Obama ‘perdeu oportunidade’ ao não dar apoio explícito ao Brasil, diz Amorim

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Ex-ministro das Relações Exteriores diz que EUA poderiam ter criado relação ‘sólida’ e de ‘confiança’.
Ex-ministro afirma que Obama perdeu oportunidade em visita ao Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “perdeu uma grande oportunidade” em sua visita ao Brasil ao não dar apoio explícito ao ingresso do país no Conselho de Segurança da ONU, na opinião do embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores.
“Ele teria criado uma aliança mais sólida e isso teria contribuído para uma relação de confiança profunda”, disse Amorim à BBC Brasil, afirmando que agora “vai continuar tudo como estava”.
Para Amorim, se os Estados Unidos estão preocupados com a crescente presença comercial da China no Brasil, o país deve tomar medidas concretas para abrir seu mercado a produtos brasileiros – como o etanol – e reduzir o desequilíbrio comercial nas relações bilaterais.
“É desta maneira que você neutraliza a influência dos outros”, diz Amorim. “O Brasil tem o maior superavit comercial com a China. O maior deficit comercial é com os Estados Unidos”.
Ministro das Relações Exteriores durante os oito anos do governo Lula, Amorim recebeu a BBC Brasil em seu apartamento em Copacabana, na Avenida Atlântica, onde já organizou seus livros, gravatas e a coleção de obras de arte e esculturas de diversos países que acumulou durante a carreira diplomática.
Ele agora divide seu tempo entre Rio de Janeiro, Brasília e os convites internacionais que recebe, como o que o levará a Washington nesta sexta-feira para uma palestra.
O embaixador se diz muito satisfeito “por ter sido ministro de um governo que transformou o Brasil”, e vem recebendo convites “para falar na Harvard ou falar na UNE (União Nacional dos Estudantes)”. “Pretendo atender aos dois”, diz o embaixador.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil – O senhor escreveu um artigo para a revista Foreign Policy antes da visita de Obama dizendo que seria uma decepção se ele não aproveitasse a ocasião para apoiar concretamente a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Ele veio e manifestou apenas “apreço” pelo pleito do Brasil. O senhor está decepcionado?
Celso Amorim – Acho que a democracia brasileira fez o que pôde. Não sei nem se eu teria conseguido tanto. A Condoleezza (Rice, Secretária de Estado durante o governo George W. Bush) várias vezes conversou comigo sobre o assunto, mas ele nunca tinha figurado num comunicado conjunto. Isso é um avanço.
Agora, quando se compara com o que os americanos fizeram em relação à Índia, evidentemente é decepcionante. Qual é o sinal que os Estados Unidos estão dando? Qual é a diferença fundamental entre Brasil e Índia?
A Índia é mais populosa que o Brasil, mas o Brasil em compensação tem três vezes o território indiano. Ambos são democracias estáveis, com influência regional. A diferença fundamental é que a Índia tem bomba atômica e o Brasil não tem. Como você pode ser ao mesmo tempo a favor da não proliferação (de armas nucleares), e, no caso de dois países que são razoavelmente comparáveis, apoiar um país e não apoiar o outro?
Para falar a verdade, não vou dizer que eu fiquei decepcionado porque eu não tinha grandes expectativas de que Obama viesse a fazer isso. Mas acho que, do ponto de vista norte-americano, ele perdeu uma grande oportunidade. Os EUA continuam imbuídos daquela visão de hemisfério. Traduzido em bom português, hemisfério, no fundo, é o quintal. E no quintal você tem que tratar todos mais ou menos igual.
O fato de ele não entender que o Brasil tem hoje um trânsito internacional mundial… Isso você vê na opinião das outras pessoas. Por que convidaram a mim e uma semana depois ao presidente Lula para falar na Al-Jazeera? Quando isso acontecia antes? O Brasil está ali, é tido como um exemplo.
BBC Brasil – Mas quais oportunidades o senhor acha que Obama perdeu em sua visita?
Amorim – A grande coisa que ele podia ter feito era dar um apoio explícito e claro ao Brasil. Um reconhecimento de que o Brasil pode contribuir no mundo. Ele teria criado uma aliança mais sólida, e isso teria contribuído para uma relação de confiança profunda. Essa coisa assim, com a xícara meio cheia, meio vazia… Vai continuar tudo como estava.
O Obama simbolicamente é um presidente muito importante, porque é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Tem um apelo natural para a população brasileira, o que é bom. Antes da visita, analistas americanos diziam que essa era grande coisa que ele poderia fazer, uma vez que na área comercial os avanços seriam limitados.
Os EUA estão vivendo um momento de dúvida sobre o próprio poder. Mesmo na questão da Líbia, apesar de estarem engajados, há dúvida de quem está liderando.
Os EUA precisarão de outros países, precisarão discutir mais. Você não pode pensar que a pluralidade no mundo se obtém pela terceirização. “Ah, você faz isso, mas faz do jeito que eu quero.” Não. “Você faz isso, então vou ter que levar em conta a sua opinião.” É uma realidade diferente, e países como o Brasil, a Turquia, a Índia, totalmente diversos, podem atuar. Então, acho que ele perdeu essa oportunidade.
BBC Brasil – Em abril, a presidente Dilma Rousseff faz sua primeira visita de Estado à China. Há notícia de que os Estados Unidos se preocupam com a crescente influência da China na América Latina e nos países africanos. Como o Brasil se encaixa nesse contexto?
Para Amorim, EUA vivem momento de dúvida sobre o próprio poder
Amorim – Se os Estados Unidos estão preocupados com isso, podia ter feito duas coisas: uma é apoiar o Brasil para o Conselho de Segurança. Outra é abrir o mercado de etanol. Porque é dessa maneira que você neutraliza a influência dos outros. Não é só ficar preocupado em teoria.
As pessoas criticam que o nosso comércio com a China não é bom do ponto de vista qualitativo. Mas o Brasil tem, como país individual, o maior superavit comercial com a China. O maior deficit comercial é com os Estados Unidos.
Quando dizem que a bola está no nosso campo, eu discordo totalmente. A bola ainda está do lado dos americanos, eles é que têm que fazer os gestos que resultem numa mudança. Eles que abram os seus mercados, não como a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) queria fazer – porque ia abrir muito parcialmente o mercado americano e fazia exigências tremendas.
BBC Brasil – O Brasil exporta principalmente commodities para a China, e importa manufaturados. Há uma grita em setores da indústria brasileira, que se sentem prejudicados pela entrada de produtos chineses…
Amorim – Primeiro, é preciso reconhecer que, quando falamos de commodities hoje, não é como no início do século 20, quando eram produtos de baixíssimo valor agregado. Seja no agronegócio, no etanol, em outros produtos, há um alto grau de pesquisa tecnológica agregado ali.
Mas veja bem. Os grandes deficits comerciais que o Brasil tem hoje não são com a China, são com os países desenvolvidos, os países produtores de manufaturados, EUA, Alemanha… O maior deficit que o Brasil tem é com os EUA, de quase US$ 10 bilhões. E o maior superávit que os EUA tem no mundo é com o Brasil.
Se eles querem mudar a relação, o que tem que ser reformado é por aí. Facilitar a importação do etanol brasileiro, concluir a Rodada de Doha. Com isso, ele nos conquistaria no bom sentido. Ainda que a China esteja comprando commodities, a gente precisa vender para sustentar o nível de vida que se alcançou no Brasil. Se ele (Obama) não faz isso, aí não pode evitar que a influência chinesa aumente. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: Estadão

