Com conquistas dos rebeldes, surgem dúvidas sobre o pós-guerra na Líbia

http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2011/08/03/110803134641_libia_304x171_reuters_nocredit.jpgJonathan Marcus

Especialista da BBC em diplomacia e defesa

Após semanas de impasse militar, a situação parece estar mudando na Líbia.

A Otan afirma que as forças anti-Khadafi estão assumindo o controle de locais cruciais e ameaçando Trípoli.

Os rebeldes realmente tomaram cidades importantes, como Zawiya, que tem uma grande importância estratégica, já que ali funcionava a única refinaria que ainda estava sob o controle do regime.

É preciso lembrar, porém, que os avanços dos rebeldes por vezes evaporam na mesma rapidez com que são conquistados.

Ainda assim, as últimas conquistas dos rebeldes trazem muitas novas questões.

Se suas vitórias se consolidarem, isso significa o fim do jogo? Em caso positivo, como ele terminará?

Pós-guerra

Os governos integrantes ta Otan vêm trabalhando de perto com os rebeles, para desenvolver um plano para o período pós-conflito.

As lições tiradas do colapso do regime iraquiano ainda estão frescas na mente de todos.

E a aliança não quer ver o caos se instalando durante um vácuo de poder, que poderia vir acompanhado de mortes por vingança, saques e muitos outros crimes.

Na realidade, a reta final desse conflito traz problemas bem particulares para a Otan, cuja autorização para atuar no país permanece sendo direcionada à proteção dos civis.

Críticos argumentam que isso não passa de ficção, que a Otan está de um dos lados de uma guerra civil e opera em ataques aéreos para balancear o confronto.

A intervenção da aliança começou com o objetivo imediato de proteger os civis de Benghazi das tropas do governo. E a guerra pode terminar com a Otan tendo que garantir a segurança da população em Trípoli.

Esse será o verdadeiro teste no entendimento entre os governos ocidentais, os rebeldes e os países que investiram neles, como a Grã-Bretanha e a França.

Fonte: BBC Brasil

20 Comentários

  1. Q dúvida?Os massacres mudaram de lado, a justiça será feita de uma forma ou de outra, aí dos vencidos. Q a ONU mande p lá seu observadores , se ñ, só vai ter enterros. sds.

  2. Duvidas né…Eu tenho certesas…Manutenção de um governo corrupto mas favoravel,liberação de haxixe a vera e sugamento do petroleo…Sarkosy seu otario seu lobbyzinho deu em nada rsrs rsrs

  3. Se confirmarem essas notícias a Líbia viverá um caos,podendo ocorrer até um perda de território,tomara que Kadafi consiga reverter a situação para o bem do povo!já que a maioria o apoia!

  4. Só c à ajuda de outra potências bem + armadas..nem Deus o poderá ajudar nessas semanas , no máximo duas (2 ).E vai ser morto ele e td a família, espero estr mt errado qto a morte deles.. Vai pagar pelo erros de subestimar a população, o mesmo poderá ocorrer na síria…Sds.

  5. Não tem nada a ver com Kadafi, esta guerra é cotra a Líbia e seu povo, a tentativa de impor um governo corrupto e fantoche que sirva aos interesses da OTAN/EUA.
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    Kadafi é só um ponto de coesão onde a nação Líbia se une em sua luta contra os mercenários (Os tais “rebeldes”) da OTAN.
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    E por isto Kadafi tem que ser morto, para fragmentar e quebrar a resistência líbia ao ataque da OTAN…

