Vice-premiê diz que Reino Unido quer "relação do século 19" com Brasil

http://www.digitaldocsinabox.org/images/Imperialism/BritishEmpire.jpg

Sugestão: Gérsio Mutti

Júlia Dias Carneiro

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

Em visita ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira, o vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Nick Clegg, disse que as relações de seu país com o Brasil não são tão fortes quanto deveriam e que quer “voltar ao século 19 para recuperar as bases de uma relação mais sólida”.

“Tínhamos uma relação política e econômica muito forte no século 19 e depois isso esmaeceu um pouco. Então quero olhar um pouco para trás para construir uma parceria forte para o século 21”, disse à imprensa enquanto visitava o Morro dos Prazeres, favela em Santa Teresa, no Centro do Rio.

Na sede da Petrobras, Clegg defendeu parcerias entre os dois países na exploração do petróleo, participou do lançamento de um convênio com o Estado do Rio para promover a economia “verde”, que respeita o meio ambiente; assinou uma proposta para trazer para a favela dos Prazeres um projeto de inclusão social para jovens por meio do futebol e participou do anúncio da construção de uma fábrica da Rolls Royce em Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

A Rolls Royce investirá US$ 60 milhões na construção da fábrica. Com inauguração prevista para o terceiro trimestre de 2012, ela produzirá turbinas geradoras para alimentar a indústria do petróleo no Brasil, de olho na demanda do pré-sal, e poderá fabricar componentes para exportação no futuro.

‘Comunidades seguras’

No Morro dos Prazeres, Clegg foi apresentado a uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) pelo secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Ele não poupou elogios ao projeto e à “coragem” de Beltrame e demais membros do governo que o conduziram.

“Tem sido um privilégio ver o quão corajoso eles têm sido para fazer algo que muitos achavam impossível, que é tornar essas comunidades seguras, enchê-las de esperança e garantir-lhes uma sensação real de potencial futuro”, disse.

Na véspera, durante sua passagem por Brasília, Clegg, defendeu que o Conselho de Segurança da ONU seja reformado e que o Brasil ganhe um assento permanente no órgão.

Clique Leia mais na BBC Brasil sobre as declarações de Clegg em Brasília

Ainda nesta quarta-feira, no Rio, ele participou uma conferência sobre o legado e a sustentabilidade dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. No evento, autoridades britânicas falaram da experiência que ganharam na preparação dos Jogos de Londres de 2012.

Ele disse que a Olimpíada não deve ser pensada em função do evento em si, e sim das oportunidades que traz. E ressaltou que o Rio, sede dos jogos em 2016, tem uma variedade “estonteante” de eventos esportivos para os próximos anos.

“Vocês realmente serão o palco do planeta durante os próximos anos. Todos os olhos e ouvidos do mundo estarão focados em vocês.”

A visita de Clegg tem o objetivo de ampliar a cooperação do Reino Unido com o Brasil em várias áreas e é vista como uma “ofensiva” do governo britânico em países que considera as estrelas das próximas décadas, como delineou o ministro do Exterior britânico, William Hague.

Na comitiva britânica estão ministros das áreas de Esporte, Cultura, Comércio e Educação.

Também vieram ao Brasil representantes de universidades britânicas, já que temas ligados à educação também entraram na agenda do vice-premiê com autoridades brasileiras.

Fonte: BBC Brasil

20 Comentários

  1. Ou sejá, Querem que o Brasil Volte a ser Colônia Portuguesa… Já que os Portugueses sempre Faziam o que os ingleses queriam.
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    Assim quem sabe a Inglaterra volte a ter poderes sobre nos… pois no Século XIX. o mundo obedecia direitinho a Inglaterra… Ate a china baixava a cabeça para os Ingleses.
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    Que Baita Saudade A Inglaterra Tem Do Século XIX… kkkkkkk

  2. bom, se alguem ai nao lembra, a relação inglaterra-brasil no sec 19 era a seguinte. Ingleses mandam — donos da maior parte de nossa divida externa — nós obedecemos.
    eu nao quero isso de volta. por exemplo, a guerra do paraguai foi pura influencia inglesa…abraços.

  3. Esse cara nasceu na Cornualha?
    Não acredito, esse é o Berlusca Terceiro, o Berlusca Segundo é o Primeiro Ministro deles . Inacreditável meu chapa, nem acredito nisso meu camarada ; sério, eu quero fazer uma postagem equilibrada mas não sei se digito SNIF SNIF OU kkk. O que dizer depois dessa, ainda bem que o Plano Brasil está publicando essa comédia que entra para a história da diplomacia não do Brasil mas da América do Sul. Cruz credo, Deus me livre e defenda.
    Eu poderia postar aqui um monte de fatos técnicos e históricos, mas depois dessa do Sir Berlusca Terceiro desisto.
    Só essa, um espetáculo esse mapa.
    Abraços blogueiros.

