” No hospital, também foram mortos homens, mulheres e crianças da etnia nuer, porque haviam se escondido e não participaram das comemorações da conquista da cidade pelos rebeldes.

O comunicado disse ainda que tropas de paz da ONU puderam salvar, posteriormente, mais de 500 civis, entre eles muitos feridos. A ONU informou que, atualmente, 12 mil pessoas teriam se refugiado em sua base na cidade. Os rebeldes apoiadores do ex-vice-presidente Mashar conquistaram Bentiu, capital do estado de Unité, em meados de abril.

Milhares de mortos

Uma disputa latente entre o presidente Kiir e o ex-vice Mashar, afastado do cargo em 2013, escalou em meados de dezembro do ano passado. Desde então, atos de violência por motivos étnicos acontecem com frequência.

As relações entre os grupos étnicos são marcadas há anos pela tensão. Até agora, fracassaram todos os esforços para se chegar a um acordo de paz na capital da Etiópia, Adis-Abeba.

Milhares de pessoas já foram mortas desde o início dos conflitos armados no Sudão do Sul, Estado africano que se tornou independente do Sudão somente em 2011. Os conflitos também já provocaram a fuga de 900 mil civis.

CA/dpa/afp/rtr

Fonte: DW.DE

6 Comentários

  1. isso na realidade é o extermino da população africana ,pois a disputa o texto não fala mas é religiosa cristão contra mulçumanos também o texto não mostra quem é quem já para dificultar o esclarecimento geral
    mas como os gringos estão ajudando a armar a alkaeda na síria essa por sua vez mata cristão crucificando e etc etal os gringos estão nem ai para religião !!! e estão usando de todos artifícios para ter êxito mas na verdade esta acordando tudo e a todos ,estados unidos virou um pais nazista !!!
    uma matéria interessante no terra sobre a africa também ,é sobre a epidemia de ebola ,na guine populares atacaram os medicos sem fronteiras por presumirem que esses estão ajudando a contaminar a população com esse vírus mortal
    na matéria se dizia também que isso pode ser sim trabalho de estados unidos e Inglaterra e frança a continuar o seu colonialismo e um controle populacional dos africanos usando armas biológicas e testando na população da africa

  2. por LUCENA
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    Esse Sudão do Sul,é um projeto que foi elaborado,criado e projetado pelos EUA e os sionistas que “controlam” o governo Israel,como sempre termina assim,vejam só o caso da Líbia que também teve uma ajudinha dos EUA,é sempre assim…uma maldição e quem paga é o povão !….sempre foi assim !!

    • Elas estão descontroladas… rsrsrsrsrsrss… cada uma que inventam que até parece o maisburro delirando em praça pública… lamentável…

    • por LUCENA
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      A única coisa lamentável aqui é você e as suas ideias neo-fascistas,seu bundão azul…hahahahah

    • por LUCENA
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      SEGUNDO MILITARES DESTROYER DOS EUA NO MAR NEGRO NÃO AMEAÇA A RÚSSIA.
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      A entrada do destroyer de mísseis norte-americano USS Donald Cook no mar Negro é um elemento de pressão psicológica mas não representa uma ameaça militar para a Rússia, declarou hoje uma fonte do Ministério russo da Defesa.

      “É uma ação demonstrativa que manifesta o apoio dos EUA ao Governo da Ucrânia. O navio não entrará nas aguas russas mas transporta mísseis a bordo, assim que a imprensa ucraniana e ocidental vão dizer que sua missão é demostrar à Rússia a presença militar norte-americano no Mar Negro”, disse a fonte a esta agência.
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      As normativas em vigor, limitam o tempo de permanência na zona dos navios de guerra que não pertencem aos países do mar Negro.
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      O ministro russo de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, declarou anteriormente que a presença de navios norte-americanos no mar Negro excedeu em mais de uma ocasião os prazos estabelecidos pela Convenção de Montreal.
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      A porta-voz do Pentágono, Eileen Lainez, rebateu as acusações de Moscou ao afirmar que a Armada norte-americana atua em consonância com as leis internacionais.
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      O USS Donald Cook é o primeiro dos quatro destroyers de mísseis da clase Arleigh Burke que EUA manterá na Base Naval de Rota, em Cádiz, no marco de seu plano de defesa antimísseis global.
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      O navio está equipado com mísseis de cruzeiro Tomahawk e o sistema antiaéreo Aegis capaz de derrubar mísseis inimigos.
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      (*) fonte [ Ria Novosti ]

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