Câmeras de visão noturna Parte II- Entrevista OPTOVAC e a Primeira Câmera Termal Brasileira

Prefácio

Dando continuidade ao artigo exclusivo do Plano Brasil “Visão noturna Parte I- A origem & tecnologias”Apresentamos neste artigo duas seções distintas, a primeira  uma entrevista efetuada na ocasião da LAAD 2011, evento o qual o Plano Brasil foi especialmente convidado teve a oportunidade de visitar o estande da OPTOVAC.

Os nossos enviados Ricardo Pereira e Luiz Medeiros puderam experimentar as câmeras termais apresentadas pela empresa e com isto comprovar as suas características. Luiz Medeiros destacou-nos que ficou impressionado com a resolução do equipamento, em especial um peculiar acontecimento no qual segundo ele,  pode focar em seu braço e ver nitidamente a sua própria circulação sanguínea. Nossos enviados foram recebidos pelo representante da OPTOVAC Henrique Nobre, que gentilmente nos concedeu esta entrevista e  informações sobre os equipamentos expostos bem como da própria empresa.

Na segunda parte deste artigo intitulado a primeira Câmera Termal Brasileira, apresentaremos com exclusividade imagens de dois ensaios reais efetuados com as câmeras termais produzidas pela OPTOVAC realizadas por duas unidades distintas do Exército Brasileiro, O leitor poderá saber um pouco mais das tecnologias acerca destes sistemas recorrendo ao primeiro artigo desta série (“Visão noturna Parte I-A origem & tecnologias”)e assim entender um pouco melhor sobre as tecnologias envolvidas nas câmeras desenvolvidas pela empresa,  Esta matéria já estava agendada a bastante tempo, porém eu não havia concluído, os ensaios foram efetuados em 2009 e 2010 e desde então acompanhamos a evolução do projeto. Neste contexto, gostaria por fim de ressaltar que as informações e fotos foram exclusivamente cedidas pela OPTOVAC ao Plano Brasil e que estas podem ser vistas em maior resolução bastando para isto clicar sobre as mesmas,

E.M.Pinto

 

OPTOVAC Fabricante nacional de câmeras termais:

Entrevista exclusiva Plano Brasil

Luiz Medeiros e Ricardo Pereira- Plano Brasil

Henrique Nobre: OPTOVAC

Plano Brasil: Bom dia Henrique, obrigado pelo convite e pela gentil recepção. Em nome do Plano Brasil gostaríamos de lhes parabenizar pelos feitos tecnológicos e vos felicitar pela participação nesta edição da LAAD 2011. Você poderia falar um pouco da empresa para os leitores do Plano Brasil e seus Parceiros?

 

Henrique: Bom dia Luiz é um prazer tê-los aqui, bem… gostaria de dizer que a OPTOVAC é uma empresa inteiramente nacional. Nós estamos ha mais de 20 anos no mercado e a Optovac nasceu com o incentivo da Marinha, que através da COPESP (Coordenadoria para Projetos Especiais), tinha o objetivo de desenvolver a tecnologia do combustível nuclear no Brasil, para submarinos. A OPTOVAC foi fundada e cresceu com este apoio  mas com a crise econômica na era Collor o programa sofreu forte impacto e a OPTOVAC passou a investir muito no setor de óptica de precisão.

 

Hoje concluímos diversos projetos muito importantes para nossa empresa como um projeto para o INPE, para quem desenvolvemos um complexo sistema óptico para o espaço e diversos projetos para o Ctex.

 

Um importante marco tecnlógico para a OPTOVAC e creio, para o País, foi justamente a qualificação para uso espacial da objetiva que desenvolvemos e fabricamos para o INPE. Este processo de qualificação comprovou que nossa objetiva é capaz de suportar as severas  vibrações da decolagem e as radiações no ambiente espacial em que opera, bem como, as mudanças de temperaturas no espaço.

 

É com orgulho que falo desse importante acontecimento para nossa empresa.

