MBT Brasil: Israel Military Industries MERKAVA MK IV

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Autor: J. MessiaH

Plano Brasil
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Prefácio

Resultado da contínua e pragmática evolução e atualização da família de veículos Merkava, o Mk IV é hoje o principal carro de combate das Forças de Defesa Israelenses (IDF), a quarta geração da série entrou em operação no ano de 2004.

Entretanto, este MBT começou a ser desenvolvido em 1999. Ligeiramente maior e mais pesado que seus antecessores, o Merkava Mk IV foi amplamente melhorado visando superar as deficiências em versões anteriores, incluindo nova blindagem balística (armadura), novas armas e sistemas eletrônicos. Vale salientar que a versão Mk IV do Merkava é hoje considerada a mais moderna e eficiente no quesito proteção.

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A origem

Tendo seu desenvolvimento iniciado em 1973 e entrando em serviço no ano de 1979, o Merkava, que hoje em sua quarta geração foi concebido e batizado com fogo, Percorreu um árduo caminho para alcançar o estado de arte que esse MBT alcançou. Desde sua origemo Merkava já nasceu combatendo e não teme a desafio algum, seja ele em cenário aberto no campo de batalha convencional, seja ele densamente povoado e restrito como o cenário urbano.

Estando entre os 10 melhores MBT’s do mundo, o Merkava teve seu desenvolvimento iniciado após a negativa do governo britânico para o fornecimento dos então carros de combate ingleses Cheiftain. Em meados dos anos 60. A posição inflexível de Londres forçaria ao governo Israelense buscar uma solução própria para a produção de  um MBT capaz de fazer frente às ameaças específicas do cenário israelense, onde  a resposta necessita ser imediata e contundente.

Merkava MKIV (2)
Coluna de veículos MERKAVA aguardando ordens na operação “Chumbo Derretido”.

Israel é um pequeno país cujo relevo e características são um desafio para as suas forças de defesa. Cercado de inimigos por todos os lados, Israel de então contava com uma força blindada numericamente  inferior, e dado as suas dimensões, um avanço do inimigo pelo seu território era algo “fácil” de se fazer, soma-se a isso, os constantes conflitos urbanos o que exige a movimentação de suas forças em regiões “apertadas” densamente povoadas e que se constituem em verdadeiras armadilhas para qualquer força blindada cenário propicio para o uso de armas como o RPG que não perdoam as falhas e deficiências na proteção dos blindados e suas tripulações.

É nesta complexidade que o conglomerado de empresas do ramo de defesa de Israel através do escritório MANTAK/IDF se juntam para desenvolver esta que é uma das mais bem sucedidas famílias de carros de combate da história,o qual neste artigo, apresentamos a sua versão mais moderna e atual, o IMI MERKAVA Mk IV.

MERKAVA IV

O Carro de Combate

Motor General Dynamics GD883 V-12 Diesel
Motor General Dynamics GD883 V-12 Diesel

Diferenciando-se das versões anteriores o Merkava Mk IV teve o seu casco totalmente redesenhado a fim de receber além de um novo motor uma nova eletrônica embarcada, esse remodelamento proporciona ainda uma melhoria no campo de visão do motorista do carro de combate.

O novo motor, é também alojado na parte dianteira do carro, que além de mais potente traz consigo uma maior segurança a tripulação no caso, devido a proteção contra impacto frontal. Derivado da motor alemão produzido pela MTU, o motor General Dynamics GD883 V-12 Diesel é produzido sob licença, entregando ao Merkava Mk IV a potência de 1.500hp e a capacidade de deslocamento a uma velocidade de 64 km/h em estradas e 55km/h em terrenos não preparados.

Um dos tanques de combustíveis fica também na parte da frente do veículo, sendo outros dois na parte traseira, o novo motor traz ao veículo um acréscimo de potencia  cerca de 25% maior em relação as versões anteriores do Merkava, a transmissão é automática e de 5 velocidades.

VÍDEO

 

O MK IV é capaz de transportar um grupo de comando composto por oito soldados de infantaria,  ou três pacientes em macas (quando descarregado), a tripulação é composta por quatro integrantes sendo eles: comandante, carregador, artilheiro e motorista.

Mk IV equipado com ATGM FCD (Anti Tank Guided Missile, Fire Control Director)
Mk IV equipado com ATGM FCD (Anti Tank Guided Missile, Fire Control Director)

Capaz ainda de disparar em deslocamento em alvos também em movimento uma de suas peculiaridades é a capacidade de engajar até mesmo helicópteros, para isso o MERKAVA  MK IV faz uso de munições anti-tanque convencionais, contudo, este feito só é possível graças graças ao sistema de controle de fogo, monitorado e  controlado por computador que inclui linha de estabilização de vista em dois eixos, um sistema de TV de segunda geração composto por um rastreador térmico e visor noturno, além de um telêmetro laser.

Sensores embarcados do Merkava Mk IV
Sensores embarcados do Merkava Mk IV

O sistema operacional integrado inclui ainda, comunicação de dados e um avançado sistema de gerenciamento de batalha denominado BMS (battle manager system) desenvolvido pela Elbit e que garante toda a consciência situacional do campo de batalha ao comandante do blindado, vale salientar que o BMS pode trabalhar integrado com outras aeronaves, helicópteros, UAV’s e sensores utilizados pelas tropas em campo o que amplifica ainda mais a capacidade de “ver”,”engajar” e “Destruir” os alvos ainda no primeiro disparo .

Elbit Battle Manager System
Elbit Battle Manager System (BMS)

Para melhor manobrabilidade, a versão Mk IV conta com um avançado sistema de câmeras e telas de LED que fornecem imagens externas do veículo facilitando a navegação em campo, seja durante o dia ou durante a noite e especialmente nos apertados centros urbanos de ( de Gaza e na Cisjordânia) ruas estreitas e escombros provenientes das demolições ou destruições de prédios.

Arma Principal

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Canhão IMI de 120mm
canhão IMI de 120
Cartucho de 120mm M339
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Munições M329 Anti-Pessoal e/ou Anti Material

 

 

 

 

 

 

 

O Merkava Mk IV incorporou um canhão IMI de 120 milímetros alma lisa.

O diâmetro da arma principal agora pode suportar pressões balísticas mais elevadas resultando num recuo mais suave, devido a uma culatra desenvolvida localmente pela El Op Electro Optic Industries (subsidiária da Elbit), mais compacta e engenhosa do que as empregadas nas primeiras gerações do Merkava, este novo sistema é controlado por um microprocessador e é totalmente automatizada.

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Culatra automatizada com capacidade para 10 munições
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Computador de tiro do Merkava IV

 

 

 

 

 

 

 

Ademais o canhão utilizado no Mk IV pode disparar uma gama de munições do tipo APFSDS-T M711 (CL 3254), HEAT-MP-T M325 (CL 3105) e o TPCSDS-T M324 (CL 3139), o estoque de munições do canhão é de 45 a 48 variando de acordo com o tipo de munição utilizada.

