PIB do Brasil volta a crescer acima dos índices de México e Rússia

brasil
“Na comparação com o último trimestre do ano passado, em que a economia brasileira cresceu 0,6%, algumas posições do ranking mudam. A Folha fez um levantamento mostrando que, nesse tipo de medição, o país ficou abaixo da Coreia do Sul e do Japão (que avançaram 0,9%) e acima do Chile e do México (0,5% cada).” 

PIB do Brasil volta a crescer mais que México, mas fica abaixo do esperado

Sílvio Guedes Crespo

economia brasileira cresceu menos do que o esperado por muitos analistas, o que foi considerado “muito ruim” pelo próprio governo, mas, comparativamente a outros países, voltou a caminhar a um ritmo mais rápido do que o de alguns emergentes.

Isso ocorreu porque o PIB (produto interno bruto) do Brasil estava muito fraco e, nesse caso, qualquer melhora já faz diferença. Já com outras nações em desenvolvimento, aconteceu o oposto: a alta havia sido intensa no início do ano passado, então ficou mais difícil continuar no mesmo ritmo (veja tabela ao final deste texto).

No primeiro trimestre de 2013, a economia brasileira cresceu 0,6% em relação aos últimos três meses de 2012 e 1,9% ante o período de janeiro a março do ano passado.

Um ano atrás, o Brasil estava lanterna do ranking dos emergentes, por ter crescido apenas 0,8% em relação ao primeiro trimestre de 2011.

Essa foi a principal mudança na comparação entre a economia do Brasil e a de outros países que já divulgaram suas contas nacionais deste início de ano.

Outra modificação no cenário está no fato de que a taxa de expansão do Brasil no primeiro trimestre, em relação a igual período de 2012, alcançou a dos Estados Unidos (1,8%). No entanto, os dados sobre a economia americana são preliminares e podem mudar amanhã (dia 30), quando o país divulga sua revisão.

Em relação às nações de crescimento rápido e à Europa, a situação se manteve: o Brasil continua se expandindo em ritmo bem inferior ao dos emergentes asiáticos (com exceção da Coreia do Sul, que subiu 1,5%), mas ainda superior ao da União Europeia (que, na verdade, encolheu 0,7%). Também segue atrás dos latino-americanos Chile e Peru, sempre na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Na comparação com o último trimestre do ano passado, em que a economia brasileira cresceu 0,6%, algumas posições do ranking mudam. A Folha fez um levantamento mostrando que, nesse tipo de medição, o país ficou abaixo da Coreia do Sul e do Japão (que avançaram 0,9%) e acima do Chile e do México (0,5% cada).

Freio global

O PIB brasileiro cresceu mais neste início de ano, mas a partir de uma base fraca. Em 2012, conforme levantou o blog Achados Econômicos, a economia do país havia caído 25 posições no ranking mundial de crescimento econômico, ficando em 128º lugar. Naquele ano, o Brasil cresceu menos do que a média dos emergentes, da América Latina e do mundo.

Em 2013, a melhora do Brasil vai na contramão das maiores economias do planeta. Estados Unidos, China, Japão e União Europeia tiveram no primeiro trimestre um desempenho pior do que há um ano. O Reino Unido foi uma exceção, conforme aponta a tabela abaixo.

Variação do PIB (%) em comparação com um ano antes

País 1º trimestre de 2012 1º trimestre de 2013
Brasil 0,8 1,9
África do Sul 2,1 1,9
Alemanha 1,2 -0,3
Argentina 4,8 2,7
Chile 5,6 4,1
China 8,1 7,7
EUA 3 1,8
França 0,3 -0,4
Grécia -6,2 -5,3
Japão 3,4 0,2
México 4,3 0,8
Peru 6 4,8
Reino Unido 0 0,6
Rússia 4,9 1,6
  • Fonte: Escritórios oficiais de estatísticas e BBC

12 Comentários

  1. O Brasil poderia crescer muito mais do que isso, só não acontece pro causa da má condução da política econômica levado a efeito pelo governo da Dona Dilma!Altos impostos, excessiva intromissão do governo na econômica, infraestrutura precária e entre outros atos desastrados da grande líder!Recursos pra promover o desenvolvimento existem o que falta e gestão eficiente e eficaz, capacidade de liderança mesmo!Não basta intenção ou boa vontade, tem que saber governar, ser estadista é o que está nos faltando nessa atual conjuntura!Agora é hora de dar o grande salto, e estamos aí com esse voo de galinha!

    • Também acho que a condução da política econômica merece reparos. Só que preferiria a redução dos juros a 0% (zero por cento), o aumento do depósito compulsório dos bancos para 95%, o aumento do IOF e a extensão do IOF para as compras parceladas no cartão de crédito. A redução dos juros aumentaria o caixa do governo para ampliar obras e a atuação das estatais na economia, inclusive com a loja dos correios e outras estatais passando a importar tudo o que faltar na economia, garantido a manutenção dos preços, junto com o controle da moeda feito pelo aumento do IOF e do depósito compulsório.

    • Caro amigo pé eles piram e mordem o dedinho,principalmente o Plim Plim,vc olha o OGLOBO de hoje e vc vê uma analise catastrofica do brasil….rsrs,mas como não compro esse jornalzinho,apenas leio a capa na cam para rir.

      • verdade ,eles estão mordendo a sombrancelhas ,enquanto o mundo que eles tanto puxavam o saco esta de calçola arriada eles irão continuar a falar que isso não foi nada ,que foi abaixo do esperado ,com esses soldados até contra uma tribo ianomâmi perdida a arco e flexa os entreguistas iriam entregar as armas pois o fal é muito antigo e a flecha dos índios era muito desenvolvida ,

  2. Investimento em infraestrutura e capacitação de mão de obra… Eis aí os dois pilares maiores do desenvolvimento e prioridades máximas para um país que deseja crescer.

    Sem os investimentos necessários em infraestrutura, o custo de produção aumenta. Sem mão de obra capacitada, se produz menos do que se espera e a própria mão de obra especializada em si pode se tornar cara ( também aumentando os custos de produção ).

  3. Observem a lista dos países, nossa nação diferente das demais (a maioria) cresce. Isso é ótimo \o/

  4. O Brasil poderia crescer ainda mais com uma classe política minimamente eficiente e com o mínimo de competência não vamos culpar apenas a Dona Dilma já que FHC não fez lá coisa muito melhor.

  5. Esse

    PIB poderia ser muito maior do que se vê, vender matéria prima não trás valor agregado significativo se não for vendido em grandes quantidades, e o pior é que compramos tudo que vem de fora, pois o governo não investe em educação para termo mão-de-obra e uma indústria de bens de consumo sólida, o que vemos é uma conglomerado industrial estrangeiro que lucra bilhões as nossas custas.

  6. Esse crescimento festejado por muitos, não foi nem mesmo o que queria o governo, além de se comparado os últimos 12 meses o país cresceu menos de 2%. O que nos salvou da recessão foi a super safra agrícola, pois mais uma vez os resultados da indústria foram horríveis. Como todos sabemos o setor agrícola é muito instável, por depender de fatores da natureza.
    Não deveríamos nos contentar em crescer a qualquer custo.

Comentários não permitidos.