Entrevista: AKAER Engenharia

Durante a LAAD 2011 o Plano Brasil e seus parceiros, Geopolítica Brasil e Defesa Aérea, visitaram o estande da AKAER Engenharia LTDA, na ocasião o enviado do Plano Brasil Luiz Medeiros, teve a oportunidade de conversar brevemente com Kenzo Takori da empresa, que gentilmente nos concedeu uma breve explanação sobre a atuação da AKAER e de seus interesses no mercado nacional e internacional.
Agradecemos a AKAER e ao seu departamento de Marketing pelas informações e pela amigável recepção.

E.M.Pinto
Plano Brasil

Plano Brasil: Boa Tarde Kenzo e muito obrigado pela oportunidade, primeiramente gostaria de saudar a AKAER pela participação na LAAD 2011. Gostaria de fazer algumas indagações sobre a empresa. Recentemente temos publicado informações acerca da parceria entre a SAAB Defense e a AKAER, nossos leitores gostariam de saber, como surgiu esta parceria?

K. Takatori: Boa tarde Luiz, nós é quem agradecemos a oportunidade. Quanto a questão, a  SAAB estava em busca de parceiros que pudessem ajudar no desenvolvimento do Gripen NG e aí chegou a AKAER ,  uma empresa hoje com 19 anos no mercado de engenharia aeronáutica que  já atua no segmento de estruturas aeronáuticas em quase todos os programas da EMBRAER .

O programa com a SAAB vai chegar a quase dois anos, já tivemos alguns funcionários da AKAER baseados na SAAB, na Suécia e hoje temos 4 famílias internas na AKAER desenvolvendo o projeto. Com toda a certeza e o projeto que mais se adequa as necessidades e está dentro do Planejamento Estratégico de Defesa do Brasil por conta da versatilidade da aeronave e é um programa sólido que independe do resultado do F-X2 ou seja, se um dos quesitos mais importantes do F-X2 é a transferência de tecnologia, isso já está ocorrendo a quase 2 anos.

Plano Brasil: Qual é a relação entre as duas empresas?

K. Takatori: São excelentes clientes, a gente está muito satisfeito com essa parceria e a AKAER se orgulha muito desse projeto, principalmente por estar desenvolvendo este novo conceito de aeronave, essa nova aeronave. Não é pelo fato da AKAER estar nesse projeto, mas é pelo contexto todo do conceito do avião que temos certeza que é a melhor opção hoje.

Plano Brasil: Além deste programa a AKAER tem alguma participação num outro programa fora do Brasil que vise  algum mercado além do mercado brasileiro?

K. Takatori: Sim, a gente tem alguns projetos, como o A400M o qual já desenvolvemos projetos, a porta do trem de pouso e parte da asa, temos outros projetos internacionais que não são da parte de defesa. Temos parceirias com a Boeing, Airbus e outras empresas, algumas vezes como contratada. O ano passado 70% do nosso faturamento veio de mercado externo. Hoje a gente está com a SAAB, estamos na concepção do KC-390, participamos de outros projetos comerciais da EMBRAER, como o EMB-190, tanto que 80% de toda a engenharia foi da AKAER, tivemos muito trabalho no EMB-170 e 190.

A participação da AKAER no mercado aeronáutico é bastante concreta, com muitos trabalhos com a EMBRAER, estamos também com a Aeroeletrônica na modernização do C-95 Bandeirante transformando todo o painel dele que é analógico em digital, mais um segmento da AKAER que é a modernização de aeronaves.

Plano Brasil: A AKAER tem pretensão de trabalhar também na modernização de helicópteros, como os da família Pantera do EB?

K. Takatori: É provável que sim, o segmento aeroespacial como um todo é de interesse da AKAER, não só a questão de aviões como helicópteros também é do nosso foco, tendo a possibilidade de participar de uma concorrência a gente vai estar lá.

Plano Brasil: Com relação ao Gripen o que já houve de concreto até o momento?

K. Takatori: Houve em Março a entrega do primeiro desenho para produção, foi entregue isso, o programa está tendo continuidade, tanto que a alocação de equipes suecas dentro da AKAER hoje já é uma coisa concreta, então já começou desde lá até aqui já são constantes as entregas dos desenhos, desenhos já aprovados para a fase de produção. Aos poucos, com o tempo a gente vai fazendo a entrega e daqui um pouco a gente tem o avião todo pronto aí para a fase de produção.