Pelo cano de 120mm do canhão o MK IV também pode disparar mísseis anti-tanque Lahat e Excalibur ATGW; o armamento secundário consiste numa metralhadora FN MAG de 7,62 mm ou uma M-2A-1 em calibre 12,7mm (.50) podendo ser armazenado a quantidade de até 10 mil cartuchos; e um morteiro de 60 mm com alcance entre 2.700 a 3 mil metros, operado internamente e integrado ao BMS.

O magazine de munições do Merkava foi projetado em um espaço isolado da torre de maneira a proteger a tripulação em caso de explosão, o sistema é de fácil manuseio e o artilheiro pode selecionar uma munição aleatória entre as 10 carregadas na culatra rotativa.

GALERIA DE IMAGENS

Proteção Blindada

A proteção do Merkava Mk IV é o grande trunfo dos israelenses, com vasta experiência em combate ao longo dos anos e após sucessivas guerras. O grosso da blindagem do Merkava é constituído de uma nova armadura modular, que pode ser reconfigurada para corresponder às ameaças específicas, além de poder ser reparada rapidamente pela própria tripulação. A parte inferior do casco foi reforçada para melhor proteção contra minas terrestres.

A blindagem do MK IV é composta por novos materiais exclusivamente desenvolvidos para esta versão. A blindagem é híbrida e modular, composta tanto por elementos passivos (componentes cerâmicos e metálicos) como também com módulos de blindagem reativas que podem impedir a perfuração por armas antitanque portáteis. A blindagem modular permite que os módulos de blindagem transportados para o campo de batalha possam ser trocados consoante a análise que os comandantes fazem da ameaça a ser enfrentada.

Todos os quatro membros da tripulação, têm à sua frente um monitor de computador, que lhes fornece dados sobre a sua função específica e o comandante tem a possibilidade de aceder a todos esses dados.

A última versão do veículo entrou ao serviço no ano 2004 equipando as mais importantes unidades blindadas do exército, o seu batismo de fogo foi em 2006 na operação: “Chumbo Fundido”, conflito que colocou frente a frente o exército de Israel e as forças do movimento integralista islâmico Hezbollah. Naquele conflito o Merkava provou possuir uma eficiente blindagem apesar das perdas em combate num ambiente hostil, a blindagem do Merkava ficou provada quando em alguns encontros, tropas de Israel ficaram cercadas e os feridos tiveram que ser evacuados  pelos MBT devido a sua proteção blindada.

Apesar de serem desenvolvidos para desempenhar papel em conflitos urbanos, os Merkavas tal como qualquer outro veículo de sua categoria sofre devido as intrínsecas características do teatro de operação, saturado de armadilhas e possíveis emboscadas.

 

Proteção Eletrônica

A gama de sensores eletrônicos que equipa o Mk IV é composta desde o BMS (Battle Manager System) desenvolvido pela Elbit; o Elta Wind Guard 2133, que nada mais é que um conjunto de sensores e antenas que alertam a tripulação sobre agressões infringidas em direção ao carro (exemplo: tiros de RPG); além do sistema de proteção ativa TROPHY que protege o carro de mísseis guiados ou armas anti-carro. Com essa experiência adquirida no Líbano em 2006 foi acrescentado também na parte traseira da torre, 64 conjuntos de defletores Merk ATGW que evitam danos maiores em caso de um acerto direto entre a torre e o casco. O MBT é equipado ainda com o LWS-2, sistema de alerta de laser Amcoram, com display de aviso de ameaça instalado na estação do comandante. Fabricado pela Israel Military Industries-IMI o POMALS (sistema de lançamento multi-munição operado por pedestal) lançador de chamariz consiste num lançador que é montado em ambos os lados do tanque, podendo lançar granadas de fumaça e engodos.

Especificações Técnicas

Comprimento 9,04m
Largura 3,72m
Altura 2,66m
Massa ± 65toneladas

Propulsão e Técnica

Motor General Dynamics GD833 (produzido sob licença do MTU 833) V12 Diesel – Refrigerado a água
Potência 1500hp
Relação peso-potência 23 hp/ton
Transmissão Ashot Ashkelon hidromecânica automática, com 5 marchas (cópia sob licença da Renk RK 325)
Suspensão Mola Helicoidal

Performance

Velocidade Máxima 64km/h on road – 55km/h off-road
Autonomia (km/mi) 500km/310mi
Inclinação máxima 60º frontal – 30º lateral

Armamento e armadura

Sistemas de tiro Computadores de tiro digitais, estabilizadores, telêmetro laser, visores térmicos e canhão automático
Armamento primário canhão 120 milímetros de alma lisa MG253 capaz de disparar mísseis anti-carro LAHAT e Excalibur, com 45 a 48 recargas
Armamento secundário 2 metralhadoras 7,62 milímetros, 1 anti-aérea Cal.50 e um morteiro de 60mm
Armadura Armadura principal de compósito laminado cerâmico – aço e níquel (material confidencial), com design inclinado e modular.
Proteção Proteção QBN, sistemas de alerta de armas guiadas a laser Trophy II / ASPRO APS (Active Protective System) Rafael APS & ELTA Synthetic Aperture Radar neutralizador de ATGW & RPG’s.
Sistema Trophy no Mk IV
Sistema Trophy no Mk IV

Em 1 de Março de 2011, um Merkava MK IV estacionado perto da fronteira com Gaza, equipado com o sistema de proteção ativa Trophy, frustrou com sucesso um ataque com mísseis, esse incidente se tornou o primeiro sucesso operacional do sistema Trophy.

Merkava MKIV (1)

Os compartimentos internos do Merkava Mk IV ainda contam com um sistema de aquecimento e refrigeração por ar condicionado além da proteção individual e pressurizada NBC (Nuclear Biological Chemical) proporcionando ao Merkava a sua atuação em qualquer tipo de ambiente.

Conclusão

A família de veículos Merkava é de concepção do Major General Tal, falecido em 8 de setembro de 2010. O critério principal quando de seu planejamento e desenvolvimento destes veícuos sempre foi a segurança do carro e de sua tripulação. De maneira que não é simples coincidência os níveis de proteção do Merkava o apontarem como um dos mais seguros do mundo e um dos 10 melhores carros de combate da atualidade.

Comenta-se que o sucesso do Merkava deve-se ao fato dele ter sido pensado desde o início por tripulações de blindados israelenses e concebido para tripulações israelenses, ou seja, peculiaridades, críticas, soluções, adaptações e ideias fizeram a diferença garantindo que o projeto se adequasse exatamente as necessidades israelenses da época e do cenário atual, tudo isso incorporado ao longo de suas atualizações.

Em suma, a experiência adquirida ao longo dos conflitos árabe-israelenses contribuiu e influenciou diretamente no projeto deste formidável MBT. Porém, como todo e qualquer veículo da atualidade, apesar de bem protegido, ainda sofre com ameaças assimétricas as quais enfrenta. Além de pontos de vulnerabilidade como a porta de entrada traseira.

