GEPARD ALEMÃO NA GUERRA DO FERRO VELHO

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Na imagem, Veiculos Marder no referido pátio do desmonte

Desmanche de armas de guerra gera muito dinheiro na Alemanha

 O metal reciclado de um tanque de guerra pode valer até R$ 800 mil. Quem enxergou o filão foi um empresário que tinha um pequeno ferro velho na cidade alemã de Rockensussra.

 Na Alemanha, o desmanche de armas de guerra rende muito dinheiro. Nos últimos 24 anos, quinze mil tanques e blindados foram desmontados numa cidade visitada pelos enviados especiais Marcos Losekan e Sérgio Gilz.

 Eles estão em guerra contra o desperdício. Um arsenal que muitos exércitos do mundo não têm, está na mira da reciclagem, no maior desmanche de carros de combate da Europa, que fica na cidade alemã de Rockensussra.

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A empresa nasceu em 1989, com o fim da União Soviética e a reunificação da Alemanha. Era preciso desmilitarizar a antiga Alemanha Oriental, um país comunista que tinha um exército obsoleto. Eram cerca de 13 mil tanques, muitos deles dos tempos da Segunda Guerra Mundial. Quem iria reciclar tudo isso? Lá, esse lixo militar passou a ter valor.

 O metal reciclado de cada tanque pode valer até R$ 800 mil. Quem enxergou o filão foi um empresário que tinha um pequeno ferro velho em Rockensussra antes de receber a missão.

 Ele conta que depois da reunificação, o governo da Alemanha tinha mais o que fazer do que ficar cuidando dos tanques obsoletos. ”Assumi a tarefa”, diz ele.

Depois de 20 anos, quando o trabalho já estava perto do fim, a União Europeia assinou novos tratados de desmilitarização, obrigando os exércitos do bloco a limitar o arsenal. Resultado: o desmanche de Rockensussra tem trabalho que não acaba mais.

 ”Agora somos vigiados por satélite”, explica o gerente. ”Até para mover um tanque aqui no pátio de um lado para o outro, precisamos de autorização da Otan – a Aliança Militar do Ocidente”, diz.

 O consultor militar do governo alemão explica que muitos tanques são novinhos em folha e que por isso todo controle é pouco. ”Uma máquina de guerra dessas ainda pode fazer muito estrago”, diz ele.

 Muitas dessas armas de segunda-mão são vendidas principalmente para países em desenvolvimento. Mas a grande maioria é mesmo desmontada, e acaba servindo para a paz: a empresa de desmanche compra os tanques dos governos europeus, que assumem o compromisso de investir o dinheiro em projetos sociais.

 Fonte: Jornal Nacional, Edição do dia 28/05/2013 

 

11 Comentários

  1. Vish…

    Agora que o EB viu e ficou sabendo desses Leoperd 1 indo pro desmanche… mas ainda em condições de uso… uma reformada e Plim-Plim!!

    o que será que vai acontecer???

    Valeu!!

    • Dermilivri…….vira essa boca pra la home,chega de ferro=velho ,nois ainda naum temos desmanche tche. abraço amigo vei.

  2. Francoorp
    Estando-se mesmo em condições de serem reformados e usados, até que não seria má ideia para substituir os “persistentes” M41. Mas acho que deveríamos começar por nossos próprios Leopard 1 A1 para o padrão A5.

    • O Chassis é sempre do Leopard 1…

      Bastaria retirar a torre do Gepard ou Leopard 1 que estiver por lá e colocar uma torre de A5 no lugar, melhorar o sistema elétrico e algumas partes do motor, como filtros e bombas de oleo e combustível, trocar as suspensões e voila… mais Leopoard 1 A5 no EB!!!

      Modernização é isso, não é reinventar a roda!!

      Valeu!!

  3. Quer dizer que os Gerpard que eles compraram para copa das confederações, é também material para desmanche…, cruz credo! Estamos andando igual a caranguejo de lado para não dizer pra trás.

  4. Na realidade os Europeus estão reduzindo seus exércitos por causa da crise muitos veículos estão neste local apenas pela falta de recursos dos países Europeus inclusive os Gepard vendidos ao Brasil a Alemanha vendeu porque não possui mais condições financeiras de manter estes veículos.

  5. Impressionante a quantidade de Marder na foto…

    Vale lembrar que os M113 já estão bem “cansados”. Seria bastante interessante uma substituição por um veículo como esse…

    A aquisição de mais alguns Gepards também seria muito bem vinda…

  6. Não só a questão da redução de orçamento, como também de mudanças de doutrinas da OTAN, que forçou os membros a mudarem os equipamentos. Já teve até artigo sobre isso no PB antigo a um certo tempo. Eu não achei a compra dos Leopard 1 uma boa ideia, mas as do Gepard foi um ótimo negócio. A intenção dele é servir de treino, eles estavam novos, recém reformados e com pouco uso desde a modernização, além de um preço baixo. Vão servir de tampão para o EB ir adquirindo doutrina de emprego de veículos antiaéreos. No meio tempo, negociamos com calma e tranquilidade um sistema moderno com os Russos. Quem insiste em dar murro em ponta de faca é a FAB que até hoje não aprendeu a lição…

  7. Compra mais Amorim, aproveita a queima de estoque.Só 36 Gepards para um país enorme como o nosso é pouco.

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