  6. Publicado em 21/08/2011
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    http://www.diretodaredacao.com/noticia/delegacao-brasileira-barrada-na-libia
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    Delegação brasileira barrada na Líbia
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    Tunis (Tunisia) – Estas linhas estão sendo elaboradas em Túnis, capital da Tunísia, onde uma delegação brasileira ficou retida por não poder ingressar na Líbia em função dos intensos bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em Trípoli não dá para chegar de avião, somente por terra e numa estrada a partir da fronteira com a Tunísia. Próximo daquela área houve durante quatro dias na semana que passou (e continuaram) combates entre os chamados rebeldes e as forças leais a Muammmar Khadafi.
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    Civis foram atingidos e ninguém pôde atravessar a fronteira para ir ao território líbio. Os que tentaram, como o médico líbio Heghan Abudeihna, que chegava do exterior via Tunísia foram atingidos. Integrantes da família do médico foram vitimados, segundo informações procedentes de Trípoli.
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    A Otan não quer sem saber se seus ataques atingem ou não populações civis, o que o governo líbio garante acontecer e até chamou delegações de várias partes do mundo, não só a brasileira, como dos Estados Unidos, Itália e muitos outros países, para verificar de perto os acontecimentos, como os efeitos dos bombardeios da Otan sobre a população civil.
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    Lamentavelmente, quando chegava a vez dos brasileiros, a última delegação que faria um relatório a ser apresentado à Organização das Nações Unidas, a ação militar da Otan impediu a entrada, que se fosse acontecer colocaria em risco os nove integrantes, inclusive este jornalista, dois parlamentares, Protógenes Queiroz e Brizola Neto, entre outros. O próprio governo líbio recomendou a não ida, para evitar algum incidente de consequências fatais.
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    Na verdade, os insurgentes contra Khadafi só conseguem avançar, e mesmo assim por um tempo curto, com a ajuda da Otan. Sem isso, provavelmente a crise já teria terminado com algum tipo de acordo político. Um dos objetivos da presença da delegação brasileira na Líbia era o de também colaborar no sentido de a paz retornar ao país norte africano.
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    Depois de seis meses de combates e menos um pouco de bombardeios das forças estrangeiras, uma coisa está clara: a crise não se resolverá militarmente, apesar das seguidas declarações de Madame Hillary Clinton falando hipocritamente em democracia.
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    Uma das propostas que voltou a ser sugerida, inclusive apoiada em nota da delegação brasileira, é a da realização de um plebiscito, sob a supervisão da ONU, para que o povo decida o regime a ser seguido no país. A Otan, entretanto, ainda acredita que ao sufocar a capital líbia com bombardeios diários para dificultar a entrada de víveres e mesmo ajuda humanitária que chega à Líbia atravessando a estrada Djerba (na Tunísia) até Trípoli, conseguirá o objetivo de acabar com o regime atual na Líbia. Ou seja, a estratégia atual é de sufocar Trípoli impedindo a entrada de alimentos e combustíveis. E na guerra da informação, os rebeldes ganham força, o que é negado pelo governo líbio.
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    Se as forças anti-Khadafi tivessem povo mesmo como apregoam teriam realizado manifestações populares massivas, o que nunca aconteceu até agora. Os constantes ataques aéreos e o cerco atual a Tripoli é mais uma tentativa do Ocidente de acabar com o regime capitaneado por Khadafi. Por estas e muitas outras, países com reservas de petróleo, inclusive o Brasil, que se cuidem, porque a cobiça é cada vez mais intensa. No caso líbio ainda se soma o fator geopolítico do controle da região,
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    Então, a crise deverá continuar por mais tempo, apesar da mídia de mercado dizer o contrário ao apregoar que os dias do dirigente Khadafi estão contados. Se a estratégia dos bombardeios continuar não dando certo, já não se exclui a possibilidade de uma invasão da Otan ao estilo Iraque.
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    Mas para tomar essa decisão, os integrantes da Otan terão que pensar duas ou mais vezes, simplesmente pelo fato de o povo em Trípoli estar armado e preparado para responder a uma agressão estrangeira. Hillary Clinton, Obama, Sarkozy, Angela Merkel e mesmo Berlusconi sabem disso e terão de continuar ameaçando e agindo sem produzir resultados, a não ser prejudicando a vida do povo líbio, que quer viver em paz e sem intromissão estrangeira.
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    Em relação à Tunísia, os eleitores preparam-se para eleger a 23 de outubro próximo uma Assembleia Constituinte. Estão registrados 100 (cem mesmo) partidos. Alguns partidos islâmicos querem que a Tunísia volte ao tempo da sharia, a lei islâmica, que prevê, entre outras coisas, decapitações de mãos para determinados crimes, inclusive o roubo e assim sucessivamente.
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    O problema é complexo. Ditadores sanguinários e corruptos como Ben Ali, da Tunísia e Hosny Mubarak, do Egito, sempre usaram a força bruta para massacrar o povo com o pretexto de combate às Irmandades Muçulmanas. Os dois mencionados, que foram apeados do poder pelo povo, adotaram políticas econômicas neoliberais para empobrecer parcelas significativas do povo e ainda encher os seus bolsos e de seus familiares.
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    Em termos turísticos, a Tunísia atrai muitos europeus. É um país privilegiado em termos de belezas naturais e de história. Há quem diga até que a Tunísia é uma espécie de Turquia, mas sem marketing. Ou seja, um país privilegiado pela natureza e bastante badalado em vários quadrantes, inclusive pela classe média brasileira com recursos para viajar. Comparem quando alguém diz que “estou indo para a Turquia” com outro que anuncia a ida para a Tunísia.
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    É isso aí, poucos sabem que a Tunísia na década de 50, logo após a independência em 1956, o carismático líder Habib Bourguiba instituiu uma espécie de Bolsa Família oferecendo subsídios do Estado para famílias de baixa renda. E quem recebia eram as mulheres, por serem consideradas em melhores condições do que os homens para gerir o subsídio.
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    Bourguiba, um socialista e herói, que mais tarde fez concessões ao esquema do deus mercado, acabou deposto e então Ben Ali ocupou o comando instituindo uma ditadura policial das mais violentas da região. Bourgiba aboliu o uso do véu pelas mulheres, o que se manteve posteriormente.
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    Agora, a 23 de outubro, os eleitores terão de escolher entre os 100 (cem mesmo) partidos para constituir uma Assembleia Constituinte, que terá a incumbência de tornar a Tunísia um país com leis na área social, entre outras coisas. Ou seja, depois da revolução que resultou no fim de uma das ditaduras mais cruéis dos últimos tempos no mundo, a Tunísia abre caminho para novos tempos. Se por algum motivo o processo nesse sentido for interrompido, provavelmente o povo voltará a se manifestar nas ruas exigindo reformas verdadeiras.