 

Plano Brasil: Como já dilvulgamos no Plano Brasil a OPTOVAC atuou recentemente num programa do Centro tecnológico do Exército Brasileiro o CTEx, correto?

 

Henrique: Isto mesmo Luiz, nós já trabalhamos muito com o CTEx, que é um importantíssimo fomentador de tecnologias avançadas e grande apoiador da indústria nacional de defesa. Tecnologia esta, e vale ressaltar, possui muitas vezes,  desdobramentos significativos na área civil.

 

A Optovac concluiu diversos projetos na área de desenvolvimento de sistemas infravermelho, de visão noturna e sistemas optrônicos de guiamento para o CTEX. Ao final de 2009, entregamos uma luneta de imagem térmica para tiros de precisão em fuzis. A luneta foi completamente desenvolvida e fabricada no Brasil: óptica, mecânica, sistemas eletrônicos, softwares e algoritmos, tudo feito no Brasil, pela Optovac.

 

Plano Brasil: Você poderia falar um pouco deste equipamento?

 

Henrique: Esse equipamento já foi testado em campo (ver nesta matéria), foram efetuados ensaios, que englobaram inclusive, tiros noturnos. Foram feitas tambem comparações com um modelo de câmera importada.

 

O ensaio foi efetuado pelo pessoal das Forças Especiais do Exército Brasileiro em Goânia que atestaram e gostaram muito do desempenho. Segundo eles foi melhor do que o modelo importado e essa notícia foi inclusive divulgada no jornal do CTEx daquela época.

Este resultado foi uma satisfação muito grande para toda a nossa equipe pois compravamos que estávamos no caminho certo e a confiança que o CTEX nos despositou foi então correspondida. E mais, comprovou-se novamente, como em outras ocasiões na história da tecnologia brasileira que é possível sim, fazermos tecnologia de altíssimo nível no Brasil. Somos um país com um povo muito perseverante. E a OPTOVAC, sobretudo como pequena empresa, sempre soube perseverar e acreditar no potencial de nossa equipe.

Mas o importante é isso, a OPTOVAC não parou, hoje nós temos um modelo de câmera similar ao usado no ensaio, porém com um sensor muito mais avançado, com tecnologia mais moderna e uma câmera com algoritmos mais avançados e mais novos, com metade do tamanho da câmera utilizada no ensaio, a qual você teve oportunidade de experimentar e pode falar um pouco aos leitores.

 

 

Plano Brasil: Realmente a câmera me impressionou, não só pela definição e nitidêz como também pelo histórico do desenvolvimento, o que mostra uma progressão de modelo para modelo.

 

Henrique: Correto, a OPTOVAC não está parada. Hoje nós temos modelos de câmeras para diferentes aplicações, câmeras com sensores de diferentes resoluções, com tipos de saída de vídeo diferentes, micro LCD (liquid Crystal Display- Monitor de cristal Líquido), ou seja, somos muito flexíveis às necessidades do cliente.

 

A OPTOVAC quer expandir essa tecnologia para outros setores como empresas da área de segurança e para as forças policiais, um setor que julgamos ser de fundamental importância. Além disso, muitas empresas nacionais estão desenvolvendo VANTs, os quais estão se mostrando já bastante avançados. Porém a carga útil destes VANTs, que envolve todo o sistema de câmeras vísiveis e termais, são importados. A Optovac deseja e está trabalhando para ser um fornecedor nacional destes sistemas ópticos embarcados, num futuro muito próximo.

 

Plano Brasil: Você pode nos falar um pouco das perspectivas acerca do setor de segurança pública?

 

Henrique: A tecnologia termal permite que ninguém se esconda, seja a noite ou de dia. Permite planejar operações táticas complexas. É uma importante ferramenta para antecipar situações de risco e realizar a segurança de grandes áreas e grandes aglomerações urbanas, fronteiras marítima ou terrestres, e também a detecção de pessoas com sintomas de febre, como foi o caso recente de surto de gripe e a identificação destas pessoas antes do embarque em aeroportos. Todos os países desenvolvidos já incorporaram esta tecnologia com o uso frequente e extensivo de sistemas de imageamento térmicos.

