Duas Américas Latinas bem diferentes

DAVID LUHNOW

Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países — incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlântico, que desconfia da globalização e dá ao Estado um grande papel na economia. A segunda — composta por países de frente para o Pacífico como México, Peru, Chile e Colômbia — adota o livre comércio e o mercado livre.

Como os dois grupos de países compartilham de uma geografia, culturas e histórias semelhantes, essa divisão torna hoje o continente um tipo de experimento econômico controlado. Por quase dez anos, a economia dos países do Atlântico cresceu mais rapidamente, em grande parte graças ao aumento dos preços das commodities no mercado global. Mas os anos vindouros parecem muito mais promissores para os países do Pacífico. Assim, a região como um todo enfrenta, de certa forma, um dilema sobre qual modelo adotar: o do Atlântico ou o do Pacífico?

Há uma boa razão para pensar que os países com acesso ao Pacífico estão em vantagem. Grande parte do continente está “pagando o preço do protecionismo exagerado e … [de uma] política irresponsável”, disse o ex-presidente do Peru Alan García em uma recente conferência na Cidade do México. “Essa não é a América Latina que eu vejo no futuro. Eu vejo o futuro em países como o Chile — que por um bom tempo tem sido um bom exemplo de como fazer as coisas —, Colômbia, Peru e México.”

Em 2014, o bloco comercial Aliança do Pacífico (formado pelo México, Colômbia, Peru e Chile) deve crescer a uma média de 4,25%, impulsionado por altos níveis de investimento estrangeiro e baixa inflação, de acordo com estimativas do Morgan Stanley MS -0.32% . Mas o grupo do Atlântico, da Venezuela, Brasil e Argentina — todos unidos pelo Mercosul —, deve crescer apenas 2,5%, com o Brasil, a maior economia da região, crescendo1,9%.

As tendências divergentes entre as duas Américas Latinas devem durar bem além de 2014. Quando o crescimento econômico da China estava no seu auge, o gigante em expansão consumiu avidamente petróleo venezuelano, soja argentina, cobre chileno e minério de ferro brasileiro. Mas à medida que a economia da China se desacelera, os preços das commodities seguem a mesma trajetória, afetando mais fortemente as economias do Atlântico. No Brasil, o ministro da Fazenda Guido Mantega costumava se gabar, dizendo que o modelo brasileiro de desenvolvimento econômico iria em breve se espalhar pelo mundo. Mas o Brasil — com seus altos impostos, burocracia e tarifas — pouco fez para se preparar para o dia em que os preços das commodities pudessem enfraquecer.

Economistas dizem que os países da América Latina que adotam o livre comércio estão mais preparados para crescer, registram maiores ganhos de produtividade e suas economias abertas têm mais chances de atrair investimentos. Os países do Pacífico, mesmo aqueles como o Chile, que ainda dependem de commodities como o cobre, também têm feito mais para fortalecer todos os tipos de exportação. No México, as exportações de bens manufaturados hoje representam quase 25% da produção econômica anual (no caso do Brasil: elas representam irrisórios 4%). As economias do Pacífico também são mais estáveis. Países como o México e o Chile têm baixa inflação e gordas reservas estrangeiras.

A Venezuela e a Argentina, em comparação, começam a se parecer com casos econômicos sem solução, com inflação alta e governos financeiramente enfraquecidos. Na Venezuela, a inflação está acima de 50% ao ano — igual à da Síria, país devastado pela guerra. O presidente, Nicolás Maduro, sucessor do falecido populista Hugo Chávez, dobrou a aposta no controle de preços para tentar domar a inflação. O resultado é bastante previsível: escassez generalizada de tudo, de carros novos a papel higiênico. Um novo aplicativo, bem popular, adota o “crowdsourcing” (informações compartilhadas pelo próprio público de usuários) para informar aos cidadãos da capital, Caracas, onde consumidores afortunados encontraram, por exemplo, carne — permitindo que outros corram para o estabelecimento atrás do bem precioso.

As finanças dessa América Latina do Atlântico são também bastante inexpressivas. Entre as moedas da região que tiveram o pior desempenho em 2013 estão a da Venezuela, da Argentina e do Brasil. O peso argentino, por exemplo, perdeu 32% em relação ao dólar no mercado oficial — e cerca de 47% no mercado negro. O real acumulou uma desvalorização de 13% em relação à moeda americana.

A Argentina também sofre com a pesada regulação. Em Buenos Aires, os meses de verão têm produzido temperaturas elevadas — e apagões frequentes. Em 2002, o governo lançou um controle de preços sobre os preços de energia, esperando com isso ajudar os pobres a superar o colapso financeiro de 2001. Mas o que era para ser uma medida temporária se tornou permanente. As empresas de energia elétrica, assustadas com o controle de preços, pararam de investir na envelhecida rede de transmissão da cidade.