27 Comentários

  1. “Ele teria criado uma aliança mais sólida e isso teria contribuído para uma relação de confiança profunda”, disse Amorim à BBC Brasil, afirmando que agora “vai continuar tudo como estava”.
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    A diferença fundamental é que a Índia tem bomba atômica e o Brasil não tem. Como você pode ser ao mesmo tempo a favor da não proliferação (de armas nucleares), e, no caso de dois países que são razoavelmente comparáveis, apoiar um país e não apoiar o outro?
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    “Ah, você faz isso, mas faz do jeito que eu quero.” Não. “Você faz isso, então vou ter que levar em conta a sua opinião.”
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    É por essas e outras que eu vejo com muita satisfação a Mectron + Odebrescht e a Embraer com setor específico de defesa.

  2. Nosso ex-chanceler megalonanico deveria guardar seus comentários para si. Isso tem nome e se chama dor de cotovelo afinal nos oito anos em que o mesmo posou de versão tupiniquim de Henry Kissinger, costurando papelões ridículos tais como o acordo fajuto de Teerã, não se viu nenhuma manifestação dos EUA apoiando o Brasil para o CS da ONU. Como agora a diplomacia brasileira vai se livrando dos vícios ideológicos e voltando às sensatas posições de outrora, a postura norteamericana também vem mudando o que, para o ego do entrevistado, certamente é insuportável.