 

Desenvolver esta tecnologia foi um desafio muito grande, mas a OPTOVAC venceu, e trabalhamos agora para aprimorar nossos equipamentos, elevando-os aos níveis dos equipamentos importados de primeira linha, das gigantes multinacionais.

 

Vou lhe citar um exemplo da aplicação dos sensores termais: caso aconteça de um sujeito fugir seja no ambiente urbano, favelas etc.. se este indivíduo adentrar num matagal, dependendo da região, o policial não consegue enxergá-lo e perseguí-lo devido a ocultação do cenário, e isso, mesmo de dia. Porém de posse de um sistema de visão termal, não tem como se esconder, porque a temperatura corpórea estará sendo evidenciada e detectada pela câmera termal. Não há como ele prender a respiração e deixar de emitir infravermelho. As principais forças policiais do mundo usam essa  tecnologia em helicópteros, em armamentos e claro, em viaturas. Estamos falando uma câmera de tamanho muito reduzido, leve e muito importante, portátil.

Plano Brasil: Muito bom Henrique… Falando um pouco do evento, qual o principal produto que a OPTOVAC trouxe para exibir para o público aqui na LAAD 2011 e quais seriam os seus possíveis mercados?

 

Henrique: Nós trouxemos para o evento 6 câmeras térmicas com 4 sensores diferentes e 3 resoluções de sensores diferentes. Estamos falando de sensores com resoluções de  640 por 480 pxls que exibem imagens espectaculares, tal como você pode conferir (risos).  São sensores muito avançados e extremamente recentes. Envolveram grandes pesquisas dos fabricantes. Ressalto aqui o interesse da OPTOVAC em se manter trabalhando com dispositivos de estado-de-arte em termos de sensor.

 

http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/05/DSC01351.jpg
Câmera termal OPTOVAC foto Ricardo Pereira Plano Brasil

 

Plano Brasil: A OPTOVAC espera então conquistar o mercado de segurança pública nacional ?

 

Henrique: O Brasil vai sediar agora a Copa do Mundo e as Olimpíadas, segurança de grandes áreas, estádios, de grandes aglomerações humanas, portos ou armazéns, o Brasil não pode ficar para trás e o importante é que agora a OPTOVAC é capaz de  oferecer sistemas de imageamento térmicos às empresas na área de segurança. É tecnologia nacional.

 

Outro ponto imporante é que como somos fabricantes, oferecemos todo o susporte técnico, com treinamentos, assitência técnica e garantias, muito próximos aos clientes. Hoje, se uma câmera térmica da Polícia precisa de reparos, é preciso vir um técnico compotente ou enviar o equipamento, que é bastante caro, à Israel, França, ou Estados Unidos. Estamos falando de meses, de burocracia e custos elevados. Meses em que a Polícia, que fez um investimento considerável, está deixando de usar o equipamento.

 

E pior, com o risco e os trantornos existentes do fato de se depender de assitência técnica estrangeira, o equipamento térmico importado pode não vir a ser usado em operações com a frequência desejada inicialmente. Pois em cada operação aumenta-se o risco de se ter que antecipar uma manutenção.

 

O que a Optovac propõe é justamente o contrário, realizar tudo no Brasil e com agilidade. Estar próximo de nossos clientes, das Forças Policiais que precisam ter sempre um equipamento deste operacional.

 

Plano Brasil: Mas há uma concorrência internacional como a OPTOVAC se situa neste nicho?

 

Henrique: A OPTOVAC conta com um corpo de pesquisadores de alto nível. Nós já temos dois projetos com a FINEP, um plano de negócios bem estruturado para atingir o mercado.  A gente não pode esquecer que hoje no mundo tem 3 ou 4 empresas que são capazes de fabricar o sensor, o único componente que nós ainda não fabricamos (o sensor infravermelho). Mas eu diria que umas 20 empresas no mundo fabricam as câmeras, tal como nós.