Mesmo o Brasil, que tem tido uma gestão econômica de longe muito mais responsável do que a da Venezuela ou da Argentina, começa a sofrer com a alta de preços e um boom de crédito que começa a desinflar. No ano passado, um brasileiro descreveu duramente o bloco do Atlântico: “O Brasil está se tornando a Argentina, a Argentina está se tornando a Venezuela e a Venezuela está se tornando o Zimbábue”.

Um momento-chave na criação das duas Américas Latinas ocorreu em 2005, quando Brasil, Argentina e Venezuela (então liderada por Chávez) se uniram para acabar com a proposta de criação da Área de Livre Comércio das Américas — uma zona de livre comércio que iria do Alasca à Patagônia, promovida pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush. Abalada pelo fracasso da Alca, a Aliança do Pacífico foi formada com o intuito de promover sua própria área de livre comércio, eliminando tarifas em 90% dos produtos e estabelecendo um prazo para eliminar as demais.

A diplomacia praticada por esta metade da América Latina também é diferente: enquanto o bloco do Atlântico muitas vezes vê os EUA com desconfiança ou hostilidade, os países do Pacífico tendem a ter laços mais estreitos com Washington. “Nós nos propusemos a criar a Aliança do Pacífico porque queríamos nos posicionar à parte dos populistas”, diz Pedro Pablo Kuczynski, ex-ministro da Fazenda do Peru.

Muitos dos jovens da região, que formam a maior parte da população, já votaram em políticos como Chávez, que ofereceram crescimento econômico indolor por meio da impressão de moeda. Esses jovens eleitores podem ter dolorosas lições à sua espera.

“No fim das contas, os resultados dos dois diferentes blocos vão resolver o debate”, diz Kuczynski, “mas as más ideias levam muito tempo para morrer.

 

Fonte: Wall Street Journal

59 Comentários

  1. Matéria tendenciosa, somente a frase abaixo já diz tudo:

    “os países do Pacífico tendem a ter laços mais estreitos com Washington.”, “diz Pedro Pablo Kuczynski, ex-ministro da Fazenda do Peru.”

    Se procurasse um ex-ministro do Brasil provavelmente ele diria o contrário, não concordam?

    Alias, porque os Wall Street Journal não procurou se aprofundar na economia dos, dois supostos blocos e, não focar somente no bloco do Livre Comércio?

    E quando irão entender que os commodities representam apenas um pequena parcela do crescimento do Brasil, que, quem paga, verdadeiramente, os gastos públicos é o povo brasileiro?

    • Tendenciosa nada… REALISTA… só não vê quem não quer… o Brasil, como sempre, pegando o bonde errado da história… só atraso e decepção… depois se queixam dos gringos… se alinham ao pior e depois querem chorar o leite derramado… qndo acordarmos pode ser tarde… e lá se vai mais uma chance de tirarmos o pé da lama….

      • Tanto tendenciosa que o próprio ex-ministro do Peru afirmou isso, em outra entrevista:

        “O ex-ministro da Economia e Finanças (o mesmo que falou ao Wall Street Journal) , Pedro Pablo Kuczynski, alertou que o perigo de uma desvalorização excessiva do Nuevo Sol afetaria a economia do Peru.”

        Dito, feito, em apenas 8 semanas tiveram uma desvalorização de 10% a 11 %, o que enfraqueceu ainda mais a moeda peruana.

        O Chile está passando por uma situação social muito grave, na qual os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres, alias, isso me lembra uma música…

        O México, idem igual ao Chile, sem contar outras mazelas sociais graves.

        Quanto a situação na Colômbia, prefiro colocar em outro comentário.

    • A situação atual da economia colombiana:

      “Analistas sérios, independentes e oficiais, registam com alarme a futilidade incrustada na afirmação de que a economia nacional desfrutava de suficientes blindagens perante a crise mundial. O suposto crescimento econômico avassalador e imparável, que uribistas e santistas difundiram presunçosamente e reiteradamente, começa a dar sinais palpáveis de desaceleração e retrocesso, alertando também sobre o perigo iminente que significa haver apostado num projeto de desenvolvimento fundado no sector primário exportador mineiro e agro-industrial, quando o que se avista no horizonte é a queda na procura e nos preços internacionais.”