Entretanto os méritos do Merkava Mark IV ou Mk IV são muitos, a praticidade e a fiabilidade do carro garantem facilidade para as tripulações, existem ainda derivadas do Merkava versões: ambulância e transportadora de tropas (NAMER). Sua tecnologia embarcada é definitivamente um sucesso e o MBT cumpre o papel a que se propôs desde seu nascimento, dar fogo ao inimigo e trazer de volta em segurança sua tripulação. Atualmente, Israel não oferece para exportação o Mk IV a única versão oferecida da família Merkava é a Mk III, porém alguns dos sistemas do Mk IV podem ser exportados de acordo com as necessidades do potencial cliente.

Merkava MKIV (3)
Um Merkava Mk IV exibe suas linhas arrojadas

 

 

 

 

Fonte: Israel Military Industries Ltd.

78 Comentários

    • Amigo, eu também sou grande admirador desse CC mas penso que ele é adaptado para aquele TO. Mas penso que a Elbit através da aeroeletrônica poderia repontecializar nossos Leo 1A5 com os optrônicos do Merkava.

      • Partilho de vossa opinião, o Merkava é feito sob medida. Entretanto gostaria muito de vê-lo em testes por essas bandas, anos atrás a versão Mk III foi oferecida a Colômbia por conta dos MBT’s Venezuelanos (Russos), mas no final das contas deu em nada. E em Pindorama, como será que a “Carruagem de Jacó” se sairia??? rsrsrsrsrs

      • Essa carruagem de Jacó, como vc MessiaH bem disse se sairia bem aqui, pois foi feito para operar em terreno muito ruim, como no deserto, em terrenos totalmente inóspitos, nas mãos de um povo que sabe o significado da palavra guerra em sua plenitude durante séculos. Séria muito bem-vindo ao nosso EB.

  1. Então o MK IV também possui a capacidade de disparar munição guiada? Isso em conjunto com o Trophy e a engenhosa blindagem blindagem do Merkava certamente o tornam o pesadelo de qualquer MBT no campo de combate. Com capacidade de disparar a distancias maiores e com extrema precisão e ainda a capacidade de destruir misseis disparados contra si, ou aguentar o impacto em último caso, o tornam um verdadeiro pesadelo para qualquer inimigo, abate-lo certamente deve ser um desafio que deve exigir bastante ingenuidade e estratégia. Porém resta uma dúvida sobre o Trophy? Seria ele capaz de abater munições HE? E munição flecha, a.k.a. APDKFSRWZ?(disclaimer: é APDSFS, mas sério, alguém consegue gravar essa sigla sem antes dar aquela consultada ao oráculo, vulgo google?)

    Uma coisa também que chamou atenção é o fato da LMG em cima da torre não ser automatizada, ainda mais num carro de combate tão moderno quanto esse. E por fim, uma última dúvida, no final, fala-se um pouco sobre o canhão e sua culatra rotativa e fato dela ser automatizada. Isso significa então que nas últimas versões esse carro dispensa o carregador, reduzindo para 3 a tripulação?

    • Agora sobre o tema da série, que é: quais as chances do Merkava MK IV(ou III no caso) ser visto nas cores do EB?

      Na minha opinião, nenhuma. Primeiro porque ele é pesado demais, nossa infraestrutura não permitiria, hoje, o deslocamento adequado de um veículo de 65 toneladas. Lembrando também que nosso terreno não é lá o mais adequado para um Carro de Combate pesado, nesse caso creio que agilidade somados a uma facilidade de produção a um preço acessível seja mais adequado. No nosso TO um CC é mais para apoio as tropas do que linha de frente, mas enfim.

      • Vou tecer comentários ao final da série, a idéia é mostrara as peculiaridades de acad um dos mais modernos MBT e depois considerar oque é importante e o que seria mais lógico, segundo claro o nosso ponto de vista.
        Abs.

      • Lucas Senna,

        Creio que o problema vai muito além de infraestrutura.

        Com uma imensidão como a brasileira, deve-se ( no meu entender ) privilegiar a mobilidade acima de tudo.

        Diferente dos israelenses, cujas distâncias são pequenas e permitem que se mobilize CCs que sempre chegarão rapidamente, no Brasil qualquer reforço desse tipo poderia levar dias para chegar ao TO, mesmo que houvessem linhas de ferro cortando todo o país ( e contando que elas não fossem destruídas ). Termina que o melhor é que ele possa chegar lá aerotransportado ou, na ausência do transporte aéreo, ele vá por si mesmo e o mais rapidamente possível… Em outras palavras, o TO brasileiro ( no meu entender ) pede por maiores quantidades de uma viatura que não exceda as 20 toneladas e ainda assim possa responder com força a um CC. A única exceção eu faria a região sul e centro oeste, onde penso que realmente haveria melhor utilidade para carros de combate com peso maior. Mas no que tange a move-los para além dessas localidades, melhor contar com algo mais leve…

        Ademais, um carro de combate como o Merkava exigiria recursos por demais para adquiri-lo; recursos que poderiam ser muito bem aproveitados em outros equipamentos que poderiam fazer o mesmo no final das contas, e a preço muito mais vantajoso… Afinal de contas, quem conquista mais terreno? Seis Leopard 1a5, ou, pelo mesmo preço, um Merkava…?

        A rigor, também serão poucos os países capazes de pagar por uma “extravagância” como o Merkava IV. De modo que na esmagadora maioria das vezes, enfrentar-se-á tipos como o T-72 e outros CCs atualizados ( e olhe lá… ).

      • Meu caro, eu concordo plenamente com você, aliás, com a chegada das proteções ativas(Trophy e etc…) além das blindagens reativas, creio que um veículo leve com uma proteção razoável não é nada impossível hoje.

    • Boa Lucas, também vi isso, porém ressalto que operacional mesmo, não há nenhum MBT com torre automatzada, a não ser o terminator salve o erro, todos os demasi são kits que podem e serão incluídos nos veículos apartir de agora, acredito que israel não será exceção.
      Quanto ao T 90 MS antes de falarem, sim ele tem, mas ainda não clinete operacional da torre automatizada, o mesmo serve para os Leo.
      abraço

    • Lucas, o fato da culatra ser automatizada não exclui o carregador. A culatra funciona como o tambor de um revólver, é carregada e a medida que um disparo é feito gira automaticamente sem necessidade de ser recarregada. Podendo a escolha de qual munição será disparada feita pelo atirador.

      • É que devido ao termo automatizado eu pensei que talvez houvesse também um sistema para colocar os projéteis no tambor sem precisar de uma outra pessoa. Obrigado por esclarecer.

  2. Quando olho o Merkava IV só consigo pensar na seguinte frase: “A Tartaruga Israelense”. Para mim ele tem um ponto que vai ser chave nos MBTs modernos: “O MK IV é capaz de transportar um grupo de comando composto por oito soldados de infantaria” a capacidade de defesa e transporte de soldados, aliada ao poder de ataque de um MBT. Acho isso, na minha modesta opinião de quem sabe pouco de blindados, uma evolução, e me espantou mt de ver isso neste tanque.

