Exército sírio estabelece alvos em Israel

target israel

O Exército sírio estabeleceu alvos em Israel a serem atacados no caso de novos ataques aéreos israelenses contra o território sírio, revela a televisão estatal síria.

As fontes oficiais informaram a televisão síria de que as tropas foram ordenadas a responder a qualquer ataque proveniente de Israel, sem esperar por novas ordens do Alto Comando. A Síria também deu a “luz verde” aos ataques palestinos contra Israel a partir das colinas de Golã ocupadas.

Voz da Rússia

Síria-Israel: prelúdio de guerra?

Konstantin Garibov

A Síria apontou todos os seus foguetes a Israel após ataques de aviões israelitas contra suas estruturas militares perto de Damasco. Baterias de mísseis sírias são orientadas também para a Palestina, ocupada por Israel.

Conforme comunicam fontes sírias, foguetes serão lançados contra “certas estruturas” no caso de uma nova agressão. Para além disso, Damasco deu luz verde a agrupamentos palestinianos para assestar golpes contra Israel a partir das colinas de Golã.

Ataques aéreos de Israel contra Síria provocam alarme de Moscou

Israel, por sua vez, transferiu duas baterias de DAM para a zona da fronteira com a Síria, receando de uma reação de Damasco que qualificou como declaração de guerra ataques israelenses contra seu território.

Na noite para domingo, Israel lançou foguetes a um subúrbio de Damasco, onde se encontram armazéns com armamentos e um centro de pesquisas militar e estão acantoadas unidades da guarda presidencial. Mas, como informa o jornal israelense Haaretz, o alvo dos ataques foi um lote de mísseis iranianos, destinados para o movimento libanês radical Hezbollah. As informações sobre as vítimas dos ataques aéreos são muito contraditórias. Umas fontes comunicam que cerca de 300 militares teriam sido mortos em resultado de assaltos. Outras informam sobre quatro mortos e 70 feridos.

Síria aponta mísseis a Israel

Damasco caraterizou as ações de Israel como agressão e declaração de guerra contra a Síria. Tal pode levar a uma guerra de envergadura na região, declarou o ministro da Informação da Síria, Omran Zoabi:

“Os ataques aéreos israelenses contra três alvos nos arredores de Damasco abrem a porta para todas as possibilidades. Este ato confirma uma coordenação de ações entre Israel e agrupamentos terroristas”.

Este foi o segundo ataque israelense ao solo sírio na semana passada. Na noite para sexta-feira, Israel atacou um comboio militar no território da Síria na fronteira com o Líbano. O alvo do ataque foi também uma remessa de mísseis iranianos, aponta o diretor do Instituto do Oriente Médio, Evgueni Satanovsky:

“Os acontecimentos passados podem ser considerados como um ensaio oculto de próxima guerra entre Israel e o Irã. Se os israelenses são capazes de destruir facilmente uma estrutura militar nas proximidades de Damasco, eles podem também liquidar objetos nucleares do Irã em seu território. Teerã compreende isso perfeitamente”.

Israel ataca centro de pesquisa em Damasco, afirma Síria (vídeo)

O Cairo censurou os ataques aéreos de Israel ao território sírio. Em declaração da chancelaria do presidente do Egito diz-se que lançamentos de mísseis violam leis internacionais e agravam ainda mais a situação na região.

A Liga Árabe também condenou as ações de Israel e apelou a que o Conselho de Segurança da ONU “reaja imediatamente para acabar com os ataques israelenses à Síria”.

Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começou segunda-feira sua visita à China apesar do agravamento da situação na região por causa de ataques de aviões israelenses à Síria, deixando sem comentários estes comunicados. Ao mesmo tempo, antes de partir para Pequim, o chefe do Governo de Israel efetuou uma reunião não anunciada com os principais ministros e chefes de departamentos militares. Os resultados do encontro são por enquanto desconhecidos. Por outro lado, nenhum dirigente israelense confirmou ou desmentiu publicamente as informações sobre ataques de mísseis ao território sírio.