      “Se se aprofundar essa tendência, a economia colombiana, já por si golpeada por mais de 20 anos de abertura econômica e posta no rumo da desindustrialização devido à agudização das políticas neoliberais, arrisca-se a ser esmagada de todo com a vigência plena dos tratados de livre comércio com os Estados Unidos, a União Europeia, a Coreia do Sul e demais pactos ansiosamente procurados e subscritos. O benefício dos sectores ligados ao comércio de produtos acabados e serviços do primeiro mundo não vai compensar a ruína do empresariado nacional, da agricultura e da pecuária, e menos ainda vai melhorar a sorte dos milhões de desempregados e informais que se multiplicarão por todo o país.”

      “O regime fiscal de escandalosos privilégios e as extremas facilidades competitivas que os últimos governos estabeleceram em favor do grande capital investidor, unido à crescente debilidade da produção nacional, apontam para o esvaziamento dos cofres do fisco e aumento da perniciosa dependência do crédito externo. Está visto, com os exemplos das nações europeias afundadas até o pescoço na crise financeira, que a banca internacional carece totalmente de decência. Aqui também serão os trabalhadores e o povo despojados da prestação de pensões, subsídios, bem-estar social, serviços como saúde e educação, quem terá de por o dinheiro para pagar a dívida. Evidências suficientes impedem que se ignore essa dolorosa realidade.”

      “A Colômbia real é um país governado pelas imposições das entidades multilaterais de crédito, com um modelo econômico totalmente ao serviço dos capitais transnacionais, um governo obcecado pelo rápido enriquecimento dos grupos econômicos que representa, umas forças militares subordinadas ao comando do Exército dos Estados Unidos e uma população maioritariamente afundada na desesperança. Não só somos o país com a maior desigualdade do continente, assim como temos índices de pobreza e miséria, de desemprego e informalidade, corrupção política e violência que nos envergonham perante o mundo.”

      Fonte: http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/07/a-situacao-actual-da-colombia.html

      • E vc vem falar em “texto tendencioso” ???… não mais que essa fonte que vc acabou de postar, muito “maneira”… não tente seguir o mesmo caminho dos esquerdopatas do blog se tornando igual a eles… esse caminho de desvirtuação dos fatos não convence mais… mas se quer se iludir, continue…

      • A fonte que citei está falando de vários assuntos importantes no quais vários economistas colombianos vêem falando há anos.

        O que o autor do texto faz é fazer um apanhado de informações, reunindo em um único texto.

        Se você só viu a fonte da matéria e nem sequer leu o texto, eu sinto muito.

      • É muito provável que para qualificar a fonte eu terei que ter lido a matéria e verificado as “tendências” dos citados autores que costumam postar no referido site… não é lógico isso ???… e digo mais: é só mais um site esquerdopata panfletário de vertente islâmica… no mesmo nível do vermelho.org e demais maquinas publicitárias da esquerda mentirosa internacional… não merece citação… quem acompanhar esse site corre o risco de acabar tacanho igual o pé de poodle… bisonho total… 🙂

      • A reciproca também serve para vários sites tendenciosos de direita.

        Ambas as partes políticas (direita, extrema direita, esquerda, extrema esquerda), há jornais tendenciosos. Hoje em dia é muito difícil achar uma mídia que se encontra em posição neutra ou de centro, o que, para mim é uma pena.

        Alias, como disse antes, ele citou várias verdade do que se passa no Peru, se você quiser, você pode pesquisar em outros sites “mais confiáveis” tudo isso que citei acima.

      • A reciproca também serve para vários sites tendenciosos de direita.

        Ambas as partes políticas (direita, extrema direita, esquerda, extrema esquerda), há jornais tendenciosos. Hoje em dia é muito difícil achar uma mídia que se encontra em posição neutra ou de centro, o que, para mim é uma pena.

        Alias, como disse antes, ele citou várias verdades do que se passa na Colômbia, se você quiser, você pode pesquisar em outros sites “mais confiáveis” tudo isso que citei acima.

  2. o pior é que aqui em sao paulo o que tem de peruano vindo trabalhar no brasil
    e no rexto o presidente peruano se gabando vai enganar o diabo!!!!
    outra coisa a avaliaao da agencia morgan ,americana ela nao acaliou o risco do mercado imobiliário quebrar alias escondeu o fato , apenas avalia bem os interesses especulativos americano
    bolivia irá entrar no mercosul
    chile peru ja tem carteirinha de observador
    essa aliança do pacifico é igual aos remedios aem composiçao medicamentosa um placebo sustentado pelas agencias americanas e wal strit apenas por enquanto depois jogam os coitdos as trasas

    • Morder o próprio rabo não lhe dará razão, pé de poodle… pode ralar a buzanfa no asfalto quente que nada mudará o fato de termos pego o bonde errado da história DE NOVO… enquanto todos saem do socialismo nós enfiamos a cara na areia de havana como se isso fosse uma grande vantagem… gente burra só toma decisões equivocadas…

      • quase não ver né capa preta rsrsrs
        zoinho de vidro ,o brasil avança em todos os setores ,a juventude nunca mais voltara ao caminho que o desemprego junto com a inflação acabava com qualquer sonho de construir o brasil
        sua geração fmi já passou hoje o brasil é credor desses vermes sugadores de sangue

      • E mesmo? produzimos o que? alem de matéria prima pé de cão?
        Uma nação que depende de setor de serviços apenas para manter os empregos, pode tom,ar um tombo enorme a qualquer momento.
        Devemos nos reindustrializarmos urgentemente.