 

Nosso diferencial competitivo é uma somatória de fatores tais como preço, asistência técnica de alto nível extremamente rápida e ágil (completamente realizada no Brasil), alta flexibilidade às necessidades do cliente, câmeras com elevada taxa de atualização de frames e alta qualidade de imagem.

 

Um aspecto importante que devemos ressaltar se refere aos projetos nacionais de  grande envergadura como o Sisfron e o SisGAAz. A Optovac tem o máximo interesse em ser um fornecedor de alguns modelos de câmeras termais. Mas sabemos estes projetos são extremamente amplos e complexos. Neste sentido a Optovac deve ser firmar também como capaz de absorver offsets tecnológicos de compensação na área de eletro-óptica, em que temos comprovada experiência.

Foto: luiz Medeiros, Plano Brasil

 

 

Plano Brasil: Qual destas câmeras o exército avaliou (procurando no estande)?

 

Henrique: A K-14 o exército comprou só uma, Hoje temos a K-14 e sua família militar mais recente, o L-14C, que possui metade do comprimento e a largura diminuiu e o sensor é mais novo, além de maior autonomia e menos peso. A K-14 foi um equipamento que nós fornecemos só para o Exército, pontualmente e se o Exército quiser adquirir câmeras termais, a OPTOVAC vai oferecerá ao Exército uma câmera melhor e mais leve e que consegue ver mais longe. Pois nossas pesquisas e desenvolvimentos não pararam.

 

 

 

 

 

 

Fuzil IMBEL com Luneta OPTOVAC- Foto OPTOVAC

Notar a dimensão do dispositivo: Foto OPTOVAC

Comparar a dimensão da Luneta utilizada nos testes de 2009- foto OPTOVAC para o Plano Brasil

Henrique: nós estamos na LAAD 2011, para mostrar para as três forças Armadas do Brasil, o nosso produto e convencê-los a pensar duas vezes antes de ir diretamente para um fornecedor internacional porque o Brasil consegue hoje fornecer esse tipo de tecnologia.

 

Então hoje o nosso objetivo de estar aqui na LAAD é: Forças Armadas do Brasil saibam que vocês podem encontrar no Brasil itens de tecnologia de ponta.

Visão termal do fotógrafo Ricardo Pereira captada  pela Câmera OPTOVAC- Foto Ricardo Pereira Plano Brasil

Plano Brasil: Com excelente qualidade?

 

Henrique: Com excelente qualidade, com a presença nacional, com empregos gerados aqui e de alto nível, sistema totalmente embarcado e desenvolvido aqui.

 

Plano Brasil: Quais seriam então os diferenciais, ou seja o “a mais” que a OPTOVAC teria para oferecer, não pensando somente no mercado Brasileiro de Defesa e Segurança Pública, mas também no cenário latino-americano?

 

Henrique: Para o cliente Latino-americano certamente o custo mais baixo, o mesmo ocorre para o Brasileiro, fora isso, a assistência técnica com garantia absoluta, feita aqui no Brasil, por brasileiros, empregando mão-de-obra brasileira. Se acontecer alguma coisa com uma das câmeras do Exército ou da Polícia por exemplo, nós vamos ter câmeras para repor, ou seja, a OPTOVAC recolhe as câmeras para manutenção e coloca outras operacionais no lugar.

 

Tudo isto para não deixar o cliente sem câmeras térmicas para suas aplicações.

 

Nosso produto também apresenta um diferencial conquanto a sua velocidade de imageamento, nossas câmeras podem fornecer imagens a partir de 30 frames por segundo, o que permite que nenhum detalhe possa escapar a visão do observador. O sistema pode registrar 30 fotos por segundo em boa definição e nada vai se mover mais rápido do que isso. Pouquíssimas Câmeras análogas e de tecnologia equivalente possuem esta função e neste patamar de frames (30/s). Para aplicações militares podemos atingir 60 quadros por segundo.