Plano Brasil: Muito obrigado pelas informações e sucesso na feira.

K. Takatori: Somos igualmente gratos a vocês do Plano Brasil.

Mais informações sobre a AKAER no site
www.akaer.com.br

14 Comentários

  1. Considero o Gripen NG como proposta, a mais adequada, e realista. Mas diante de tantos atrasos, o NG perdeu terreno. Agora só de prateleira mesmo, seja o F-18 E ou Rafale.

    []’s

  2. Sinceramente, vejo com bons olhos esse Gripen, não como caça de superioridade aérea, mas como uma segunda linha de defesa, a primeira poderia ser os rafales ou os Su 35, ou até mesmo sonhar com o Pakfa ou F35 se os gringos quiserem nos vender armados e com TT(impossível). A vantagem do Gripen é seu preço menor, seu custo de manutenção menor e as TT envolvidas que junto com a expertise já acumulada pela Embraer e mais as TT do Rafale nos daria condições de desenvolver um caça 100% nacional e que fosse viável economicamente para exportamos para os nossos pobres vizinhos. Além disso, não colocaríamos os ovos apenas numa cesta.

  3.  Gripen NG….é um programa sólido que independe do resultado do F-X2….
    Parabens E.Pinto pelo artigo, esclarecedor para alguns que ignora a relevancia que passou a ter o projeto do caça sueco para o desenvolvimento da nossa indústria aeronautica, apesar das atitudes tendenciosas (desrespeitosas) do Sr. Nelson Jobim.
    Ainda tem pessoa apostando no incapacidade da SELEX Galileo de produção do radar AESA.
    Sucesso a AKAER

  4. concordo com todos vcs, pois se o gripen possuim um preço bem menor, por que não adiquirir os dois ( rafale e o proprio gripen)criando assim duas linhas e mais a frente, criar com tecnologia nacional e derivado dos dois uma aeronave 100% nacional.

  5. O Saab Gripen poderia ser a porta de entrada definitiva de nossa indústria no topo da indústria aeronáutica militar.
    Depois, é o depois.
    Que não se perca a oportunidade como se perdeu com o AMX.

  6. sem duvida que o gripem é um bom caça,mas depende pra que pais,pro Brasil ñ é bom porque ñ tem autonomia o suficiente pro tamanho do brasil,teriamos que ter muitos deles pra cobrir o territorio, tirando que metade da tecnologia dele é metade americana que estraga ele,porque vai asaber se os norte amercanos nos sonegam o acesso a tecnologias..vai saber flws.

  7. amigos seria otimo para o brasil ter o gripen ng na fab com ele o brasil poderia adquirir um conhecimento muito importante na fabricacao e assim poderiamos ter o gripen e o sh 18 ou sus35 ou pakfa ou mesmo rafale assim teriamos 2 belas aeronaves de defesa o brasil ganharia muito especialmente a embraer que com o conhecimento do amx ele desenvolvel a familia 145 foi encima do que eles aprendeu com o amx..

  8. Pra mim uns 90 PAK FA T-50 desenvolvidos em parceria com Rússia e Índia e parcialmente montados/fabricados aqui como caças de 1ª linha. E 90 Gripen NG também fabricados/montados aqui como caças de 2ª linha e apoio aéreo aproximado.

    Penso que formariamos uma força aérea de respeito internacional.

  9. Gripen New Gonorrea..
    Os gripentelhos gozam de fascinaçao por essa tralhinha insignificante rejeitada na terra natal.

    Vade Retro..

  10. Acho que deveríamos comprar os dois tipos Rafale e Gripen. Fazer uma análise minuciosa dois projetos e realizar uma ampla engenharia reversa dos componentes para fazer uma aeronave baseada nessas plataformas e incorporar novas tecnologias flexíveis. Criar um conjunto de projetos para a fabricação de turbinas a jato. A palavra de ordem é engenharia reversa e transferência de tecnologia porque todos os países desenvolvidos fazem e nós abdicamos de fazer.

  11. Poderíamos também entrar no projeto do F-22 ou F-35 ou comprar o F-22 e também realizar a ampla engenharia reversa dos seus componentes e criar um híbrido de alta tecnologia.
    Não podemos esquecer que Rafale, Gripen, e F-18 são projetos antigos de 2 duas décadas de desenvolvimento no mínimo. Se optarmos por desses três estaremos defasados de duas a três décadas.

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