TAURUS, Várias boas surpresas na LAAD

Autor: Claudio Marcos Queiróz

Fotos: Claudio Marcos Queiróz e Wellington Mendes

Texto exclusivo: Plano Brasil, Geopolítica Brasil e Defesa Aéreas.

Nesta edição da LAAD, já estávamos preparados para novamente encontrar várias empresas internacionais expondo seus moderníssimos e outros nem tanto fuzis de assalto, mas foi com grande surpresa que nos deparamos com uma família de armas longas em exposição no estande desta empresa 100% nacional, esta que veio com o passar do tempo se aprimorando, adquirindo e desenvolvendo tecnologias de ponta no quesito armas curtas e algumas incursões no mercado de armas longas por parceria, licença de fabricação ou até mesmo compra de outras fabricantes, como foi no passado quando a mesma comprou a Bereta Brasil e assim passou a dominar a construção das pistolas Granadier desta, vindo junto às onipresentes Submetralhadoras MT-12 e suas muitas versões atualizadas.

Mas a própria empresa carecia de um projeto próprio para este tipo de armas, onde através de acordos comerciais inseriu em seu portiflogio as armas de calibres pequenos da fabricante Chilena Famae, assim como anunciou na LAAD 2009 a parceria com a IWI de Israel a parceria para a comercialização do moderno e eficiente fuzil Bulpupp CTAR-21 Tavor 5.56mm e suas variantes especializadas, mas a mesma carecia de um produto genuíno de seu quadro de engenheiros.

A primeira vista tentamos identificar a procedência das armas expostas em seu estande, como não tivemos sucesso por absoluta falta de direção e identificação partimos para uma entrevista com quem nos poderia responder de onde vinha a referida família de armas longas.

Qual foi a nossa surpresa em saber que as mesmas eram desenvolvimentos próprios para serem comercializadas no mercado militar e policial, tendo as mesmas concepções e características que não as deixam para trás em relação as suas congêneres internacionais, estas fabricadas por grandes e antigas empresas do ramo.

Para que os nossos leitores possam compreender melhor o que vimos no estande da Taurus, vamos descrever sobre algumas das armas desta família que tivemos acesso:

FUZIL TAURUS MODELOS ART 556 E CT 556

ART 556, desenvolvido para o mercado militar, sendo um fuzil com concepção extremamente atual, onde o corpo principal se divide em duas metades, sendo a superior construída em uma liga especial de alumínio e a metade inferior em polímero para diminuição de peso, o mesmo tem em seu corpo um trilho picantiny em todo a parte superior do guarda mão indo até o inicio da coronha, assim como também em suas laterais e parte inferior, perfazendo a seguinte distribuição de trilhos, 90, 180, 270 e 360 graus.

O mesmo possui uma alavanca de manejo do ferrolho não solidaria ao mesmo mas podendo ser usada para forçamento do trancamento do ferrolho, sendo este dotado de travamento rotativo por engrazadores múltiplos (06 lugs).

Como item de segurança a arma possui um retém de ferrolho nos dois lados do corpo que mantém o ferrolho em segurança na posição aberto, assim como um prático sistema de liberação de carregador, enquanto seu registro de segurança é ambidestro com movimento circular e de rápida assimilação pelo atirador.

A arma é dotada de miras rebatíveis e aptas a receber todos os tipos de acessórios disponíveis para esta classe, inclusive pudemos conferir que a Taurus também está desenvolvendo toda uma linha de acessórios para as mesmas, como miras, punhos, apontadores e outros mais.

Sua coronha é regulável em comprimento e rebatível, sendo de uma facilidade de uso que muito me deixou impressionado em uma arma desenvolvida em solo pátrio.

Como a mesma foi desenvolvida usando a experiência de um grande numero de especialista, profissionais, militares e o feedback foi bem absorvido a Taurus introduziu um receptáculo do carregador com uma empunhadura para a mão frontal, onde a mesma fica praticamente no centro de gravidade e deslocamento de massa no momento do disparo, muito apropriado para que o atirador não o segure pelo carregador ocasionando o estresse prematuro do retém do mesmo assim como danos em outras partes.


No momento este fuzil foi apresentado em estado de protótipo avançado e somente no onipresente calibre 5.56mm, mas muito provavelmente venha a ter outros calibres, inclusive com grandes chances de comunulidade pois o mesmo apresenta o ponto giro das duas metades à frente do carregador, assim como o FNH Scar e outros modernos Fuzis.

O modelo CT 556 só difere do anterior no quesito regime de tiro, pois como é indicado para o mercado policial e de segurança o mesmo só tem a possibilidade de tiro intermitente, diferente do ART 556 que seu regime via registro de tiro possibilita ao atirador escolher entre intermitente, 03 tiros e rajada, além de modo de segurança.

