O "Veículo Mais Imparável do Mundo" Apresentado no Top Gear


A Marauder do Grupo da Paramount derrota explosões ‘terroristas’, paredes de tijolo e leões selvagens

O ‘TOP GEAR’, principal programa da BBC sobre automobilismo, descobriu o “veículo mais imparável do mundo” depois de   fazer passar por uma série de desafios, aparentemente impossíveis, um MARAUDER do Grupo Paramount.

350 milhões de telespectadores viram o Marauder, que é projetado e construído pela empresa Paramount da África do Sul, realizar e passar todos os testes a que foi submetido pelo apresentador do Top Gear,  Richard Hammond, nas selvas urbanas de Joanesburgo, África do Sul.

A África do Sul é mundialmente conhecida por fabricar alguns dos mais bem protegidos e tecnologicamente mais avançados veículos blindados do mundo.

Durante o programa, transmitido no Reino Unido no domingo, 26 de junho, o Marauder esborrachou carros, espatifou paredes de tijolo e desafiou  ataques perpetrados por leões famintos no matagal Sul-africano.

No teste final – que nunca antes fora tentado no Top Gear – fizeram explodir com bombas um Marauder e um Hummer, simulando as minas diariamente encontradas em zonas de conflito. O Hummer ficou totalmente destruído, mas o Marauder quase não sofreu um beliscão e afastou-se da explosão em direção ao pôr do sol Sul-Africano.

O Richard Hammond também levou o Marauder num passeio divertida por Joanesburgo e quase paralisou por completo a maior cidade da África do Sul.

Espectadores atordoados assistiam admirados à medida que o Marauder, de um vermelho reluzente, rugia pelas ruas apinhadas, excitando os peões e totalmente dominando, na totalidade, as estradas normalmente movimentadas.

Hammond até conseguiu pedir um hambúrguer enquanto passava por McDonalds, apesar de ter deitado abaixo uma série de postes de segurança em sequência disso.

Ivor Ichikowitz, o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Paramount, disse: “Não me surpreende que o Top Gear quisesse saber mais acerca do Marauder e que o tenha usado no seu programa, porque ele é um dos veículos mais duros do mundo. Desafiámos o Richard Hammond para atirar o que quisesse ao Marauder que ele resistiria a tudo.

“Apesar do divertido que é trabalhar com o Top Gear, é importante lembrar que a proteção dos soldados é um assunto muito sério para os exércitos em todo o mundo. Estamos a falar de salvar vidas. Com este tipo de tecnologia disponível e a ameaça sempre presente de DEIs (Dispositivos Explosivos Improvisados), não existe realmente nenhuma desculpa para os governos não equiparem as suas forças de defesa com os melhores veículos blindados.

“O pessoal pode ter certeza de que quando viajam num Marauder estão num dos mais duros de veículos do mundo. A África do Sul e o Grupo Paramount, em particular, têm uma tradição rica no que diz respeito ao fornecimento de veículos blindados mais inovadores e melhor protegidos do mundo e o Marauder é esse veículo. “

O Marauder é um transportador blindado pessoal de grande mobilidade com excelentes níveis de proteção contra as minas, DEIs e ataques balísticos. Pode transportar até 10 soldados totalmente equipados e pode ser configurado numa série de variantes dependendo da função. É extremamente flexível e é um verdadeiro cavalo de batalha.

Sobre o Grupo Paramount

O Grupo Paramount foi fundado em 1994 e trabalha com os governos de todo o mundo em matéria de manutenção da paz, defesa e segurança interna. Como o maior grupo privado de empresas de defesa na África, a Paramount serve os governos soberanos em todo o mundo. A empresa desenvolve projetos e soluções para fazer face a problemas com a manutenção da paz, defesa e segurança interna, procurando expandir a sua produção de veículos blindados em todo o mundo. As soluções vão desde sistemas de acampamento, equipamentos de logística e equipamentos de proteção pessoal, bem como equipamentos de controlo de multidões, tecnologias de comunicação e VMFs (Veículos Multi-Funções) blindados.

