Correio Braziliense
Publicação: 07/08/2011 08:00 Atualização:
Há outras arestas a serem aparadas, porém. O histórico da atuação do diplomata poderá atrapalhar a política de reaproximação do Brasil com os Estados Unidos iniciada no governo Dilma Rousseff. A simpatia que Amorim demonstrava em relação ao Irã nos tempos em que era chanceler, principalmente a posição enfática a favor do processo de enriquecimento de urânio, jamais foi vista com bons olhos pela Casa Branca. A situação agora se agrava: titular da Defesa, Amorim será responsável pelo programa nuclear brasileiro. “Como explicar aos norte-americanos que o programa de desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear não vai se transformar em um empreendimento para a fabricação de um submarino com armamento nuclear?”, questiona o coordenador do curso de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), de São Paulo, Gunther Rudzit.
Há dois anos, quando estudava nos Estados Unidos, Gunther participou de uma audiência na Comissão de Segurança do Senado norte-americano. Ouviu de um senador democrata que o Brasil, depois de um longo tempo, voltou a ser incluído no radar de alerta após as declarações de simpatia de Amorim e do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ditador iraniano Mahmoud Ahmadinejad. O especialista em defesa lembra que o Senado dos EUA tem amplos poderes para influenciar a política externa e não seria improvável que a nomeação de Amorim para a Defesa aumentasse o grau de incerteza dos americanos em relação ao Brasil. “A luz amarela passaria para vermelha rapidamente”, afirmou Gunther ao Correio.
A questão da compra dos caças para renovar a frota brasileira também gera outro ponto de interrogação. Estimulado por Lula, que sempre quis manter uma relação próxima com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, Amorim defendia a aquisição dos caças Rafale, da fabricante Dassault. A Força Aérea Brasileira elaborou um estudo técnico mostrando as vantagens de se adquirir as aeronaves da empresa sueca Gripen. O documento foi fuzilado pelo Planalto — a gritaria acabou amplificada pelo veto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e a Aeronáutica teve que revisar o parecer técnico. A exemplo dos militares, Nelson Jobim também preferia os aviões suecos. Mas teve que engolir a seco.
Quando Dilma Rousseff assumiu a cadeira no Planalto, a compra dos aviões deixou de ser prioridade e o tema foi relegado a segundo plano, o que também desagradou Jobim, embora as Forças Armadas tenham um projeto de modernização da esquadra (veja quadro). Gunther acreditava que, na linha de uma reaproximação com os Estados Unidos, o Brasil poderia rever as questões ideológicas e optar pelos aviões da Boeing, embora não haja qualquer garantia que os americanos vão transferir a tecnologia desejada pelo governo brasileiro.
Desavenças
Além das questões práticas, ainda existem as desavenças profissionais. Tanto a diplomacia quanto a área de Defesa são consideradas carreiras de Estado, o que, inevitavelmente, gera ciúmes entre os profissionais dos dois setores. A nomeação de Amorim ressuscita um questionamento, feito em 2003, quando Lula resolveu indicar o também diplomata José Viegas para o cargo de ministro da Defesa. “Os diplomatas gostariam de ver um general quatro estrelas chefiando o Itamaraty? Pois é, os militares pensam exatamente da mesma forma”, reforçou Gunther.
Uma nuance que pode ajudar nessa relação — e diminuir a desconfiança dos quartéis à indicação de Amorim — é o estilo mais low profile do novo ministro em relação ao antecessor. Ninguém espera ver Amorim vestido com fardas camufladas ou fazendo operações pirotécnicas na selva. O ex-chanceler também nunca tomaria banho nu durante a cerimônia religiosa do Kuarup no Rio Xingu, como fez Jobim, em 1995. Ambos são vistos por pessoas próximas como detentores de egos inflados, mas o novo ministro é mais “disciplinado hierarquicamente”, acredita Gunther. “Se ele começar a extrapolar em suas palavras e ações, Dilma poderá falar: ‘Menos, Amorim, menos’ ”, brincou o professor.
Há quem enxergue, também, uma saia justa para o atual ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ele foi uma escolha pessoal da presidente Dilma para dar um novo rumo à política externa brasileira, menos benevolente com governos de esquerda — Bolívia, Equador e Venezuela — e mais voltada a uma reaproximação com os Estados Unidos. Além disso, o atual ministro de Relações Exteriores era secretário executivo de Amorim no Itamaraty. “Ele substituiu o chefe e, agora, o antigo superior passa a ser colega dele na Esplanada. Será constrangedora a reunião ministerial”, aposta um interlocutor da área diplomática brasileira.