  3. Caro RtadeuR
    Sobre o fato da India ter a Bomba A. e O Brasil não ter veja o que fala Rothkopf sobre a visita de Obama ao Brasil:
    “Sobre a visita ao Brasil, David Rothkopf, ex-governo Clinton, diz na “Foreign Policy” [revista bimensal norte-americana, de propriedade do Washington Post] que “a mensagem de Obama aos brasileiros foi que os indianos foram premiados estrategicamente [com o apoio norte-americano para vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU] por adotarem um programa de armas nucleares e o Brasil, que evitou tal passo, foi punido”.

  4. Censo amorim, sem dúvida nenhuma foi a grande personalidade do governo Lula. Sem ele, Lula nao teria este prestígio internacional que hoje desfruta.
    Essa entrevista, nao sei se é um discurso maqueado, mas o que ele disse me fez aumentar ainda mais o respeito que tenho por ele.

  5. Obama não explicitou seu apoio ao Brasil para ingresso no Conselho de Segurança da ONU, pq na hora H a sua indicação será a India.

  6. Inicialmente concordo com as palavras do ministro. Tenho uma convicção que a questão do C.S., ocorrerá de uma forma natural, tendo em vista que o mundo a cada dia mais precisa do Brasil. Agora o País precisa cuidar da questão DEFESA, com seriedade.

  7. O interesante é que nós estamos em conição e barganhar com os EUA e não o contrário.Nós somos os bons compraores esta é a nossa vez de colocar pressão para conseguirmos tuo o que precisamos deles,sem embargos ou sabotagens,ou se não, compramos mais da China e menos deles.
    AH!!! eu amo este mundo multi-polar.

  8. “BBC Brasil – O Brasil exporta principalmente commodities para a China, e importa manufaturados. Há uma grita em setores da indústria brasileira, que se sentem prejudicados pela entrada de produtos chineses…

    Amorim – Primeiro, é preciso reconhecer que, quando falamos de commodities hoje, não é como no início do século 20, quando eram produtos de baixíssimo valor agregado. Seja no agronegócio, no etanol, em outros produtos, há um alto grau de pesquisa tecnológica agregado ali.”

    Eis o espírito do megalonanico. Pouco importa para ele se, a médio e longo prazo, a indústria nacional venha a sucumbir perante os produtos xing-ling. O que vale é encher a boca e afirmar que existe superávit com os chineses, e que por “ussxineis é bom e uzamericanú é mau pois nóis compra mais du quê vendí pra elis”

  9. Seremos membros permanentes do conselho de segurança da ONU,(CASO HAJA A REFORMA)independente do apoio dos EUA!
    O Brasil conquistou esse direito!
    Quanto a Obama, Celso Amorim esta coberto de razão quando afirma que os EUA tem que deixar o discurso e passar à prática !!!
    Se querem uma maior aproximação que abram o mercado dos EUA a nós,somente dessa maneira estarão mostrando boa vontade conosco!
    Infelizmente temos ainda (COMO NAÇÃO)um complexo de inferioridade que nos faz pensar que temos de agir sempre de acordo com os EUA.
    MAS SOMOS UMA NAÇÃO CAPAZ DE LEVAR AO MUNDO MUITAS COISAS BOAS,E O CONSELHO DE SEGURANÇA TERÁ MUITO MAIS SENSIBILIDADE CONOSCO!
    Tenho muito respeito pelo EMBAIXADOR CELSO AMORIM ! esse sim é um grande brasileiro! que sempre exerceu seu trabalho com carinho por sua nação!! SEMPRE RESSALTANDO A GRANDEZA DO BRASIL E MOSTRANDO QUE NUNCA DEVEMOS NOS SENTIR INFERIORES A QUEM QUER QUE SEJA!!!

  10. “Ainda que a China esteja comprando commodities, a gente precisa vender para sustentar o nível de vida que se alcançou no Brasil. Se ele (Obama) não faz isso, aí não pode evitar que a influência chinesa aumente.”

    É os chineses estão pagando nossas contas. Estamos literalmente no bolso deles.Se houvesse um golpe neste momento, será que eles cortariam relações comerciais com A China ? Talvez se os EUA se ficassem no lugar deles.
    Mas eu discordo sobre que precisamos de exportações para manter a economia rodando. O aumento da renda dos cidadão é que proporciona o crescimento interno.

  11. Pra que participar do CS se não temos como nos defender e muito menos atacar. Seríamos mais um debaixo da saia dos americanos. Vergonhosa essa pretensão para um país que não investe nas suas forças armadas.

