O Brasil isolado

mundoRubens Barbosa

Poucos no governo, e mesmo no setor privado, parecem estar atentos às profundas mudanças que estão ocorrendo no comércio internacional e às suas consequências sobre o setor externo brasileiro.

Com a eleição, agora, de um brasileiro para o comando da OMC talvez surja um maior interesse nas implicações desse novo cenário sobre a economia brasileira, em especial sobre nossa política industrial e de comércio exterior.

Em termos geoeconômicos, está ocorrendo a transferência do eixo econômico e comercial do Atlântico para o Pacífico, com a emergência da China como o maior importador e exportador global.

As transformações no processo de globalização estão sendo aceleradas pela tendência de concentração da produção de manufaturas em poucos países: EUA, Alemanha, Japão e China. Algumas consequências dessa tendência já podem ser identificadas:

-A capacidade de cada pais de vender passa a depender da capacidade de compra do resto do mundo, como mostra a Embraer.

-Fora do circuito das cadeias produtivas globais, a maioria dos países em desenvolvimento está concentrando suas exportações em commodities.

Estamos assistindo a uma proliferação de mega-acordos regionais e bilaterais de comércio. Dos 543 acordos de livre comércio em negociação, 354 entraram em vigor. Dois mega-acordos estão em marcha: o a Parceria Transpacífica na Ásia e a Parceria Transatlântica entre os EUA e a Europa. Japão e China mudaram sua política e passaram a negociar acordos bilaterais. Na América do Sul, países como Chile, Colômbia e Peru assinaram acordos comerciais com os EUA e a Europa e estão negociando acordos na Ásia.

Esses acordos estão criando diferentes regras sobre investimento, compras governamentais, serviços, entre outras.

A revolução energética nos EUA, em consequência do aproveitamento do folhelho (gás de xisto), está acelerando o processo de reindustrialização da economia americana. A renovada agressividade comercial dos EUA vai propiciar a abertura de mercados para seus produtos manufaturados e aumentar a pressão para que os países adiram às novas normas.

Nunca a influência de fatores alheios ao comércio esteve tão presente nas negociações comerciais. Considerações de natureza geopolítica estão se sobrepondo a diferenças internas para permitir a prevalência de interesses concretos (contenção da China) e ao estabelecimento de regras e padrões (standards), como no caso do acordo EUA-UE e no da Ásia.

O Brasil, sem estratégia de negociação comercial e com dificuldades para criar um mercado regional para seus produtos, integrando os demais países em um intercâmbio de cadeia produtiva, a exemplo do que ocorre na Ásia e na Europa, está cada vez mais isolado. E, se persistir a política de ignorar o que ocorre no mundo, dificilmente poderá associar-se às novas tendências do comércio internacional.

Fonte: O Globo via Resenha CCOMSEX

23 Comentários

  1. Excelente artigo que reflete o momento atual do comércio internacional, onde os acordos bilaterais se sobrepõem à idéia de multilateralismo, sem o tom de fantasia da propaganda oficial brasileira acerca da vitória para o comando da OMC.

  2. Mais um “economista” tucano, que só fala merda.

    O Brasil é tão sem estratégia de comércio, que vem multiplicando suas exportações e importações em ritmo geométrico, tendo acabado de obter a maior vitória diplomática e comercial de sua história.

    A Europa mal consegue permanecer unida, será que vai realmente fechar um acordo com os EUA? Também tentou com o Mercosul, por diversas vezes, sempre esbarrando nos subsídios agrícolas.

    Em verdade, nós não temos interesse em abrir nosso mercado de manufaturados e eles não pretendem abrir seu mercado de alimentos (mesmo porque, seus produtores quebrariam rapidamente e eles ficariam em nossas mãos, pagando caro ou mortos de fome).

    O mesmo vale para a China. Ninguém é maluco de abrir seu mercado totalmente para eles, mesmo que não restrinjam as importações de alimentos.