Um especialista ainda lembrou que a própria aproximação de Amorim com os países “bolivarianos” vai provocar questionamentos entre os comandantes militares. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula foram obrigados a rever conceitos. O tucano teria dito “esqueçam o que escrevi”. Lula, ao adotar a política econômica conservadora para domar a inflação, autointitulou-se de “metamorfose ambulante”. “Agora, diante da tropa, Amorim dirá: esqueçam quem eu admirava?”, provoca um diplomata.
Felipe
O mundo mudou, os EUA necessitam de aliados para a nova ameaça econômica (China), eles não têm mais uma economia tão pujante. Terão cada vez mais de assumir um papel de uma das forças militares do mundo e não mais a principal. Agora temos que aceitar uma coisa, é difícil para um país que passou mais de 100 anos no comando do mundo mudar de hoje para manhã, até eles aprenderem a lidar com seus aliados, principalmente latino americanos vai demandar tempo e muita paciência para os dois lados. Até mesmo por que todos dois só têm a ganhar.
Quanto a alguns que disseram para ligar em Washington e perguntar qual é o ministro que eles querem no comando das pastas, tenho que discordar, temos de entender que a presidenta deveria ter congruência em seu pensamento, se ela quer uma reaproximação com EUA, tem que tomar medidas que leve a isso.
Vamos largar dessa ideologia idiota e esquerdista, que não mais cabe nesse mundo. Sempre fomos aliados dos EUA e por mais que tenham nos pressionado varias vezes a tomarmos medidas contra a nossa vontade, hoje não conseguem mais, não só por que sua dissuasão política quase não existe na atualidade, mas também o Brasil tem em mente mais ou menos o que quer e onde quer chegar e tem pensamentos próprios, tais quais os EUA terão de aprender a respeitar como disse o relatoria do Council on Foreign Relations.
Texto péssimo, apoiado por opiniões de um Zé ninguém.
jair disse:
07/08/2011 às 18:20
ops,desculpe aqui e o blog dos covardes,plano brasil colonia norte america.
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Obrigado pelo título Jair, mas é apenas mais um, nós aqui também somos chamados de blog dos franceses, dos Russos, dos Chineses, dos comunas e assim por diante. Mas te confesso que é com honra que recebemos este último título pois era talvez o único que nos faltava.
obrigado e grande abraço
E.M.Pinto
Editor chefe.
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O melhor blog de todos.
Valeu E.M.Pinto. Continue assim, isento.
aurelio disse:
08/08/2011 às 06:27
Brasil não é CUBA não é o IRA Sr. Amorim, porte-se com pessoa de bem , sem conotações politicas, o Brasil não é seu quintal nem sua casa. Suas convicções politicas guarde-as em sua casa, o cargo que exerce nada tem a haver com isso. SEJA ISENTO.
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Amorim cutucou os leões da política internacional e não foi engolido. Muito pelo contrário, colocou as principais potências a um passo atrás da diplomacia na relação com o IRÃ. A bola da vez era o IRÃ, mas não conseguiram muito mais depois da intervenção do Brasil. Tiveram que rasgar a carta de intenções que eles mesmos fizeram e que o Brasil conseguiu a assinatura, mas tiveram que retroceder também na vontade de invasão. E para mim, foi ali que a França perdeu a venda dos caças.
Para mim, a vinda de Amorim para o MD será para romper com os tradicionais. Acho que no final, teremos uma Força realmente independente (inclusive independente da ideologia que apregoa o uso de equipos americanos na Força Aérea). Acho que no final vamos de caças russos.
Falam como se Amorin fosse o presidente do Brasil.
“Como explicar aos norte-americanos que o programa de desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear não vai se transformar em um empreendimento para a fabricação de um submarino com armamento nuclear?”. Em outras palavras, como atender aos interesses dos EUA? “rever questões ideológicas?” á favor dos EUA?
Que absurdo o que esse cara fala!!!!
É o que eu digo sempre: o maior desafio das forças armadas brasileiras, são so próprios brasileiros.
Ministro Celso Amorim , faça imediatamente sua barba, pois não quero mais um barbudo neste governo.kkkkkkkkk
Os militares não estão nem aí se o Irã vai enriquecer urânio ou não… Eles não querem é a Agência internacional bisbilhotando nosso projeto.