  12. Não entra na minha cabeça que um cidadão desse foi ministro do itamarati… é inconsebível ver uma afirmação de que nós somos os maiores compradores dos yanks e que a bola esta com eles e nós temos que esperar a sinalização deles para uma boa mudança… se nós estamos comprando mais, quem tem que fazer mais exigencias somos nós!!!! simples de mais!!! se você é um bom cliente, seus fornecedores vão te bajular pra você continuar sendo cliente assiduo na loja, ou estou errado?!… É tanto verdade que os EUA estao com medo da visita de Dilma em abril à China, eles sabem que podem perder seu cliente maior (Brasil)… E um cara como este é chamado pra dar palestra em universidade americana, deve ser pra puxar saco deles e falar o que eles querem ouvir, só pode!!!
    Mais incrivel, esse Celso Amorim era a favor de abrir as portas do Brasil para a fiscalização de nossas centrifugas, o que foi um embate contra o Ministério da Defesa liderado pelo Minsitro Nelso Jobim, que bateu o pé e negou e tem negado até hoje essa visita, esse ex-ministro ser contra o domínio da bomba atômica agora reconhece publicamente que o Brasi perdeu porque não tem a Bomba atômica, que ironia!!!! espero que todos tenha enxergado isso.
    Por isso a CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  13. Já tinha falado aqui no blog à respeito das consequências de não apoiar o Brasil no CS.O ,os USA vão perder mais que nós…A ONU é como uma instituição, já está falida moralmente, só falta o resto. Quando o Brasil fizer parte do CS.O , ela já terá sido renegada à segundo, terceiro plano pelas potências mundiais. Sinceramente quer economizar tempo e dinheiro, a solução é a BOMBA NUCLEAR…Como diria meu pai CASTELO BRANCO para presidente !!!

  14. Olha, estou orgulhoso hoje de ler os comentarios,! todos tem seu lado de verdade, olha, desde que comecei a ler e participar desse site ou blog, foi os melhores comentarios até então…
    Concordo com todos em um modo geral, mas não quanto a capacidade de Celso Amorim, que teve um papel brilhante a frente de nossa diplomacia, logicamente não foi perfeito, mas foi sim, indispensável e com sua visão de uma forma geral nos fez crescer em todos os sentidos. Lula, foi a Irã, apareceu, para muito da forma pior mas para outros foi visto e mostrou a importância do maior produtor do mundo de alimentos.rs entenderam!
    Sobre Obama, acredito que ele estava esperando um sinal de que o Brasil, esta em sintonia com a Politica, e isso a Diplomacia e a Dilma, fizeram essa semana… Vamos ter calma, o melhor é ficar na parado agora, pois a pressão para isso acontecer esta vindo do proprio povo Americano esta começamndo a defender o Brasil, pais que não tem Bomba Atomica, e que é indispensavel no Mundo de Hoje…Parabens a todos do Site mais uma ves…ta dando gosto de comentar e participar de alguma maneira até contribuir…
    Abração a todos

  15. A primeira vez que ouvi essa cara falar fiquei impressionado. Ao invés de atacar com as conclusões que se tornam óbvias (depois de certo tempo recebendo informações da mídia), ele pega uma a uma e vai apontando as incoerências de cada atitude separadamente. No fim acaba colocando em xeque toda a metodologia da política externa dos “chicago boys”, e deixando uma impressão de imaturidade e incompetência dos mesmos.

  16. Não sei por que o Brasil se preocupa tanto por querer entrar na ONU,é uma merda de organismo que manda só os USA.O Brasil tem que fortalecer as relações com os nossos vizinhos da sul america,como agertina,uruguai,paraquai,etc…,e fazer como a União Europea,tanto na economia como no militar,já que sul america e rico tanto em recursos naturais,agua e comida,se bobeamos podem invadir um a um,para tener o poder sobre os recursos do nosso continente.A ONU falou que não a invasão contra Irake e os Estados Unidos invadio igualmente,e aonde estava o poder da ONU contra os USA,si fosse um pais por exemplo venezuela atacasse a colombia,como feiz USA contra Irake,a ver o que fazia a ONU.

  17. Já disse anteriormente, ocupar uma cadeira no CS da ONU implica em participar de decisões moralmente relevantes ao bem estar de todos os povos, “pelo menos deveria”. Para o Brasil, acho que a moral e ética dos tomadores de decisão ficam a desejar, haja visto a decisão do STF sobre a ficha limpa. O CS da ONU deve ser pleiteada sim, mas tem de começar em casa primeiro. Amorim tá por fora.