    Existe o bando de dominados que fizeram acordos bilaterais com os EUA, ao invés de priorizar seus vizinhos aqui no sul, mas isso faz parte do joguinho de dividir para conquistar deles. Coincidência, todos os países que entraram no acordo deles possuem programas de governo de direita.

    O Brasil está bem, e tende a melhorar, pois todos aqueles que buscam parcerias reais, que permitam o desenvolvimento conjunto e não predatório, estará com ele.

    Acreditem, muitas potências vão perder muito dinheiro e oportunidades se tentarem passar por cima dos demais países. Elas não tem nada a oferecer.

    Os parceiros do Brasil tem toda tecnologia, insumos e mão de obra necessária para deslanchar sozinhos.

    EUA, Alemanha, Japão e China. O primeiro na maior crise de sua história, com desemprego galopante, a segunda atrelada a uma gigantesca crise dos vizinhos, seu maior mercado, o Japão, vivendo uma crise sem precedentes e sem perspectivas de melhora, perdendo mercado até de eletrônicos, a China já começa a sofrer as consequências do fim do modelo econômico voltado para as exportações, tendo reduzido o ritmo de crescimento de forma geométrica.

    Essa mídia bem que poderia arrumar uns “economistas” melhores. Esses urubólogos não estão com nada…

    • Olá Walfredo, tudo bem?

      Poderia citar alguns países que são boas referências econômicas, de IDH alto e grande desenvolvimento tecnológico? Realmente fiquei curioso.

      Abraços.

      • Se IDH alto significa felicidade, visite a Noruega, a Finlândia, a Suécia, a Escócia e Alemanha…

        O erro do articulista é acreditar que todos os demais países abriram mão de seu parque industrial. Isso nunca ocorrerá.

        Os EUA, a China e o Japão não são exemplos de sociedades com bom índice de felicidade, visto que neles existem miseráveis.

        País desenvolvido é país sem miséria e pobreza!

        Procure um pobre na Noruega!

    • Walfredo,

      A União Européia é o maior mercado consumidor do planeta… Unida aos EUA, temos um monstro voraz, ansioso por toda a espécie de produtos. E suas industrias necessitam produzir. Uma união econômica seria mutuamente benéfica, nesse sentido…

      As melhores tecnologias de manufatura estão presentes nos EUA, Japão e Alemanha… Esse países, junto a China, são os que mais produzem… A história é clara em demonstrar que somente os países que produzem manufaturados com auto valor agregado e com métodos e maquinário próprio é que se tornam economias fortes. Esse, aliás, é um fator limitador para os chineses… Não conseguem produzir tecnologia…

      Ainda falta muito para que o Brasil adquira um nível de manufatura similar a outros países desenvolvidos. A industria brasileira ainda é muito dependente de processos e maquinários de fora… Ferramentas americanas, maquinário alemão, itens eletrônicos japoneses, coreanos ou chineses…

      • O Brasil possui a terceira maior fábrica de aviões. Só não fabricamos automóveis com marca própria porque um Eike ou um Friboi ainda não se interessou pelo mercado. Somos os melhores do mundo em um monte de tecnologias, na área médica e agropecuária. Ninguém chega a quinta potência econômica do planeta produzindo apenas produtos básicos.

        A Europa e os EUA vendiam seus gagets e armamentos bem caro quando não havia concorrentes. Hoje o que não falta são fabricantes de ipads e armas. Não dá para manter o lucro e a qualidade de vida.

        Durante um tempo viveram do crédito. Agora a conta chegou.

        Tentaram repassar suas dívidas para os demais cobrando imposto inflacionário, desvalorizando o dólar e o Euro.

        O resultado foi um monte de países firmando acordos de comércio em outras moedas.

        O tempo está acabando, ou o imposto inflacionário é reduzido, ou haverá uma corrida para outras moedas. Imagine se o banco do BRICS resolve vender títulos lastreados em petróleo, ouro e compromissos dos governos titulares?

