O brasileiro José Graziano, o primeiro representante da América do Sul escolhido para liderar FAO

http://3.bp.blogspot.com/-t8fpAAnYCLU/Tax18Imc32I/AAAAAAAAAZg/QQfRTmZSwpk/s400/jose%2Bgraziano%2Bda%2Bsilva.jpgBrasileiro José Graziano da Silva é eleito novo diretor-geral da FAO

O brasileiro José Graziano da Silva foi eleito neste domingo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ex-ministro de Lula, ele coordenou o programa Fome Zero.

O brasileiro José Graziano da Silva, de 51 anos, foi eleito neste domingo (26/06) diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), durante a 37ª conferência do órgão, realizada em Roma.

Ele obteve 92 dos 180 votos. Quatro a mais que seu principal adversário, o ex-ministro do Exterior espanhol Miguel Angel Moratinos.

José Graziano da Silva, até agora subdiretor da entidade, sucede no cargo o senegalês Jacques Diouf, há 18 anos no posto, e toma posse em 1° de janeiro de 2012.  A FAO, com sede em Roma, é a maior agência da ONU, com um orçamento anual de mais de 700 milhões de euros.

Crise de alimentos

O brasileiro, que desde 2006 é também o representante regional da organização para a América Latina e Caribe, era considerado o favorito entre os seis candidatos. Agora, enfrentará o desafio de combater a fome em um mundo mergulhado em uma crise de alimentos.

Jacques Diouf se tornou  líder da organizaçãoem 1993, ao suceder ao especialista libanês Edouard Saouma. Diou assumiu o cargo um ano depois e foi reeleito duas vezes. O mandato do futuro diretor estará, entretanto, limitado a quatro anos, segundo a última reforma da entidade.

Melhorar distribuição de alimentos, principalmente em países pobres, é meta do órgão da ONUO objetivo da FAO é a luta global contra a fome e a melhora da produção e da distribuição dos produtos agrícolas em tempos de mudanças climáticas.

Agrônomo, professor e escritor, José Graziano foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome entre 2003 e 2004, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele coordenou a elaboração do programa Fome Zero e deu início à implementação do projeto.

Apoio de Brasília

O governo brasileiro se empenhou fortemente no apoio à candidatura de Graziano, que ocorreu num momento em que o país está expandindo sua produção agrícola e a lançando-se como produtor mundial de alimentos.

Há cerca de uma semana, a presidente Dilma Rousseff lançou o novo Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que recebeu 107,2 bilhões de reais para financiamento da produção agropecuária do país.  A chefe de governo defendeu, na ocasião, que o Brasil seria o único país com capacidade de ampliar a sua produção de forma sustentável, sem causar danos ao meio ambiente.

Foi o próprio ex-presidente Lula da Silva quem manifestou, no ano passado, a intenção de indicar o nome de Graziano como candidato à liderança da FAO. Uma sugestão aceita pela atual presidente, Dilma Rousseff, que encaminhou, em janeiro deste ano, a indicação ao comitê responsável.

Fonte: DW-WORLD.DE

15 Comentários

  1. Estamos cada dia mais influente. Essa e uma boa noticia para adquir mais respeito e influencia dentro do conselho. Boa sorte para José Graziano.

  2. Brasil sabía de apoyo de México a España en FAO, único en Latinoamérica
    16/06/2011
    El gobierno de Brasil ya había sido informado por México de que ese país apoyaría la candidatura de España y no la brasileña a la jefatura de la FAO, informó el miércoles el portavoz de la Cancillería, Tovar da Silva Nunes.

    La canciller de México, Patricia Espinosa, informó a su par brasileño, Antonio Patriota, sobre esa decisión a finales de abril, cuando coincidieron en una reunión ministerial en Caracas, dijo Da Silva Nunes a la AFP. “La canciller expresó que sería difícil para México apoyar la candidatura brasileña porque tenían un compromiso previo” de apoyar al candidato español, informó el portavoz.

    México anunció el martes su apoyo a la candidatura del ex ministro de Relaciones Exteriores español Miguel Angel Moratinos para dirigir la FAO.

    México se convierte así en el único país en América Latina que no apoya al candidato brasileño, según la cancillería de Brasil, que descartó cualquier tipo de tensión por ello.

    El candidato brasileño a dirigir la Organización de Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO), José Graziano, fue responsable del exitoso plan para la erradicación del hambre del ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva.

    España anunció el 31 de mayo su apoyo formal al mexicano Agustín Carstens para dirigir el Fondo Monetario Internacional. Brasil no ha divulgado a quién apoyará para la jefatura del FMI.

  3. Parabéns, essa é uma comissão muito disputada na ONU.
    Que se leve bons projetos da embrapa pra África e se crie um fundo mundial contra a fome, um pronaf internacional seria interessante.

    Num mundo cada vez mais faminto, uma grande responsabilidade.
    Que tenha o mesmo sucesso de Oswaldo Aranha.

  4. Camarada Anon,a diplomacia brasileira leva muito a sério o principio da reciprocidade, se o México não apoiou o Brasil na FAO, certamente o Brasil não apoiará o México no FMI, acho que o Brasil vai com a França.

