IAE REALIZA PRIMEIRO ENSAIO COM ESTÁGIO DE PROPULSÃO LÍQUIDA

Motor-Foguete Líquido L5 do IAE - 1

Sugestão: Praefectus

Motor-Foguete Líquido L5 do IAE - 2

Brasília 02 de Janeiro de 2014 – O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos (SP), realizou em dezembro último o primeiro ensaio a quente do modelo de voo do Estágio de Propulsão Líquida (EPL). O acionamento do motor movido a oxigênio líquido e etanol ocorreu de forma perfeita.

Este é um passo importante em direção à consolidação do uso da tecnologia de propulsão líquida, como é chamado o combustível usado para impulsionar os veículos espaciais. Atualmente, o país usa apenas a propulsão sólida.

O teste do Motor L5 integrado ao Sistema de Alimentação do Motor Foguete (SAMF), permitiu verificar o funcionamento de todos os sistemas do estágio. O monitoramento e o controle da operação foram por meio da eletrônica que será embarcada no veículo VS-30.

O ensaio também treinou as equipes do IAE e da empresa Orbital, responsável pelo desenvolvimento do SAMF, para a Operação Raposa, prevista para este primeiro semestre do ano, quando o EPL será testado em voo. Foram simuladas as condições de integração, carregamento de oxigênio líquido e sequenciamento de eventos de voo. Foram testados ainda os sistemas de ignição e de Suprimento de Energia, Comando e Atuação (Orbital).

Nos últimos meses todos os sistemas e modelos de voo foram testados com êxito, como o banco de controle, a qualificação do ignitor pirotécnico, testes elétricos e estruturais, entre outros.

O SAMF foi desenvolvido pela empresa Orbital em parceria com o IAE, tendo o apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O Motor L5 foi concebido e projetado pelo IAE com recursos da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Fonte: Comando da Aeronáutica via AEB

8 Comentários

  1. Interessante o uso do Lox como combustível… Muitos dizem que o O2 é Inflamavel, mas ele apenas acelera este processo… O oxigênio em si é extremamente eletronegativo devido a núcleo pequeno e para o gás ser mantido liquido, deve chegar em torno dos -190 graus..

    Salvo engano, os Propulsores movidos a propelente líquido são mais complexos que os de propelente sólido, mas tem ganhos, como a possibilidade de controle da
    taxa de queima.. alem disso é difícil o manuseio do propelente liquido, que pode ser a base de petróleo refinado, gás liqüefeito e hipergolicos…

    Ja os motores movidos a propelente sólido (homogeneo ou composito) tendem a serem mais simples, sendo basicamente uma estrutura menos complexa contendo uma mistura sólida de combustível e oxidante.

    Eu nao tenho certeza, mas o Brasil ja dominava o conceito de motor a propelente solido

    Isso É um avança para nos…

    • Nao tenho muita certeza, mas os maiores ICBM construídos sao a base de propelente liquido… Como o voyevoda…ja o topol usa combustível solido…

      Acho que isso é imposição do START

    • O Bom é que foram testados numa rodada só o combustível, os estágios dos motores, a eletrônica embarcada, pelo que eu entendi… e ainda treinou o pessoal da IAE e da Orbital!!

      Tudo numa cajadada só… Brasil a prendendo a acelerar o passo!

      Tem sim mais ganho mas também tem mais peso… carregar esse combustível não é mole não, precisa de muita potência e o consumo também vai pras estrelas!

      Vamos ver ainda as relações…

      Valeu!!

    • Existem varias combinações tanto para combustível sólido ou líquido. Estes tempos eu vi um foguetinho experimental usando açúcar misturado com cinzas e deu resultado positivo. Um dos desafios dos líquidos é manter a taxa de empuxo uniforme durante a etapa de voo útil. Controles e válvulas de pressão são elementos críticos que, com um ínfimo desvio do fluxo de propelente, provoca a perda da meta do lançador.

  2. Nos últimos meses todos os sistemas e modelos de voo foram testados com êxito, como o banco de controle, a qualificação do ignitor pirotécnico, testes elétricos e estruturais, entre outros. ==== Td dá certo, e na hora do lança/ do VLS explode…pq será?!?! Estou torcendo p vermos o n VLS ainda lançado este anos e c um satélite tbm nosso ..2014 promete.Sds.

  3. desculpas pela pergunta de leigo…mas…qual a proximidade dessa tecnologia com as turbinas de caças?
    (Para termos turbinas nacionais no nosso Gripen, por ex :D)

    • Nenhuma proximidade,

      São quatro grandes diferenças:

      Motores de jatos são dotados de turbinas. Várias por sinal.
      Motores de foguetes não tem nenhuma turbina.

      Motores de jatos possuem entradas de ar.
      Motores de foguetes não têm nenhuma entrada de ar.

      Motores de jatos utilizam o oxigênio retirado da atmosfera.
      Motores de foguetes carregam seu próprio oxigênio, independente da atmosfera.

      Motores de jatos tem potências pequenas perto das enormes alcançadas por um motor foguete.

      Portanto, caro vhalidez, a tecnologia de motor foguete para propelente líquido testada acima, não tem nenhuma aplicabilidade em qualquer motor de avião a jato. São motores e tecnologias para voo totalmente distintos.

      • Perfeita explanação, apenas um adendo.. Existem os motores a jato sem turbinas como estatoreatores, scramjet e outros. Tambem não podemos esquecer os jatos que usam a compressão a pistão.
        Abraço

Comentários não permitidos.