      • Worf,

        O Brasil ainda está muito longe no que diz respeito a criação de tecnologia…

        Se tiver a oportunidade de entrar em uma grande industria, verá ali uma miscelânea de robôs e maquinário israelense, japonês, americano, e por aí vai… O mesmo, como já disse anteriormente, é com relação a ferramental e componentes eletrônicos… Faça um estudo por si mesmo. Descobrirá nomes americanos, israelenses, europeus e mesmo outros, todos pertencentes a empresas que fornecem diretamente para a industria ou são parceiras de industrias locais…

        Se o Brasil está hoje entre as maiores economias do planeta, isso se deve mais a saída de commodities e investimento privado maciço… O Brasil ainda produz pouco no que diz respeito a itens com alto valor agregado com sua própria tecnologia…

    • O problema é que não abrimos nossos mercados para quase ninguém. Veja o caso com o México, quando foi aprovado o acordo de importação de carros, o acordo era altamente desfavorável ao México e é claro que eles sentiram um grande impacto inicial, mas nunca pediram para revogar, há poucos anos atrás o Brasil pediu sua revisão.
      É claro que uma abertura de mercado vai trazer inicialmente muitas duvidas e nevoas, mas tudo tende a se estabilizar. Nesse ponto, acho que EUA-EU saíram dessa crise muito fortalecidos, possuem mão de obra altamente qualificada, boa infraestrutura e com tantos desempregos os salários estão caindo. Não vai ter pra ninguém.
      Nós arriscamos todas as nossas fichas na OMC e na Rodada de Doha, sinceramente, não sairá nada dai, o Mercosul apesar de ter multiplicado varias vezes a soma inicial, tem retrocedido as negociações para uma maior abertura econômica dos países (isso é, era para ter muito mais dinheiro rodando e uma maior união das cadeias produtivas). Nós não procuramos outros parceiros, você falou que as exportações brasileiras mais que dobraram nos últimos 10 anos, mas se formos olhar, esse aumento fora causado pela demanda chinesa por commodities e não deve dobrar de novo, já que os chineses estão investindo fortemente na África.
      Não querendo desmerecer a vitória do nosso brasileiro na OMC, mas ela demonstra também uma falta de interesse dos países desenvolvidos com a mesma.

  3. Hoje saiu no Valor Econômico, uma reportagem em um caderno especial sobre Logistica e Transporte, com a seguinte manchete: Governo corre para licitar R$ 242 bi em investimentos.

    O que me chamou a atenção foi o último parágrafo:
    A estratégia de licitação ainda está indefinida. Para ter uma ideia do tamanho do desafio, é preciso ver que os 7,5 mil km de rodovias a serem concedidos representam cerca de 50% do total de trechos estaduais e federais que estão nas mãos da iniciativa privada e que começaram a ser concedidos a partir de 1996. Já a malha ferroviária que será construída responderá por pouco mais de um terço da existente. “Não sabemos ainda como faremos os leilões, se todos os lotes serão ofertados ao mesmo tempo, se daremos espaço entre eles”, disse Figueiredo.

    Como assim, o governo pretende gastar R$ 242 bilhões, e a coisa está meio indefinida? É estratégia deste governo aumentar o nosso isolacionismo?

    Abraços.

    • A indefinição está afeita apenas a forma do leilão: se todo, ou dividido em blocos.

      Não é estratégia do governo “aumentar” o proposto isolacionismo… O texto é claro.

  4. Mais um texto fraco de quem vive em uma realidade paralela…

    É preciso entender que o Brasil, justamente por eleger os representantes da FAO e da OMC, está a ganhar status no mundo, e não o contrário.

    Os acordos bi-laterais, esgrimidos pelo polemista, não refletem nada de importante. A Europa Unida tenderá a perder importância até 2030. a Aliança do Pacífico não supera o PIB da Cidade de São Paulo, e tão falada independência energética dos EUA via extração do Xisto esbarra na contaminação que o método de fracionamento impõe aos mananciais subterrâneos de água… Os norte americanos vão trocar a água potável pelo petróleo?

