Brasil produz circuito tolerante à radiação

29 de junho de 2011 Leonardo Souza Fotos do Dia, Tecnologia 17

http://us.123rf.com/400wm/400/400/anterovium/anterovium0909/anterovium090900034/5545968-dawn-of-the-new-technology-against-aurora-borealis-on-blue-circuit-board-sky.jpgResultado de um concurso lançado em 2008 pelo CNPq para o financiamento de projetos de desenvolvimento de componentes integrados (chips) para a Indústria Aeroespacial, Defesa e Comunicação.

O professor João Baptista Martins dos Santos

coordena a Santa Maria Design House (SMDH)

Tecnologia restrita

O Brasil integra um seleto grupo de países capazes de produzir chips tolerantes à radiação, bem como equipamentos, satélites, mísseis e naves espaciais, dentro do mesmo sistema.

Este salto tecnológico foi garantido pela empresa Santa Maria Design House (SMDH), sediada em Santa Maria–RS, de acordo com anúncio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Brasil, através do qual, o Estado tem financiado projetos desta empresa de alta tecnologia.

A Santa Maria Design House, coordenada pelo professor João Baptista Martins dos Santos, é o resultado de um concurso lançado em 2008 pelo CNPq para o financiamento de projetos de desenvolvimento de componentes integrados (chips) para a Indústria Aeroespacial, Defesa e Comunicação.

Pesquisa autônoma

Uma das quatro tecnologias lançadas até agora pelo grupo é o circuito tolerante à radiação. De acordo com o CNPq, para este tipo de circuito é necessário ter uma biblioteca de células à radiação tolerante. Uma vez que nem a agência espacial dos EUA (NASA) e a Agência Espacial Europeia (ESA) fornecem tais bibliotecas (por serem consideradas estratégicas para os países que as possuem), a empresa brasileira está planejando desenvolver uma biblioteca de células tolerantes à radiação no Brasil.

Além de chips tolerantes à radiação para uso em satélites, naves espaciais, ou mísseis teleguiados, a Santa Maria Design House também desenvolveu um interruptor eletrônico tolerante à radiação.

INPE encomenda

Este equipamento foi encomendado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para garantir o funcionamento adequado dos dispositivos sujeitos aos efeitos da radiação eletromagnética ou cósmica, como os circuitos a bordo de satélites. O INPE é responsável no Brasil pelos satélites que o país tem desenvolvido, lançado e operado em parceria com a China.

O circuito brasileiro tolerante à radiação começará a ser testado pela SMDH no primeiro trimestre de 2012.

De acordo com o coordenador Martins, após vários anos longe das áreas de pesquisa e desenvolvimento, o Brasil está se redimindo do atraso, por conta da sua atual situação econômica e da elevada taxa de crescimento.

“Mais e mais empresas estrangeiras vêm ao Brasil em busca de parcerias e projetos estratégicos. A comunidade brasileira pode esperar grandes avanços no campo da microeletrônica, em particular no domínio tecnológico da eletrônica”, disse o empresário da SMDH.

Fonte: ViaFanzine

17 Comentários

  4. Parabéns à todos responsáveis desta empreitada!!!Quando é para elogiar, temos que elogiar, e que não faltem recursos para esses fins.SDS.

  5. Maravilha!
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    Agora, espero que não venha uma ‘Elbit da vida’ e compre a “Santa Maria Design House”, seria um crime.
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    O governo (e legislativo, que deve fazer as leis para tanto) deve fazer como fazem o EUA e outros países desenvolvidos: Proibir a venda destas empresas e suas tecnologias, para estrangeiros.

