Redução da nota dos EUA anuncia uma tempestade financeira mundial

AFP  —  O rebaixamento da nota dos Estados Unidos prevê uma grande tormenta financeira com a abertura dos mais importantes mercados de ações na segunda-feira, após sua pior semana desde a crise de 2008, advertem analistas.

Os mercados financeiros desabaram afetados pelas preocupações geradas pela zona do euro e o temor de uma recessão econômica global.

Na Europa, na semana passada, a Bolsa de Frankfurt perdeu 13%, o índice Footsie-100 de Londres quase 10% e o mercado de ações de Paris caiu 11%. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones perdeu 5,75% e a Bolsa de Valores de São Paulo acumulou perdas de 9,98%.

A redução da nota da dívida americana, que passou de um triplo A para AA+, “não é uma sanção, muito menos um castigo”, afirmou no sábado Jean-Michel Six, chefe dos economistas europeus da agência de classificação Standard & Poor”s (SP).

“Essa gente não está em condições de emitir um juízo”, criticou no sábado o americano Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia, lembrando as notas AAA dadas pela SP e outras agências que geraram a crise mundial de 2008.

“Esta decisão é uma loucura, uma vez que os americanos têm capacidade para pagar sua dívida”, considerou Jean-Herve Lorenzi, presidente do Círculo dos Economistas da França.

“No contexto da atual crise, a SP jogou lenha na fogueira”, disse Elie Cohen, economista e diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.

“O fato de que a SP tenha rebaixado a nota dos Estados Unidos irá, sem dúvida, abalar os mercados financeiros na abertura de segunda-feira”, afirmou Paul Dales, especialista da Capital Economics.

“Se a queda nos mercados continuar, os riscos de uma recessão aumentam”, advertiu.

O economista Steen Jakobsen, do Saxo Bank, foi além e previu o começo de uma segunda crise mundial.

“Bem-vindo à crise 2.0!”, frisou à AFP, num período em que vários países enfrentam importantes dívidas públicas contraídas durante a crise bancária de 2008 e a recessão que se seguiu.

“A crise 1.0 foi o fracasso do sistema bancário para superar as perdas geradas pelos créditos hipotecários americanos. Isto gerou uma corrida bancária que os políticos resolveram transferindo a dívida do setor privado para o público”, recordou.

“Funcionou a curto prazo, mas como se vê na Europa, o mercado questiona a capacidade dos governos de reembolsarem a dívida”, observou.

A decisão da SP “provocará efeitos na Espanha e Itália e deixará a França sob pressão”, afirmou Charles Wyplosz, professor de Economia em Genebra. “A zona do euro cai num abismo”, encerrou.

Fonte: Terra

19 Comentários

  1. 1 – O Brasil subirá mais rapidamente posições no ranking dos países mais ricos.
    2 – Quem quiser ganhar dinheiro que compre ações agora.

  2. ja estou ateh vendo
    populaçao aumentando , países ricos em crise

    alimento aumentando
    a cobiça sobre o Brasil ta aumentando

    mtas coisas ainda tao pra estourar.

    do jeito que tao vao querer diminuir a populaçao

  3. essa classificação de AAA é ridícula! Se essas agências fossem realmente sérias ele seria classificado como o Brasil ou apenas um pouco mais..Como pode um país dever até “a mãe e os netinhos junto..” e ainda ser classificado como grau de investimento máximo? Essa situação ridícula só persiste porque eles conseguiram enfiar o Dólar como moeda de reserva após a 2ªGM. E depois na década de 70 os EUA perceberam que o mundo engoliu toda a mentirada dos “vencedores” e acabaram com o PADRÃO OURO. Depois que a URSS ruiu e se esfacelou..foi a festa total. A agenda Illuminati para a Nova Ordem Mundial estava liberada..rsrs. Só que abusaram da dose e quebraram o país… Agora não tem mais volta, o mundo não engole mais o Dólar e tá acabado..a esperança deles era o Euro, mas é capaz de explodir antes do Dólar. Por mim já vão tarde. Sou brasileiro e tanto faz EUA ou China, ou qualquer outro.Trocamos seis por meia dúzia.

