Tropas de Kadafi aumentam ofensiva contra rebeldes em Misrata

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Segundo fontes médicas, ao menos 22 morreram e 61 ficaram feridos em bombardeios perto de cidade controlada por opositores.

Forças leais ao líder líbio, Muamar Kadafi, aumentaram a ofensiva contra a região de Misrata, cidade controlada por rebeldes, matando ao menos 22 pessoas.

De acordo com uma fonte médica do Hospital Hikma, forças de Kadafi usaram tanques, artilharia pesada e foguetes em bombardeios em Dafniya, cerca de 30 km a oeste de Misrata. Segundo o médico, que se identificou apenas como Ayman à Associated Press, ao menos 61 pessoas foram feridas nos ataques que tiveram início por volta das 10h locais.

Em meados de maio, os rebeldes conseguiram expulsar as tropas de Kadafi do centro de Misrata, intensamente assediada desde o início do conflito líbio, no fim de fevereiro. Desde então, combatentes leais a Kadafi se mantêm a cerca de dez quilômetros da cidade e continuam bombardeando seus arredores com mísseis de longo alcance.

Misrata, situada no litoral a cerca de 200 quilômetros a leste de Trípoli, é um dos principais redutos rebeldes no país. O contínuo assédio das tropas de Kadafi durante meses complicou a situação humanitária na cidade, onde faltam remédios e alimentos.

No fim do mês passado, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) detectou um campo de minas instalado pelo regime de Kadafi nas proximidades de Misrata. De acordo com o tenente-general canadense Charles Bouchard, chefe da missão militar na Líbia, um relatório da Aliança Ocidental indicou que foram instaladas minas “contrárias à lei internacional, colocadas em uma área estratégica impedindo a movimentação da população”.

O chefe militar garantiu que a Otan está trabalhando para definir o contorno do campo de minas, mas admitiu que a tarefa de desativar os artefatos não corresponde ao mandato da aliança. A Otan assumiu o trabalho de desativar as minas marítimas, mas pelo fato de não possuir soldados no território não pode fazer o mesmo no caso das terrestres.

ONU

Desde o início do conflito na Líbia, um número estimado de 10 mil a 15 mil pessoas já morreram nos dois lados do confronto em quatro meses, segundo a Organização das Nações Unidas.

De acordo com Cherif Bassiouni, líder de uma missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU que viajou a Trípoli e a áreas controladas pelas forças rebeldes no fim de abril, uma comissão encontrou evidências de crimes de guerra cometidos por Kadafi, incluindo ataques contra civis, grupos de ajuda humanitária e equipes médicas. A comissão também encontrou provas de crimes cometidos por forças da oposição.

Nesta sexta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, que deixa seu posto no governo Obama em breve, afirmou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) tornou-se uma Aliança pobremente equipada para lidar com seus desafios e com membros incapazes ou relutantes em cumprir com as missões no Afeganistão e na Líbia.

Particularmente, ele apontou um contraste entre os membros que “querem e são capazes de pagar o preço e aguentar o fardo dos compromissos da Aliança e aqueles que usufruem dos benefícios da participar da Otan, mas não querem compartilhar os riscos e custos”.

Gates criticou a falta de vontade política e de contribuição de recursos militares por parte de alguns países aliados à missão na Líbia, advertindo que podem comprometer a operação. “Ficou amplamente claro que as deficiências em cooperação e vontade política têm o potencial de comprometer a capacidade da Aliança de efetuar uma campanha integrada, eficaz e sustentada por ar e mar”, afirmou.

Fonte: Último Segundo

13 Comentários

  1. 8 de Junho de 2011
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    Os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ocorridos nesta terça-feira (7) foram considerados os ataques mais violentos contra forças do regime de Muamar Kadafi em quatro meses de ofensiva na Líbia. Mais de quarenta explosões foram registradas apenas no complexo que serve de sede para o governo, erguendo cortinas de fumaça e pó. Os ataques foram realizados em plena luz do dia.
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    Em um discurso de dez minutos, cujo áudio foi transmitido pela TV estatal de Trípoli, Kadafi condenou as ações da Otan e da oposição. “Nós não vamos nos render. Temos apenas uma escolha, a de seguir até o fim. Morte, vitória – não importa. Não nos renderemos”, gritava Kadafi.

    Ao final do discurso, o líder que governa a Líbia desde 1969 insistiu: “Não nos ajoelharemos. Temos uma opção única: permaneceremos em nossas terras, vivos ou mortos, o martírio é um milhão de vezes melhor que a rendição”.
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  2. Eles argumentaram que estavam indo para Líbia afim de salvar o povo Libio do massacre e agora já morreram 15 mil pessoas devido a guerra. Ta cada dia mais claro que a França e os EUA se meteram numa fria. Patrocinam guerrilheiros Libios a combater a tropa de Kaddafi e agora estão vendo crime de guerra pra todos os lados. Será que eles queriam ver é flores?

  3. Mais uns meses, possivelmente + uns 6 ,e a Otan vai paralisar os ataques, por falta de grana, e então vai ficar o medo de deficit’s e a população vai começar a chiar…Vamos ver.BRASIL , ponha as barbas de molho…sds.

  4. Por isso eu digo: se com a Líbia já está esse pega pra capar, imaginem o que aconteceria se a OTAN resolvesse invadir o Brasil…
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    Deixo para vocês imaginarem… =)

  5. Os jovens líbios que acreditaram na democracia e no apoio da OTAN e da ONU estão se dando mal.
    Estou vendo que os ditadores e reis continuarão a governar muitos países.
    Culpa dos países europeus e do Japão, que ainda possuem famílias reais. Que mau exemplo para a humanidade.

  6. O nosso relacionamento com a Itália está péssimo por causa do Lula. A OTAN já deve estar nos olhando como inimigo.
    Temos que afastar o Lula da política brasileira. Não vejo outra solução.

  7. Eu ja havia alertado sobre este faz de conta da otan,diferentemente do conflito nos balcas,neste a otan nao se empenha de maneira incisiva e definitiva,existe conflitos de interesses, muitos querem promover seus armamentos ,outros querem garantir acesso facil a minerais.Este conflito fere duas verdades,primeira ;a maioria do povo libio apoia kadaffi, segundo ; os rebeldes nao possuem uma posiçao coesa em relaçao ao futuro da libia,a otan vai acabar criando um ambiente favoravel a radicalizaçao .

  8. Não gosto de Kadaffi, mas ele não é pior que alguns ‘amigos’ aliados nos países árabes.
    A Líbia não está mal com ele no poder, e pode virar novamente uma colonia europeia sem ele.
    Mas KAdaffi a parte, o que não se compreende é algum país que já tenha sido colônia apoiar essa ação neo-colonialista dos europeus, apoiados pelo gran-império.
    Torço muito para que esse rebeldes, uma minoria de pulhas entreguistas, seja reduzida ao que merece, ou seja, pó.
    Além de tudo, demonstra a profunda covardia dos ‘libertários’ europeus (cujas relações com outros povos segue desde sempre o binômio saque-sangue), pois com a Síria estão bem calminhos…

  9. KADAFI SAVE THE LÍBIA…Na mídia não fala muito dos detalhes como está à população civil da Líbia, suas dificultades,suas necessidades, sua vontade…Por quê? isso à mídia geral, tanto a nacional como a internacional…Deve ser porque à OTAN é o moçinho de HOLLYWOOD.SDS.

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