    Isso, a nossa mídia não diz…

    O fato é que o Brasil está pressionado, no que tange a nossa indústria. O Governo Federal lança mão daquilo que tem em mãos: desonera tributos da indústria, rebaixa tarifas de energia, investe em infraestrutura e enfrenta interesses oligopolizados nos Portos… Recebendo em troca a oposição sistemática da nossa mídia, que defende posições inconfessáveis, estas casadas com o estrangeiro…
    É o Brasil.
    😉

    • Infelizmente (já estou repetitivo nesta palavra) eu acredito sim que existe um esforço de ‘certas’ empresas em favorecer a informação (ou desinformação) que diz que ali na esquina vamos nos dar mal. Eu olho com total desconfiança ‘certas’ análises advindos da nossa mídia. A conta não bate nunca, isto por si só já é sinal de que tem alguma coisa obscura. Como Jesus disse: pelos frutos se conhece a árvore… eu já conheço esse pessoal a um bom tempo pra saber que devo me manter ‘alienado’ quanto à certas desinfor… digo, informações: ‘…Recebendo em troca a oposição sistemática da nossa mídia, que defende posições inconfessáveis, estas casadas com o estrangeiro…É o Brasil’…, a mais pura e infeliz verdade’.

  5. eu li o titulo do texto e antes de clicar pensei ,MAS ACABAMOS DE COLOCAR U PRESIDENTE NA OMC ? depois eu li e no final eu percebi que estava escrito O GLOBO ,
    1 o globo coloca títulos de matérias para chamar atenção e vender o peixe deles isso é fato
    2 não são confiáveis pois são cabo eleitoral do psdb ,
    3 Hitler fez um acordo para não agredir a Russia ,e não cumpriu ,Portugal fez um acordo com a Espanha alias tratado de Tordesilhas e NÃO CUMPRIU
    Então guerreiros não acreditem em tudo que foi tratado pois o mundo da voltas

  6. Texto muito bom…

    O problema do multilateralismo é que se é obrigado a abrir concessões para todos do grupo. Todos tem que ter tratamento igual. Assim sendo, uma vez que as economias nem sempre são iguais ou tem os mesmos suportes, pode-se chegar a um ponto em que há prejuízo para um determinado elemento do bloco. Assim sendo, existe a necessidade de se costurar uma parceria de modo a minimizar o conflito de interesses, o que é extremamente difícil…

    Acordos bilaterais, por outro lado, permitem um tratamento de uma relação única, de modo que países podem estabelecer um comércio recíproco, em termos que ambos possam aceitar e lucrar, com uma possibilidade muito menor de prejuízo. Tudo depende de como se negocia… Os acordos bilaterais, pelo contrário, podem render um bom dinheiro, desde que se faça a negociação de maneira correta.

  7. Perfeitos os comentários do Ilya e do Walfredo, disseram tudo o que eu poderia argumentar, sem querer ser repetitivo acho muito pouco provável qualquer nação do mundo colocar o Brasil de lado em qualquer negociação comercial,os senhores entreguistas não dizem que o Brasil hoje tem um mercado consumidor que dependendo do item avaliado, seja carro, eletroeletronico, cosmetico e até cirrugias plásticas oscilam entre 2 maior ao 5 maior do mundo, então entreguistas quem vai querer isolar o Brasil? os EUA? a Europa? a China? sonhem entreguistas o Brasil chegou para ficar, independente de qualquer coisa, o mundo está em polvorosa, numa crise profunda que envolve os ditos desenvolvidos, tudo o que eles querem é que o Brasil vire um grande CHILE,exportando apenas comodites e se alguém deixar uma carne bovina aqui,um algodãozinho ali, como faz o Chile que só exporta Cobre com 60 % de sua baçança e algum vinhozinho para ser degustado pelas elites européias, o Chile hoje não tem 1 unica montadora de automovel, não fabrica nada, nem em CDK, tudo é importado dos EUA e Europa, virou uma colônia do cobre, é isso que o financial time disse que deveria acontecer com o Brasil quando em editorial perguntou o por quê do Brasil querer produzir manufaturados,que deveriámos somente vender comodites e produtos agricolas e comprar tudo de fora. Essa turma da direita deveria ser presa por crime de lesa pátria e traição.