  4. Será q vai ficar + instável do q já está ?Talvez, eu penso assim, poderá ficar um pouco + humano e melhor . Então, vamos esperar p ver-mos. Estamos trabalhando sobre hípoteses.Sds.

  5. Trecho de texto de Saul Leblon, na Carta Maior:
    ————————————————–
    E agora?’.
    A decana dos economistas brasileiros entende de crise. Ela nasceu em abril de 1930, poucos meses depois da 5º feira negra de outubro de 1929, quando as bolsas reduziram todo um ciclo a riqueza especulativa a pó e pânico. Em questão de horas.
    .
    A voz rouca de quem viveu e estudou todas as demais crises do capitalismo no século XXI, vai logo avisando: “Não, não é um quadro com o de 1929. Aquele teve um ápice, com recidivas, mas ensejou um desdobramento político que inauguraria um outro ciclo, com Roosevelt e o New Deal. O que passamos agora é distinto de tudo isso”.
    .
    Maria da Conceição faz uma pausa para para advertir em seguida: “Todavia não menos grave e talvez mais angustiante. É um colapso enrustido, arrastado, latejante. Sim, você tem a comprovação empírica do fracasso neoliberal; mas e daí? São eles que estão no comando, ou será o quê esse arrocho fiscal nos EUA enfiado pelo Tea Party na goela do Obama? Vivemos um colapso do neoliberalismo sob o tacão dos ultra-neoliberais: isso é a treva!’ , desabafa a professora que recém passou por uma cirurgia delicada, tenta moderar a voz e a contundência, mas seu nome é Maria da Conceição Tavares. Bem, ela reforça o torque satisfeita com a síntese enunciada e sublinha, inclemente: ‘É a treva!’
    .
    A professora de reconhecida bagagem intelectual, respeitada mesmo pelos que divergem de seus pontos de vista, normalmente prefere não avançar na reflexão política e ideológica. Mas neste caso insiste: ‘Não é um fascismo explícito, como se viu na Europa, em 30. Até porque o nazismo, por exemplo – e isso não abona em nada aquela catástrofe genocida, postulava o crescimento com forte indução estatal. O que se tem hoje é o horror de um vazio político de onde emergem as criaturas do Tea Party e coisas assemelhadas na Europa. Não há ruptura na crise, mas sim, permanência e aprofundamento. Será uma crise longa, penosa, desagregadora, mais próxima da Depressão do final do século XIX, do que do crack de 1929”.

  6. O mundo sem os EUA é mais instável.Agora o bicho vai pegar.
    sempre foi, só que do lado oriental. agora vai ser o nosso lado.

  7. Se o nosso país estiver forte e MUITO BEM ARMADO. Com um povo saudável , instruído e livre. Não vai fazer diferença se os EUA, a China, a Europa,ou o mundo estiverem instáveis..Se essa tal “instabilidade” cismar de aparecer por aqui nós expulsamos na bala!! Cuidado com o canto da sereia de: globalização, multi-isso; multi-aquilo, aldeia global,liberalismo, etc… Tudo muito bonitinho enquanto a grana estava entrando nos cofres do norte. É só faltar(como agora!) que vai tudo para o ralo. Forças armadas fortes = Nação forte(e vice-versa). Nunca existiu no planeta terra opção diferente dessa..

  8. SpaceGhost disse:
    07/08/2011 às 13:48
    1 – O Brasil subirá mais rapidamente posições no ranking dos países mais ricos.
    2 – Quem quiser ganhar dinheiro que compre ações agora.
    ===
    Nem um nem outro.
    1-O Brasil estagnará. O que é bom. Pior seria se decrescesse.
    2-Só se compra ações, na recuperação da crise. E não antes de entrar no olho do furacão. É o mesmo que pedir para falir.