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    Grupo de Microeletrônica agora tem Design House para produzir seus chips
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    Chip produzido na UFSM é reconhecido nacionalmente.
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    A microeletrônica está em evidência no cenário nacional hoje por sua interconexão com todos os setores da economia. De acordo com isso, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vem desenvolvendo projetos importantes dentro deste campo de pesquisa através do Grupo de Microeletrônica (Gmicro) do Centro de Tecnologia (CT). Agora, a cidade já tem um escritório de projetos de circuitos integrados, também conhecido como Design House (DH), para a produção de chips.
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    O grupo de microeletrônica existe desde 2001, quando foi criado pelos professores João Baptista Martins, César Ramos Rodrigues e André Luiz Aita. Para explicar o termo microeletrônica, Baptista diz que é “a miniaturização dos componentes discretos de um circuito eletrônico, através da confecção de um chip em silício, cujas características em termos de funcionalidade, potência consumida e atraso do sinal são melhoradas. Porém, seu tamanho é extremamente compacto”.
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    Em 11/7/ 2007 o Gmicro apresentou oficialmente o primeiro chip comercial totalmente projetado pelo grupo. Tratava-se de um projeto na área de semicondutores que envolve Empresa e Universidade.
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    A partir daí, a Universidade firmou um acordo com o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC), e agora Santa Maria tem um escritório de projetos de circuitos integrados onde serão produzidos chips (que são as principais peças utilizadas em todos os produtos eletroeletrônicos como TVs, computadores, celulares e automóveis). O Protocolo de Cooperação Técnico-Científica UFSM/CEITEC foi assinado dia 28/4/2008.
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    Aline Wappler – alinewappler@gmail.com
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    O CEITEC, cujo projeto teve início no ano 2000, más estava abandonado (não tinha “saído do papel”…) antes mesmo de vir a existir de fato, recebeu apoio ( e verbas) decisivo do governo Lula e agora está dando seus frutos.
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    Observar que o CEITEC é concebida como uma “Associação civil” empresarial:
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    “É uma entidade que foi criada para atuar como braço operacional para a implantação e desenvolvimento de negócios inovadores no setor de Microeletrônica envolvendo tanto atividades de Projeto de CI Integrados como a fabricação de chips. Estas ações sempre tiveram o foco na implantação da empresa CEITEC S.A.”

  7. “Mais e mais empresas estrangeiras vêm ao Brasil em busca de parcerias e projetos estratégicos.”
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    Essa frase é para se estudar a fundo os reais motivos, o Irã, Coréia do Norte e outros se viraram praticamente sozinhos, agor tem tanta gente boazinha aqui, e pior comprando algumas empresas .

  8. Depois do post “O Iran Avança e o Brasil Dorme em Berço Esplêndido”, está aí uma notícia que me tira da depressão devido à falta de visão e amor à pátria de uma horda de maus políticos que nós temos por aqui. É pena que esses pesquisadores e cientistas não possam também estar no Congresso Nacional e no Senado Federal para ensinar a esse bando de pêssimos políticos que temos como se faz para construir uma nação soberana.

  11. Vamos ganhar a”algum” cascalho em cima desta n descoberta? Ñ?!.Vamos usar o mesmo em n VLS q nunca saiu da prancheta? Ou em n caças tupiniquim q nem existe?! Mas, vão usar os mesmo em seus misseis p nos atacarem…espero estar mt errado,Sds.

  12. Meus parabéns!! O Brasil agradece!! Mais uma prova entra muitas de que basta querer, se esforçar e ter apoio governamental. Que conseguimos qualquer tecnologia existente no mundo.

  13. Congatulo-me, a exemplo de tantos outros irmãos brasileiros, com o feito, contudo deixo aqui, mais uma vez, o registro da minha crença no trabalho silente e profícuo que vem sendo realizado por diversos brasileiros e brasileiras, nas mais diversas instituições desse país, quer sejam públicas ou privadas, civis ou militares, com ou sem o necessário e significativo apoio irrestrito dos
    políticos. Afinal de contas quem disse que as coisas seriam fáceis? Existem aqueles que realmente fazem as coisas acontecer, a despeito de todas as dificuldades e óbices de toda ordem e natureza. Parabéns aos nossos iluminados cientistas, pesquisadores, técnicos e aos políticos que já estão mudando a forma de pensar. Vamos jogar o jogo, façam suas apostas!!

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