Novo bombardeiro PAK-DA entrará em serviço em 2025

OARC
Imagem meramente ilustrativa, não corresponde a aeronave em questão.

Escritório de projetos Tupolev, que faz parte da United Aircraft Corporation (UAC), concluiu o esboço preliminar do PAK-DA, que irá substituir os atuais bombardeiros operacionais Tu-95MS, Tu-160 e Tu-22-3M.

Apesar da aeronave PAK-DA estar pronta no papel, ninguém sabe exatamente como será o futuro da aviação estratégica. Quando os trabalhos preliminares do programa PAK-DA começaram em 1999, os projetistas tiveram que responder a uma pergunta difícil: a Força Área nacional precisa de um bombardeiro subsônico ou supersônico?

Aeronaves em velocidade supersônica podem superar os meios de defesa antiaérea, mas, por causa de suas características aerodinâmicas, tornam-se visíveis para os inimigos – a não ser que seja empregada uma forma evasiva de fuselagem.  Bombardeiros supersônicos consomem uma grande quantidade de combustível, o que os impede de levar uma carga considerada por muito tempo no ar sem reabastecimento.

Os projetistas russos optaram, portanto, pela criação de um bombardeiro subsônico. De acordo com o comandante Victor Bondar, a diferença entre o PAK-DA e o Tu-160 é que o primeiro leva mais carga e o seu armamento é mais poderoso. O peso total do bombardeiro será de 120 toneladas, das quais pelo menos um quarto será de carga útil (combustível, tripulação e armamento).

A nova aeronave será construída em forma de “asa voadora”. Esse tipo de veículo não possui cauda, e a fuselagem será achatada e reduzida verticalmente de modo que toda ela possuirá função de asa; dentro dela ficarão alojados a tripulação e o armamento. A tecnologia “stealth” também será amplamente utilizada na construção da máquina. O novo bombardeiro possuirá formas angulares com linhas irregulares para dissipar os sinais de detecção dos radares inimigos.

O voo do primeiro protótipo do PAK-DA está planejado para 2017. Dois anos depois, serão conduzidos voos de testes e, em 2025, o avião entrará em serviço operacional. A data de entrada em serviço da nova aeronave está determinada pela retirada dos bombardeiros Tu- 160 e Tu- 95, que agora constituem a espinha dorsal da aviação estratégica russa.

Atualmente, o sector de aviação de longo alcance da Rússia detém um número modesto de aviões: 32  bombardeiros estratégicos Tu-95MS e 16 supersônicos Tu-160, estacionados na cidade de Engels.

Caça em ação

Também continuam os testes do caça de quinta geração T-50 PAK-FA, que já possui seis protótipos finalizados. Mais dois participarão dos testes de voo em 2015. Há previsão de, em 2016, iniciar sua produção em pequena escala. Esse avião deve permanecer em serviço na Força Aérea da Rússia para além de 2050, segundo o presidente a UAC, Mikhail Pogosian.

A capacidade de produção do PAK-FA já foi estabelecida. No entanto, o T-50 não será capaz de substituir prontamente todos os Su-27 e Su-30 em serviço, de modo que, nos próximos 10 anos, está prevista a utilização de dois tipos de aeronaves: o T-50 e o Su-35C.

Fonte: Gazeta Russa

17 Comentários

  1. não disse!!!!

    os americanos já tem seu B-2 Spirit.depois de mais de 40 anos, vem os russinhos engatinhando na tecnologia Stealth e vão dizer que é o melhor do mundo kkkkk 40 anos depois… em quanto isso B-2 Spirit, f 117 nighthawk, f-22 raptor,f-35 joint strike fighter.. a tempo não para

    A tua piscina tá cheia de ratos
    Tuas idéias não correspondem aos fatos
    O tempo não pára

    Eu vejo o futuro repetir o passado
    Eu vejo um museu de grandes novidades
    O tempo não pára
    Não pára, não, não pára

    • Talvez os Russos tenham se desanimado com a Stealth pelo fato de na época o f 117 nighthawk ter sido abatido na Iugoslavia sendo empregado alguns equipamentos não muito moderno.
      Quando ao russos não terem ou se atrasarem no desenvolvimento de certos equipamentos é normal,pois até hoje o E.U.A,não tem nada equivalen te ao :