 

Plano Brasil: Mas pensando na evolução para sistemas mais avançados também teremos um adicional nos custos finais certo? Qual você acha que será o maior desafio para OPTOVAC nestes dois importantes mercados.

 

Henrique: Eu diria que não é somente o custo mas sim o suporte aliado ao custo de aquisição, esta seria a nossa maior arma, certamente nós podemos “brigar” com o custo e o nível tecnológico. Porém, sabemos que as nossas câmeras terão que vencer uma barreira natural, além dos exigidos níveis técnicos, elas terão que vencer o desafio dos custos, a gente vai lutar para não perder os negócios por causa dos preços. Nossos custos de assistência ténica e treinamento são muito menores. Temos maior agilidade nestes serviços e isso é muito importante para as Forças Policiais e para o Exército.

 

Plano Brasil: Henrique, em nome do Plano Brasil e dos nossos leitores eu gostaria de lhe dizer que fiquei muito entusiasmado com os seus produtos, realmente não sabia que este tipo de tecnologia estava ao nosso dispor e no grau de nacionalização que se encontra, parabéns a OPTOVAC pelos sucessos e avanços, desejo uma ótima participação no evento e agradeço a bastante elucidativa entrevista.

 

Henrique: O Prazer foi nosso, nós é que agradecemos a oportunidade de poder falar um pouco sobre nossos produtos e igualmente desejamos sucesso ao Plano Brasil, muito obrigado.



A primeira câmera termal Brasileira

E.M.Pinto

Artigo exclusivo Plano Brasil

 

Antes da leitura o leitor deve ter consciência de eu os dados referem-se a câmera K 14 testada pelo exército em 2009 e que a empresa já desenvolveu um dispositivo mais moderno e compacto.

E.M.Pinto

Câmera termal K 14

O equipamento desenvolvido pela OPTOVAC consiste numa Câmera Termal GEN 3 (veja no artigo “Visão noturna Parte I- A origem & tecnologias”) e que permite a aquisição de imagens por meio da seletividade de pequenas diferenças de temperatura entre os objetos.

 

O sistema trabalha na faixa do comprimento de onda entre 8 e 12 µm, corresponde à baixa absorção de radiação infravermelha, ou seja numa margem próxima à emissão do corpo humano de aproximadamente 10µm  à 36ºC.

 

O sistema desenvolvido pela OPTOVAC e bastante compacto e mede apenas 11 cm de largura por 23 cm de comprimento, esta câmera, batizada de Modelo 1  encontra-se perfeitamente operacional e após os estudos de avaliação, recebeu novas melhorias como o desenvolvimento de novos softwares mais eficientes e que foram introduzidos nos modelos seguintes.


 

Os estudos baseados no Modelo 1, permitiram a OPTOVAC miniaturizar ainda mais o sistema, vale ressaltar que o único componente da câmera que não é produzido pela OPTOVAC é o sensor infravermelho. Todos algoritmos, softwares, projetos mecânico, eletrônico e óptico, foram feitos pela empresa, nacionalmente.

 

http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K4.jpgPor se tratar de um sistema em desenvolvimento e de uma tecnologia muito sensível e controlada, não podemos divulgar algumas informações a respeito dos visores termais para uso militar desenvolvidos pela OPTOVAC, entretanto o Plano Brasil teve acesso a algumas informações bastante valiosas acerca do sistema desenvolvido pela empresa.

http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K1.jpgNesta matéria apresentaremos algumas imagens exclusivas gentilemente cedidas e liberadas pela OPTOVAC para divulgação do visor (Luneta de visão termal para tiros noturnos de precisão).

 

 

Podemos dizer que o sistema desenvolvido pela OPTOVAC é bastante leve e robusto e tem um alcance  visual bastante satisfatório, equivalente aos sistemas estrangeiros no estado-de- arte.

 

O sistema foi testado e aprovado após as avaliações em ensaios realizados na Brigada de Operações Especiais, mais especificamente pelo do 1º Batalhão de Forças Especiais (1º B F Esp), localizado em Goiânia.