      • Amigo, esse burro acima não sabe nem urinar sem molhar os pés… levar em consideração as verborragias dele é perder preciosos segundos de nossa existência… saudações…

  3. Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países — incluindo Brasil, Argentina e Venezuela — com acesso ao Oceano Atlântico, que desconfia da globalização e dá ao Estado um grande papel na economia. A segunda — composta por países de frente para o Pacífico como México, Peru, Chile e Colômbia — adota o livre comércio e o mercado livre. === E essa em q o Estado está tão presente, está quase q afundando…vide o amarrado MercoSul q está travado por causa da Argentina e td leva a crer será tbm outro opositor chamado Venezuela…triste.Sds.

  4. Acordo comercial com EUA trouxe pobreza ao México

    Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México

    Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro, Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.

    A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe contribuição social relevante ao México.

    Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:

    “(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.

    Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”

    “(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação aos EUA.

    (…) A média dos salários na indústria de transformação do México correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “

    O Nafta corresponde a Alca, o acordo que os EUA queriam implantar em toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se propunha. Não teríamos o combate a pobreza que vimos por aqui e os EUA ficariam ainda mais ricos.

    http://www.ocafezinho.com/2014/01/07/acordo-comercial-com-eua-trouxe-pobreza-ao-mexico/

  5. Os efeitos do NAFTA no México…

    O Nafta corresponde a Alca,
    o acordo que os EUA queriam implantar em toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se propunha.

    O Nafta foi, porém, muito eficiente em proteger os investidores estrangeiros. O pacto comercial instituiu grupos de arbitragem vinculantes,
    por meio dos quais os investidores podem contornar os tribunais com reclamações de que a regulamentação do governo afeta deslealmente seus negócios.

    As queixas são muitas vezes contra a gestão dos recursos naturais ou as normas ambientais. O México e o Canadá pagaram cerca de US$ 350 milhões em indenizações aos investidores estrangeiros, enquanto os Estados Unidos não pagaram nada. “O processo [de arbitragem] não se assemelha ao Judiciário, não é justo e aberto”, disse Scott Sinclair, do Centro Canadense de Políticas Públicas Alternativas.

    “(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.

    Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”

  6. Com o NAFTA,
    importações subsidiadas de alimentos dos EUA inundaram o México, custando o sustento de mais de dois milhões de trabalhadores mexicanos

    O principal impacto do Nafta é “a produção dos homens mais ricos do mundo, e alguns dos mais pobres,” ambos de condições mutuamente dependentes.

    ÊXODO CUBANO? NÃO! MEXICANO…

    Um terço dos mexicanos está vivendo fora do país, um dos processos migratórios mais expressivos da história recente, com o número de pobres aumentando continuamente no próprio México.

    A principal produção mexicana é o milho, mas o país importa, atualmente, um terço do milho que consome, “produzindo muito dano aos camponeses .

    Por causa do Nafta, o governo garantiu 50 anos de concessões de terras a companhias estrangeiras e, por isso, precisa “limpar o povo da terra”.

    “Isto é o Nafta, para nós. É uma situação muito real que nos trouxe o pior tipo de resultados que sofremos na nossa história,” continua. “Estamos diante da possibilidade de ter o pior tipo de guerra civil, ou seja, o tipo em que você não sabe quem está lutando contra quem. Estamos em meio à miséria extrema, à violência extrema, com muitos mexicanos impossibilitados de viverem seu próprio país.”

    (Gustavo Esteva, coordenador da Universidade da Terra, em Oaxaca, no México)

    • “O Chile está bem, mas os chilenos não”

      – Disse Patricio Navia, em entrevista ISTOÉ.

      .
      .
      .

      “Em 2013 a crise econômica peruana continua, a 73% das empresas deixaram de exportar devido a paisagem interna e externa difícil que atravessa Peru.”

      http://www.adexperu.org.pe/Web_Adex/Prensa/Notas.html

      “As dificuldades encontradas na economia são muitas, derrapagens de custos logísticos, trâmites burocráticos, a discrição dos funcionários e da instabilidade da taxa de câmbio, as quais reduzem a competitividade do comércio exterior.”

      http://www.adexperu.org.pe/Web_Adex/Prensa/Notas.html

      Nota: Agora percebam a ironia…

      “O ex-ministro da Economia e Finanças (o mesmo que falou ao Wall Street Journal) , Pedro Pablo Kuczynski, alertou que o perigo de uma desvalorização excessiva do Nuevo Sol afetaria, Peru tiveram uma desvalorização de 10% e 11 % em apenas 8 semanas, o que enfraqueceu ainda mais a moeda.”