23 Comentários

  1. E AGORA!….QUEM PODERÁ NOS DEFENDER,essa é impagável-Hahaaaa….!
    A piada pronta do ano,para não dizer do século_Hahaaa….
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    Era só o que faltava-Haaaa….!
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    EUA devem reforçar segurança de equipe que matou Bin Laden
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    Membros dos Seals expressaram preocupações sobre sua segurança e especialmente de seus parentes, diz secretário de Defesa dos EUA
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    “(…)O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, manifestou preocupação pela segurança dos membros do comando Seal da Marinha americana que matou Osama bin Laden em 2 de maio, afirmando que as medidas de segurança para os integrantes do grupo devem ser reforçadas.
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    “Quando me reuni com a equipe na quinta-feira passada, eles expressaram sua preocupação a respeito de sua segurança, especialmente de seus parentes”, disse Gates em Camp Lejeune, na Carolina do Norte. (…)”

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    Desculpem-me o PB, mais prefiro perder um amigo do que uma boa piada pronta_Haaaa…!
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    http://www.defesanet.com.br/sof/noticia/959/EUA-devem-reforcar-seguranca-de-equipe-que-matou-Bin-Laden

  2. A África do Sul sim é um parceiro econômico e tecnológico
    de peso. Eles dominam tecnolgias que o Brasil ainda nem sonha em desenvolver.

    Diferente dos “Parceiros Estratégicos” franceses que só querem nos explorar.

  3. cara ñ sei quando vejo um desses(4×4) ñ sei porque ele ñ tem proteção nas rodas ( tal vez tenha quando for usado),tipo uma saia como a nos leopard. um tiro de .50 fura e para um desses…

  4. Como comentado acima, o Marauder seria perfeito para o BOPE 🙂

    E com concordo com o comentário do Orlov, a África tem muito know-how e poderíamos desenvolver muita coisa em conjunto com eles. O A-Darter é um bom exemplo de cooperação e verdadeiro aprendizado.

    []’s

  5. O Marauder está sendo cogitado pela policia do Rio e segundo a propaganda, aguenta sim, .50 – inclusive se os pneus forem alvejados, seguem em condições de rodar…
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    Creio não ser a matéria completa do Top Gear(BBC), más é extraído dela:
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    http://www.youtube.com/watch?v=vLTFoUkNpuE&feature=player_embedded
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    Aqui, o veiculo blindado do Grupo da sul africana Paramount, cogitado pela policia do Rio, exposto na LAAD 2011:
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    http://www.youtube.com/watch?v=B63LmjTzLGM&feature=related

  6. lucena cara voce é pago pra fazer propaganda anti-usa? o texto fala de um veiculo sul africano e vc vem fazer propaganda? é no minimo ridiculo.
    carlos argus o brasil tem condições de produzir algo = ou até melhor? igual sim melhor?como proprio texto diz ”
    A África do Sul é mundialmente conhecida por fabricar alguns dos mais bem protegidos e tecnologicamente mais avançados veículos blindados do mundo” nem russia nem usa nem china nem iran nem reino unido. africa do sul sao especialistas e tenhem anos e anos de experiencia com minas!

  7. pode mesmo mas acredito q ele rode muitooooooo mesmo com o pneus furado

    carro normais tem rodas hoje em da sendo comercializadas q fazem 80 km vazios … imagina esse trambolho ??



  8. essa do leão… ate biz (aquilo com duas rodas que ajuda o pessoal do IML a manter o emprego..rsrsrsr) carenada vai embora…rsrsrsrsrs

  9. wagner ulisses eu pensei a mesma coisa,com esse veiculo não tem engarrafamento,enchente e todos os carros vão lhe dar passagem.

  10. Senhores não vejo porque o espanto em relação a este carro, pois todos nós conhecemos um grande inventor,por sinal um excelente cientista brasileiro chamado Dandolo,que crior um projeto muito mais avançado do que este em voga com simples tecnólogia e material de alta resistencia até mesmo de missil balistico. Ah isso num é mentira não podes crê no que falo, menos nas minhas escritas. Rsssssssss.