 

Os ensaios foram conduzidos em Setembro de 2009 e consistiram em realizar disparos para avaliação de alcance, critérios ergonômicos,  autonomia elétrica. Os ensaios com a luneta termal foram procedidos com o meticuloso acompanhamento por  parte dos engenheiros e peritos militares  do centro Tecnológico do Exército. Segundo as informações divulgadas pelo CTEX os resultados foram bastante expressivos, muitas informações e sugestões foram incorporadas ao projeto e melhorias foram introduzidas.

 

Em 2010, um novo ensaio efetuado em Santa Maria, nas dependências do 9º Regimento de cavalaria Blindada, desta vez uma câmera de uso civil foi utilizada nos testes noturnos com eficácia ainda maior, obtendo resultados satisfatórios.

 

O modelo utilizado possui dimensões e pesos adequados que lhe permitem ser acoplados a aeronaves leves não tripuladas. A câmera testada pela brigada de Santa Maria apresentam melhores resoluções e acuidade visual como pode se ver nas fotos retiradas em campo, que apresentam as imagens termais de carros de combate Leopard do 9º Regimento de cavalaria blindada, bem como seus efetivos.

Veja as fotos do ensaio de Santa Maria no vídeo que segue.


 

O modelo permite o controle e escolha da gama de cores mediante a detecção do Infra-vermelho e outros algoritmos de realce de cena por processamento de imagem.

 

O operador do instrumento pode controlar e filtrar os sinais indesejáveis, ajustando a imagem de acordo com a sua vontade. Os melhoramentos e refinamentos levantados a partir dos primeiros ensaios de 2009 foram introduzidos neste novo modelo.

 

Outras modificações serão ainda introduzidas ao longo do futuro, novos dispositivos e funcionalidades serão acrescentadas as câmeras de modo a acompanhar a constante evolução tecnológica das câmeras e sistemas de visão noturna.

Agradecimentos

O Plano Brasil, agradece  a OPTOVAC  em especial a Henrique Nobre, pelo cordial tratamento, pelas informações e imagens exclusivamente cedidas ao nosso site, bem como pela colaboração na preparação desta matéria.

E.M.Pinto

A Empresa

A OPTOVAC é uma empresa genuinamente nacional que atua no ramo das tecnologias denominadas “sensíveis”, pois desenvolve e fabrica componentes e sistemas ópticos de alto desempenho.

 

Desde o seu nascimento a empresa tem demonstrado o seu caráter inovador, ela surgiu em 1986 e teve como seu primeiro desafio o desenvolvimento de subsistemas para a Marinha do Brasil.  A OPTOVAC atuou no programa do submarino nuclear desenvolvendo sistemas ultra precisos e de alto valor tecnológico cuja importação foi negada devido aos embargos tecnológicos vigentes.

 

A Marinha do Brasil confiou então à jovem empresa o desenvolvimento das suas primeiras válvulas de auto vácuo e de controle de fluxo de hexafluoreto de urânio, gás utilizado no processo de produção de combustível nuclear.

 

A empresa aceitou o desafio e iniciou os trabalhos pioneiros no país, desenvolvendo os sistemas requeridos e respondendo a altura as expectativas da Marinha do Brasil. Atualmente a empresa atua no setor de óptica e opto-eletrônica, produz sistemas de lentes de precisão, tais como lentes asféricas para aplicações especiais. Fora isto, a OPTOVAC desenvolve e produz sistemas ópticos para aplicações espaciais, câmeras de infravermelho (termais) e equipamentos ópticos para inspeção industrial.

 

A OPTOVAC foi a empresa que desenvolveu a primeira câmera termal feita inteiramente no Brasil. A câmera foi desenvolvida a partir de uma licitação junto ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx).

 

Além das câmeras termais a OPTOVAC atuou no desenvolvimento, fabricação e qualificação da objetiva da câmera para sensores de estrelas, sistemas estes, capazes de determinar a posição de satélites no espaço analisando estrelas e constelações. Este trabalho foi feito em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A empresa se destaca no ramo tecnológico das lentes especiais produzidas por material semicondutor a base de Germânio, totalmente transparente ao infra-vermelho é mas não a luz visível.