  9. De fato, em relacao ao artigo da Dra, nuvens sombrias se aproximam, se vai ser chuva constante de inverno ou temporal de verao, seguido de trevas e que fica a duvida… Sou um pouco mais otimista…

  10. O mal do mundo ? Os banqueiros. Vamos estatizar todos os bancos desse planeta. As Bolsas de Valores, são o segundo mal do mundo. Tudo que gera especulação financeira, desequilibra a economia. O terceiro mal é o Populismo Corrupto e a Conivência entre os 3 Poderes da República; o quarto é a Concentração de Renda, e o quinto a Incompetência e Impunidade de Políticos.
    Os EUA concentram muita renda, e o Brasil está nas mãos dos banqueiros e especuladores financeiros, além do que eu disse no texto.
    Dilma tem que consertar essa bagunça. Vamos lá …

  11. .
    “Forças armadas fortes = Nação forte(e vice-versa). Nunca existiu no planeta terra opção diferente dessa..”
    .
    Perfeito… serve os 3% do PIB de forma fixa para as FA!!
    .
    Com limite de gasto com pessoal, aposentadoria e pensões a 60%, como é para os governos estaduais e municipais!Fixando também limite com material de consumo e manutenção de equipamentos à 25% e compra de material novo à 15%… acho que assim vai!!
    .
    Valeu!!

  12. Caro Francoorp,

    Concordo 100% com sua visão, e isso é difícil! 🙂

    3% do PIB para FAs(entre Pessoal, Pesquisa, Custeio de Operações e Investimentos em reequipamento)

    Teto máximo de 60% do Orçamento com pessoal, para todo os orçamentos públicos!

    []’s

  13. Eu a mt tempo digo q temos de reservar , pór lei, 3,5% do PIB pa s n FAs se reequiparem sempre..e a dilma defendo os ianks, dizendo q o rebaixamento dos mesmos foi um ato precipitado..sei ñ?Vamos investir a n grana, o fundo sobreano, em pesquisas e na contratação de cérebros p alavancar o avanço do pais, e investir pesadamente em educação no geral ddo BRASILeiro. E no reequipamento de n FAs c a > urgência. P Ontem.

  14. Caros Francoorp e Nick, 3% do PIB para a defesa está ótimo! Além disso o que tem que se baixar é nossa vergonhosa Selic para no máximo 1%( com isso nada de ruim vai acontecer a hiperinflação não voltará, o mundo não vai acabar, e ninguém vai falir..). Nossos juros fazem o Brasil ser parque de diversões dos banqueiros internacionais. >>>>O Dólar vai deixar de ser em breve a moeda de reserva mundial. Não tem mais jeito e nem como voltar atrás!! E será substituído nem que seja a força; por uma outra moeda(Yuan caso a China continue crescendo como está..)ou cesta de moedas. Com essa mudança no cenário econômico mundial os EUA que antes conseguiam facilmente fabricar,financiar e manter indústrias e forças armadas insuperáveis terão como todos os outros que acumular OURO ou outra moeda estrangeira para honrar seus compromissos. Isso fará deles um país como outro qualquer( uma inglaterra, França, Canadá, etc). Caso a coisa se organize por lá e eles se mantenham no primeiro mundo os EUA seguirão mais modestos nos gastos militares e a grande Ultra-potência de 10 anos atrás só será lembrada nos livros de história..Caso eles continuem com as mancadas; o futuro será mais sombrio. Com a pobreza e as dívidas aumentando a Confederação acabará se separando por diferenças econômicas e o inglês sendo substituído pelo espanhol em várias ex-estados da confederação..(a ex da antiga URSS )
    Nós Brasileiros temos que ser vigilantes e seguir com seriedade na gerência de nosso país, pois tempos de crise e mudanças econômicas mundiais geralmente vem arrastando junto guerras e destruições. E na guerra quem mais sofre são os mais fracos..( o que somos no momento!)

  15. Já vão tarde estadunidenses, não precisamos mais de vocês yan que nos adotemos como moeda internacional fora dolar e yankes 🙂

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