  5. WI, prensado
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    “Se ONU apoiar palestinos, fica sem verbas, dizem EUA “

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    Essa sua informação corrobora com o que eu e muitos escreve e falam sobre a moribunda ONU.
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    Para que existe uma instituição que já demonstra que é corrupta.
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    Abraços

  6. A eleição de José Graziano, o homem à frente do fictício programa fome zero(aquele programa que provocou cancelamento do FX-1), certamente vai ser explorada até a exaustão pela imprensa oficial propagandística do faz-de-conta e por ex-jornalistas convertidos em blogueiros a soldo do partido no poder. Vão convencer os incautos de como “nunca antes na história desse país fomos tão influentes” e convocar os chapas-brancas a prosseguirem em sua jihad contra os infiéis, ops, “entreguistas-vendidos-traidores a soldo do PSDB, de FHC,do Serra, de Alckmin e, lógicamente, duzamericanú qui num qué vê u Brasil putência”….lamentável ver de novo o espetáculo de ópera bufa em que se converteu o Brasil.

  7. Opera Bufa HMS ? KKKKK. A única BUFA que eu tenho visto é do pessoal do contra que BUFA de inveja e BUFA de ódio e até solta umas BUFA porque tá dando desarranjo de tanto nervoso que eles passam… KKKK. O Brasil oferece estatísticas para todos os gostos. Acabei de ler o seu Reinaldin dizer que tudo que existe de bom no país foi obra de FHC e cia (incluindo o finado – Que Deus o tenha em Paz – Paulo Renato). Engraçado isso não ? Ô povo ingrato!! Eu quero ver os que vocês vão falar quando Lula ganhar o Prêmio Nobel da PAZ em 2012…

  8. ————————————–
    (Carta Maior; 2º feira, 27/06/ 2011)
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    O Brasil conquista assim seu primeiro posto de relevo entre as organizações internacionais, com um candidatura indissociável da luta contra a pobreza e a desigualdade.
    O que se espera agora é um organismo renovado que passe a ecoar, de fato, os interesses Sul-Sul, na luta por um desenvolvimento feito de segurança alimentar e maior justiça social. Criador do Fome Zero, Graziano é um crítico da especulação financeira decorrente da desregulação do sistema bancário promovida pelo neoliberalismo.
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    Ao contrário de seu adversário espanhol, em diversos pronunciamentos e artigos ele destacou a influência nefasta dos capitais especulativos na formação dos preços dos alimentos, gerando flutuações abruptas que asfixiam produtores e agravam a fome nos países pobres. A vitória do ex-ministro e amigo pessoal de Lula não pode ser entendida sem o pano de fundo da crise mundial que evidenciou o crepúsculo de uma agenda ortodoxa até então hegemônica.
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    Por mais de 30 anos, ela subordinou o destino das nações e a segurança alimentar da sociedade às supostas virtudes dos ‘livres mercados’, cujo saldo mórbido é o desconcertante paradoxo de um planeta que reúne um bilhão de famintos em pleno apogeu da tecnologia agrícola. A sucessão na FAO influenciará também a ação internacional de Lula que trabalhou intensamente nos bastidores da campanha, em contatos com chefes de Estado, sobretudo da África e América Latina.
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    O líder brasileiro passa a desfrutar agora de uma âncora institucional para seus projetos de cooperação entre América Latina e África, com base nas políticas sociais bem sucedidas de sua gestão. Para o governo Dilma, que se empenhou decididamente na eleição de Graziano, numa ação firme e centralizada no Itamaraty, a vitória é um trunfo que reafirma a liderança e a credibilidade do Brasil junto aos países pobres.
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    O conjunto desagrada os que torciam por uma derrota para transformá-la no atestado de óbito de uma experiência de governo que, com todos os percalços, assumiu contornos de uma nova referência de desenvolvimento, cujos resultados impuseram um revés superlativo ao neoliberalismo tropical.
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  9. ————————————–
    (Carta Maior; 2º feira, 27/06/ 2011)
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    “Não por acaso, antes da votação, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, elogiou o espanhol Miguel Angel Moratinos, candidato que carregava o fardo do protecionismo agrícola das nações ricas contra os pobres. A vitória brasileira reposiciona o papel da FAO no cenário internacional.”
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    André Oliveira ,
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    hehehe , realmente, os entreguistas neoliberais
    estão sempre “bufando” com qualquer coisa que fortaleça o Brasil.
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    Aliás seria muito bom se tivéssemos uma direita nacionalista, infelizmente, a grande maioria é comprada pelo “ouro de Washington”.
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    Basta ver a posição que adotaram com relação a questão da posse de terras por estrangeiros:
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    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/brizola-neto-o-entreguismo-da-direita-nao-tem-limites.html

  10. Lula ganhando no Nobel da paz? por que motivo? por ser amiguinho do Adolfinejad e tentar forjar acordos nucleares fajutos? Só rindo mesmo! Ademais não foi dita nenhuma inverdade aqui afinal o fome zero era um programa fictício, se marketing.A propósito: Eu não leio o Reinaldo Azevedo mas resta muito claro que você lê o PHA e também fica claro qual a sua categoria entre os que descrevi no meu texto acima.

  11. O que se espera de fato é que haja uma mudança na política mundial de combate a fome. A experiência aqui desenvolvida vem paulatinamente cumprindo as suas metas rumo ao objetivo traçado. A meu ver, voto de confiança dado ao nosso representante é sem dúvida um bilhete de loteria premiado, onde o Brasil tem que mostrar para o mundo a sua real capacidade e competência para liderar políticas de interesse global, portanto vamos jogar o jogo. Talvez mudemos um poco a visão retrógrada e paranóica de que para ter assento, como titular, no Conselho de Segurança da ONU é preciso ter bomba atômica.

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