Mais informações sobre as câmeras térmicas Clique aqui


OPTOVAC

 

Av. Vitório Tafarello, 925

 

06192-150 – Osasco – SP- Brasil

 

Phone :  + 55 11 3608 4011

 

+ 55 11 3608 6543

 

Fax: + 55 11 3695 0475

 

19 Comentários

  1. Uma pergunta:

    – O sensor infravermelho e processador dessa câmera são comprados em que país ?

    – A eletrônica dessa câmera é cópia exata de alguma outra já existente ?

    – O software (firmware) é cópia de algum já existente ?

  2. Muito bacana! Mas como exposto no texto, o unico componente que nao eh fabricado no Brasil eh o sensor IR, que eh o coracao do sistema. Ou seja, se nao for desenvolvido no pais o tal sensor, podem esquecer lunetas, cameras, FLIRs etc. O que esta sendo feito para produzir tal sensor no pais? ALguma noticia sobre isso? Existe gente trabalhando nesse sentido?

  3. Seria uma alternativa capacitar essa empresa a desenvolver sensores IR tanto para mísseis como sistemas de alarmes de aeronaves. Se a ToT francesa for irrestrita mesmo, vamos “clonar” o OSF e o sensor IR dos MICA 🙂

    []’s

  4. Parabéns pela excelente matéria Plano Brasil, matérias assim demonstra que o Brasil seu povo tem capacidade de desenvolver sim a chamada tecnologia, só precisamos da ajuda do governo

    Parabéns a OPTOVAC

  5. Caros uma evolução e tanto, da K-14 lançado em 2009 para o L-14C em 2011, a redução do tamanho impressiona para não falar da evolução tecnologica, o que demonstra a agressividade da empresa, e a não dependencia do governo para melhoria de seus produtos.
    Algo que não foi tocado pelo artigo, que não envolve tecnologia sensivel, mais que demonstra o comprometimento da empresa com o pais, na visita que fiz ao Site (recomendo a todos), foi os produtos (kits) voltados as instituições de ensino.
    Parabens, aos colaboradores da OPTOVAC.

  6. Vcs não sabem ler ????

    o cara da OPTOVAC disse que “apenas” o sensor infravermelho não é produzido por ela…. e ele disse que “AINDA” não produz o sensor infravermelho, o que me leva a pensar que ja deve existir pesquisa pra resolver isso

  7. Uma sugestão, as matérias são boas, mas as fotos, que probreza de resolução meus amigos até parece que é de proposito !

    Abçs!

  8. Fazemos quase tudo, mas, como sempre, nossas Forças Armadas não são aquinhoadas no orçamento com os recursos necessários para encomenda/aquisição de material que deveria equipar, pelo menos,todas as unidades de infantaria e cavalaria, sem esquecer dos FN.

  9. Com esse sensor, poderemos fabricar armas inteligentes guiadas pelo calor. Cadê o pessoal do IME ,ITA e Universidades Públicas, para desenvolverem o sensor brasileiro ?

  10. Parabéns á OPTOVAC pelo exelente equipamento, realmente de impressionar.
    Mas acho que ela deveria focar além do EM as outras forças CFN , BINFA etc.. Além é claro , de uma assossiação com a AVIBRÀS , para desenvolvimento e fabricação do FLIR a ser usado no FALCÃO .
    Uma pergunta , e quanto aos ôculos e monôculos de visão noturana desenvolvidos ou em desenvolvimento no CTEX ?
    e que se não me engano, á empresa faz parte também desse projeto.
    Basta agora manter essa importantíssima empresa em mãos nacíonais , e não deixa-lá parar nas mãos dos extrangeiros.

  11. A opto eletronica fabrica sensores IR para os misseis MAA-1 MAA-1B MAR-1 e para o A-darter ,talvez a optovac poderia recorrer a opto eletronica para sensores IR.

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