  11. “Lucena cara voce é pago pra fazer propaganda anti-usa? o texto fala de um veiculo sul africano e vc vem fazer propaganda?o minimo ridículo.”
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    Ochento disse:27/06/11 ás 15:50

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    Orchento,primeiro eu não sou pago por ninguém para meter pau nos americanos,assim creio eu, que você e muitos por aqui, não são pago para elogiá-los,fazemos isso por pura satisfação……prazer.Rsss….
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    Más se você leu outra citação minha sobre a matéria principal,a do carro;eu também fiz, não deixei passar em branco;assim como a sua observação sobre as minhas opiniões aqui.
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    Obrigado por observar as minhas idéias,embora não concorde com elas,é isso que faz este blog magnífico;pelo que vejo; parece que até este momento,foi o único a ler elas.
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    Obrigadoooo!

  12. Não sou o Dandolo, mas é só parar e olhar para ver muitas melhorias para dizer como se faz o melhor do mundo. Realmente ele tem um desenho muito bom, mas o estepe esta exposto e sem utilidade, ja que esta ali pode ser fixo sobre eixo solto, assim não fica entalado no meio por pontas. Outra: os pneus podem ser protegidos lateralmente por uma calota em aço até perto da circunferência, assim, mesmo que fure, continua precariamente em atividade ao menos como uma roda de carroça. Enfim, fazer um blindado desses não é um bicho papão. Quanto as minas é simples: faz todo chassis em pirâmides invertidas (triangular), assim não cria zona de resistência para explosões, evita o atrito, com este desenho se dissipa o poder de impacto.

  13. VaiQueDá, parabéns. Temos que pensar criticamente.
    É um carro bonito, mas não melhor do que os outros existentes. Se passarem a utilizar minas mais possantes, esse carro será lançado a 10 metros de altura e a inércia matará todos os seus ocupantes. O nosso corpo é muito frágil. A inércia nos estraçalha. Claro que eu bolei dispositivos anti-inerciais (2 tipos). Os ETs neutralizam a inércia através de absorvedores de ondas inerciais. É um campo que faz isso …

  14. Os Sul-africanos são muito criativos e guerreiros.
    Os cubanos que foram para a Namíbia, levaram uma surra dos Sul-africanos. Pessoal, eles gostam de pensar, criar e intuir … O brasileiro, agora que está iniciando a aprender a pensar, devido a Internet. Vou falar algo legal que eles fizeram: Colocaram rodas em um carro blindado, metade de aço e metade de borracha. Se a borracha queimar ou cortar, eles tem a roda de aço. Simples.
    Os africanos são que nem os nossos índios, ou seja, adaptados ao terreno e guerreiros. O cubanos, bem treinados, se meteram com eles, e foram massacrados.