Fonte: Voz da Rússia

 

10 Comentários

  1. “Se os israelenses são capazes de destruir facilmente uma estrutura militar nas proximidades de Damasco, eles podem também liquidar objetos nucleares do Irã em seu território.”

    Esta afirmação é verdadeira?

    Gostaria de saber opiniões. Obrigado

    • X-tudo,

      A Força Aérea de Israel é provavelmente a mais bem treinada do planeta. Sua capacidade de projeção de poder é invejável. Em 1981, por exemplo, os israelenses destruíram uma instalação nuclear iraquiana ( Operação Ópera ), numa missão muito bem executada, e sem sofrer nenhuma perda.

      Apesar dos iranianos terem uma capacidade de defesa respeitável, os israelenses estão anos luz a frente no que diz respeito a capacidade de ataque eletrônico e possuem uma força aérea com tipos muito mais avançados. Ou seja, um ataque aos iranianos não é nada impossível. Poderia até custar-lhes algumas aeronaves, mas não é nada irrealizável…

  2. O problema de Israel é conter o contra-ataque por terra. Milhões podem marchar em direção ao país. Não existe estoque de munição para tanto inimigo. Como as distâncias não são tão grandes e já existirem inimigos dentro do Estado, uns trinta por cento da população é muçulmana, a marcha pode ser feita à pé. Fora a possibilidade de união enter os palestinos, os jordanianos, os libaneses, os egípcios, os sírios, os iraquianos e os iranianos.

    • Você é tão devoto da sua ideologia que ao que tudo indica não se deu ao trabalho de estudar história não é meu caro Walfredo! Se você tivesse feito o dever de casa saberia em em três oportunidades Israel venceu todos os países árabes. Sozinho.

    • Walfredo,

      Creio que não haveria união… A maioria desses países hoje seguem políticas bem diferentes das que seguiam nos anos 50/60/70. Ademais, qualquer tentativa de ataque direto a Israel poderia ser prontamente respondida pelo ocidente. Por fim, é provável que os países árabes vejam nos iranianos uma ameaça maior do que veem em Israel ( eles não estão se reequipando com uma pilha de equipamento americano para se defender contra israelenses )…

  3. X-tudo

    Israel até pode atacar instalações iranianas, um ataque aéreo surpresa feito por esse país seria algo difícil para qualquer país do mundo impedir, mas o problema são as consequências, o que faz Israel ficar latindo sem parar mas impede a mordida. Sabem que as retalhações tanto politicas como militares seriam gravíssimas, por isso mesmo imploram que os EUA entre nessa historia, para dividir o peso dos problemas e os EUA por sua vez querem distancia de gastos com guerras que o seu povo não aprova.

  4. Não é acaso que o bombardeio tenha acontecido depois que:

    (1) o chefe do Pentágono, Chuck Hagel passou por Israel e pelas petromonarquias do Golfo; depois

    (2) que o Exército Sírio avançou nas duas últimas semanas pelo corredor de Homs, contra os mercenários e jihadis financiados por estrangeiros; e depois também

    (3) que Hassan Nasrallah, do Hezbollah, fez viagem “secreta: a Teerã; Nasrallah, que tem aguçada mente geopolítica, disse e repetiu [a toda a comunidade islâmica reunida] que o que “eles” realmente querem é destruir a infraestrutura, a economia e o tecido social da Síria – “destruir a Síria como povo, como exército, como nação”.

  5. Cada um escolhe a ideologia que prefere, não é mesmo, afinal estamos em um democracia. O discurso de autoridade, aquele que tenta desqualificar o outro e não a ideia é assumido por quem não tem bons argumentos.

    Fiz uma rápida pesquisa sobre a população dos diversos países muçulmanos em torno de Israel, que poderiam fazer guerra ou envolver-se diretamente em um conflito.

