Após confrontos entre policiais e ativistas deixarem pelo menos 17 mortos, governo do país afirma que aumentará repressão a protestos. Por sua vez, partidários do ex-presidente Morsi convocam novas manifestações.
Um dia depois que confrontos entre policiais e manifestantes islâmicos provocaram a morte de pelo menos 17 pessoas, o governo egípcio prometeu neste sábado (04/01/2014) reprimir a Irmandade Muçulmana com “toda a força”. Os islamistas, por sua vez, convocaram novos protestos.
“A organização continua realizando suas atividades criminosas, apesar de ter sido classificada como grupo terrorista”, afirmou o governo, acrescentando que o Estado vai responder “com toda a força”.
Partidários do ex-presidente Mohammed Morsi, deposto por golpe militar no início de julho, protagonizaram embates violentos contra a polícia na sexta-feira, em protestos que exigiram a devolução do poder a Morsi.
De acordo com informações das autoridades locais, os protestos tanto na capital, Cairo, como em outras cidades, resultaram em 17 mortes, 62 feridos e 258 presos. Esses foram os piores tumultos no país nos últimos dois meses.
Desde a queda de Morsi, mais de mil ativistas islâmicos foram mortos e milhares foram presos no Egito. No final de dezembro, o governo de transição egípcio declarou a Irmandade Muçulmana uma “organização terrorista”, proibindo a participação do grupo em manifestações. Além disso, quem for pego com alguma publicação do grupo poderá ser punido.
“Passeata dos milhões”
A Irmandade Muçulmana convocou a “passeata dos milhões” para quarta-feira (08/01/2014), quando ocorre a próxima audiência do processo contra Morsi. O primeiro chefe de Estado democraticamente eleito do Egito está sendo julgado desde o início de novembro.
O ex-presidente é acusado, entre outros crimes, por incitação ao assassinato de sete manifestantes durante os protestos contra ele, em frente ao palácio presidencial, no Cairo, em dezembro de 2012.
O governo diz que os islamistas querem interferir no referendo sobre a nova Constituição egípcia, marcado para 14 e 15 de janeiro. Caso ela seja aprovada, novas eleições parlamentares e presidenciais deverão ser realizadas ainda no meio do ano. Os seguidores de Morsi convocaram um boicote à votação.
A sangrenta repressão dos protestos dos seguidores da Irmandade Muçulmana acarretou tensões diplomáticas entre Egito e Catar. O Ministério do Exterior egípcio convocou o embaixador do Catar no Cairo, depois que Doha criticou a violência das forças de segurança egípcias contra os manifestantes. Catar é considerado um dos maiores apoiadores da Irmandade Muçulmana.
MD/afp/dpa
Mais uma guerra civil a caminho.
Que pena!
por LUCENA
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A Arábia Saudita & os sionistas, estão dispostos a fazerem qualquer coisa para garantir a ditadura no Egito,nem que para isso,tenham que fazer una intervenção humanitária ali com as bençãos da ONU..rssrsr
Nasser, muito mais popular do que Sissi, nao conseguiu destruir a Irmandade. Sadat e Mubaraki adotaram politica de tolerancia. Sissi, sem apoio popular, parte para uma ofensiva. Creio que vai terminar como terminou Sadat. A irmandade, com forte inf;luencia nas classes medias, penetra todos os escaloes da sociedade egipicia. Nao sera facil elimina-la.
Este filme egípcio já passou antes, praticamente igual, na Argélia…E levou a uma longa e sangrenta Guerra Civil!
Vale a pena ler e comparar com atual situação no Egito:
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Da Wikipédia:
“A Frente Islâmica de Salvação (FIS) é uma organização política de carácter islamista fundada em 20 de fevereiro de 1989 na Argélia e declarada ilegal desde março de 1992.
É a organização política islâmica mais importante da Argélia.
A FIS nasce com a revolta juvenil na capital Argel, em 1988, onde os estudantes pediam uma islamização social. Devido a estes acontecimentos, a organização foi fundada oficialmente em 1989 e legalizada em 1990.
A FIS venceu as eleições municipais de 1990 obtendo 65% dos sufrágios e dominando claramente as principais cidades argelinas.
Nas eleições gerais de 1991, obteve no primeiro turno 24% do censo eleitoral.
Isto provocou um golpe de Estado pelos militares que trataram de impedir o triunfo eleitoral no segundo turno dos islamistas, declarando um estado de excepção e anulando o processo eleitoral.
O presidente Chadli Bendjedid foi forçado a “renunciar” levando a longa e sangrenta Guerra Civil da Argélia.
Seguiu-se a dissolução da FIS e o encarceramento de seus dirigentes, Abassi Madani e Ali Belhadj, o que intensificou os ataques aos militares e ao governo argelino através de seu braço armado, o Exército Islâmico de Salvação.
Em 13 de janeiro de 1995, a FIS ilegalizada, dirigida por Abdelkader Hachani, juntamente com outras pequenas formações argelinas opostas ao regime, assinaram um acordo pelo que se criava uma única organização opositora, a Plataforma de Sant’Egidio. Depois do cessar fogo de 1997 e do acordo de paz de 1999, o FIS abandonou suas reivindicações de luta armada, mas ainda mantém seus princípios islâmicos.”
O curralzinho anti-muçulmano está em franca ascenção no Egito. Com o dinheiro fácil vindo da Arábia Saudita pra garantir as estrepulias do Bandar “Busch”.
Uma guerra civil q vai estourar por culpa pelo apoio dos 5 olhoss ao golpe de estado.E por colocarem a I.Muçulmana na clandestini//, e seus membros vão participar e trazer a mesma , até c outro nome, p a legali//..se isso ñ ocorrer a
al Qaeda poderá saír vitoriosa.E vai desestabilizar de x o OM.Espero q ñ.Quem viver verá.Sds.