Celso Amorim quer aproximação com América do Sul e África

Ministro da Defesa, Celso Amorim

EFE – O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, tomou posse do cargo nesta segunda-feira e afirmou que vai promover uma maior aproximação do Brasil com o resto da América do Sul e com a África.

“Queremos valorizar o Conselho Sul-Americano de Defesa e aumentar a cooperação com os países da região. Também queremos estreitar relações com os países africanos e transformar o Atlântico Sul em uma região de paz e livre de armas de destruição em massa, especialmente nucleares”, disse o ministro em seu discurso.

Amorim foi nomeado depois que seu antecessor, Nelson Jobim, renunciou na semana passada em razão da divulgação de declarações polêmicas atribuídas a ele nas quais criticava vários companheiros de Governo.

O novo ministro declarou que vai manter a mesma linha na política de Defesa e assegurou que atuará com “espírito crítico” e estará “atento” para aplicar “ajustes”, mas admitiu que existem importantes limitações orçamentárias.

Amorim considerou que as “carências” das Forças Armadas ainda impedem a criação de um “efeito dissuasório” em potenciais inimigos que pudessem estar interessados nas riquezas do país, entre as quais citou o petróleo, a água e a Amazônia.

“Não se pode confundir um país pacífico com um desarmado e indefeso. Temos enormes riquezas e infraestruturas de grandes dimensões e o Estado deve resguardar as fronteiras e proteger seus recursos naturais”, ressaltou.

O novo titular da Defesa também destacou que realizará um esforço para fortalecer a indústria militar do país e renovar a tecnologia bélica.

A presidente Dilma Rousseff afirmou em seu discurso que escolheu Amorim com a certeza que o ministro vai imprimir “velocidade e solidez” à estratégia da Defesa.

Dilma também destacou a “disciplina e o respeito à hierarquia” de Amorim, qualidades que disse ter demonstrado como chanceler, cargo que ocupou em dois períodos, entre 1993 e 1995 e entre 2003 e 2010.

“O Brasil foi elevado à protagonista com voz ativa nos fóruns internacionais e é dono de seu próprio destino (…) Amorim está talhado para esta nova fase na qual o Brasil está com a cabeça erguida e é consciente de sua soberania”, declarou a presidente.

Além disso, Dilma considerou que durante seu mandato, Amorim enfrentará questões estratégicas que incluem negociações de compra de armamento e tecnologia bélica.

Celso Amorim toma posse como novo ministro da Defesa

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, tomou posse nesta segunda-feira (8), em Brasília. “Sou grato pela confiança”, disse em discurso. O novo ministro disse que está no cargo “mais para ouvir do que para falar”. Amorim elogiou os militares e ressaltou valores como respeito à hierarquia e nacionalismo.

Amorim disse ainda que apesar de ser um país pacífico, o Brasil não pode ser confundido como ‘desarmado’. O ministro ressaltou que é necessário cuidar das riquezas naturais –citando inclusive o petróleo da camada pré-sal– e preservar as fronteiras terrestres e marítimas. Amorim afirmou que a crescente influência do Brasil no plano político deve ser acompanhado de perto por um plano de defesa. O novo ministro disse ainda que o país deve continuar dando respaldo às ações da ONU.

Amorim foi indicado para a vaga na quinta-feira (4) para substituir Nelson Jobim. O diplomata Celso Amorim, 69, filiou-se recentemente ao PT e serviu como chanceler nos dois mandatos (2003-2010) de Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Defensor de uma política externa mais ideológica, ele colecionou conquistas e adversários que não chegaram a comover a presidente Dilma Rousseff a mantê-lo no cargo no início deste ano.

Formado diplomata pelo Instituto Rio Branco em 1965, a primeira passagem de Amorim como chanceler veio entre 1993 e 1995, no governo Itamar Franco. Na gestão de Fernando Henrique Cardoso, tornou-se chefe da missão diplomática brasileira nas Nações Unidas. Mais tarde, seria transferido para Genebra, na Suíça, e terminaria, em 2001, como embaixador no Reino Unido.

Depois da vitória de Lula, foi o único peemedebista convidado a integrar o governo –embora seus vínculos com o partido nunca tenham sido intensos. No Itamaraty, Amorim se disse defensor de uma política externa “altiva”. Ao final de sua passagem pelo cargo, o Brasil tinha se tornado um ator mais importante em questões globais, mas também tinha se aproximado de dezenas de países que desrespeitam direitos humanos.

Nos seus oito anos como ministro de Lula, Amorim teve maior destaque nas negociações entre Brasil e Turquia com o Irã para que a teocracia islâmica desse mais garantias sobre seu programa nuclear. Apesar de os três países terem fechado um acordo, as potências do Ocidente não confiaram nas intenções do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que, apesar de muitas declarações antissemitas, tornou-se o primeiro mandatário de Teerã a visitar o Brasil.

Caças e comércio

Amorim trabalhou como chanceler em um dos assuntos mais espinhosos para o Ministério da Defesa: a substituição dos aviões militares brasileiros, em um programa bilionário. O então chanceler foi artífice de um acordo com a França, para que os caças Dassault e submarinos do país europeu fossem adquiridos pelo Brasil, em detrimento dos concorrentes norte-americanos.