Características técnicas destes fuzis:

Calibre: 5.56 OTAN;

Comprimento das duas versões com coronha estendida: 750 mm;

Comprimento das duas versões com coronha dobrada: 463 mm;

Comprimento do cano das duas versões: 254 mm;

Sistema de funcionamento: Bloqueio por engrazadores múltiplos operado com pistão de recuperação de gases;

Ejeção por janela na lateral direita, para cima e para frente;

Massa de mira: fixa com proteção;

Alça de mira: ajustável em direção e elevação;

Seletor de segurança: ART 556: S-segurança, 1-intermitente, 3-rajada controlada de 03 tiros, F- rajada direto ou full; CT 556 somente: S, 1;

Peso com carregador vazio de 30 tiros: 3,6 Kg;

Com este fuzil a Taurus se insere nos “Players” fabricantes de fuzis modernos, sendo este uma grata e surpresa, inclusive tendo podido analisar outros e compará-los posso afirmar que caso o mesmo seja aprovado nos exaustivos e exigentes testes do EB em Marambaia e venha a ser escolhido como arma longa para a tropa, a mesma receberá pela primeira vez uma arma condizente com o status que se almeja alcançar, não deixando nada a desejar aos de outras potencias.

Em breve estaremos falando a respeito de outras novidades da Forjas Taurus S/A.

30 Comentários

  1. É bom saber que estão dando oportunidades de engenheiros brasileiros desenvolverem produtos de alta tecnologia, mostrando que há pessoas capazes nesse país!
    Uma empresa nacional tem que acreditar em seu potencial e ousar desenvolver produtos próprios ! parabéns a todos!

  2. Sera que a “mornada” que o IA-2 da Imbel recebeu não tem alguma coisa com o projeto da Taurus,tipo olha que “belo” fuzil e é melhor que o da Imbel então vamos adota-lo.

  3. Não existe povo mais capaz e competente do que o brasileiro!
    Ainda falta mudar a forma de pensar de si próprio mas quando isso acontecer ninguém segura.

    sds

  4. jakson , eu acho que os dois fuzis(imbel e taurus) sao bons , agora vamos ver o preço que esses fuzis vao ter, ai sim o que tiver o menor custo e apresentando as qualidades tecnicas que o exercito pede , sera o escolhido.
    se bem que acho que os dois fuzis serao comprados em grande escala por nosso exercito, até pq hj em dia todos ou quase todos, os exercitos do mundo usam fuzis de diversas nacionalidades, principalmente em seus batalhoes de operaçoes especiais, portanto nao ficamos redusidos a um so tipo de fuzil , a diversidade é grande.(vide o exercito dos EUA).

  5. realmente o povo brasileiro é agraciado por DEUS um imenso jardim do edem com um povo inteligente que só falta buscar mais com o senhor e os caminhos serão abertos.

  6. leonardo uma coisa são operações especiais,onde existe armamentos “pra tudo” ,outra coisa são forças regulares onde se padroniza o emprego de armamentos,vide os EUA com seu M-16/M-4.

  7. Tudo bem que se fique impressionado com os novos produtos, acho mesmo que se deve testar novos calibres , inclusive o .22 magnum para o mercado civil, e o cal. 38 ficou para tráz mas cumpriu seu papel com muita honra. Acredite.

  8. Sr. Preciso ver este fuzil em ação antes de qualquer julgamento, é elegante, sim, lembra um fuzil moderno, sim. No entanto, vamos esperar para ver. Não acredito na adoção desta arma pelo EB, MB ou FAB. Para estes existe o IA2 e o papel do EB por trás deste desenvolvimento. POde até ser melhor que o IA2 mas não será adotado pelo EB. Para eles a sobrevivência da IMBEL é fator muito mais importante qualquer outro fator. Faltam revelar os custos desta nova arma da Taurus que poderá ser adotada pelas forças policiais até os grandes eventos como Copa do Mundo e Olímpiadas.
    O desenho deste fuzil Taurus é uma grande novidade, porém o IA2 se mostrou bastante eficiente no vídeo abaixo. Vamos ver os próximos capítulos. Não quero é ver nenhuma das duas armas morrer sem aquisição local. Seria muito ruim para o Brasil. Há espaço para as duas armas em nosso mercado. Boa sorte a IMBEL e a TAURUS. É importante que as tês Forças dividam suas encomendas entres estas duas fabricantes.
    http://www.youtube.com/watch?v=GJU4czPISPw

  9. jakson vc tem razao, mas acho que quanto a padronizaçao do nosso exercito ,acho que vamos ficar de Ia2.