    • correto o texto do alvez tão longe de deus e tão perto dos estados unidos ,
      fazem isso para ter mão de obra barata e depois reclama da china
      outra coisa é que a dea americana com esse papo furado de estar combatendo as drogas na verdade armava varios grupos varias facções e etc e tal
      hoje estão fazendo um começo de guerra civil para os gringos tomarem o mexico de vez !!!
      com a conversinha de estarem ajudando !!!
      é isso que os vira-latas querem aqui no brasil
      mas cuba vai entrar no mercado mundial e,conseguira trazer o mexico ,para o lado da família latina ,esse é o problema vai confiar em ajudas de agencias americanas de todos os nomes modelos tem até coloridas em território nacional ,hoje também com o nome de ongs
      enquanto nos estados unidos o contribuinte tem uns 60 pes de maconha plantados e registrados
      no mexico os yankes pagam pelo seu DEA instalado no mexico para combater os pé de maconha dos mexicanos
      com o papo furado de combate as drogas fez nascer no mexico facções ,paramiliraes de esquerda direita centro ,de todo tipos possíveis e arma todas elas corrompe políticos e etc e tal,para fazer com que esse pais que faz fronteira com eles se atassem no desenvolvimento da sua população
      isso que os estados unidos fazem é um crime a humanidade !!!!!!

      • Agência antidrogas dos EUA se aliou a narcotraficantes mexicanos

        Funcionários da Administração para o Controle de Drogas (DEA, na sigla em Inglês) e do Departamento de Justiça dos EUA podem ter se aliado secretamente a narcotraficantes mexicanos, incluindo a organização encabeçada por “El Chapo” Guzmán (um dos traficantes mais procurados do mundo). As revelações foram realizadas por um relatório divulgado pelo jornal mexicano El Universal.

        http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=233246&id_secao=7

      • Eu só li o que o Pé de Cão comentou. E fui verificar. Não demorou nem 10 segundos.

        A propósito… deixei um comentário no seu post acima, antes começar a rolar a página.

        E valeu galera!

  7. A solução econômica para o México é muito fácil, porém será necessário muita humildade e seriedade, ele tem é que se vender totalmente para os USA. E pronto, teremos um novo Texas, uma nova Califórnia dos gringos.

    Aqui na América do Sul também tem que parar a palhaçada dessa eterna choradeira hispânica…
    Bolívia, Paraguai, Venezuela, Argentina, Colômbia, Perú que se coloquem a venda para o Brasil e se tornem novos estados do gigante luso sul americano.

    E é todo mundo contente com os USA na América do Norte e com o Brasil(América B) na América do Sul.

    Ou essas cucarachas nunca vão nos deixar em paz com essa sua eterna choradeira… “Aiih! Uiih! Somos exploradas, estupradas!”

      • Isso prova que a choradeira esquerdopata nacional é burra e não muda nada… o que muda são ações concretas de reindustrialização do país com criação de farta mão de obra especializada através de rigorosas aplicações de verbas e fiscalização em uma educação de base de qualidade… o resto é só choradeira e perder tempo enxugando gelo…

      • PISA 2012: Brasil continua um dos mais eficientes países em Educação

        A OCDE divulgou o resultado do teste PISA 2012, que mede a capacidade dos adolescentes de resolverem problemas escolares e da vida real.

        Imediatamente a midiazona conservadora tem ataques de viralatismo lancinante e mancheteia: “Brasil nos últimos lugares em Educação”.

        Só que não.

        O óbvio ululante, como diria Nélson Rodrigues, é que países mais ricos quase que automaticamente terão notas mais altas neste teste. O que deve ser comparado é o grau de riqueza dos países e o resultado do PISA. Foi o que fiz nas planilhas abaixo. Comparei a pontuação conforme o Produto Interno bruto per capita. Isto é, quanto o país é rico por cada ponto obtido. Ordenei as planilhas pelos países mais eficientes em Educação, aqueles cujo PIB per capita por ponto PISA foi menor.