      Tupolev Tu-160

      • Talvez os USA não tenham equivalentes ao TU-160 porque sua finalidade não se alinhava com as necessidades estratégicas da América… o B-2 tem uma outra concepção de estratégia e em se tratando de tecnologia está anos luz a frente de qualquer outro bombardeiro… mas isso não quer dizer que o Tupolev não seja uma puta de um bombardeiro, somente uma modalidade distinta do Spirit… saudações…

      • Barca,

        O B-1B Lancer é muito similar ao Tu-160; inclusive na empregabilidade…

        A rigor, os russos consideram sim o stealth como arma. É para tanto que estão investindo pesado no PAK-FA…

        Quanto ao caso do F-117, aquilo somente deu um vislumbre do que seria necessário para superar a furtividade. Contudo, não há como saber até onde os mesmos métodos utilizados naquela ocasião seriam eficazes contra a nova geração stealth.

  2. Imagem meramente ilustrativa. Ninguém sabe na verdade o desenho real e já estão comparando com B-2 dos EUA…

    • Bob a informação que divulgamos pioneiramente no Plano Brasil em janeiro de 2013 dava conta de uma asa voadora, subsônica. esperar e conferir. abraço.

  3. Se for semelhante a ilustraçao ,vai ser uma aeronave muito bonita ( e voarah muito bem ), aguardemos o voo do prototipo,o pak fa foi uma bela surpresa !

  4. Há necessidade?

    Em que tipo de TO seria usado?

    Pois se as defesas aéreas do inimigo já foram suprimidas então ele já pode ser substituído por um bombardeiro convencional muito mais barato.

    E se o TO ainda está na fase de ação dos caças, aí então é hora de empregar caças de 4º e 5ºG, e não bombardeiros puros e mais caros que ouro.

    Logo, para uma força aérea que tenha caças multifuncionais stealths, não vejo real necessidade de bombardeiros stealths caríssimos. Somente um B-2 Spirit vale cerca de U$2.000.000.000,00

    Muito melhor então se dedicar ao desenvolvimento de um bombardeiro de performance hipersônica e sub orbital. Pois correr o alto risco de perder um bombardeiro stealth caríssimo para AAA bem posicionada e adestrada vale a pena?

    • ViventtBR,

      A aeronave faz parte da dissuasão nuclear russa, levando seus novos mísseis de cruzeiro a distância de disparo. É, grosso modo, a mesma função do B-2… Ou seja, em uma missão regular, essa aeronave jamais sobrevoará o território adversário, limitando-se a lançar suas armas a mais de mil quilômetros de distância… E por ser de baixa detectabilidade, presume-se que possa chegar a posição de disparo sem ser localizada ( ou somente sendo localizada quando muito próximo do seu ponto de lançamento ).

      Trata-se, portanto, de uma aeronave de empregabilidade estratégica, levando armas de grande poder destrutivo a grandes distâncias e por conta própria, com uma necessidade muito menor de reabastecimento aéreo.

      E evidentemente, os mísseis de cruzeiro lançados por bombardeiros ampliam o leque de opções a serem utilizadas; opções essas que podem ser convencionais também ( não se limitando somente a misseis de cruzeiro ), tal como os americanos utilizaram seus bombardeiros no Afeganistão e Líbia; nesse ultimo caso, atacando uma base aérea com o B-2 Spirit ( um ataque coroado de sucesso, numa missão na qual as aeronaves partiram direto dos EUA e lançaram bombas sobre a base ).

      Em caso de operações com caráter tático, um bombardeiro como esse pode manter prolongado on-station sobre o alvo, partindo de bases distantes e seguras, sem a necessidade específica de contar com forças para sua proteção ( dependendo da situação ), ao mesmo tempo em que protege os aliados em solo. Isso é especialmente interessante em cenários de guerrilha ( como no Afeganistão, onde diversas aeronaves foram destruídas em solo por ações guerrilheiras ).

      • Gostaria de complementar este comentário com uma observação sobre os Bombadeiros que parece sempre passar desapercebida.

        Uma das principais funções desse vetor é atuar exatamente da mesma forma que um submarino nuclear lança-mísseis.

        Uma vez que, num confronto nuclear, as nações vão priorizar os conhecidos pontos onde há, ou provavelmente há, este tipo de armamento, restarão apenas as unidades móveis “discretas”, escondidas no fundo do oceano, ou no espaço aéreo internacional… ambas as áreas, tridimensionais, e com milhares de variáveis para dificultar a detecção destes vetores.