    Penso que no futuro, além claro da modularidade em todos os tipos (balística e projeção do uso do mesmo caso para outros fins), o transporte de tropas por uma unidade de ataque vai ser crucial — já que dizem que os MBT em breve vao ‘cair de moda’, n consigo pensar como um bom transporte de tropas o vá; e se tiver grande poder de fogo menos ainda.

    Parabéns à tartaruga de israel.
    Qual será o nosso?

    E claro, parabens ao Plano Brasil, ao EM Pinto, e se bem lembro ao Campo de Batalha, q trouxeram mais esse post perfeito!! eu tava esperando ele há tempos já!!! Parabens a todos!!

    • Como ha motos e Harleys ,carros e ferraris ,ha Tanques e MerKavas ! Interessante esta serie de reportagens,algo primoroso !

    • Tassio, o Merkava só transporta tropas se a reserva de munição estiver vazia ou em quantidades que o espaço interno permita. Existe uma configuração que o israelenses a utilizam para patrulhas e reconhecimento, consiste em levar apenas o básico de munições para o canhão de 120 mm ( 10 a 12 projéteis) de forma que assim se tem espaço para levar um destacamento de soldados equipados.

  3. Israel tem fornecido muita coisa para o Brasil, nada impede chegar esse tanque, mas acredito que a logística alemã e italiana já estão presentes, além disso como disse o colega o terreno de operação brasileiro apesar de ser bem diversificado não sei se é para o Merkava.
    Abs.

  4. Acho que o certo sobre o peso dos tanques era ser dito qual o peso por cm² espalhado pela superfície da lagarta pelo chão.
    Já que essa história de que o Brasil não comporta tanques de maior tonelagem me parece suspeita.
    Ou estou equivocado?

    • Não comporta ViventtBR.

      Qualquer coisa muito acima de 50 ton e nossas estradas vão pro beleleu.

      Mas era pior até pouco tempo atrás quando o limite de peso estava em torno de 35 ton.

      De qualquer forma, um MBT não anda só em estradas, Daí a considerar outras situações de uso que, diga-se de passagem, afetaram o deslocamento de Abrams e Challenger nas guerras contra o Iraque: (1) o solo do local não permitiu usar plenamente a velocidade e agilidade (principalmente do Abrams), fazendo com que o volume de MBT em manutenção (principalmente lagartas) fosse alto, criando involuntariamente um belo alvo no parque de manutenção; (2) em caso de piso encharcado (coisa comum no Brasil) os MBT de 65 ton com frequencia atolaram, mesmo em piso plano. Entre diversos outros fatores, esta combinação contribuiu para que o blindado mais eficiente na invasão do Iraque fosse o Bradley (um VCI), que destruiu mais MBT do que o Abrams.

      Em se tratando de Brasil devesse levar isso (o peso) em grande conta por causa da variedade de solos. Talvez o que ande bem no pampa gaúcho não tenha bom desempenho no semi-árido nordestino.

      Mas estrada… nem pensar.

      Abs

  5. Não tenho nenhuma critica a esse bom MBT que é o Merkava, porém apesar de ser um ótimo veiculo de combate ainda dou preferência ao MBT alemão Leopard 2 (apesar de seu peso proibitivo para nós) e o francês Leclerc (esse tem até um peso bem interessante para nosso solo e pontes). Seja como for não acho que nenhum desses três vencerá esse contrato, penso que os colegas têm razão quando dizem que será um veiculo novo fabricado no Brasil em parceira com uma empresa estrangeira de experiência comprovada.

    Mas na minha humilde opinião não devíamos adquirir nenhum MBT, melhor seria equipar veículos sobre rodas (devido há sua muito maior velocidade e preço muito menor) com canhões e mísseis anti-tanque. Um exemplo, o Guarani modificado para 8×8 e com motor mais potente e com blindagem melhorada, inclusive com blindagem ativa, armado com canhão 120mm capaz de lançar mísseis anti-tanque já seria uma maquina temível, agora imagine que pelo preço de cada MBT o Brasil compraria 3 desses “guaranis de ataque”… mas é só uma ideia.

    • concordo plenamente com o senhor Carl…deveríamos desenvolver o nosso próprio sistema Pantsir…um sistema melhorado e modelado não só para ataques anti aéreos/misseis como para ataques anti tanques/carros também…

    • Carl muito dos MBT’s modernos está presente no Merkava, a motorização por exemplo é a mesma do Leclerc. O sistema Trophy está sendo padronizado nas viaturas Stryker dos USA. A título de curiosidade o TAM argentino teve o projeto de sua torre baseado na torre do Merkava, não significa que a torre é a mesma, mas que o projeto de modernização argentino foi inspirado no projeto israelense.

      • MessiaH
        “muito dos MBT’s modernos está presente no Merkava”
        É o texto deixa isso bem claro.

        Mas… como diz o texto, esse Merkava não está a venda e mesmo que estivesse ele é considerado muito pesado para nosso solo, estradas, e ponte, segundo os militares. Ou seja não será comprado por nós.

  6. Belo Tanque mas ainda prefiro o Leo2.
    Interessante o texto: “Estando entre os 10 melhores MBT’s do mundo, o Merkava teve seu desenvolvimento iniciado após a negativa do governo britânico para o fornecimento dos então carros de combate ingleses Cheiftain. Em meados dos anos 60. A posição inflexível de Londres forçaria ao governo Israelense buscar uma solução própria para a produção de um MBT capaz de fazer frente às ameaças específicas do cenário israelense, onde a resposta necessita ser imediata e contundente.”…
    Resumindo: se me negas… EU FAÇO!! … e ainda melhor que o teu!!! … enquanto certos outros países….se me negas… EU CHORO!
    Abraço,

    • senhor Henrique essa coisa toda não tem a ver com choro não …e sim com CORRUPÇÃO E CABRESTO(INFLUENCIA,CONTROLE E DOMÍNIO) “OCULTOS” mesmo…

      “Um Povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição ”

      Simon Bolívar.

      • Infelizmente a parte da população brasileira que tem bom senso é a minoria…. Já não tenho mais esperança nesse país…..Agora eu sei por que dizem que o brasileiro é um povo forte: aguenta levar chibata nas costas sem dizer nada..não adianta senhores…todas as instituições deste pais….todas…sem exceção.. são totalmente….completamente tomadas pela corrupção,esquemas escusos,lobby e sabotagens…é vazamento de dossiê…é campanha contra Prosub……..aqui é tudo sempre assim…é sempre tudo no tapetão…que o diga o sabotado e enterrado projeto Osório…Vocação para colônia?…Complexo de vira-lata?…Por que essa admiração pelo que vem de fora e menosprezo pelo que é nosso?..A piada do Benedito Valadares(contavam-se muitas dele era o jeito de se vingar da ditadura do Estado Novo) está neste contexto…..Em viagem pela Escócia….Ao pedido do whiskie pergunta o garçon: Nacional ou importado? E o Benedito manda traduzir: Importado, é claro, porque nacional é uma porcaria….Países sérios protegem suas empresas….Aqui a troco de propina enterram nossas empresas para depois fazerem negociatas com empresas estrangeiras….O orçamento de defesa do Brasil é maior do que do Irã e do Canadá que é US$ 31 bilhões….O Canadá e o Irã fazem mais com menos????……