  8. não precisamos ir muito longe ,aqui no PLANO BRAZIL ,tem uma matéria em que a CIA americana fez um estudo falando sobre mercados e que a união europeia e outros países de primeiro mundo iriam decair ,não precisam ir longe procurem essa matéria leiam e depois tirem as suas conclusões .
    sim o globo é cabo eleitoral do psdb e faz apologia ao entreguismo
    fazer muitos acordos de abertura de comercio ira apenas dificultar nossas industrias que não foram bem no ano passado ,
    brasil isolado só mesmo a rede esgoto de televisão conseçao que tem que ser revista

  9. Não faz muito dias, lemos aqui que o Brasil era o 10º país mais protecionista, como um país que se fecha tão brutamente para o comercio exterior, pode ser tão aberto quanto alguns falam.
    Que o Brasil atualmente está isolado, não há duvidas, apostamos tudo na Rodada de Doha que não saiu do lugar e muito provavelmente nunca sairá. O MERCOSUL está regredindo, os países cada vez mais estão se fechando.
    Quanto a nossa indústria, a situação é complicada e o governo com sua politica de escolha de campeões, desonerações verticais e uma serie de vantagens aos amigos do rei.

    • Quais foram os inimigos do rei, que apresentaram suas propostas no BNDES e não obtiveram empréstimos por interesses políticos? Qual desoneração fiscal levou em consideração o partido político financiado pelo empresário?

  10. Publicado em 10/05/2013
    RISCO-BRASIL = RISCO-EUA.
    CHORA, MIRIAM, CHORA !
    Em abril caiu uma chuva de US$ 3,5 bilhões no Brasil. Que horror !

    Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

    TESOURO CAPTA US$ 750 MILHÕES E PAGA MENOR SPREAD HISTÓRICO

    Por Eduardo Campos e Alessandra Bellotto | De Brasília e São Paulo

    Depois de um hiato de oito meses à espera por melhores condições de mercado, o Tesouro Nacional voltou a captar no mercado externo, com a reabertura do bônus com vencimento em janeiro de 2023.

    O Tesouro comunicou nesta sexta-feira o resultado final da oferta, incluindo a colocação de US$ 50 milhões no mercado asiático – abaixo do limite de US$ 75 milhões programado. O montante se soma aos US$ 750 milhões levantados ontem nos mercados americano e europeu e, com isso, a captação totalizou US$ 800 milhões.

    O governo pagou uma taxa final ao investidor mais alta em comparação à emissão original, mas, ao mesmo tempo, conseguiu cravar o menor spread já visto sobre os títulos americanos: 98 pontos-base.

    Sabe o que isso significa, amigo navegante ?

    A Urubologia jamais explicará.

    A Vovozinha do Kentucky que comprar um título do Governo trabalhista brasileiro correrá tanto risco de o Brasil quebrar – e ela não ver a grana de volta -, quanto se comprar um título do Governo de Tio Sam.

    Que horror, Vovó !

    Segundo o Globo, o Globo !, na página 34, “o bônus (do Governo trabalhista – PHA) – tem o menor spread – diferença de taxas, da história em relação aos títulos do Tesouro americano”.

    O Risco-EUA é o menor do mundo !

    E o risco de investir no Governo trabalhista do Brasil é perto disso.

    Em tempo: no mês de abril, o Brasil, num Governo trabalhista, atraiu “uma chuva de US$ 3,5 bilhões” em investimentos estrangeiros, segundo o Brasil Econômico – página 20 desta quinta-feira.