  7. Foi só o kadfi entregar seus planos de ter armas nuclears e pronto , ele vai ser morto…Brasil mostra sua cara q cuidado p ñ levar uns tapas na mesma, temos de criar um grupo secreto p montar a n W 87 e meios de entregas das mesma e logo, estão olhando p otros cenários. Quem viver verá.E p Ontem.sds.

  8. Se o Microbio põe em seu derredor a população civil para que eles sejam vitimados e assim sensibilizar a opinião public problema dele e problema de quem se sujeita a isso.O Microbio investiu seu exercito contra o proprio povo e merece mesmo ser deposto ou melhor ainda preso e julgado por uma corte internacional.Em uma guerra erros e atrocidades acontecem de todos os lados ou voces acham que estamos ainda nos tempos dos cavaleiros e seus embates de lanças para entreterem a nobresa e a plébe.

  9. Vejo a tomada da Libia para o terceiro mundo tal qual foi a destruição de Catargo, os poderosos de ontem querem se manter no poder as custas das riquezas dos outros, não resta alternativa, senão atendermos o chamado das armas e nos prepararmos para defender o Brasil.

  10. Quanto a queda de Kadafi;
    é inevitável que caia, uma país pequeno (populacionalmente)com 5 milhões de habitantes , não pode resistir ao imenso poder militar, financeiro e midiático da OTAN/EUA.

  11. “os rebeldes apresentaram uma solicitação oficial à Otan para usar os helicópteros tipo Apache nos confrontos com as forças de Kadafi, que controlam uma grande parte da capital líbia.”
    ………………………….
    Para os “rebeldes”, muitos recursos e todas as formas de apoio. Para o outro lado, bombardeios 5 x ao dia , bloqueio até de alimentos e remédios…
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    É ou não é uma guerra da OTAN?

  12. gostei quando chama os rebeldes de mercenarios pois acabei de ler uma materia em outro site e lá estava falando que varios dos rebeldes eram de outros paises como o egito tunisia e etc e tal .Sobre a queda do lider da libia estao falando desde a primeira semana de combate

  13. PE DE CAO

    Os líbios resistiram com bravura, más é muita desproporção em relação ao poder militar da OTAN.
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    Os combates já estão em Trípoli e mais de três mil pessoas morreram nas últimas 24 horas, sendo 1.300 só nas últimas 11 horas, e outras 5.000 ficaram feridas, “a maioria devido aos ataques da Otan.
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    Uma ofensiva terrestre com apoio de aviões e helicópteros, não há como resistir somente com metralhadoras e fuzis…

  14. Ja tomaram Tripoli agoar so falta o Palacio.Ja que la dentro so tem peçonha então manda fuguetada ate não ter tijolo sobre tijolo.

  15. por Thierry Meyssan
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    22/Agosto/2011/00h35/Tripoli
    -Domingo
    Um barco da NATO atracou ao lado de Trípoli, entregando armas pesadas e desembarcando jihadistas da Al Qaeda, enquadrados por oficiais da Aliança.
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    Os combates reiniciaram-se à noite. Eles atingiram uma rara violência. Os drones e os aviões da NATO bombardeiam todos os azimutes. Os helicópteros metralham as pessoas nas ruas para abrir o caminho aos jihadistas.
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    À noite, um comboio de viaturas oficiais transportando personalidades de primeiro plano foi atacado. Ele refugiou-se no Hotel Rixos ou se hospeda a imprensa estrangeira. A NATO não ousou bombardeá-lo para não matar seus jornalistas. O hotel, no qual me encontro, está acossado sob tiro contínuo.
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    Às 23h30 o Ministério da Saúde não podia senão constatar que os hospitais estão saturados. Contavam-se neste princípio de noite 1300 mortos suplementares e 5000 feridos.
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    A NATO havia recebido do Conselho de Segurança a missão de proteger os civis. Na realidade, a França e o Reino Unido vêm reatar os massacres coloniais.
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    01h00 Khamis Kadafi vem pessoalmente trazer armas para defender o hotel. Ele partiu. Os combates em torno são muito duros.
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    O original encontra-se em http://www.voltairenet.org/Carnage-de-l-OTAN-a-Tripoli

  16. Que dúvida ? Vamos colocar pessoas de alto nível no poder, mas que não sejam políticos populistas e corruptos, por favor.
    O Regime da China é o melhor de todos.

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