Além disso, ele teve como sucesso a ampliação do comércio do Brasil com regiões antes negligenciadas, como África e Oriente Médio. Ao mesmo tempo, o país aumentou suas exportações para países desenvolvidos e para a China. As relações com os vizinhos sul-americano ganharam um tom controverso, no qual o Brasil se tornava a principal potência da região, mas tolerava excessos, muitas vezes envolvendo ativos brasileiros, dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Fernando Lugo.

Ao sair do Ministério das Relações Exteriores, Amorim declarou que o Brasil precisava de um chanceler com perfil mais negociador para os próximos anos, cheios de contenciosos no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio). Dilma optou por Antonio Patriota, também funcionário de carreira, mas menos ligados a posições partidárias, como era o antecessor.

*Com informações de Maurício Savarese

Celso Amorim quer aproximação com América do Sul e África Fonte:  UOL

Celso Amorim toma posse como novo ministro da Defesa Fonte:  UOL

26 Comentários

  1. Ou seja: mais megalonanismo em ação. Começa com a América do Sul e a África. Daqui a pouco vai querer chamar para o clubinho mais países “antiimperialistas” como Zimbábue, Sudão, Irã….ao final o megalonanico almeja ver todos os fracos e oprimidos, sob a liderança do “Brasil – Pútência”, se contrapondo a “uzamericanú”

  2. Lá vem de novo a vocação terceiro-mundista do Celso Amorim.
    Agora, como não pode abrir embaixadas em qualquer corrutela, certamente vai abrir aditancias militares.
    Que pé no s!

  3. O Brasil prefere ser a cabeça do burro (líder do terceiro mundo), do que o rabo do leão(último do primeiro mundo).
    Vamos ser as duas coisas.

  4. Bom… Algumas coisas que disse sao verdades, mas essa de 3 mundo e america. Fora disso, quer algo, vai buscar fazendo diplomacias militares por assim dizer com paises emergentes… Ja seria um comeco bom. Eu particularmente preferia muito tambem que nao largassemos de mao da franca e alemanha como potencias muito proximas. E dos EUA … Nao precisamos ser inimigos dos mesmos

  5. Por isto que os militares não queriam este no MD! O cara ainda pensa que vai ta viajando praticando seu “diplomacês” por aí!… sr.min! volta pra casa!.. e pense em coisas concretas! Concretas? Aviões, salários, fragatas,logística de ponta.. etc.

  6. Velocidade e solides Madame so é possivel com investimento ent~]ao libera logo a grana.Defesa,Segurança,Educação e Saude baratas não existem e se existem são ineficientes.Ficarem apenas falando lindas palavras e ideias que todos ja conhecem e adimitindo existem importantes limitações orçamentatias é melhor calar a boquinha e não falar nada.

  7. O comentário de alguns é pra lá de atrasado, ai de nós se hoje estivessemos dependendo de vender para EUA e EUROPA, viva Lula que abriu nossos portos para o terceiro mundo, ah prefiro ser o primeiro do terceiro mundo do que ser o rabo do primeiro mundo falido, alias quem muito se abaixa o rabo aparece.

  8. “…aproximação com América do Sul e África…”
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    Nada que já não estivesse sendo feito por Jobin…
    É a continuidade de uma politica de estado baseada na END, particularmente em relação a A.S, região estratégica fundamental para a segurança do Brasil.
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    Quanto aos países da Africa, especialmente os da costa sul/ocidental do continente Africano, são peças fundamentais em uma futura politica brasileira de segurança e defesa no Atlântico Sul.

  9. Fazer negócios com os países do terceiro mundo é uma coisa boa para o Brasil.
    Se juntar aos meninos pobres numa trincheira atirando pedras com estilingues contra os meninos ricos, é coisa de muleque.
    Chega de MIMIMI: “Ai gente, não queremos seus navios aqui no Atlantico Sul, ai gentem!”
    ORRA! Se não quer interferência estrangeira nas nossas cercanias entao que equipem as nossas forças armadas! Não é com chororô que vão sair daqui, eles não respeitam muleques chorões, eles brigam pelos interesses deles, então briguem pelos nossos senhoras mocinhas esquerdistas!

  10. É por isso que eu e os militares não gostamos de diplomatas, pois, falou, falou e não disse nada só que vai se empenhar para acabar de vez com qualquer chance do Brasil ter uma arma nuclear, isso eu entendi perfeitamente, agora onde entra os caças e as fragatas e os investimentos na defesa ficou em que parte do texto, pois eu acho que eu não explicou como é que ele vai fazer.