        A conta não é exatamente esta. Deveria ser o quanto cada país investiu em Educação, mas estas planilhas já dão uma ideia do que queremos demonstrar.

        http://homemquecalculava.blogspot.com.br/

        Uma parte já vem sendo feita

      • RSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRRSS… “PISA 2012: Brasil continua um dos mais eficientes países em Educação”… só pode ser PIADA… se essa educação for a que vc recebeu, nascimento, então deve ter realmente melhorado… putz… rsrsrsrs… que MENTIROSA… não o nascimento, a OCDE… ele só é burro…

      • O cantor baiano João Gilberto em umshow bradou: “Vaia de bêbado não vale!”. O mesmo vale para opinião de blogueiro petralha. Ou seja: opinião de blogueiro petralha, que geralmente são pagos para isso não vale. Tanto não vale que a verdade é essa:

        Pisa 2012: Cazaquistão e Albânia crescem mais que Brasil

        Excetuando-se avanço em matemática entre 2003 e 2012, país patina: não se aproxima do topo do ranking internacional nem cresce rapidamente

        O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comemorou nesta terça-feira o fato de o Brasil exibir a melhor evolução, em número de pontos, na avaliação de matemática do Pisa entre 2003 e 2012. É uma constatação tão verdadeira quanto a de que o país partiu de um patamar bastante baixo nessa disciplina, 356 pontos, atingindo os 391 no relatório divulgado nesta terça-feira. Xangai, por exemplo, atingiu 613 no Pisa 2012: são 222 pontos a mais do que o Brasil.

        A evolução do Brasil na mais importante avaliação internacional de educação não é tímida somente quando se comparam os dados do país com o campeão do ranking. Entre 2009 e 2012, registramos apenas o 26º maior crescimento em matemática, o 44º em leitura (na verdade, o país perdeu 2 pontos) e o 39º em ciências — levando-se sempre em conta o número de pontos obtidos na prova.

        Comparações entre outras edições (a prova é feita desde 2000) revelam mais resultados ruins. A exceção é mesmo o exemplo usado pelo ministro.

        E não houve só Ferraris acelerando mais do que o Brasil entre 2009 e 2012. Em leitura, por exemplo, foram mais velozes do que nós países como Peru, Albânia, Bulgária e Cazaquistão. Em matemática, novamente Cazaquistão e Albânia e Tunísia. Em ciências, Albânia e Cazaquistão insistem em avançar mais rapidamente.

        Essas nações são nossas vizinhas na escala do Pisa. Todos obtiveram notas que giram em torno dos 400 pontos, que revela nível de proficiência muito baixo entre os estudantes. Xangai, no topo, tem 570 pontos em leitura e 580 em ciência.

        A consultora em educação Ilona Becskeházy afirma que subimos devagarinho na régua do Pisa porque não fazemos a lição de casa. “Infelizmente, o Pisa tem muito pouco impacto nas política públicas brasileiras, exceto uma certa pressão da sociedade, que se deu conta que a educação no Brasil era muito ruim. Por isso, mudou muito pouco coisa no Brasil desde 2000. É preciso quebrar paradigmas”, diz. Priscila Cruz, diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, faz uma ponderação acerca da comparação do avanço do Brasil frente a registrada por Cazaquistão, Albânia e vizinhos: “O desafio do Brasil é, sem dúvida, muito maior. Esses são países pequenos, como redes de ensino pequenas. Nós, por outros lado, temos 50 milhões de alunos, espalhados por um território imenso, É mais difícil coordenar uma melhoria com as escolas”.

        De qualquer forma, o Brasil parece reunir duas condições negativas — excetuando-se o conhecido avanço em matemática entre 2003 e 2012: não se aproximou do topo nem cresce rapidamente.

        http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pisa-2012-cazaquistao-e-albania-crescem-mais-que-brasil#texto1

      • Bom mesmo é a “carta estatal”… nem um pouquinho tendenciosa… 🙂
        mais um esquerdopata para defender o indefensável… será que glifosato mata essa praga ???… é pior que tiririca em plantação de cebolinha… rsrsrsrsrsrs…

  8. Prefiro viver na do Atlântico, onde os paus mandados são cada vez mais identificados e escorraçados do poder. Essa turma entreguista que só nos faz ter que trabalhar em dobro, correndo para nos recuperar dos prejuízos que suas labias maquiavélicas nos impõem toda vez que estão no comando do poder.

  9. E por falar na elite inglesa que vive metendo o bedelho em nossa economia….

    Governo britânico anuncia novo corte de US$ 34 bi nos gastos públicos

    O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, decidiu começar 2014 de uma maneira pior do que havia terminado 2013 e anunciou um corte adicional do gasto público de 25 bilhões de libras (cerca de 34 bilhões de dólares). Ao fazer o anúncio, Osborne deixou claro que a maioria destes cortes ocorrerá na área de benefícios sociais. Por Marcelo Justo.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Governo-britanico-anuncia-novo-corte-de-US$-34-bilhoes-nos-gastos-publicos/7/29950

    PS: Onde andará o The Economist?