  7. Penso eu que o Brasil tem capacidade de sobra para construir um tamque bem superior a este e ja deu provas do que falo e ainda mais agora com os alemães se instalando no meu estado,E COM TODO O RESPEITO AOS AMIGOS SEGUIDORES DO BLOG EU GOSTARIA DE VER ESTA MAQUINA SENDO TESTADA NOS CAMPOS DO MEU RIO GRANDE SEM ESQUECER QUE NOSSO PAIS ALEM DE IMENSO TAMBEM É LOTADO DE RIOS E SERA QUE ELE TEM CAPASCIDADE DE ATRAVESAR POR MEIOS PROPRIOS E SE ELE ENFRENTAR UM BANHADO DOS TIPOS QUE TEMOS NO BRASIL ELE ENCOSTA A BARIGA NO CHÃO E AI VIRA ALVO PARADO GOSTARIA SE POSSIVEL QUE OS AMIGOS SEGUIDORES DO BLOG ME CORRIGICEM SE ESTOU ERRADO sei que ele tem muitas qualidades mas para nosso TO ainda são poucas e as qualidades que ele tem podem ser transferidas para nossos tamques.

  8. Todos os Merkava anteriores, eram uma farsa, e o Hezbollah provou isso.
    Mas parece que finalmente os israelenses fizeram o dever de casa, embora nenhuma defesa seja, definitiva.

  9. Estava dando uma olhada nestas matéria e achei interessante o seguinte: Várias pessoas citam o Leopard (http://bit.ly/1itfB2N) como sendo um MBT bom para o Brasil e o Merkava como não sendo, pois é muito pesado. Pela própria tabela do Leopard no site, eles tem praticamente o mesmo peso.

    Quando ao vídeo postado por um parceiro de um T-72 sendo atingido, e indo embora… e muitas pessoas falando da capacidade dos tanques de resistir a tiros diretos… há inúmeras variantes que afetam o sucesso da empreitada… simplesmente não dá pra ver se aquele tiro pegou na esquina (tangencial) ou seja, mesmo que fosse uma flecha de tungstênio, causaria pouco impacto no todo do tanque, atravessando aquela parte facilmente. Já um tiro direto no sistema de esteira certamente imobilizaria o MBT tranformando-o num alvo de grande valor.

    Apesar da lentidão das armas guiadas, como o Carl Gustava e o Kornet, elas são bem precisas como se pode ver n vídeo a seguir, onde mísseis russos kornet são usados para engajar kustamente o merkava
    http://bit.ly/1ith49g
    http://bit.ly/1itioZG

    Sem problemas aqui, qualquer outro tanque moderno teria o mesmo destino.

    Eu servi na Marinha, e tive a sorte de estar com dois comandantes que, mesmo com nossos parcos recursos, e na água, mostraram o quando podemos nos adaptar e criar soluções, conseguindo resultados impressionantes em exercícios conjuntos, ou situações críticas. Nada substitui o talento.

    E os americandos adoram isso também. Rambo, MacGiver, Bourne…

    Me parece que a melhor opção seria mesmo produzir um MBT brasileiro, com tecnologia atualizada, com peso entre o Leop e o T-90. Contanto que nossos políticos não metessem a mão, seria produzido em grande número, e geraria um grande número de empregos.

    Sou sonhador… fazer o que!??

  10. RR…

    Gostei muito dese comentário: Ademais, um carro de combate como o Merkava exigiria recursos por demais para adquiri-lo; recursos que poderiam ser muito bem aproveitados em outros equipamentos que poderiam fazer o mesmo no final das contas, e a preço muito mais vantajoso… Afinal de contas, quem conquista mais terreno? Seis Leopard 1a5, ou, pelo mesmo preço, um Merkava…?

    Mesma situação como relação aos caças Rafale e Gripen, na minha opinião!

    • Mauro Lima,

      De certa forma.

      Se o custo operacional do Gripen NG manter-se no que se prevê, então ele se torna justificável, haja visto que sempre haverá a possibilidade de operar uma maior quantidade deles; ainda mais levando em consideração que ele terá um desempenho que não ficará a dever em nada aos demais eurocanards, no que diz respeito a defesa aérea…

  11. http://bit.ly/1itquSa
    Único “senão” aqui é que a ex União Soviética, no meu entender, não fica na América do Sul.

    Falhamos porque nossos governantes não quiseram produzir o Osório, e agora avaliamos opções que, em sua origem, foram valorizados por suas nações.

    🙁

  12. Caro _RR_.
    “Ademais, um carro de combate como o Merkava exigiria recursos por demais para adquiri-lo; recursos que poderiam ser muito bem aproveitados em outros equipamentos que poderiam fazer o mesmo no final das contas, e a preço muito mais vantajoso… Afinal de contas, quem conquista mais terreno? Seis Leopard 1a5, ou, pelo mesmo preço, um Merkava…?”

    O segredo é quantos Leo1a5 é preciso para contrapor um Merkava Mk IV, Sobre fazer o “mesmo”, creio que não, pós, o mesmo foi forjado na batalha essa “lenda”.

    Parem de ficar murmurando pérolas sobre custos todos sabemos que temos recursos de sobra precisamos sim de uma reforma fiscal. E parar de pagar pensão para as netas da Guerra do Paraguai. Porque 10 Bilhões é dinheiro.

    Uma Divisão com 300, já ia por medo até na sombra de quem ousar invadir terras Brasileiras. Ponte… Ferrovia… Rodovias…. Diga-me oque o Brasil não precisa hj em termos de infraestrutura?
    Quer ter o melhor do mundo, não pode chorar, pq é caro mesmo. O Leopard 2A7 é poeira perto desse bicho, se tem alguém que duvida quanto castigo esse MBT passou até chegar a essa versão, oque o Elefantão passou? Missão da ONU? Entrou no Afeganistan e nas primeiras ações fora da base caiu num IED o qual vitimou seu motorista. Feito Por quem entende de guerra de MBT que ousou até não dispor de infantaria dentro dos seus quadros, que exército tem experiência maior do que os Israelenses? Russos e Americanos talvez.
    Oque todos subestimam hoje, eles não pararam no tempo eles só evoluem quando aquilo que os ameaça e os tira o sossego evolui antes. O Conceito do Tank é levar pancada no lugar do infante, aonde os outros não podem, ultrapassar as defesas a todo custo e a mais nova “tirar rato da toca”. O dia em que não seguir mais essa regra, não será mais chamado de tank.
    E segundo Rumores, pode ser que seja verdade, afinal já falei da modernização do “Pedrão” era um rumor que se concretizou.
    Funcionários da Rafael admitiram a capacidade no do Trophy o qual pode destruir bombas planadoras de pequeno diâmetro e segundo ele obteve também um sucesso na interceptação tanto do Spike quanto AGM-114 Hellfire II.
    No dia em que Israel tirar os MBT do seu exército, talvez à era destes chegue ao fim.
    Ponto negativo do bichinho, não ter um auto-loader automático.