Dilma também só criticou a falta de postura da nossa diplomacia em relação aos Direitos Humanos…
CUIDADO MINHA ORAÇÃO É FORTE rsrs rsrs Assim como orei e Deus me ouviu e baniu do governo o MD-X9 entreguista,vendilhão e espião Yankee agora ela esta direcionada para o milagre do IMPEACHMENT para Deus banir de uma vez por todas esse PODER MANGUAÇA.Me desculpe Sra.Dilma pois apesar de eu ver muitas qualidades em voce a submissão partidaria e as ingerencias DO MANGUAÇA lhe impedem de progredir e sendo assim VAI NA FÉ IRMÃZINHA E JA VAI TARDE.Rompi meu acordo de amor contigo que ia ate 2012 pois seus companheiros de ideologia AS RATAZANAS LATINAS fazem o que querem com nosso povo e nossa soberania na fronteira e voce como seu antecessor permanece omissa e conivente.Vá para o inferno Tchutchuca de validade vencida rsrs rsrs
E agora as Virgenzinhas Evangélicas Escandalizadas unam-se e abarrotem a caixa de e-mail do Edilsom reclamando de mim rsrs rsrs BRASIL ACIMA DE TUDO LIBERDADE BORDUNADA NELES TODOS COBRADA LARGA O AÇO
“Como explicar aos norte-americanos que o programa de desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear não vai se transformar em um empreendimento para a fabricação de um submarino com armamento nuclear?”, questiona o coordenador do curso de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), de São Paulo, Gunther Rudzit.”
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E daí ??????? Cara essa época de dar satisfação pros YANKS , já passou faz tempo !!! Aff
GALERA…Quanto vale um Tonho Manguaça?Ah um Tonho Manguaça não tem valor nenhum porque Tonho de Manguaça não tem dono…E quanto vale um Tonho Vermelhinho?Ah um Tonho Vermelhinho sim esse tem seu valor e é disputadissimo pela Rapaziada.Sempre bem tratado a Pedra Hume e bem cuidado a Prestobarba para sempre estar lindinho pro uso.
Não se iluda Matheus, o fato de eles não serem mais hoje o que eram a 20 anos não quer dizer que eles não estão ainda atrás de voltar a ser, ser imperialista, covarde, usurpador, escravizador, é algo que está no sangue de BOA PARTE daquele povo, então que sei ser bom para nós o Brasil ter pessoas que saibam dos males que eles provocam sem derramar a menor das lágrimas, como trabalhar para negar um aumento salarial de 9 centavos para trabalhadores haitianos, é isso o que querem e buscam, escravos e não amigos, tenha certeza, Amorim não é burro, certeza, tentará tirar deles o que é bom para nós e afastar a influência deles do que interessa a eles.
Ué 1Maluco… acordou?… os comunas são todos iguais… quando eu dizia tu vinha com esse discurso de paz e amor… com eles é assim.. é tudo ou nada… não foi a toa que passaram o rodo geral na boa época… são todos neuróticos esquizofrenicos… pode perguntar para um psicanalista… o melhor lugar para nós é longe dessa gente… vingativos e suicidadas… ou ganham tudo ou explodem tudo… não há como argumentar com essa gente… ce vai ver… com o nanico no MD, qnta cag… vamos ter que aturar… mas vai ter os que irão aplaudir… “tá vendo… o homi é bão… até compro uns caça…”… como se fazer o óbvio fosse sinal de competencia…
“Ministro Celso Amorim , faça imediatamente sua barba, pois não quero mais um barbudo neste governo.kkkkkkkkk”
se fosse so ele ainda se dava um jeito, mas pelo andar da carruagem existe um barbudinho agindo por debaixo dos panos muito mais perigoso que esse Amorin. Trata-se de Marco Aurelio Garcia um Rasputin Tupiniquin que esta ‘comendo” as orelhas da Dilma com conselhos fajutos. E a esquerda cupin tentando corroer as madeiras do Planalto
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“Eu fico me perguntando se os russos, chineses, franceses ou os indianos se preocupam tanto assim com a aprovação dos EUA.”
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Estão pouco se linchando… so brasileiro que gosta abanar o rabinho, de ser Vira-Latas pra agradar o dono e ganhar um osso, por que a carne e do Patrão!!
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Igual as ToT deles pro Brasil, so o Osso!!
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Valeu!!
Marco Aurélio Garcia, faça logo sua barba que eu não quero outro barbudo neste governo.kkkkkkkkk
Já observaram que Serra, FHC, ACM neto e avô, Collor, Maluf, Kassab, o picolé de chuchu o Esperidião Amin não usam barba, a nossa direita não tem barba, são os sem barba, será por isso que são tão honestos?….
:)PÉROLAS ESPARSAS 🙂
OH 1MALUCO…RSRSRSR… __________________________________________________________
“GALERA…Quanto vale um Tonho Manguaça?Ah um Tonho Manguaça não tem valor nenhum porque Tonho de Manguaça não tem dono…E quanto vale um Tonho Vermelhinho?Ah um Tonho Vermelhinho sim esse tem seu valor e é disputadissimo pela Rapaziada.Sempre bem tratado a Pedra Hume e bem cuidado a Prestobarba para sempre estar lindinho pro uso.”…
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SE TU NÃO EXISTISSE EU MANDAVA TE CRIAR…RSRSRSRS… saudações…RSRSRSRSRSRSRSRSRRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRRSRS 🙂