Educação brasileira terá centro de estudos de ponta nos EUA

Parceria com a Fundação Lemann vai oferecer quatro bolsas de pós-graduação por ano para pesquisadores brasileiros em Stanford

Sugestão: Gérsio Mutti

Tatiana Klix, iG São Paulo | 19/08/2011 18:29

A Escola de Educação da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, reconhecida como uma das mais inovadoras do mundo para a área, terá, a partir do próximo ano, um núcleo para pesquisar a educação brasileira. A iniciativa é uma parceria com a Fundação Lemann, que pretende impulsionar o empreendedorismo e a inovação na educação do País.

Foto: Divulgação Ampliar

Quatro pesquisadores da Universidade de Stanford vão se dedicar ao ensino brasileiro

Além de quatro pesquisadores da universidade dedicados aos estudos sobre o Brasil, o Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil (Centro Lemann para o Empreendedorismo e Inovação na Educação Brasileira) oferecerá quatro bolsas de pós-graduação por ano (três de mestrado e uma de doutorado) a brasileiros. A ideia é que esses acadêmicos desenvolvam pesquisas sobre políticas públicas, inovação e empreendedorismo em educação.

As bolsas não são apenas para educadores, mas podem ser pleiteadas por pesquisadores de outras áreas que queiram desenvolver trabalhos relacionados ao ensino. Uma das oportunidades oferecidas, inclusive, é para um curso integrado da faculdade de Administração com a de Educação em Stanford.

“A gente não resolve problemas jogando dinheiro neles, mas jogando cérebros. (..) Precisamos jogar cérebros desesperadamente na educação do País. (…) A gente quer procurar esses cérebros em todas as áreas, não só na pedagogia”, explica o professor Paulo Blikstein, brasileiro que já trabalha na Universidade de Stanford e será um dos pesquisadores do novo centro.

Para concorrer às bolsas, os interessados devem se candidatar diretamente à universidade. A Fundação Lemann vai oferecer as bolsas integrais (mais despesas) para quem for selecionado por Stanford, com o compromisso de que os pesquisadores devem retornar ao Brasil e aplicar o conhecimento na educação do País.

Formação de professores

Outra frente do projeto que tem um planejamento para ocorrer durante 10 anos foca na formação de professores. Todos os anos, um grupo de oito brasileiros participará de um treinamento para coordenadores escolares e diretores de cursos. A ideia é levar gestores do poder público e de faculdades de pedagogia para o workshop, que dura uma semana. Neste caso, a seleção será feita pela Fundação Lemann.

Um programa anual para pesquisador visitante, no qual profissionais brasileiros poderão passar de três a seis meses na universidade, também tem o objetivo de levar aos Estados Unidos aqueles que já trabalham na área.

Bom para Stanford
O professor Martin Carnoy, americano que publicou em 2009 o livro “A Vantagem Acadêmica de Cuba”, resultado de uma pesquisa comparativa do ensino no Brasil e em Cuba, disse que o programa não é só importante para a educação do Brasil, mas para Stanford também. Segundo o pesquisador que fará parte do núcleo Lemann, o País desperta muito interesse no mundo e as pesquisas que virão da parceria serão positivas para a Escola de Educação de Stanford.

O diretor executivo da Fundação Lemann,  Denis Mizne, concorda com o pesquisador e pondera que há 10 anos talvez não fosse possível realizar essa parceria, porque não haveria o interesse da universidade americana. “Precisamos levar a educação brasileira ao mesmo patamar da economia”, explica.

Fonte: Último Segundo

12 Comentários

  1. Criatividade + Intuição + Pesquisa. Nisso,nós somos péssimos. Agora, os nossos políticos são de baixíssimo nível intelectual e moral. Vamos começar a mudança por aí, caso contrário de nada adiantará.

  2. EBA, nossos amiguinhos querem que nossos academicos lá com eles. olha só que bacaninha.
    BACANINHA NADA. É o tipo da ação Política, pra sair em jornal e ser noticiado na internet(para entrar no bolo de ações de aproximação EUA e BRASIL), mas que na aplicação pratica não tem efeito nenhum, talvez um ou outro academico de politicas publicas volte para o brasil com uma visão menos “esquerdista“ de politica.
    Eles não me enganam.

  3. dandolo criatividade pessimo aqui no Brasil????/ somos muito criativos e desenvolvemos teclogias que ñ a em nenhum lugar…

  4. Parabéns à fundação Lemann(Grupo Garantia?), uma iniciativa que poderia ser seguida inclusive pelo Ministério da Educação.

    []’s

  5. A criatividade e´relativa,ou seja ;ha criatividades nas artes,ha criatividades na politica,ha criatividade na area de pesquisa,ha criatividade para roubar ou como preferem os vermelhos,criatividade para administrar o dinheiro alheio,dizer que os brasilis sao criativos e´tao vago que da margens a especulaçoes nao comprovadas e tendenciosas.

  6. BRASILEIRO MUITO CRIATIVO MESMO , ALGUM EX: ESSA PORCARIA DE TOMADA ELETRICA Q TEMOS Q USAR ADAPTADORES EM TODOS OS APARELHOS , CARRO FLEX UMA VERDADEIRA PORCARIA BEBERRONA E LERDA CHEIA DE PROBLEMAS Q NENHUM MECANICO DO MUNDO CONSEGUE ACERTAR ( VIDE O VOYAGER 1.0 )SISTEMA DE CORES DE TV DIFERENTE DE TODO MUNDO POIS OS FABRICANTES TEVE Q INVENTAR UMA TV COM 3 SISTEMAS P/ ATENDER O BRASIL , EU ACRETIDO Q CRIADORES DESSAS MER. SONHAM UM DIA NA SUAS VIDAS Q O MUNDO VAI C ADAPTAR AS SUAS GRANDIOSAS CRIAÇOES OU MELHOR ILUSOES, MUITO CRIATIVO O BRASILEIRO REALMENTE MUITO CRIATIVO MESMO

  7. Arquimedes, AS VEZES chego as mesmas conclusões suas… brasileiro, se pudesse, inventaria a roda… só que quadrada… sabe como é… inovação sempre… mesmo que não de certo… na pratica também não tem efeito…

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