  15. “Os cubanos que foram para a Namíbia, levaram uma surra dos Sul-africanos.”
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    Isto não é verdade, reescrever e deformar a historia virou moda…
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    os negros angolanos, com predominância Bantu – (deste grupo vieram muitos escravos que ajudaram a formar a nação brasileira…) junto com os cubanos, derrotaram o regime racista (era a época do Apartheid ) da Africa do Sul.
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    Basta ver a “Batalha de Cuito Cuanavale”…
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    O general Magnus Malan escreve nas suas memórias que a campanha foi uma grande vitória para as forças de defesa sul-africanas (SADF) mas Nelson Mandela não podia discordar mais: “Cuito Cuanavale – afirmou – foi a viragem para a luta de libertação do meu continente e do meu povo do flagelo do apartheid”.
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    O debate sobre o significado de Cuito Cuanavale tem sido intenso, em parte porque os documentos sul-africanos relevantes continuam classificados. Entretanto, pude estudar os documentos nos arquivos fechados cubanos e também muitos documentos norte-americanos. Apesar do fosso ideológico que separa Havana e Washington estes documentos relatam uma história com impacto pela semelhança que têm
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    Analisemos os factos. Em Julho de 1987 as forças armadas angolanas (FAPLA) lançaram uma ofensiva de grande envergadura no sudeste de Angola contra as forças de Jonas Savimbi. Mas ao ver que a ofensiva estava a ter êxito as SADF, que controlavam as partes mais meridionais do sudoeste de Angola, intervieram no sudeste. Em princípios de Novembro das SADF haviam encurralado as melhores unidades angolanas na aldeia de Cuito Cuanavale e preparavam-se para aniquilá-las.
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    O Conselho de Segurança das Nações Unidas exigiu que as SADF se retirassem incondicionalmente de Angola, mas a administração Reagan assegurou que esta exigência fosse uma Resolução sem maior transcendência. O secretário de Estado Adjunto dos Estados Unidos para África, Chester Crocker, disse ao embaixador da África do Sul nos Estados: “a resolução não prevê sanções e não estabelece nenhuma assistência a Angola. Isto não é por acaso e sim o resultado dos nossos esforços para manter a resolução dentro de certos limites” . Enquanto isso, as SADF aniquilariam as unidades de elite das FAPLA.
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    Em princípios de 1988, fontes militares sul-africanas e diplomáticas ocidentes asseguravam que a queda de Cuito era iminente. Isto significaria um golpe demolidor para o governo angolano.
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    Mas a 15 de Novembro de 1987 o presidente cubano Fidel Castro havia decidido enviar mais tropas e armas para Angola: seus melhores aviões com os seus melhores pilotos, suas armas anti-aéreas mais refinadas e seus tanques mais modernos. A intenção de Castro não era só defender o Cuito, era retirar as SADF de Angola de uma vez e para sempre. Mais tarde ele descreveu sua estratégia ao líder do Partido Comunista Sul Africano, Joe Slovo: Cuba travaria a investida sul-africana e a seguir atacaria em outra direcção, “como o boxeur que com a mão esquerda o mantém e com a direita o golpeia” .
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    Aviões cubanos e 1500 soldados cubanos reforçaram os angolanos e Cuito não caiu.
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    A 23 de Março de 1988 os sul-africanos lançaram seu último assalto de maior envergadura contra Cuito. Tal como o descreve o coronel Jan Breytenbach, o assalto sul-africano “foi travado abrupta e definitivamente” pelas forças conjuntas cubanas-angolanas.
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    A mão direita de Havana preparou-se para golpear. Poderosas colunas cubanas estavam a avançar no sudoeste de Angola em direcção à fronteira da Namíbia. Os documentos que nos poderiam dizer o que os líderes sul-africanos pensaram desta ameaça continuam classificados. Mas sabemos os que as SADF fizeram: cederam terreno. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos explicaram que os sul-africanos se retiravam porque estavam impressionados com a rapidez e a força do avanço cubano e porque consideravam que um combate de maior envergadura “teria acarretado grandes riscos” .
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    A 26 de Maio de 1988 o chefe das SADF anunciava que “forças cubanas e da SWAPO fortemente armadas, integradas pela primeira vez, avançaram em direcção ao sul a uns 60 quilómetros da fronteira com a Namíbia”. A 26 de Junho o administrador general sul-africano da Namíbia reconhecia que MIGs-23 cubanos estavam a voar sobre a Namíbia, uma mudança dramática em relação àqueles tempos em que os céus pertenciam às SADF. Acrescentava que “a presença dos cubanos havia provocado uma onda de ansiedade na África do Sul”.
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    Contudo, estes sentimentos de ansiedade não eram compartilhados pelos negros sul-africanos: eles viam a retirada das forças sul-africanas como uma luz de esperança.