  4. “Nick Clegg, disse que as relações de seu país com o Brasil não são tão fortes quanto deveriam e que quer “voltar ao século 19 para recuperar as bases de uma relação mais sólida”.
    ……………………….
    Vai sonhando !
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    O Sr. Clegg deveria lembrar de que se for para falar besteira é melhor manter a boca fechada…
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    Suas palavras refletem um saudosismo dos tempos em que os britânicos se jactavam de ser o “Império em que o Sol nunca se põe”.
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    No século 19 tivemos a “questão Chistie”
    ( Chistie: um embaixador britânico extremamente arrogante).
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Quest%C3%A3o_Christie
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    No século 19 tivemos também a Inglaterra como maior beneficiada com o conflito entre Paraguai x Tríplice Aliança, ao mesmo tempo que barrou o aparecimento de um concorrente comercial , lucrou com os juros dos empréstimos concedidos a Tríplice Aliança.
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    “Em contrapartida, o governo imperial do Brasil contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais”,
    o que mais tarde resultou na queda do império…
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    Enfim Sr. Clegg, o século 19 já se foi , estamos no século 21 e ‘bola pra frente’!

  5. eu não sei se já perceberam como o nosso pais esta entregue as baratas ate no google mapas pesquisando endereço de ruas aqui em parnamirim rn, visualizando sobre a nossa base da pra si ver ate onde estão os paiois militar isto não é de segurança militar não!. não precisamos nem de satelite espião alguem sabe mim reponder muito obrigado.

  6. ”Vice-premiê diz que Reino Unido quer “relação do século 19″ com Brasil”
    Se for assim já começamos mal, e parece que o nº2 não conhece a história entre essas duas nações,mas vou relembrar um fato importante ocorrido no século 19.

    A Questão Christie, em termos de Relações Internacionais do Brasil, constituiu-se num contencioso entre os governos do Império do Brasil e da Grã-Bretanha, que teve lugar de 1862 a 1865.
    Esta questão diplomática foi fruto de um conjunto de incidentes envolvendo ambas as nações, culminando, pela atuação do embaixador britânico creditado no Brasil, William Dougal Christie, no rompimento das relações diplomáticas por iniciativa do Brasil (1863).
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Quest%C3%A3o_Christie

  7. Voltar ao século 19 vale a pena, se for para recordar por exemplo, duas grandes mulheres da nossa história.
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    Uma é a Princesa Isabel.
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    E a outra, ampla e injustamente esquecida, é a Imperatriz Leopoldina, que foi a verdadeira mãe da independência do Brasil:
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    “Quando o marido, príncipe regente, viajou a São Paulo em agosto de 1822, para apaziguar a política (o que culminaria na proclamação da lndependência do Brasil em setembro), D. Leopoldina exerceu a regência. Grande foi sua influência no processo de independência.”
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    “A princesa recebeu notícias que Portugal estava preparando ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar o retorno de D. Pedro, D. Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio de Andrada e Silva, e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822, com o Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI. Ela exige que D. Pedro proclame a Independência do Brasil e, na carta, adverte: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”.
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    O oficial com a carta da Imperatriz, chegou ao príncipe no dia 7 de setembro de 1822.”
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    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a8/29-_Imperatriz_rainha_D._Leopoldina.jpg

  8. O título da matéria não condiz com o propósito da visita, mas certamente é uma infelicidade o dizer do ingles.
    Atirou no que viu, acertou no que não viu.
    Dominando nossas finanças por quase 100 anos, nos impunham seus ditames, seus juros, e se beneficiavam muito da nossa economia escravocrata.
    Eram os grandes exemplos da engenharia da época.
    O meu grande registro para essa época de influencia inglesa, entretanto, é a quebra do Barão de Mauá.
    Primeiro grande capitão de indústria do País, quebrou pela artimanha dos bancos ingleses.
    Sir, não quero novamente a relação do século 19.

  9. Por isso que os ingleses estao na M.. estao com a cabec,a no seculo 19, ja se passaram 200 anos e os caras nao acordaram, porem no’s brasileiros nao esquecemos das sacanagens dos ingleses…
    Talvez ai uma lic,ao pros americanos aprenderem..