    E nem por isso o Real disparou: por causa da “mão firme” do Banco Central, segundo o jornal.

    Que horror !

    Paulo Henrique Amorim

    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

  11. PAÍS VENCE PESQUISA GLOBAL DE NOVOS EMPREGOS

    Feita em 42 países, nos quais foram ouvidos 65 mil recrutadores de mão de obra, pesquisa mostra que País será o maior contratador deste ano; no primeiro trimestre foram abertas 306 mil vagas; 1,5 mihão nos útimos seis meses; média de 2013 é superior a 100 mil novos empregos formais por mês; mas veículos da mídia tradicional e economistas ortodoxos ironizam “invenção” de regime de crescimento baixo e trabalho em alta; trombetear desemprego tem finalidade de atraí-lo?

    13 DE MAIO DE 2013 ÀS 12:03

    247 – Argumentar contra números não é fácil, mas pode-se tentar. Nos últimos seis meses, a economia brasileira criou cerca de 1,5 milhão de novos empregos formais. Foram 306 mil no primeiro trimestre deste ano. Em março, abriram-se 106 mil postos de trabalho. Mesmo assim, em seu principal editorial desta segunda-feira 13, o jornal O Estado de S. Paulo ironiza o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por ter criado um novo regime econômico, de baixo crescimento com emprego elevado. Dias antes, o jornal O Globo, da família Marinho, pregou a fabricação de desemprego na economia brasileira, sob indução do governo, como melhor forma de combater a inflação. A base teórica para esse raciocínio vem sendo publicada em artigos pelos ex-diretores do Banco Central Ilan Goldfjan e Alexandre Schwartzman.

  12. Publicado em 10/05/2013
    RISCO-BRASIL = RISCO-EUA.
    CHORA, MIRIAM, CHORA !
    Em abril caiu uma chuva de US$ 3,5 bilhões no Brasil. Que horror !

    Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

    TESOURO CAPTA US$ 750 MILHÕES E PAGA MENOR SPREAD HISTÓRICO

    Por Eduardo Campos e Alessandra Bellotto | De Brasília e São Paulo

    Depois de um hiato de oito meses à espera por melhores condições de mercado, o Tesouro Nacional voltou a captar no mercado externo, com a reabertura do bônus com vencimento em janeiro de 2023.

    O Tesouro comunicou nesta sexta-feira o resultado final da oferta, incluindo a colocação de US$ 50 milhões no mercado asiático – abaixo do limite de US$ 75 milhões programado. O montante se soma aos US$ 750 milhões levantados ontem nos mercados americano e europeu e, com isso, a captação totalizou US$ 800 milhões.

    O governo pagou uma taxa final ao investidor mais alta em comparação à emissão original, mas, ao mesmo tempo, conseguiu cravar o menor spread já visto sobre os títulos americanos: 98 pontos-base.

    Sabe o que isso significa, amigo navegante ?

    A Urubologia jamais explicará.

    A Vovozinha do Kentucky que comprar um título do Governo trabalhista brasileiro correrá tanto risco de o Brasil quebrar – e ela não ver a grana de volta -, quanto se comprar um título do Governo de Tio Sam.

    Que horror, Vovó !

    Segundo o Globo, o Globo !, na página 34, “o bônus (do Governo trabalhista – PHA) – tem o menor spread – diferença de taxas, da história em relação aos títulos do Tesouro americano”.

    O Risco-EUA é o menor do mundo !

    E o risco de investir no Governo trabalhista do Brasil é perto disso.

    Em tempo: no mês de abril, o Brasil, num Governo trabalhista, atraiu “uma chuva de US$ 3,5 bilhões” em investimentos estrangeiros, segundo o Brasil Econômico – página 20 desta quinta-feira.

    E nem por isso o Real disparou: por causa da “mão firme” do Banco Central, segundo o jornal.

    Que horror !

    Paulo Henrique Amorim

    (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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