China quer lançar miniestação espacial até o fim deste ano

http://2.bp.blogspot.com/_xBJLaUGunHk/S7FbI6ZbTtI/AAAAAAAADMo/JT2IvTXA8Hc/s1600/23.jpgPor GIULIANA MIRANDA

Enquanto as superpotências espaciais -Estados Unidos e Rússia- e boa parte dos países ricos uniram esforços para criar a ISS (Estação Espacial Internacional), a China vai na contramão. O país está decidido a ter um cantinho só seu em órbita.

O objetivo é ter uma estação espacial completa por volta de 2022. Enquanto isso, no entanto, o país deverá lançar cápsulas menores para testar os sistemas e as tecnologias que serão utilizadas.

O primeiro passo do projeto bilionário -mas sem cifras confirmadas oficialmente por Pequim- é o lançamento de um módulo científico até o fim deste ano.

http://www.dailygalaxy.com/.a/6a00d8341bf7f753ef014e8a1d4a1b970d-800wiBatizado de Tiangong-1, (“Palácio Celestial”, em chinês), ele funcionará como uma miniestação espacial e passará dois anos em órbita.

Com cerca de 8,5 toneladas, o módulo deverá ser visitado inicialmente pela nave não tripulada Shenzhou-8. A acoplagem será a primeira feita em órbita pela China.

No ano que vem, uma nave levando três taikonautas (como são chamados os astronautas do país) também deve se acoplar ao módulo, que conta com um pequeno laboratório de experimentos.

Até 2015, outros dois módulos muito parecidos deverão ser lançados. O último deles, Tiangong-3, terá capacidade para abrigar três taikonautas por até 40 dias.

PRÓXIMO PASSO

Após os módulos Tiangong, a China espera lançar entre 2020 e 2022 sua estação espacial completa.

De acordo com a Xinhua, a agência de notícias estatal chinesa, a nave será composta de um módulo principal e de dois anexos, projetados para receber diferentes tipos de experimentos científicos.

No entanto, mesmo com três módulos e aproximadamente 60 toneladas, a nova estação será uma nanica perto da ISS, de 471 toneladas. Até a já aposentada estação russa Mir era maior do que o projeto chinês, com suas 130 toneladas.

Em um simpósio na França, em março, Jiang Guohua, engenheiro-chefe do Centro de Pesquisa e Treinamento em Astronáutica de Pequim, destacou que o China não pretende se isolar em seu cantinho no espaço.

“Nós vamos manter a política de nos abrirmos para o mundo”, disse ele.

Muita gente, no entanto, duvida que isso vá acontecer. A começar por uma questão básica: o sistema de acoplamento da futura estação.

Embora Jiang tenha afirmado que o projeto seguirá o modelo padrão da ISS, outras autoridades já sinalizam o contrário. A realidade estaria mais próxima de um sistema fechado chinês, uma espécie de Macintosh do espaço.

A principal declaração foi de Yang Liwei, que em 2003 se tornou o primeiro chinês no espaço e atualmente é o vice-diretor do programa tripulado do país.

Em uma audiência transmitida pela internet, ele afirmou que problemas técnicos “estão dificultando a adoção do sistema de acoplamento padrão da ISS”.

Representantes da Nasa já elogiaram publicamente o programa espacial chinês. Mas, questionada pela reportagem sobre o envio de astronautas para a futura estação, a agência espacial americana não se manifestou.

Fonte: Folha de S.Paulo

12 Comentários

  1. O que eu vejo?.. No país onde mais existe prédios da ONU, a China! O mundo escancara as portas para este país, totalitário e como se diz.. “neutro”. A neutralidade que envenena a liberdade dos povos. ¬¬

  2. Os chinas têm olhos fechados, mas enxergam muito bem, obrigado. Os chinas querem aprender sozinhos. Não querem nenhuma dependência externa. Nem mesmo de um simples sistemazinho ou artefatozinho. Vão botar até uma porta com uma tranca diferente para não correrem o risco de uma visitinha abelhuda.

  3. Pessoal,a China na verdade tem o porte de 10 países com 140 milhões de habitantes.É uma potência tecnológica, econômica e militar.
    Eles sabem escolher os seus políticos e funcionários públicos. Devem ter mestrado, doutorado … kkkkkk Parecem até os políticos brasileiros, multiplicados por menos (-)1.

  4. A China literalmente está correndo economicamente e tecnologicamente para tirar o Gap que possui com os Estados Unidos. A vontade política é clara.

    Algo que aqui falta, infelizmente.

    []’s

  5. aurelio disse:
    01/08/2011 às 07:53
    O MUNDO OCIDENTAL velho e caduco assiste pavidamente à sua MORTE.
    __________________________________________________________

    Como assim, e o Brasil não faz parte do mundo ocidental, estamos atrasados na área espacial, mas nada que um pouco de investimento para a coisa deslanchar.

  6. “O MUNDO OCIDENTAL velho e caduco assiste pavidamente à sua MORTE.”

    O Brasil faz parte do OCIDENTE!!!! Por isso, que eu considero a China como uma ameaça ao ocidente e consequentemente ao Brasil!

    Se vocês acham ruim o “reinado americano”, imagine o dos chineses, que não tem escrupulos algum que a cultura ocidental tem.

  7. Esta estória de reinado americano ou reinado chines não existe, o mundo agora vai ser o que sempre deveria ter sido, multipolar, a china ou qualquer outro ator global não vai poder chegar e dizer sou eu que mando, nem os yanques tem mais esse poder. O único que ainda não mostrou as garras foi o Brasil, grande , rico , mas desarmado, nós é que devemos nos precaver.

  8. Senhores, calma, muita calma, nesta hora, de novos grandes jogadores entre as nações.

    Vejamos…

    Na primeira metade do século passado a Alemanha se sobressaia industrialmente e cientificamente de todos os outros países, dai se origina sua fantasia de dominar, a médio prazo, a totalidade do mundo.
    Porém, totalmente cercada, e sem mais ter matérias primas para seu esforço de guerra (inclusive alimentos), entre mais alguns fatores, sucumbiu, mesmo com tecnologia superior, ao cerco da união dos vários adversários.
    A china pode até se atirar, como os USA, numa louca acumulação de armamentos, mas qualquer nação, sózinha, não tem condições de sustentar uma guerra em larga escala. Há um natural esgotamento de recursos.
    Quanto ao Brasil, pelo seu gigantismo, florestas imensas, milhões de reservistas e distanciamento geográfico desses inimigos potênciais, se torna inviável economicamente ser atacado e depois dominado. Seria necessária uma logística bilionária a ser gasta mensalmente nessa operação militar no Atlântico Sul, contra um país do porte do Brasil.

    Vamos nos tranquilizar, e assistir de camarote as loucuras armamentistas desses povos inseguros e geograficamente desfavorecidos.

    Precisamos ter força de defesa atualizada e só isso.

    O resto, o modelo que as industrias armamentistas implantaram nos USA é desnecessário para nós. Vamos seguir nosso esquema de bom senso (Jiu Jitsu Brasileiro)… com calma e inteligência o mais fraco (aparentemente) surra o mais forte.

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