  11. Ferreira junior, concordo com voce. Falta um pouco de prudencia, flexibilidade e o ideocentrismo de alguns tem os deixados cegos.
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    Acho que Seguindo o exemplo do tireless, alguns do forum devem, ao longo de tooooooda a sua vida e de tuuuudo o que viu e ja viveu deve ter formado a sua opinião baseados apenas na visão de mundo que seus avós, bisavós, tios os ensinaram, desconsiderando alguns fatos que saltam diante de nos, ignorados sob o argumento de serem discursos comunistas, esquerdistas, do satã.
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    Deviam se sentar do lado deles durante horas e horas escutando suas historias de quando o Brasil sobrevivia das migalhas que recebiamos por nossos recursos dos paises desenvolvidos. Lembravam-se do glorioso tempo em que nossos militares governantes iam até washintong massagear os escrotos dos neo-colonialistas para conseguirem algum favorzinho diplomatico.
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    Tomara que no futuro o filho de vocês, ao escutar suas opiniões altamente revanchistas, se sintam no direito de discordar de voces diante dos fatos que ele proprio constatou. Fazendo algo que voces nunca tiveram coragem de fazer:
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    Questionar essas convicções antiquadas que muitos de voces anda alimentam cegamente, mesmo diante de tantos fatos(digo FATOS e não digo noticias e discuros de personalidades e veiculos de comunicação reacionarios).
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    QUESTIONEM MAIS.

  12. Que coisa feia falar mau do elemento antes mesmo dele começar a trabalhar, depois vão ficar todos ai com cara de tacho… ou NÃO O_o bão, eu acho que o raio de ação do Amorim agora é mais restrito e de fuções mais internas além do mais se ele bobear logo a Caserna lhe mete o pé no traseiro (vide Viegas) uma coisa é regra no Brasil com os militares ninguem brinca se alguem ai tem duvidas é só consultar os livros de historia, ninguem brinca com o Exercito de CAXIAS.

  13. Apesar de discordar do dandolo em varios momentos ele tem razão. Continuaremos sendo lacaios dos todo-poderosos?
    Ou seremos senhores, com voz e posições respeitadas, de uma emergente classe média (BRICS ou g20)?

    Tudo o que é belo e desenvolvido hoje em dia, em breve não mais será. Mas alguem vai assumir o lugar deles. Faremos parte e adotaremos idelogidas do grupo que se foi, ou seremos os cabeças de uma nova ordem mundial?

    exagerei?

  14. Mais Dandolo, o rabo só recebe bosta,e senta-se sobre o mesmo…o melhor ainda e ser o “KBÇ”. O BRASIL tem de postar umas bases por lá, isso qdo tivermos uma Marinha c fragatas novoas e modrnas,submarinos e um PA c caças dignos do mesmo….Sds.

  15. Certo essa continuidade de política externa, novos mercados , novos investimentos.
    E falando em sentar,quem quiser que sente no colo da Otan que não tá mole não.

  16. Continuidade de política, aproximação sul-sul etc.
    Muito bem, mas o problema é que vai ser foco, solamente foco.
    Precisamos dos países da costa oeste africana? Sim.
    Mas primeiro vamos cuidar do nosso lago Amazonia Azul.
    Antes de procurar qualquer associação, a China está poluindo o Mar da China de navios chineses.
    É por aí.

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    Nada mais natural para o nosso país do que ser o ponto de referencia da América Latina e Africa, substituindo o poder dos antigos patrões Europeus e Yankees!
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    Isso mesmo que o nosso país deve procurar ser, um país independente que não responde mais aos interesses dos grandes, e ainda pega pra si o poder que estes estão perdendo pelo mundo… o Brasil está certo em agir assim!
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    Seguir o nosso próprio destino de diplomacia independente, cuidando dos nossos interesses e não dos interesses dos grandes, tendo poder com os países mais pequenos que olham para o nosso como um líder natural da região Sul-Atlântica onde está a A.L. e a Africa…
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    Isso mesmo que devemos ser, um país que finalmente abandona o capachismo, o vira-latismo, a ingerência dos potentes, e faz o próprio destino de liderança regional, ja que a liderança mundial não será mais como antes, hegemônica de uma ou duas nações, mas será composta por multi poderes baseados nas lideranças reginais entorno do Globo!!
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    O que muitos classificam como Megalômano, não passa de baixa influencia na verdade, sendo que queremos poderes regionais e não Globais, querer o poder Global sim seria Megalomania, como fazem alguns povos por ai, nós estamos mais concentrados no Atlântico Sul, e até alguma coisa do Caribe… nada de Megalomaníaco não!
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    Se outras nações ricas e potentes perdem muito poder regional nos continentes com a ascensão regional da Venezuela, Iran, e patavinas mil, problema deles, o Brasil parece somente estar fortalecendo o próprio poder indo contra os “Imperialistas” de sempre… então por que parar?? Se até os Imperialistas apoiam ditaduras sanguinárias por ai e ninguém critica, alias defendem, por que não fazer o mesmo para aumentar o poder do Brasil???
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    Mas tem gente que não quer ver o bem do Brasil com um partido de esquerda no comando, pra eles o Brasil bom é o que o partido deles governa, ai eu pergunto, realmente o melhor para o Brasil é o partido que esta governando em determinada época ou o verdadeiro crescimento da influencia do país independente do partido no poder??
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    Valeu!!

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