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    Enquanto as tropas de Castro avançavam rumo à Namíbia, cubanos, angolanos, sul-africanos e estado-unidenses enfrentavam-se na mesa de negociações. Dois pontos eram chave: se a África do Sul aceitava a implementação da Resolução 435 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigia a independência da Namíbia e se as partes poderiam por-se de acordo sobre um cronograma da retirada das tropas cubanas de Angola.
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    Os sul-africanos pareciam estar cheios de esperança: o ministro dos Negócios Estrangeiros Pik Botha esperava que a Resolução 435 fosse modificada. O ministro da Defesa Malan e o presidente PW Botha afirmavam que a África do Sul se retiraria de Angola só “se a Rússia e os seus títeres fizessem o mesmo”.
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    Eles nem sequer mencionavam retirar-se da Namíbia. A 16 de Março de 1988 o Business Day informava que Pretória estava “oferecendo retirar-se para a Namíbia – não da Namíbia – em troca da retirada das forças cubanas de Angola. Ou seja, a África do Sul não tem qualquer intenção de retirar-se do território em nenhum futuro próximo.
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    Mas os cubanos haviam revertido a situação no terreno e quando Pik Botha apresentou as exigências sul-africanas Jorge Risquet, que estava à frente da delegação cubana, caiu-lhe em cima com uma tonelada de tijolos: “a época das aventuras militares, das agressões impunes, dos seus massacres de refugiados acabou”. A África do Sul – disse – estava a atuar como se fosse “um exército vencedor ao invés do que é na realidade: um exército agressor golpeado e em retirada discreta… A África do Sul deve compreender que não obterá nesta mesa de negociações o que não pôde alcançar no campo de batalha” .
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    Ao terminar a ronda de negociações no Cairo, Crocker enviou um telegrama ao secretário de Estado George Shultz, dizendo que as conversações haviam tido “como pano de fundo a tensão militar crescente devido ao avanço em direção à fronteira da Namíbia de tropas cubanas fortemente armadas no sudoeste de Angola… o avanço cubano no sudoeste de Angola criou uma dinâmica militar imprevisível” .
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    A grande pergunta era: deter-se-iam os cubanos na fronteira? Para obter uma resposta a esta pergunta, Crocker procurou Risquet. “Tem Cuba a intenção de deter o seu avanço na fronteira entre a Namíbia e Angola?” Risquet respondeu: “se eu lhe dissesse que não se vão deter estaria a proferir uma ameaça. Se eu lhe dissesse que se vão deter estaria a dar-lhe um meprobamato e eu nem quero ameaçar nem quero dar-lhe um calmante… o que disse é que só os acordos sobre a independência da Namíbia podem dar as garantias” .
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    No dia seguinte, 27 de Junho de 1988, MIGs cubanos atacaram posições das SADF junto à barragem de Calueque, onze quilómetros a norte da fronteira da Namíbia. A CIA informou: “a maneira exitosa com que Cuba utilizou sua força aérea e a aparente debilidade das defesas anti-aéreas de Pretória” sublinhavam o facto de que Havana havia conseguido a superioridade aérea no sul de Angola e no norte da Namíbia.
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    Uma poucas horas depois destes ataque com êxito dos cubanos, as SADF destruíram uma ponte próxima a Calueque, sobre o Rio Cunene. Destruíram-na – opinou a CIA – “para dificultar à tropas cubanas e angolanas o cruzamento da fronteira com a Namíbia e para reduzir o número de posições que devem defender” . O perigo de um avanço cubano sobre a Namíbia nunca antes havia parecido tão real.
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    Os últimos soldados sul-africanos saíram de Angola a 30 de Agosto, quando os negociadores nem sequer haviam começado a discutir o cronograma da retirada cubana de Angola.
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    Apesar de todos os esforços de Washington para impedi-lo, Cuba mudou o curso da história da África Austral.
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    Até Crocker reconheceu o papel de Cuba quando disse a Shultz num telegrama de 25 de Agosto de 1988: “descobrir o que pensam os cubanos é uma forma de arte. Estão preparados tanto para a guerra como para a paz. Fomos testemunhas de um grande refinamento táctico e de uma verdadeira criatividade na mesa de negociações. Isto tem como pano de fundo as fulminações de Castro e o desdobramento sem precedentes dos seus soldados no terreno” .
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    A proeza dos cubanos no campo de batalha e o seu virtuosismo na mesa de negociações foram decisivos para obrigar a África do Sul a aceitar a independência da Namíbia. Sua defesa com êxito do Cuito foi o prelúdio de uma campanha que obrigou a SADF a sair de Angola. Esta vitória repercutiu-se para além da Namíbia.
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    Muitos autores – Malan não é senão o exemplo mais recente – tentaram reescrever esta história, mas documentos norte-americanos e cubanos relatam o que verdadeiramente se passou.
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    (por Piero Gleijeses)

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