  18. Nenhum dos cinco membros permanentes do conselho da ONU tem moral mais ilibada que o Brasil!
    EUA,FRANÇA,CHINA,RÚSSIA e INGLATERRA todas essas nações tem a sua história banhada de sangue e desrespeito aos direitos humanos !são apenas sepulcros caiados!
    NÃO CREIO QUE O BRASIL FARÁ UM PAPEL PIOR QUE ELAS,MAS SIM LEVARÁ UMA NOVA VISÃO E SENSIBILIDADE A ONU!

  19. Esperar uma decisão inteligente de um país e do seu presidente q só vive de fazer guerras de invasão, e pedir mt, Amorim acredita em papai noel ou pai natal?só pode…Santa ingenuidade .Temos de reequipar n FAs c a máxima urgência, mt subs SSks convecionais uns 27 e uns 5 subs nucks td mt bem armados, + navios de guerras ,lanchas rápidas torpedeira c misseis, +caças navalizados e caças p a n FAB, ò dilma qdo vai acabar essa novela do FX 2 ?, serve uns 257 caças Rússos Su 35BM , lançar os satélites geoestacionários p vigiar mares e n fronteiras e mt dirigiveis multitudo blindados ajudar nossas FAs. Erguer de x n industria bélica, pedir a EMBRAER um caça p no máximo 2 anos …Tudo isso p ontem, tem potencia a n volta c síndrome do galo velho….poderemos ser a bola da x…

  20. Celso Amorim nos deixa saudades, está fazendo muita falta o Itamaraty, à frente do Ministério das Relações Exteriores. Muito inteligente, ponderado, com grande objetividade e sensatez, sem dúvida alguma, um grande Brasileiro, completamente destituído do complexo de vira-latas. Se a India foi convidada a ser membro permanente do CS da ONU foi pela sua PROPRIA iniciativa, pela sua capacidade de dissuação militar; foi pela sua irreverência e insubmissão, foi atrás do arma nuclear para a sua sobrevivência: ela entendeu que o mundo é dos fortes e ousados, não dos vira-latas e covardes; ela não pediu passagem, ela simplesmente entrou. O Brasil nunca estará no CS da ONU se for fraco, entreguistas do fundo de quintal. Os EUA só respeitam os fortes, “BRAÇOS FORTES E MÃOS AMIGAS” de HOMENS !!! Isso é uma VERGONHA INTERNACIONAL, o Brasil tem muito mais recursos para ser uma super-potência do que a India!!!!O Brasil tem que respeitar a todas as nações e a capacidade de não temer a ninguém!!!
    A propósito, caro César Pereira, onde eu assino?

    Um Abraço!

  21. Completando, o cara certo e na hora certa para o Ministério das Relações Exteriores é o ex-ministro da Sec. Especial de Assuntos Estratégicos, o Sr. Samuel Pinheiro Guimarães, hoje embaixador Presidente do Mercosul. Trata-se de uma pessoa ítegra, extremamente inteligente, um grande nacionalista e um grande Brasileiro, assima de tudo!!!

  22. Quanto a aproximação do Brasil com o Irã, não deixo de acreditar que aquilo foi uma espécie de escaramuça diplomática (perigosa, é verdade) muito bem executada pelo grande Amorim no sentido de fazer ressaltar a escabrosa ambiguidade com que as grandes potências operam no Oriente e Ásia. É bem interessante a observação do tireless quanto ao “despeito” do ex-ministro porque mostra talvez que os EUA sentem já certa apreensão com relação a independência diplomatica brasileira e talvez a “visita de apreço” do Obama tenha também esse carater condicionante: “mantenham sua diplomacia na nossa linha e veremos o que podemos fazer por vcs”. Não sei se vcs repararam, mas Brasil e EUA fecharam um acordo segundo o qual nossas disputas comerciais deverão ser negociadas antes de uma entrada definitiva na OMC, o que mostra o quão desconfortáveis os Estados Unidos se sentem em relação ao Brasil. Contudo, o peso econômico e político que o Brasil passou a possuir faz com que sejamos naturalmente vistos como merecedores de um assento permanente. Nossas ações militares junto a ONU são só uma pequena vitrine, um oportunismo que, é verdade, serve também para adestramento de tropas e reconhecimento de palcos de conflitos. Porém, imaginemos o seguinte…o Brasil, como a economia que passou a ser, é fator de desestruturação na economia mundial. Fazer parte do CS significa, entre outras coisas, intervir, se preciso, com forças militares em conflitos com alto potencial de retaliações. Assim, um país que possui uma economia tão forte, mas que não possui meios militares para “blindá-la” corre o risco de criar um colapso de proporções mudiais. Eis a diferença entra Brasil e India. Alguém entendeu o que eu escrevi?…Então, por favor, me expliquem: porque eu mesmo não entendi nada…kkkkkkk

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