      • Muito bom o seu comentário, sempre fui fun dos Leo, mas agora vejo de forma mais critica. Seja como for os Merkava são apropriados p/ o TO dos israelenses o ideal é fazermos nossos próprios MBTs.

    • Sua argumentação é muito boa. Gostei.
      Foda é alguém, em lugar de acrescentar alguma informação ou expor seu ponto de vista falar algo inútil como “ninguém vai ler!”

    • MalExGrimmjow,

      Excelente comentário.

      Mesmo que se possa contar com um carro de combate moderno em razoável quantidade, os números podem pender a balança a favor do adversário; principalmente se o carro de combate deste for dotado de equipamentos básicos que o permitam lograr um tiro certeiro.

      São vários os casos de carros de combate mais leves que ganharam o equipamento apropriado para lidar com os mais pesados. Durante a 2ª GM, por exemplo, o Sherman ganhou um canhão britânico de 17 pounder, convertendo-se no Sherman Firefly, o que lhe propiciou a arma essencial para bater-se com os Tiger. E não eram raros os embates nos quais esse tanque logrou vantagem… E o mesmo pode ser dito dos T-34/85… E esse mesmo conceito ( de mais leve, porem bem armado ) também pode ser aplicado hoje.

      Enfim, com mísseis anticarro por aí que circundam a velocidade do som e balaços que quando impactam geram filetes de cobre derretido que buscam penetrar a estrutura a uma velocidade de mais de 8000m/s, fica difícil uma blindagem que permaneça intacta. Não importa quão pesada ela seja, o fato é que ela será danificada e os danos eventualmente haverão de se estender ao carro de combate…

      A rigor, entre um carro de combate de 50 toneladas e um carro de combate de 65 toneladas com o mesmo armamento, termina que a chance maior de vitória é de quem acertar primeiro…

      Veja que não estou subestimando as capacidades de um carro de combate. Longe disso. É notável o impacto psicológico que um monstro desses gera quando entra em campo. Contudo, é inegavel ( no meu entender ) que tipos mais leves e baratos podem fazer o mesmo na esmagadora maioria dos cenários, desde que equipados corretamente…

      Sinceramente, ao invés de pagar entre três e cinco milhões de dólares por um carro de combate como esse, eu buscaria por aí quantos Leopard 1 fosse possível, modernizaria para um padrão mais avançado, dotado de uma blindagem ERA, canhão mais potente e nova motorização ( se for preciso… ), que sairia muito mais em conta e daria um bom caldo ainda por muitos anos… Mas evidentemente é a minha opinião…

      Saudações!

      • Sem dúvida uma opinião válida! Dinheiro não cai do céu ( a não ser em fazendas de políticos brasileiros! ).

        Seria uma solução interessante sim para o momento atual. Também considero que o T-90 russo poderia ser uma boa opção, apesar de toda propaganda contra. Acho que já estamos meio que programados para ser contra os russos, a acharmos que eles são os “inimigos”:

        http://bit.ly/1cyfGnp
        http://bit.ly/1fqx0G3

        Mas a melhor solução para o Brasil seria mesmo o desenvolvimento de um blindado nacional de última geração. Se conseguimos naquela época, certamente conseguiríamos com os recursos atuais. Nosso maior ponto fraco nesta equação são nossos governantes que não reconhecem, não dão suporte, não investem…

        Mas o mundo já reconhece a qualidade dos produtos tecnológicos brasileiros… o caminho à frente já está pavimentado… pena que não o seguimos, como nação, ainda, apenas como pequenos grupos de empresas que, apesar de gerar empregos, e elevar o nosso know how, ainda é pouco!

      • “Acho que já estamos meio que programados para ser contra os russos, a acharmos que eles são os “inimigos”:”

        Falou tudo Mauro Lima

        Abs

    • Obrigado pela confiança chefe!

      Foi a matéria que eu mais gostei de escrever até hoje. Estou com uns esboços aí de mais coisas exclusivas para estar trazendo aos leitores do PB. Coisa fina e do desconhecimento nacional.

      Saudações e obrigado pela confiança de todos os leitores.

  13. Muito bonito, muito famoso, mas atende a que tipo de situação/conceito?

    Sob o ponto das técnologias embarcadas está no mesmo nível dos blindados alemães, russos e norte-americanos.

    É mais um blindado pesadíssimo que atende a questões muito específicas da IDF. Talvez aí esteja a única coisa da qual possamos aprender algo.

    O Merkava surge por conta de uma série de necessidades impostas a IDF pelos exércitos de países vizinhos, guerrilheiros palestinos, Hezbolah e os conflitos de 1973 com Egito e Síria (mais Egito do que Síria), e embargos para compra em outros países. Como solução a isso misturaram um MBT com um semi-VBTT para que tivesse potencializada sua probabilidade de sucesso no campo de batalha apertado das cercanias geográficas de Israel, principalmente contra tropas a pé portando ATGM. E isso tem um preço, caracterizado no conhecimento muito detalhado que o adversário tem de seu desempenho, fraquezas e pontos fortes. O que faz a fama do Merkava até hoje é muito mais a propaganda em torno dele do que sua real capacidade de dar combate ao adversário Enfim, um MBT poderoso, mas que a muito tempo não poe medo a ninguém.

    Como já escrevi em outros post sobre o tema, acredito que um MBT mais ágil (em torno de 40 ton), blindagem reativa, com grande capacidade modular, técnologia embarcada de primeira linha e um canhão poderoso podem nos servir de maneira muito mais eficiente/eficaz e com custos “civilizados”. Produzir e adotar uma arma não pode inviabilizar/engessar toda uma força, como ocorre com o exército israelense que não possue alternativa ao Merkava quando se fala de combate “no chão”. Tanto que os próprios israelenses abandonaram o conceito de força bruta para tentar dar alguma agilidade ao MBT que, nas primeiras versões, mal chegava a 50 km/h de velocidade máxima e tinha aceleração muito lenta.

    Então não creio que este modelo de MBT seja o mais adequado para o Brasil.

    E, finalizando, nenhum MBT atua sozinho, longe da infantaria. O próprio Merkava é prova disso com sua capacidade para transportar alguns infantes. Seria interessante começarmos a discutir também a característica que deve ter o VBTT/VCI que servirá de apoio. E até o suporte com helicópteros de ataque já que também não temos isso no EB, e a necessidade já está mais que comprovada. Talvez o helicóptero seja uma solução muito mais adequada de apoio ao MBT do que o VBTT/VCI.

    • Saudações, RobertoCR.

      Quando da confecção desta matéria tive a oportunidade de conversar com pessoas que lidavam e/ou lidam diretamente com blindados. Uma dessas pessoas me disse algo muito interessante sobre a atuação de MBT’s:
      “Tanque sem o apoio da infantaria é um tanque morto; um tanque com o apoio da infantaria mas sem o apoio de meios aéreos (supremacia) principalmente, é um tanque a menos e soldados mortos”

      • Olá MessiaH

        Podemos deduzir, de acordo com suas afirmações, que um MBT é apenas um monte de metal de eficiência duvidosa, a menos que se aplique uma estratégia de utilização que leve em conta utilização de vários recursos atuando em cinergia. Mesmo que se leve em conta fatores psicológicos dissuasórios, sua eficácia é limitada no tempo.

