UnB vai formar engenheiros para área espacial

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Perfil aeroespacial

A Universidade de Brasília (UnB) será responsável pela formação do futuro corpo de engenheiros da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), fruto da parceria Brasil-Ucrânia para o desenvolvimento de foguetes espaciais.

Dez alunos que terminarão a graduação em Engenharia Mecânica neste semestre serão selecionados para a especialização aeroespacial, voltada para as atividades da empresa.

“Vamos procurar alunos com perfil aeroespacial”, diz o professor Carlos Alberto Gurgel, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB.

Os alunos vão passar seis dos 18 meses do mestrado na Ucrânia. “É uma espécie de mestrado sanduíche e contou com o apoio do CNPq que julgou importante para a formação desses engenheiros”, explica Gurgel.

O primeiro lançamento do Cyclone IV no Brasil está previsto para fevereiro de 2012, mas deverá ser prorrogado em quatro meses devido ao atraso do início das obras do centro de lançamento no Maranhão. “Queremos que esses engenheiros já estejam na ACS no dia do primeiro lançamento”, afirma Santilli.

Lançador

Na UnB, os alunos cursarão disciplinas das Ciências Mecânicas e da Engenharia de Sistemas Eletrônicos e de Automação. Eles serão coorientados por cientistas ucranianos e, durante sua viagem, terão contato com três grandes instituições da área aeroespacial.

“Eles precisam se familiarizar com a atividade. Os alunos estarão em um centro de lançamento e vão conhecer o lançador que será utilizado no Brasil”, explica Wagner Santilli, gerente de relações corporativas da ACS. Os alunos serão recebidos na universidade Dnipropetrovsk.

Gurgel conta que a relação entre a UnB e a Ucrânia contribuiu para que o comitê aeroespacial da ACS procurasse a universidade para gerir o curso. “Nós somos a única universidade brasileira que tem acordo com o país. Além disso, somos uma das melhores universidades na área”, afirma. “A aprovação desse programa trará benefícios incalculáveis para a engenharia brasileira”, comemora o Gurgel.

Glaucius Oliva, diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, destaca a relevância do programa para o país. “A área aeroespacial é estratégica para o Brasil, e há grande carência de especialistas necessários ao crescimento das atividades comerciais esperadas para o futuro. O CNPq não podia deixar de investir na formação de jovens engenheiros na área”, afirma.

“UnB Espacial”

A atuação da UnB na área aeroespacial está apenas começando. A ideia é montar um Centro Aeroespacial em Brasília para abrigar cerca de 100 cientistas, no campus da UnB Gama.

“Pensamos no Gama para contribuir com a expansão da UnB. Lá temos excelentes professores que trabalham com robótica, propulsão elétrica e estruturas aeroespaciais, são habilidades importantes para nós”, conta o professor José Leonardo Ferreira, membro da Comissão Aeroespacial da UnB.

O objetivo do centro é focar em nichos que ainda não são explorados no Brasil. “A propulsão híbrida, propulsão elétrica e desenvolvimento de motores de mísseis são exemplos. Se trabalharmos com o que já estão estudando será um desperdício de dinheiro e tempo”, explica Gurgel. A ideia de montar um centro em Brasília surgiu com presença de duas entidades da área com sede na cidade, a ACS e a Agência Espacial Brasileira (AEB).

O professor José Leonardo conta que as instituições já haviam procurado a UnB para fazer gestão de recursos humanos para o programa espacial brasileiro. “Muita gente da área está se aposentando. É preciso renovar o quadro para que o Brasil se torne independente”, explica. A explosão de um foguete brasileiro em agosto de 2003 também contribuiu para o baixo contingente. No acidente 21 técnicos civis morreram.

Fonte: Inovação Tecnológica

14 Comentários

  1. O Governo Federal tem que acionar a Abin para investigar todos os gringos que sejam suspeitos e entram no Brasil e monitora-los (contra espionagem) e garantir a segurança dos nossos futuros cientistas e tambem garantir que os cientistas fiquem no país, ou seremos apenas exportadores de mão de obra qualificada. Abs
    Gringos fil(R$%¨&*&¨%%¨&*&¨.

  2. Precisam justificar esse programa de qualquer geito,
    pelo que li, o lançamento e já postei aqui o cyclone tem lançamento automatico, o que essa garotada fara vai ser ficar olhando o monitor.
    Este tal professor Carlos Alberto Gurgel, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB não tem nada a perder é um dindim a mais, mais uma sala de aulam mais prestigio para sua universidade QUANTO AO RESTO, que se dane.
    Cade Mercadante???Cade o novo projeto VLS nacional???
    a nova embraer aeroespacial????
    Abs

  3. Os alunos vão passar seis dos 18 meses do mestrado na Ucrânia. “É uma espécie de mestrado sanduíche e contou com o apoio do CNPq que julgou importante para a formação desses engenheiros”, explica Gurgel.

    fazem o primário aqui e o superior na Ucrania…hummm.. em 15 anos … talvez teremos professores brasileiros competentes nesta área…

  4. Tai um trabalho pro meu filho. ta na hora de polir o curriculo. Se forma em Engenharia Aeroespacial por Virginia tech em 2012. Vou anotando aqui a possibilidade ja que aqui nos EUA o desemprego esta feio.

  5. Antes tarde do que nunca!! Só estou preocupado que são engenheiros Mecanicos, pq não montar um curso especial para isso? Engenharia Espacial!! aposto que seria um dos mais concorido!! Isso sim e insenivar de fato !!
    Materia :
    => Basicas de Mecanica
    => Basicas de Quimica
    => Estrutura de Materiais
    => Engenharia Eletrica
    => Basicas de Programação
    => Basicas de Mecatronica

    Assim que se forma cursos serios, pegar os melhores professores de cada area, e colocar em um unico local, e pronto !! em 10 anos vamos até para lua !! rs
    Capacidade de alunos, temos de mais… sou administrador, mas se fosse hoje teria feito engenharia eletrica, para depois fazer mecenica !! Agora é tarde!! rs

  6. Se vingar é um bom começo, mas será que os ucranianos vão emsinar realmente os pulos do gato, duvido. Os EUA foram mais espertos no passado, contrataram logo o melhor do mundo,o cientista Von braun. Será que não seria possivel contratar algum russo ou ucraniano a peso de ouro?

  7. O que o governo federal pode fazer é chamar os brasileiros que estão trabalhando na NASA,pagar o mesmo que estão cobrando ali,para que voltem para sua patria.

  8. O governo brasileiro tem que me chamar e dar carta branca.
    Aí vocês verão em pouco tempo, aeronaves sofisticadas voando.
    Os nossos foguetes devem estar trincando durante o voo. A frequência da vibração quebra qualquer material.
    Tenho em mente um novo tipo de turbina, mas sem pás.
    Gostaria de montar o seu protótipo. Uma turbina dessa é muito simples de ser fabricada.
    Urubus não iriam derrubar mais aeronaves.
    Tais turbinas, poderiam também ser utilizadas em carros e lanchas.
    Quem se habilita ?

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