    • OCDE sugere que Brasil melhore gestão de contas públicas

      Para a organização, a melhora das contas públicas e a redução da inflação vão reconstruir a confiança do investidor com o país

      O Brasil precisa melhorar a gestão das contas públicas. A recomendação está no relatório anual Economic Outlook 2013 produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e divulgado nesta terça-feira. No documento, a organização sugere “melhoria na clareza das contas públicas” com corte de incentivos e redução do crédito dos bancos públicos para que o país consolide sua reputação “conquistada a duras penas”.

      “Olhando para o futuro, a clareza da política fiscal poderia ser melhorada com o ajuste da regra de superávit primário mais sensível ao ciclo econômico, consolidando a supervisão fiscal para monitorar o cumprimento das metas e limitando as operações parafiscais”, diz o relatório. “Tais medidas podem construir e solidificar a reputação conquistada a duras penas de uma boa gestão fiscal”, completa o documento.

      http://veja.abril.com.br/noticia/economia/ocde-sugere-que-brasil-melhore-gestao-de-contas-publicas

  10. A loucura de alguns ainda me surpreende, basta olhar a situação mambembe das economias pupulistas de Argentina e Venezuela, e os que tem paixão platônica pelos EUA querem que segamos o mesmo descaminho apenas para fazer birra para os seus “amados não correspondidos do norte’ ?
    Isto e loucura,

  11. Em 2013, Dilma não pisou no tomate: inflação na meta

    Número final da inflação de 2013 confirma mais uma derrota dos que apostaram – no mais das vezes de maneira ridícula – no caos dos preços; IPCA ficou em 5,91%, dentro da margem ampliada de 6,5% estabelecida pelo Banco Central; pelo décimo ano consecutivo País tem taxa na meta; desde janeiro, provocações e tentativas de desestabilização se sucederam nas mais diversas formas; presidente Dilma Rousseff garantia que a torcida contra perderia o jogo; ela venceu essa

    http://www.brasil247.com/pt/247/economia/126474/Em-2013-Dilma-n%C3%A3o-pisou-no-tomate-infla%C3%A7%C3%A3o-na-meta.htm

    • Com certeza vc não paga as suas contas e nem faz compras no supermercado… deve viver a custa de alguém… senão não estaria falando essa merda… nem vc e nem esse lixo de site que vc citou… acreditar que estamos com inflação dentro da meta é acreditar que a nossa educação está um maravilha… só os militontos do partidão acreditam nisso… 🙂

  12. Coxinhas, tremei! ONU diz que SUS é referência internacional

    Todos sabem, ONU inclusa, que o sistema de saúde brasileiro ainda precisa melhorar muito. A avaliação positiva do Banco Mundial e da ONU, que chancela a avaliação, se dá em relação ao estágio de desenvolvimento industrial do Brasil e à sua arrecadação fiscal per capita. Nestes pontos, o Brasil ainda está bem atrás da Europa e Estados Unidos.
    A ONU analisou a trajetória do sistema, e a participação dele no processo de redução das mortalidades por doenças. O estudo completo da ONU pode ser baixado aqui (14 mega).

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=11844

    • rsrsrsrsrsrsrs… a ONU quer mais que continuemos a produzir esquedopatinhas como vc, militonto… claro que ela não vai contradizer aqueles que ela apoia para estarem no poder… isso vc não entende porque não tem miolo preparado para isso… vai morrer tentando…

      • A ONU quer emburrecer o mundo e tá conseguindo com vcs ajudando, militonto… a cada militonto formado na esquerdopatia é um ponto para os internacionalistas da ONU…

      • Eu te respondi ontem, mas parece que 70% do que postei este final de semana não foi publicado… deve ser algum problema no host do site… agora a inspiração acabou… mas te respondo em outro momento… saudações…

  13. A Oposição quando se vê no espelho só enxerga o abismo.

    O discurso político da oposição hoje é torcer pelo fracasso do Brasil. Torcer pela volta dos ciclos inflacionários, torcer contra a copa, torcer contra…

    À falta de propostas, ideias para novas políticas públicas inclusivas, personalidades carismáticas ou ao menos rejuvenescidas, encontram-se há muito flertando com tudo o que tem de pior para conquistar corações e mentes: torcer pelo fracasso do Brasil, torcer pela volta triunfal dos ciclos inflacionários, torcer por um retumbante fracasso da Copa 2014, torcer para que os médicos cubanos sejam um tremendo fiasco inassimilável por nossas populações vulneráveis, torcer para que a Petrobras e o Banco do Brasil tenham o mesmo sinistro destino de Eike Batista.