        Eu concordo com esta ideia. É por isso que afirmei no post sobre o Leopard 2 que o conceito que criou o MBT, alem de antigo, me parece tornar-se obsoleto.

        Sob meu ponto de vista, as mais bem sucedidas estratégias de utilização de um MBT foram a da Alemanha durante a II GM e da URSS durante os anos 1060/1970. No primeiro caso pouco se podia fazer contra o MBT na época, mas mesmo assim o exército alemão já providenciava amplo apoio de infantaria; no segundo os MBT’s estavam inseridos dentro de um conjunto que englobava BMP+Hind+RPG, o que compensava totalmente as deficiências dos T-62/72. Em ambos a velocidade de deslocamento e ação coordenada formaram sistemas temíveis e eficientes.

        Então temos de considerar para o Brasil o que virá junto com o MBT. Se ficar limitado a Iglas+Gepard+Guarani+ATGM não temos nada. A não ser que um “j”ênio iluminado acredite que Super Tucanos possam fazer as vezes de um helicóptero de ataque. Ficar na torcida desse ou daquele “tanque” também não quer diz absolutamente nada.

        E como não temos malha ferroviária/rodoviária abrangente e implantada de forma homogênea pelo país, temos de pensar também em aviões cargueiros pesados.

        Abs

  14. Não foram só 5 tanques destruídos pelo Hezbollah, foram mais de 50. Tem documentário no Youtube. Claro que a Imprensa Israelenses vão cozinhar o número…

    • Cada um acredita nas bobagens que quiser. editam uma imagem para parecer que foram muitos tanques destruidos e neguinho louco para depreciar o Merkava e Israel acredita piamente…

  15. O site de hezbolah, que seria o mais exaltado a divulgar as suas vitórias relata o abatimento de 15 veículos, sem especificar as versões. Outro detalhe é que nenhum veículo fora abatido após a introdução dos sistemas de defesa como o trophy. Vale ressaltar que os 15 não são reconhecidos. E nem todos foram destruídos por misseis ou rpgs, mas por ieds e alguns pane que os expôs ao fogo inimigo e armadilhas. muito menos específica se todos foram no mesmo conflito. Achar ou julgar que todos foram merkavas independentemente da versão é suposição. A IDF possui inúmeros veículos que não só os Merkava 1.2.3.4. Por ultimo. Em ambiente urbano. Nao existe invencibildade para mbt.

    Sds

  16. A bem de esclarecer algumas coisas sobre o embate entre Hezbollah e IDF em 2006, segue link de matéria da Al Jazeera sobre como, quatro anos depois, os envolvidos viram o desempenho do Merkava. Depoimentos de membros do Hezbollah, da IDF e de especialistas em estratégia militar ingleses. Vídeo em duas partes abaixo (inglês – acione legenda). Foram bem mais do que cinco MBT postos fora de ação, mas também não foi uma centena. O que ficou provado é que o Hezbollah achou um meio de lidar com o Merkava, anulando a maior parte de suas qualidades.

    E se alguém quer discordar disso, comece com os membros da IDF que sentiram o golpe e mudaram de tática.

    Se formos desmerecer o que fala o Hezbollah, tampouco podemos confiar cegamente no que divulga a IDF.

    Seguem os links.

    1ª parte
    http://www.youtube.com/watch?v=t3CuDbbr5tA

    2ª parte
    http://www.youtube.com/watch?v=wTU3QeKDc8Y

  17. Novamente Davi contra Golias… e Davi vence! 🙂
    Alvos grandes são mais fáceis de acertar, e algumas vezes, têm seus pontos fracos mais “realçados”…

    Golias sem uma infantaria de suporte, é mesmo, apenas, um grande alvo!
    Interessante que estes vídeos nos mostram que, apesar do desejo de termos divisões de blindados pesados, devemos investir, e muito, em equipamentos inteligentes, capazes, e sobretudo em soldados “comprometidos” com sua missão!

    O soldado “de corpo e alma” ainda é a melhor arma!

  18. Aos colegas Mauro Lima, Roberto CR, Messiah…

    Mauro Lima, realmente “O soldado “de corpo e alma” ainda é a melhor arma!”. Várias provas na história das guerras temos sobre isso.
    Dois bons exemplos recentes para mim são os que ocorreram nas tais Malvinas argentinas e no Vietnam: Nas Malvinas tivemos Generais argentinos sem corpo nem alma… sem corpo, porque não tinham equipamento a altura para enfrentar os ingleses; e sem alma porque foi uma mancada atrás da outra em termos de estratégia, ou seja, seus espíritos militares foram muito tacanhos em táticas de batalha, conhecimento pleno de terreno do inimigo, dos alvos, e até de seus próprios meios e nível de profissionalismo… resumindo: os militares argentinos provaram ser uns tolos.
    Já quanto aos vietcongs provaram que um soldado (quase sem corpo) de estrutura física bem frágil (perante os americanos bem alimentados e corpulentos), mas cheios de “alma” (vontade de lutar, conhecimento e domínio do terreno, criatividade de improvisação, coragem etc) pode superar certas carências materiais e vencer a guerra contra um adversário mais poderoso, apesar de muitas batalhas perdidas no caminho.
    Sds!

    Roberto CR, não especifiquei em lugar nenhum estradas no meu comentário acima.
    Mas…
    Isso de tanque em estrada não ser apropriado não é problema específico do Brasil. Em qualquer país do mundo os tanques são transportados por via férrea ou por caminhões em reboques especiais para preservar suas estradas.
    Fora que a própria mecânica do deslocamento por esteiras não é apropriada para percorrer centenas de quilômetros sem apresentar quebras. Coisa bem diferente de veículos sobre rodas que podem percorrer milhares de quilômetros sem nenhuma falha nelas.
    E já que as esteiras estragam o asfalto. A solução encontrada para uso em ruas e estradas é colocação prévia de calços de borracha nas sapatas. Porém isso é raro… Pois se estivermos com o tanque em guerra aí é destruição para todo lado mesmo.
    Quanto a terrenos, arenosos, pantanosos etc… é justamente nesses terrenos que as esteiras podem muitas vezes fazer o serviço e deslocamento que para os veículos de rodas se tornaria impossível. Não é por nada que uma das vantagens dos tanques é passar por terrenos sem nenhum preparo.
    Claro que nosso país tem geografia e topografia própria, porém sua geologia faz parte do planeta Terra, não é alienígena, assim para mim essa afirmação de que tanques de alta tonelagem não são adequados para nosso país continua sendo suspeita.
    Pois se a tonelagem de alguns tipos de tanques é maior, seu tamanho e proporcionalmente suas esteiras também são, logo a pressão da esteira no solo pode acabar sendo a mesma de tanques de tonelagem menor… Colocando por terra a tese de que tanques grandes são inviáveis para as superfícies brasileiras.
    Mas vc tocou num ponto crucial em batalhas… AGILIDADE… rápida mobilidade. Coisa que acredito que cada vez vai ser mais necessária nas guerras modernas.
    E para esse caso, um tanque menor de alta manobrabilidade, com mais velocidade, e fácil transporte, até em avião, pode ser o grande e eficaz apoio para a infantaria, ao contrário de um tanque enorme e meio lento.
    Sds!