        Lembro (vi num documentário) que na Guerra Fria os EUA mantinham, permanentemente, bombardeiros no ar, e esta explicação é a única que faz sentido para mim, já que uma vez deflagrados os lançamentos de terra, dificilmente há como detê-los… mas ter plataformas móveis, sabe-se lá onde, garante uma segunda onda de ataque, mesmo com o país arruinado.

        Na iminência de um ataque, a primeira providência é colocar em operação remota bombardeiros e submarinos.

        Como comentado abaixo, na Segunda Guerra, os EUA investiram “super pesado” na construção de bombardeiros… e isso faz realmente sentido.

        Aparentemente, os EUA acreditam que a melhor plataforma para unidades remotas é o submarino (e ainda estão construindo mais), e acredito nisso também. Além de negar ao inimigo a detecção visual, tanto quanto possível, variações de salinidade, densidade, temperatura, praticamente criam “muros de reflexão” aos sensores acústicos… a capacidade de se manter no teatro de operações é muito maior neste.

        Acredito também que o principal motivo de os EUA investirem tanto em porta- aviões é justamente para conter os bombardeiros de grande alcance (mais que projeção de força em países menores mundo afora), criando uma “linha de frente” antes que alcancem a costa, Pacífica o Atlântica… apesar de contar com uma Aeronáutica também poderosa.

        Abraço galera!

      • Em tempo… ainda sobre o comentário que fiz acima, e citando o comentário logo abaixo.

        Dada a missão de se manter no ar, com armamento nuclear, e tão “escondido” quanto possível… um bombardeiro normal como um Flanker não conseguiria se manter por longos períodos… não tanto quanto uma aeronave construída exclusivamente para isso.

        O “Stealth” ainda é desejado porque, pura e simplesmente… não importa quão forte é a sua blindagem ou a sua técnica de combate… se você puder ser encontrado… cedo ou tarde poderá ser vencido!

        Eu acompanho diversos blogs sobre SHTF, e um em especial é escrito por um sujeito que viveu situação real na Europa Oriental, onde fica seu país de origem… nas palavras dele, a melhor maneira de se manter vivo é ser tão invisível quanto possível…

        … não mostrava ter nada de valor, se vestia quase como um mendigo, mesmo tendo reservas em casa, andava sempre com muito pouco… assim não dava a entender que tinha mais… o que poderia levar à invasão e saque da sua casa, e perigo à toda sua família.

        Se ninguém sabe que você sequer está vivo ou aonde se encontra, certamente não conseguirão apontar armas para você.

        Invisibilidade é importante… embora as tecnologias atuais tenham se mostrado não tão boas quanto pensávamos… certamente estão pesquisando outras… como a dos discos voadores que sempre conseguem se ocultar do NatGeo ( kkkkk! ) ou algo tipo “Predador”… enfim!

        Abraço, gente!

  5. ViventtBR

    “Pois se as defesas aéreas do inimigo já foram suprimidas então ele já pode ser substituído por um bombardeiro convencional muito mais barato.”

    Eu concordo com seu ponto de vista. Acho que a decisão de construir novos bombardeiros se deve muito mais a uma estratégia que tenha por objetivo maior a ação psicológica sobre o adversário. Não é um meio desqualificado, mas seu custo de aquisição e operação, frente a outras alternativas que começam a surgir, é bem questionável mesmo que, como afirmou o _RR_, o alcance e o volume de carga transportada possam justificar sua existência.

    E, usando uma expressão que o _RR_ utilizou em um comentário no post sobre o T-90MS, ainda é preciso considerar qual sua área de atuação. Em uma comparação meio forçada, caças como o SU-34 possuem boas características que podem fazer com que o uso de um bombardeiro puro seja assumida por este, ou por um grupo deste modelo, alcançando os mesmos resultados desejados. E com o adicional de realizar outras funções também, o que amenizaria o custo de operação.

    Então, fora do escopo “psicológico” criado ainda na guerra fria, não vejo porque continuar o desenvolvimento deste tipo de aeronave.

    Abs

    • Correção

      “…como afirmou o _RR_, o alcance, PERSISTÊNCIA e o volume de carga transportada possam justificar sua existência.”

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