    Preencher um discurso político na base da terra arrasada, associada ao grasnar de corvos agourentos não é tarefa fácil e, ao seu revés, não poderia ser também mais inglória. São em tempos assim que reputações calejadas pelo tempo soçobram, vão a pique e saem da História do tamanho de escafandristas de aquário doméstico.

    As lideranças por não se renovarem tornam-se rapidamente obsoletas, ao invés de agregar, funcionam como desagregadores contumazes e, nesses casos, não existe pacto midiático que lhes possa robustecer – saem da realidade objetiva para se fincarem como simulacros de um tempo que passou.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-Oposicao-quando-se-ve-no-espelho-so-enxerga-o-abismo/4/29982

  14. É o caso do provecto do Fernando Henrique Cardoso, ler seus artigos é exercício enfadonho já que não surge uma só ideia nova – até os termos rescendem a catacumbas, à terra arrasada, a imagens de densas nuvens, pesados horizontes, incerto futuro, calamidades imprevistas sempre espreitando esse desavisadíssimo e incauto povo brasileiro.

    É também o caso do senador Aécio Neves, aquele que foi atropelado por um trem que nem chegou a sair de minas, antes, partiu de São Paulo e, por essas ironias da vida, se chocou com helicóptero e sua carga letal. O mineiro tem um discurso monocórdio, cansativo, como se precisasse cuspir as palavras uma e outra vez, acenando sempre para um interlocução apática, insossa. E sem rosto. Ninguém consegue descobrir a quem se dirige seu palavreado vazio – aos associados da FIESP? Aos colegas de infortúnio que militam nas engrenagens da grande imprensa? Aos ricaços abastados da capital paulista em sua luta contra o aumento do IPTU? Ou será que são ditas ao público interno do próprio PSDB, aqueles 30% de filiados que ainda crêem na reencarnação de José Serra para presidente?

    O governador Eduardo Campos teria tudo para ser uma real terceira opção eleitoral aos que cansaram do embate PT-PSDB. Mas traz consigo graves pecados de origem: qualquer que seja suas realizações políticas em Pernambuco, e por extensão alguns estados governados atualmente pelo PSB do neto de Miguel Arraes têm o DNA de Lula e/ou Dilma. Se errar na dose de acidez ou destempero para com o PT e seus líderes carismáticos facilmente receberá na testa o carimbo de ingrato – e se existe uma coisa que nordestino de raíz nunca foi de perdoar é exatamente… a ingratidão. Ademais, tem um cavalo de Tróia, melhor dizendo das Florestas, para domar e se os mais variados prognósticos estiverem certos, Campos arranjou para si mais problemas que soluções. É que um partido como o PSB não precisava servir de barriga de aluguel da Rede. Quando a criança (a Rede) conseguir seu registro no TSE, somente Marina Silva terá a ganhar. Além de passar todo o período eleitoral vendo pesquisas mostrando que a provável vice é muito melhor de voto que o cabeça de chapa. E, convenhamos, não tem vaidade que aguente.

  15. Temos ainda na oposição parlamentares de uma possível “segunda divisão”, uma espécie de minilíderes mais afeitos a liderar não mais que seus berços políticos:

    Jarbas Vasconcelos, do PMDB, de braços com o também pernambucano Eduardo Campos, um primor de infidelidade partidária.

    Pedro Simon (PMDB-RS), sempre se remoendo contra o destino que desde os anos 1980 lhe tem sido além de ingrato, perverso, e ao revés foi generoso com José Sarney (PMDB-AP), sempre flertando entre o teatral e o grandiloquente.

    José Agripino Maia (DEM-RN), assistindo a uma interminável missa de corpo presente de seu partido, com a única governadora – de seu RN – em vias de ser cassada pela Justiça Eleitoral e sangrado escandalosamente para dar sobrevida ao PSD de Kassab e ao Solidariedade de Paulinho da Força Sindical.

    Roberto Freire (PPS-SP), uma espécie de linha auxiliar do PSDB, mas tendo não mais que alguns segundos de tevê a oferecer a quem se proponha ajudar. Nesse caso, até uma frase para destacar sua fragilidade eleitoral parece ser puro desperdício de análise política.

    Ser ou não ser oposição ao PT? Eis o dilema em toda a sua inteireza, comprimento, largura e altura.

    Estamos diante de um ciclo que morreu por inanição de ideias, pensamentos vigorosos, sinceridade no falar e falta de coerência na diuturna cobrança de posturas éticas. O Brasil mudou, mas certos tipos continuam ainda encantados com aquela estratégia do cara-de-pau: “Malfeitos devem ser investigados desde que do outro lado. Tá bem assim?”

Comentários não permitidos.