  10. Parceria com a Petrobras?Será que é para exploração em aguas profundas nas Malvinas?Querem nossa técnologia.

  11. O english team vai fechar novamente a Guanabara? Vai apreender navios brasileiros, vai bombardear o Rio de Janeiro?

  12. leonardo machado disse:
    23/06/2011 às 02:25
    turbina rolls royce para exploradoras de petroleo. ou seja ” adeus turbina da polaris”
    Isso me fez lembrar dessa materia. POLARIS E ITA CONCLUEM PROTÓTIPO DE TURBINA PARA AERONAVES CIVIS
    O jornal Valor Econômico ontem publicou a seguinte reportagem de Virginia Silveira, de São José dos Campos:

    “O Brasil já está migrando para o rol de países que desenvolvem e certificam turbinas Aeronáuticas. O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em conjunto com a empresa Polaris Tecnologia, finalizou o desenvolvimento do primeiro protótipo de um turboreator de 350 quilos de empuxo, equivalente a uma potência de 1300 HP. Agora os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de um motor turboélice de 1000 HP para equipar veículos aéreos não tripulados.

    Um dos méritos desse projeto, segundo o diretor de Empreendimentos do Comando-geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), brigadeiro Venâncio Alvarenga Gomes, foi descobrir as competências que o Brasil possui para fabricar partes e componentes da turbina no próprio país. “Atividades como a usinagem do compressor, ignitor a plasma, a fusão do disco da turbina em liga especial e o balanceamento exigido pelas normas internacionais, são alguns dos exemplos dessa competência adquirida pelas indústrias brasileiras”, explicou.

    Trata-se de um projeto estratégico, na medida em que existem hoje apenas cinco países no mundo com o domínio da tecnologia de desenvolvimento e certificação de motores aeronáuticos. “Numa segunda etapa, a turbina, batizada de TR3500, poderá equipar futuros projetos de aeronaves civis”, disse Alberto Carlos Pereira Filho, diretor da empresa Polaris.

    As turbinas que equipam as aeronaves da Embraer são fornecidas por empresas estrangeiras, caso da canadense Pratt & Whitney (linha de jatos executivos e Supertucano), a americana GE (jatos 170 e 190) e a inglesa Rolls Royce (ERJ 145, Legacy 600). Os motores representam em torno de 20% a 30% do valor de uma aeronave.
    “A TR3500 demonstra que podemos progredir rápido. Diferentemente do que ocorreu com relação ao desenvolvimento de turbinas em outros países, não precisaremos de décadas para atingir um produto autóctone e competitivo”, comenta Homero Santiago Maciel, coordenador geral do projeto no ITA.

    O projeto do motor aeronáutico brasileiro teve início em 2003 com o desenvolvimento de uma turbina a gás para a Petrobras. “O objetivo desse projeto era dominar o processo de fabricação da câmara de combustão, a vibração do motor e o desenvolvimento do sistema de controle da turbina”, explica. A Petrobras apoiou a ideia e investiu R$ 850 mil na sua execução.

    Na fase de preparação do protótipo da turbina Aeronáutica, foram investidos R$ 3 milhões, dos quais R$ 1,7 milhão através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); R$ 750 mil do ITA e R$ 550 mil da Polaris. “A próxima etapa do projeto, avaliada em R$ 116 milhões, prevê a construção de 11 laboratórios avançados na área de testes para turbinas, infraestrutura necessária para garantir o processo de homologação dos motores”. Segundo o diretor da Polaris, esse tipo de laboratório ainda não existe no Brasil. Os recursos estão sendo negociados com a Finep.

    A tecnologia envolvida no projeto das turbinas do ITA também gerou frutos para a Vale Soluções em Energia (VSE). A empresa patrocinou o desenvolvimento do protótipo de uma turbina a gás estacionária, na faixa de potência de 1 MW, para geração de energia elétrica. Batizada de TVRD 1000, a turbina a gás da VSE foi testada em maio de 2007. O sucesso da operação motivou a empresa a apostar na construção de uma base fabril no Parque Tecnológico de São José dos Campos.

    Segundo o coordenador do programa de interface entre as empresas e o CTA, Homero Santiago Maciel, o objetivo da VSE é o desenvolvimento de uma família de turbinas para minitérmicas, com potencial para competir no mercado de energia.

    A Petrobras, de acordo com Pereira Filho, também é parceira da Polaris no desenvolvimento de uma turbina a gás acima de 3 MW, um projeto orçado em R$ 80 milhões. “Hoje, a Petrobras possui cerca de 180 turbinas importadas e gasta aproximadamente US$ 300 milhões na manutenção desses equipamentos”.

    As turbinas brasileiras, segundo Pereira Filho, seriam usadas pela Petrobras na geração de energia elétrica para suas plataformas e para manter a pressão na linha de bombeamento de petróleo. “A empresa usa compressores gigantescos que são acionados por turbinas a gás”.

    Criada por engenheiros do ITA, a Polaris é uma empresa de alta tecnologia que funciona como incubada da Petrobras, nas instalações da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos. Além da turbina a gás, a Polaris desenvolve para a estatal de petróleo um queimador que gera fonte térmica de calor para que a empresa possa utilizar óleo pesado sem poluir o meio-ambiente

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