Delegação russa na LAAD elogia potencial tecnológico do Brasil

 LAAD  2013

Durante a Feira Internacional de Defesa e Segurança (LAAD), realizada na semana passada no Rio de Janeiro, os stands das empresas russas foram visitados por milhares de especialistas e curiosos. No espaço estavam expostos mais de duzentos protótipos de armas e equipamentos militares, desde o modelo em escala do sistema de mísseis antiaéreos portáteis Igla-S até maquetes e simuladores do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1 e S-300.

Entre eles, estavam os ministros da Defesa do Brasil, Argentina, Peru, Chile, Ucrânia, além de coronéis e comandantes de tropas de diversos países latino-americanos e africanos. Para recepcioná-los e falar sobre as inovações dos equipamentos expostos, as possibilidades de exportação e até mesmo sobre a produção conjunta de equipamentos no território desses países, estiveram presentes no evento Aleksandr Fomin, chefe da delegação russa e do chefe do Serviço Federal de cooperação técnico-militar, e Serguêi Ladiguin, chefe da delegação da Rosoboronexport, entre outros especialistas russos.

Foi num desses encontros que surgiu a conversa sobre os sistemas Pechora e Paraná, motivada pelo contrato que deve ser firmado nas próximas semanas pela empresa KB, sediada em Tula, e prevê o fornecimento para o Brasil de três baterias (18 carros de combate) do sistema antiaéreo de mísseis Pantsir- S1. O governo brasileiro vai adquirir o sistema para garantir a segurança dos estádios e outros locais públicos durante a Copa do mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Embora o acordo ainda não tenha sido concluído, as discussões sobre o tema foram retomadas na reunião bilateral dos presidentes Vladímir Pútin e Dilma Rousseff, durante a cúpula dos Brics no mês passado.

O contrato para a aquisição do Pantsir-S1 inclui um programa de compensação no qual é previsto que a manutenção do sistema antiaéreo será realizada por empresas brasileiras. Também será liberada, sob a licença russa, a produção de munição para o canhão de 30 mm. Esse trabalho poderá ser feito pela Odebrecht Defesa e Tecnologia, que já colabora com empresas russas em vários projetos. Os exportadores de armas russas também esperam que, depois que a parceria entre Moscou e o Brasil passar para a próxima fase, os projetistas russos comecem a desenvolver, juntamente com especialistas brasileiros, um sistema antiaéreo de mísseis inteiramente novo, chamado Paraná. Nele, serão utilizados componentes brasileiros como rodas e radares, além de outros itens fabricados pela indústria de defesa brasileira.

O Paraná não é, contudo, o único projeto conjunto que Moscou está propondo ao Brasil. Entre as futuras parcerias, está incluída a criação de um centro de serviço de manutenção de aviões e helicópteros no país latino-americano. Por considerar o Brasil um país altamente desenvolvido em matéria de tecnologia e que conta com especialistas bastante qualificados, a ideia é intensificar cada vez mais a cooperação no setor de alta tecnologia, garantiram os especialistas russos presentes no evento.

Fonte: Gazeta Russa

7 Comentários

  1. Se uma nação que possui inegavelmente grandes técnicos, cientistas, e centros de formação tecnológica propõe a execução de programas conjuntos de alto vulto, você deve apegar-se a oportunidade com todas as forças. Se você não concordar, estará perdendo uma oportunidade histórica…
    Em outras palavras: cavalo encilhado passando à frente. É pegar, ou lamentar depois…

  2. Agora eu fiquei confuso. Ele diz que são 18 carros de combate, mas apenas 3 baterias? O que são os outros 15 carros? Munição, radar?

  3. Pelo que eu lembro, uma bateria teria de 6 carros… vou de memoria, sem pesquisar no google… assim seria uma bateria do Pantsir:

    – 1 Carro comando,com o Radar, o controle de tiro central e identificação
    – 1 Carro gerador energia elétrica
    – 1 Carro de Reposição Misseis
    – 3 Carros para disparo dos misseis.

    posso estar errado nos números… algumas baterias tem somente 2 carros de ataque, outras baterias por ai tem 4… parece que as nossas terão 3 de ataque, já que os carros de comando, energia e recarregamento estão sempre na composição… à menos que sejam em atividade independente, aí seria somente o veiculo de ataque com seus sensores montados… mas falar em bateria… se o cara falou que são 18 Carros… 6×3=18…

    Valeu!!

  4. 3 baterias = 18 no total.

    Cada bateria usa seis carretas lançadoras, além de veículos de apoio – combinação de mísseis terra-ar com alcance de 20 km, na altitude de 15 km, mais dois canhões duplos, de 30 mm. Cada carreta transporta 12 mísseis 57E6.

    O radar de detecção atua em um raio de 36,5 km.

  5. Esclarecendo o que eu disse no post acima..

    Esse carro comando não é o carro com radar, ele tem a centralização dos radares e sistemas montados nos veículos de lançadores, assim como coordena o controle de tiro e identifica amigos de inimigos…

    Lá ficou parecendo que o carro comando tem o radar e os sistemas, mas esse carro somente centraliza as informações recebidas e decide o que fazer…

    Devia ter feito uma revisão antes de postar..

    Valeu!!

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