  10. Primeiramente devo parabenizar os editores do Plano Brasil. As metérias sobre a LAAD 2011 estão sensacionais !!

    Quanto ao fuzil da Taurus, certamente será empregado por forças policiais e pela Guarda Nacional, já que o EB vai de IA2.

  11. Amigos, em breve estarei escrevendo a respeito do Fuzil IA-1 da Imbel, que também tive a oportunidade de conhece-lo em mãos, tanto na versão 5.56mm(evolução com muitas melhoras em relação ao M-97) e o 7.62mm(uma nova roupagem e melhoras do M-968).

  12. Poderia escrever também sobre os acessórios e outros produtos expostos pela Taurus, como o Lançador de granadas
    de 40 mm ???

  13. Está na pauta toda a linha policial-militar da Taurus, inclusive as versões carabina, submetralhadoras, lançador de granada 37mm-38mm e 40mm, estes com capacidades de lançar munições não letais para controle de distúrbios assim como granadas letais com capacidades expandidas, pois seu sistema de abertura é o que se chama de correr e girar, tendo inserido no mesmo um pistol-grip para melhorar a empunhadura assim como a possibilidade de receber uma coronha em alumínio rebativel para uso individual sem estar acoplado a uma arma longa. Aguardem

  14. A Taurus é uma boa empresa. O problema é o mecanismo dos fuzis, pistolas e revólveres que já se encontram obsoletos a a nível mundial. Eu tenho um novo sistema, em que as panes de tiro se reduzem a quase zero.

  15. Esse seria aá opção ideal para os novos fuzis do EB, deixando del lá aquele “FAL ROMODELADO” que á IMBEL tenta empurra guela abaixo com o nome de IA2.
    Vale salientar que a TAURUS fez parceria com á IAI ( que tem grande experiência em armas leves.) , para desenvolver esse fuzil.
    Que na minha opnião, deve ter muito do TAVOR Israelense , e se assemelha muito ao novo fuzil Tcheco.
    Temos que privatizar a IMbel e tira de lá aqueles dinossaurus que não deixam a empresa evoluir , quem sabe ela não é adiquirida pela TAURUS mesmo.

  16. Caro Foxtrot, somente corrigindo, este fuzil foi totalmente desenvolvido por técnicos/engenheiros da Taurus, pois a primeira pergunta que fizemos aos Diretores no Stand na LAAD era qual a participação de expertise de empresas internacionais nele, sendo-nos informado que nenhuma, somente tendo estudos sobre os conceitos em voga no momento nesta classe de armas, e que a parceria com a IAI era para a comercialização do CTAR-21 Tavor Nacionalizado no mercado doméstico, algo que não se concretizou por vários motivos. Abs.

  17. A Amadeo Rossi sucumbiu a politicagem brasileira, mas a Taurus vem se firmando cada vez mais como frabricante de armas… Inclusive alcançando um papel de destaque no mercado dos EUA, onde se concentram os maiores e mais tradicionais fabricantes de armas do mundo… Infelizmente, muitos dos seus produtos para uso civil não estão disponível para o mercado brasileiro, devido a politicalha que permite que armamentos decentes só cheguem as mãos dos facínoras…
    🙁

  18. Hoje, eu não conheço nenhuma arma portátil, de porte, leve e média, de qualidade, no planeta Terra. Nem da Taurus, Tavor, IMBEL, etc. Eu tenho o projeto da arma dos sonhos.
    Gostaria de fabricá-la. É um sistema totalmente diferente, feito para não dar pane de tiro, mesmo que haja nega da munição.

  19. Caro Nelson, a Empresa Amadeo Rossi não faliu ou parou de produzir armas, ela simplesmente foi acampada pela Forjas Taurus em seu processo de crescimento mundial onde desponta como um dos maiores “Players” em armamentos leves, inclusive na segunda parte da matéria vou falar a respeito da Espingarda 12″ para uso policial(o termo escopeta é para a pronuncia em espanhol). Aguardem.

  20. Dandolo, do jeito que esta indo esses senadores brasieliros, aprovando leis, entes mesmo de passarem pelo congresso, a respeito das armas, duvido muito que outra empresa possa crescer. Lembre-se que ate algumas empresas privadas são “cabidão” do governo, afinal, são mais dependentes das compras do governo do que as vendas estrangeiras.
    Falando nisso. Eu não uso mais os Correios para envios de meus produtos vendidos. Usamos os Sedex.
    Os Correios estão de parabéns, bateram mais um record de inutilidade.

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