    Síria – Estimativa de 2008 19 747 586 hab.
    Irã – Censo 2012 75 149 6691 hab.
    Iraque – – Estimativa de 2006 27 783 383 hab. (40.º)
    Egito – Estimativa de Julho de 2008 81 713 517 hab. (14.º)
    Jordânia – Estimativa de 2007 5.924.000 ha
    Palestina – Estimativa de 2005 3 702 212 hab
    Líbano – Estimativa de 2008 3 971 941 hab.

    Israel – Estimativa de 2012 7 913 900
    A afiliação religiosa dos judeus israelitas varia muito: 55 por cento dizem que são “tradicionais”, enquanto 20 por cento consideram-se “judeus seculares”, 17 por cento definem-se como “sionistas religiosos”; os finais 8 por cento definem-se como “judeus haredi”.

    Perfazendo até 16,2 por cento da população, os muçulmanos constituem a maior minoria religiosa de Israel.

    Dos cidadãos árabes de Israel, que representam 19,8 por cento da população, mais de quatro quintos (82,6 por cento) são muçulmanos.

    Os cristãos totalizam 2,1% da população de Israel e são constituídos de árabes cristãos e judeus messiânicos.

    Fica fácil verificar que uma invasão por terra seria dificilmente contida, o inimigo está dentro de casa e no muro ao lado.

    O fato de ter ganho guerras no passado não significa que ganhará todos no futuro, mesmo porque, os árabes já ganharam muitas também, criando um dos maiores impérios no seu apogeu. Em verdade, Israel não pode perder nenhuma, pois se perder, já era.

    Buscar soluções pacíficas e equilibradas sempre foi a melhor política, em qualquer tempo. O maior domínio é o subliminar, aquele que o dominado não sabe o que está acontecendo. Israel ganharia muito mais se criasse um mercado comum com seus vizinhos utilizando seu poder econômico para comprar a paz e garantir a segurança dos milhares de judeus que vivem nos países árabes, como no Irã.

    Judaísmo não é o mesmo que Sionismo.

  6. Em tempo, o PT em Israel

    O Partido Trabalhista de Israel (em hebraico, מפלגת העבודה הישראלית, translit. Mifleguet HaAvoda HaYisraelit), conhecido em Israel como Avoda, é um dos grandes partidos do país. De centro-esquerda, é um partido social-democrata e sionista, membro da Internacional Socialista. Seu atual chefe (desde setembro de 2011) é Shely Yechimovitz.

    Membros célebres na história do partido são David Ben-Gurion, Yitzhak Rabin, Shimon Peres, Golda Meir e Ezer Weizman.

    Desde 1999, no 16° Knesset, o partido absorveu o pequeno partido de esquerda Am Ehad e aliou-se ao Meimad, também um pequeno partido de esquerda, religioso e sionista.

    Nas Eleições legislativas em Israel em 2009, depois de um resultado pífio, se comparado ao seu passado, o Avoda ganhou 13 cadeiras no Knesset, ficando assim com somente a quarta maior bancada.

    Em 2011, após a dissolução do partido realizada pelo ex-líder Ehud Barak, o partido conta somente com oito membros no parlamento. Barak e outros quatro ex-parlamentares do Avoda fundaram o Partido Independência (em hebraico, מפלגת העצמאות, transliterado Mifleguet Haatzmaut)

    Em 2005, o partido sofreu com a saída de um de seus líderes históricos, Shimon Peres, que se juntou ao Kadima e, atualmente, é Presidente de Israel. Em uma tentativa de renovação interna, os trabalhistas elegeram como líder o sindicalista Amir Peretz, reforçando a agenda social e econômica, com a defesa do aumento do salário mínimo e dos benefícios concedidos pela previdência social.

  7. Talvez seja porque não entendo a dinâmica de combate. Mas.. O Irã dominou o drone “stealth” americano na surdina… o que dirá um f-15 com assinatura de radar muito maior!… e no calor da situação! Ponto para a nossa FAB que tem muitos acordos com a tecnologia eletrônica israelense caso for tão avançada assim. Mas… daí a Síria um país eu não diria saturado mas sofrendo por demais com os embates servir de aviso à o Irã?… Não seria demais?… Mesmo sabendo da capacidade dos envolvidos?

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