Odebrecht avança para concorrer com Embraer no setor de defesa

Sugestão: Colaborado

São Paulo – A Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), que atua na produção de equipamentos de defesa, quer ampliar sua presença na cidade de São José dos Campos – principal polo do setor – ainda em 2011. A empresa já pediu autorização à prefeitura da cidade para instalar um centro de desenvolvimento e pesquisa no Parque Tecnológico Riugi Kojima. A intenção inicial não é a construção de uma planta local, mas tudo caminha para que isso ocorra no médio prazo – fazendo com que a empresa estenda seus tentáculos justamente no território dominado pela Embraer. Ambas as companhias dão sinais de que iniciam uma discreta divisão de cartas para concentrar em suas mãos o setor de defesa brasileiro.

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Fábrica da Embraer: empresa pode ser ameaçada pela maior presença da Odebrecht no setor de defesa

A Odebrecht vem silenciosamente se armando de acordos e parcerias para intensificar sua atuação no setor. Seu braço de defesa foi criado em 2010, após se unir à francesa EADS (holding controladora da Airbus) em uma joint-venture. Neste ano, a empresa adquiriu a Mectron, a única companhia brasileira que possui qualificação avançada na tecnologia de mísseis, e que fica justamente em São José dos Campos. Outra aquisição foi a da Copa, uma pequena empresa instalada na mesma cidade que atua na integração de sistemas de defesa e segurança. Além disso, a Odebrecht possui um papel central nos planos da Marinha brasileira de construir submarinos nucleares e uma nova base.

Com o centro de desenvolvimento, a Odebrecht terá a oportunidade de trabalhar em parceria com outras companhias do setor que compõem o parque tecnológico. E a aproximação servirá, inclusive, para a empresa buscar possíveis alvos de compra. Segundo fontes ouvidas pelo site de VEJA, a Odebrecht não esperará a aprovação da compra da Mectron pelo Cade para buscar novas oportunidades de consolidação no setor e já está à procura de novos alvos.

Já a Embraer Defesa, subsidiária da multinacional brasileira do setor de aviação, comprou, no início do ano, 50% das ações da integradora de sistemas Atech, também com sede em São José dos Campos. Pouco depois ocorreu a compra da divisão de radares da empresa OrbiSat, que atua na Amazônia. Nos planos de consolidação da Embraer Defesa também estão incluídas parceiras com gigantes estrangeiros, como a AEI, que pertence ao maior grupo israelense do setor de defesa, o Elbit.

Fonte: Exame

17 Comentários

  1. Não vejo nenhuma ameaça da Odebrecht emcima da Embraer, são duas empresas de segmentos diferentes, e uma é atuante na tecnologia de aviões e a outra não.

    as duas podem se tornar grandes vedetes da industria de defesa nacional, mas ameaçar alguma….jamais…ah não ser que a Odebrecht decida começar a montar aviões em solo nacional com a ajuda da EADS.

  2. Legal isso, é cobra tentando engolir cobra, quem vai vencer? Nenhuma das duas é digna de confiança, e uma entrar na área da outra é só questão de tempo, pois a primeira era apenas uma Construtora, que tem muito dinheiro para investir em qualquer areá, veja o exemplo da mamãe Guti, ah pra quem não conhece este era o nome dado a Construtora Andrade Gutierrez, pelos seus funcionários, hoje também se lançado na areá de Satélites.

  3. Se isso for verdade e muito bom, pois ficaria como na guerra fria, elas se esforcariam uma para bater a outra ai teria investimento e o Brasil se beneficiaria

  4. Não vejo nada de mais, pois ainda estão em segmentos um pouco diferentes, agora a Embraer pretende uma parceria com a Alenia-Aermacchi, visando uma possível montagem e venda de seu jato de treinamento 346 Master em terras tupiniquins nos mesmos padrões que foi feito no passado com o AMX. O já conhecido Joint Venture.

  5. Não gosto da EMBRAER pois abandonou os projetos militares.
    Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) ? Gostaria de trabalhar nessa empresa, para enlouquecer as idéias e falir a EMBRAER.