    Messiah, no aguardo já dessas suas outras matérias. Valeu por esta!
    Sds!



    Um pequeno detalhe que pode ser grande…
    Quanto a guerras no Oriente Médio e América do Sul (Brasil)…
    Bem diferente do Oriente Médio e de algumas outras partes desérticas do mundo onde quase nunca chove, e se passam semanas com céu azul…
    Aqui no Brasil temos alternância de muitos dias de chuva e forte nebulosidade.
    Dito isso, me corrijam se adiante falarei besteira…
    Acho que em caso de guerra aqui em nossas terras, nossas operações deveriam ser sempre em dias de nebulosidade.
    Poderiamos aproveitar esse fato, e chamais empreender uma operação sem dificultar a vida dos olhos de satélites e aviões espiões do inimigo.
    Caso para o dia da operação a meteorologia indicasse dia de céu limpo ela deveria ser imediatamente cancelada nessa tal data.
    Reparem que lá no Oriente Médio além deles terem pouca, ou até nenhuma cobertura vegetal, ainda por cima, quase todo dia a visibilidade atmosférica plena ajuda muitíssimo quem têm melhor equipamento.

    As operações americanas no Iraque e Afeganistão foram amplamente ajudadas pelo acompanhamento feito pelos seus satélites, quanto ao posicionamento e deslocamento das forças e possíveis ameaças dos seus inimigos.

    Quanto a essa grande exposição visual de terreno que há por lá quase todo santo dia, não é por nada que os drones americanos têm feito a festa, inclusive fazendo matança a distância ajudados por vigilância de horas e horas seguidas por condições atmosféricas privilegiadas.
    Começam a vigiar na alvorada e vão até o anoitecer sem parar, com os operadores totalmente seguros sentados em suas poltronas, e tomando café, a milhares de quilômetros de distância. Nem mesmo uma trovoada, um raio, ao menos, para dar um curto circuito no drone acontece lá de vez em quando.


    Aquela tentativa fracassada de resgate dos reféns do Irã em 1980, pela força novata DELTA, é uma prova do quanto um ocorrência meteorológica adversa pode prejudicar uma missão. Que no caso acabou protegendo os iranianos que seriam pegos desprevenidos, cheios de agentes e comandos infiltrados.


    E só para arrematar… coitado do tanquista do deserto quando dá problema no ar condicionado.

    • Quanto ao tamanho dos CC não é bem assim. Veja:

      T-90:
      Peso vazio: 44500kg – Peso preparado para combate: 46.500kg
      Comprimento: 9,53m
      Largura: 3,78m
      Altura: 2,26m

      M1 Abrams
      Peso: 61300kg
      Comprimento: 10,38m
      Largura: 3,66m
      Altura: 2,44m

      Repare, não existem diferenças consideráveis de tamanho entre um T-90 e um M1 Abrams. No entanto este é quase 20 toneladas mais “pesado” que um T-90. Em outras palavras, a pressão realizada pelo M1 é muito maior do que a realizada pelo T-90 e por tanto, danificaria muito mais a infraestrutura do que o T-90. Se você reparar, no geral não existe diferença de tamanho entre MBTs, a diferença grande mesmo é na massa do carro, que varia devido a quantidade de blindagem. Mais ou menos blindagem pouco afeta no tamanho do veículo, a diferença mesmo só é sentida na balança.

      Quanto aos satélites, as nuvens deterioram seu funcionamento e eficiência, mas não chegam a impedir. A maior vantagem que teríamos nesse caso sobre o Iraque é que o Iraque é minúsculo, o Brasil é um continente. E não existem satélites espiões suficientes no mundo para fazer uma cobertura total. Sempre haveria como passar despercebido, especialmente a noite e por matas. Se nem no Vietnã os satélites deram conta, e olha que o Vietnã é muito pequeno, imagina aqui. Enfim, existe toda uma conjuntura de fatores. Mas no final mesmo, como você mesmo disse, o que determinaria se a resistência é ou não vitoriosa é o apoio da população e a disposição destes de resistir.

  19. Olha os dois lado a lado… http://armscontrols.com/2013/07/17/t-90-vs-m1a2/
    Mas e a medida das esteiras… serão iguais suas áreas de contato com o solo?
    Pela foto fica difícil saber suas medidas, apesar de parecerem bem próximas.
    Caso sim, aí claro que os efeitos da passagem de um M1 serão maiores.
    Porém, não creio nessa grande restrição de trafegabilidade por maior tonelagem, já que as esteiras espalham muito a pressão. Me parece mais uma desculpa para o público leigo, ajudando nosso governo a descartar tanques mais poderosos e mais caros também.
    Poetanto, por não ter encontrado informações específicas sobre pressão das esteiras no solo de cada tanque, minha dúvida sobre tanques mais pesados para o Brasil ser desaconselhável continua.
    Sds!

    • As diferenças são mínimas. Salvo engano as espessuras de esteiras são padrão, o que muda é o comprimento. Um tanque de tamanho quase igual terá uma área de contato praticamente igual. Porém um tanque mais pesado não implica em mais poderoso. Um T-90 pode ser mais leve(e portanto menos blindado) que um M1, mas acredite, não precisa mais do que um disparo para destruir qualquer coisa em seu caminho. Primeiro devido as novas munições como a munição flecha que vara de um lado a outro qualquer MBT do planeta. Isso sem contar as temidas munições guiadas que um T-90 pode disparar pelo cano, e igualmente só precisam acertar um disparo para mandar um M1 e sua tripulação pro cemitério. Enfim, se o assunto for poder de fogo, qualquer um dos MBTs que foram e serão analisados tem praticamente o mesmo. Essa blindagem extra do M1 só passa a fazer diferença quando se entra em um campo urbano, saturado de RPGs e outras armas leves anti-carro, ai quem aguenta mais porrada sobrevive mais, e portanto é mais “útil”. As blindagens reativas já tem mudado um pouco essa questão. Vamos ver se isso vai continuar verdade com sistemas de proteção ativa.

    • Olá ViventtBr

      Eu acho que você deve ter se equivocado no link que adicionou ao texto.
      Na foto os MBT não são nem o T-90 e nem o M1.
      O MBT da direita é um Centurion (britânico, década de 1960); O MBT da esquerda é um T-62.

      Abs

      • Verdade… tanques das fotos não conferem com T-90 e M1.
        Site estrangeiro com legendas equivocadas.
        E falha minha de falta de atenção e maior conhecimento.
        Fui na boa fé.
        Grato!

        PS: Bem que aquela pulga esperta que vive atrás de orelhas ficou falando sozinha, sem receber a devida atenção… “Os tanques estão errados! Estão errados! Estão errados!”… rsrsrs!

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