  6. Gallito, chega de EMBRAER, ou então muda toda a sua diretoria.
    Alenia-Aermacchi é italiana ? O Itália não vai querer mais nada com esse governo brasileiro por causa do Lula que acolheu o terrorista de esquerda.

  7. Eu quero mais é que essas Empresas concorram entre sí,fabricando novos produtos.Há outras grandes Empresas brasileiras que podem vislumbrar a oportunidade de ouro que se apresenta nesse momento de grande desenvolvimento do Brasil e também entrar no ramo de armas… E quando for preciso,que trabalhem juntas para fortalecer a indústria armamentista nacional.Quero o Brasil grande e forte!

  8. Acho que quanto mais concorrência no setor de Tecnologia de Defesa no Brasil, lideradas por empresas nacionais, melhor para o país… Só não pode se transformar numa concorrência predatória, ou seja, que tenha como objetivo principal destruir o concorrente… E sim, buscar concorrer preenchendo as lacunas do setor e oferecendo produtos e serviços inovadores e de qualidade com forte demanda interna e/ou externa…

  9. Pensei que a Odebrecht ia montar aviões, bem que a Odebrecht poderia investir em turbo-reatores e unir-se a Embraer pra fazer nosso tão sonhado caça tupiniquim de 5ª geração!

  10. O que não pode haver é superposição das duas empresas. O ideal, é que elas se complementem. A França tem uma empresa apenas que fabrica caças : Dassault. Uma especializada em sistemas eletrônicos : Thales. Uma especializada em motores: SAFRAN(SNECMA). Uma especializados em misseis : MBDA. E por ae vai…

    A ODT poderia se especializar em Misseis e Bombas inteligentes por exemplo, mas não entrar na fabricação de aviões Cargueiros ou de Passageiros. Poderia fabricar radares, mas a Embraer já está entrando nessa área através da Orbisat. O GF tem que olhar cuidadosamente o movimento dessas duas empresas e procurar evitar alguma superposição entre ambas.

    []’s

  11. Deixar empresas concorrerem no mercado de defesa é BURRICE do governo,deve-se criar órgãos pra coordenar o setor de defesa ,exemplo,uma AGENCIA DE AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE DEFESA E UMA AGENCIA DE PROMOÇÃO E EXPORTAÇÃO DE MATERIAL DE DEFESA como russos e americanos fazem.

  12. Dandolo, vc tem mais de 50 anos , alguns diplomas de nível superior e algumas pós-graduações, e acha mesmo que a Itália não vai mais fazer negócio com o Brasil? KKKKKK, por causa do Batisti? KKKKKKK, cara, isso tudo é jogo de cena, o partido de Berlusconi vai enfrentar uma eleição logo, logo, os contratos com o Brasil somam mais de 5 bi só nas fragatas, eles estão aqui na área de telefonia e automóveis (FIAT) e nunca disseram que vão sair. Portanto camarada dandolo é mais fácil vc viver mais 50 anos , cursar mais algumas faculdades, patentear e produzir umas 20 idéias revolucionarias dessas suas com apoio do BNDES e a Itália não vai retaliar o Brasil. OK?

  13. Concordo com Joao Menegel, as duas empresas estão em segmentos diferentes, não tem como concorrer uma com a outra, talves uma concorrencias de poder (quem fatura mais), mas não diretamente, além do mais tem espaço para mais empresas, a única pergunta é… Quem salvará a AVIBRAS? Espero q a Embraer tome a iniciativa.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  14. De que adianta? O governo Brasileiro não compra nada, quando compra é pouco e depois fica 30 anos sem comprar. Se a Odebrecht conseguir fabricar algo para exportar com nossos impostos, encargos trabalhistas e taxa de juros maior do mundo. Já vai ser uma grande vitória..

  15. Com isso o Brasil só tem a ganhar, essa concorrência fará nascer novas tecnologias e novos produtos, quem sabe não sai daí um caça de tecnologia nacional.

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